sábado, 14 de maio de 2016

Exportações brasileiras: 2007 - 2017



Com dados oficiais e estimativas do mercado, o total previsto a ser exportado pelo Brasil em 2016 (US$ 191,1 bilhões) ainda está bem abaixo do valor de US$ 256,0 bilhões alcançado em 2011.  

É previsível que neste 2016 o Brasil continue tendo uma participação muito pequena no comércio internacional, provavelmente abaixo de 1%. 

Existe, portanto, muita coisa a trabalhar!


Keynes x Hayek de Nicholas Wapshott agora no Brasil pela Editora Record.


Na Saraiva o ótimo lançamento da Editora Record "Keynes X Hayek" de Nicholas Wapshott.

Dois dos maiores economistas da história, John Maynard Keynes e Friedrich von Hayek estiveram em lados opostos da maior batalha econômica de todos os tempos: se os governos deveriam ou não intervir nos mercados. Nas ruínas da Primeira Guerra Mundial, ambos estudaram o crescimento e a queda do ciclo de negócios, chegando a conclusões muito diferentes: Hayek achava que alterar o “equilíbrio natural” da economia resultaria em inflação galopante, enquanto Keynes acreditava que o desemprego em massa e a miséria que marcavam o fim de um ciclo poderiam ser encurtados com gasto governamental. Os dois discordariam pelo resto de suas vidas. E suas ideias ganhariam e perderiam o apoio de políticos – de Franklin Roosevelt a George W. Bush –, além de influenciar a vida e o sustento de milhões. Da Grande Depressão à Segunda Guerra Mundial, e da recuperação do pós-guerra aos dias atuais, o veterano jornalista Nicholas Wapshott examina, neste “Keynes x Hayek”, os animados debates entre esses dois gigantes do século XX cujas visões divergentes moldaram a ascensão e a queda de economias em todo o mundo.


Estadão: Desemprego castiga os mais qualificados.


Fonte:

segunda-feira, 9 de maio de 2016

UFC CAEN: Seminário de Pesquisa em 12/05/2016.

Convite para Seminário de Pesquisa (CAEN)

A Pós-Graduação em Economia da UFC (CAEN) tem o prazer de convidá-lo (la) para o Seminário de Pesquisa intitulado "DECOMPONDO O DIFERENCIAL REGIONAL DE SALÁRIOS ENTRE SUDESTE E NORDESTE: UMA APLICAÇÃO DA ABORDAGEM QUANTÍLICA INCONDICIONAL", a ser proferido pelo por Vitor Hugo Miro, as 17:30 do dia 12.05.2016 (quinta-feira), no auditório do CAEN. 

O trabalho encontra-se disponível no site: www.caen.ufc.br

Esperamos vê-lo aqui.

Paulo Matos
Diretor de pesquisa CAEN/UFC


domingo, 8 de maio de 2016

Taxa Selic 14,25% a.a. - Ata Copom.

28. O Copom considera que o ainda elevado patamar da inflação em doze meses é reflexo dos processos de ajustes de preços relativos ocorridos em 2015, bem como do processo de recomposição de receitas tributárias observado nos níveis federal e estadual, no início deste ano, e que fazem com que a inflação mostre resistência. Ao tempo em que reconhece que esses processos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua visão de que a política monetária pode, deve e está contendo os efeitos de segunda ordem deles decorrentes.

29. O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária.

30. Dessa forma, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25% a.a., sem viés. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.

Agronegócio: a resiliência dos campos.

Na revista América Economia, uma matéria especial sobre o agronegócio brasileiro

Por Felix Ventura e Nicole Briones, de São Paulo

Diante da atual conjuntura de retração econômica nacional, o setor do agronegócio vence sua prova de resistência conservando a integridade de seus resultados. Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), seu desempenho na economia brasileira em 2015 respondeu por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) ante 21,4% no ano de 2014. Denominado “PIB do agronegócio”, que engloba a geração de riquezas em todas as cadeias do segmento agropecuário, desde a produção nas fazendas até as de insumos, o percentual de crescimento mesmo abaixo do esperado, mantém as expectativas e a crença na estabilidade.
De acordo com o conselheiro e economista do Conselho Regional de Economia (Corecon) Afonso Baptista, as projeções de expansão para o PIB em 2016 apontam para um percentual em torno de 24%. “Algumas culturas foram especialmente prejudicadas como a do milho. Com a alta do dólar, os insumos que são importados como o adubo, oneram em muito o custo de produção. Outro fator preocupante para o mercado interno é a crescente exportação deste item. O Brasil consegue praticar um preço mais atraente que a concorrência norte-americana e, portanto, tem exportado mais. Tal fato pode causar a falta do produto para consumo nacional”, explica.

O economista destaca que a falta de alguns itens tais como o milho, podem causar um desequilíbrio sistêmico e afetar outras cadeias produtivas como o setor pecuário (em particular, suínos e aves). Em contrapartida, o cultivo de outros produtos deve se beneficiar amplamente em relação aos resultados do ano anterior e com projeções muito animadoras. “A cebola deve alcançar um crescimento de 116%, a batata 16%, laranja 9%, café 4%, cana-de-açúcar e fumo 1%”, diz Baptista.
No entanto, vários outros aspectos devem ser considerados e vistos como impeditivos ao pleno desenvolvimento do agronegócio. Questões concernentes à infraestrutura e logística de transportes, podem encarecer ainda mais o preço dos produtos finais ao consumidor. “Temos não só no Mato Grosso, mas como em vários lugares do Brasil, estradas em péssimas condições de conservação, pedágios caros, aumento no preço do óleo diesel e também, os problemas de logística e embarque nos portos de Santos e Paranaguá”, fundamenta o economista, estendendo a observação aos desperdícios pontuais causados pelo custo elevado do frete que inviabiliza o escoamento da produção e das consequentes perdas por falta de armazenamento adequado.
O agronegócio teve um saldo positivo de 75 mil vagas criadas de janeiro a outubro de 2015 com uma margem próxima a 40% dos trabalhadores empregados no país contrastando duramente com a demissão massiva de milhares de pessoas no ramo industrial. “Desde as épocas da implementação do Plano Real, o agronegócio vem segurando nossa balança comercial e produzindo resultados positivos, porém, alguns fatos pontuais como a queda de 9% na taxa de importação de soja pela China no ano de 2016 desacelera o ritmo do faturamento brasileiro” diz Baptista.
A instabilidade cambial dos últimos tempos afetou também o segmento agropecuário que em períodos de maior solidez nos resultados, fechou contratos de grande relevância com a Ásia e o Oriente Médio. “O que mais nos preocupa é a oscilação do câmbio, em especial do dólar. Isso influencia no estabelecimento de contratos que podem ficar deficitários. O problema é estipular um parâmetro para a transação e ter que executar uma ação em outro”, avalia o pecuarista e diretor responsável pelo Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ) Frederico Mendes.
O pecuarista é candidato à diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) com eleições previstas para agosto de 2016. “Sendo uma entidade com 22 mil associados, a ABCZ tem 82 anos de história e presta serviços na área de registro, melhoramento genético e fomento das raças zebuínas”, expõe. Sobre as perspectivas de exportação, ele comenta que existe uma grande oportunidade na consolidação de vendas de carne in natura ao mercado norte-americano. “Acreditamos que após essa abertura de comércio entre os dois países e seu estabelecimento efetivo, ganharemos vários outros mercados, justo pelo alto grau de exigência imposto pelos Estados Unidos”, completa.
Enquanto houver projeção de queda para o dólar, o custo de produção nas fazendas não deve ser prejudicado. Como parte dos insumos utilizados pela agropecuária são importados, existe uma constante preocupação com a flutuação cambial. “As indústrias frigoríficas devem ser as mais penalizadas por essas variações já que fecharam contrato sobre determinada base de câmbio e agora terão que industrializar em outra base”, pontua Mendes.
Um dos principais desafios empreendidos pela ABCZ é a disponibilização dos recursos de alta tecnologia para pequenos e médios produtores rurais. “Nossas iniciativas já são comparáveis as de países desenvolvidos, porém, os grandes produtores são os primeiros a desfrutar dos benefícios. Acreditamos que o grande impacto se dará quando atingirmos os pequenos e médios que constituem a base da cadeia produtiva”, expõe o pecuarista.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) presidida pelo deputado federal Marcos Montes do Partido Social Democrático (PSD-MG) obteve vitórias importantes com a aprovação do código florestal brasileiro que foi internacionalmente reconhecido. Existe também um trabalho pautado na defesa da comunidade indígena contra entidades nacionais e internacionais que usam a causa na obtenção de benefícios próprios. “Várias entidades estrangeiras se infiltram no Brasil para criar um ambiente de insegurança jurídica com o propósito de tirar o país da vanguarda do agronegócio”, reporta o deputado.
Segundo Montes, a produção agrícola nacional já ultrapassa a marca de 210 milhões de toneladas este ano e mantém seu crescimento mais pelo uso de insumos tecnológicos do que pela expansão da área plantada. Um dos problemas de maior intensidade citado pelo deputado foi a questão dos embates políticos que funcionam como limitadores ao progresso do setor. “Como o governo não tem uma estratégia de relacionamento com o parlamento para exercer uma governabilidade forte, fato que em muito prejudica vários segmentos, entre eles, o agronegócio, observamos um círculo vicioso onde uma crise política alimenta uma crise econômica”, argumenta.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Bacen - Nota para a Imprensa: Política Fiscal.

I - Resultados fiscais

O setor público consolidado registrou deficit primário de R$10,6 bilhões em março. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais apresentaram deficits respectivos de R$8,9 bilhões, R$893 milhões e R$806 milhões.

No ano, o deficit primário acumulado é de R$5,8 bilhões, ante superavit de R$19 bilhões no mesmo período de 2015. No acumulado em doze meses, registrou-se deficit primário de R$136 bilhões (2,28% do PIB), 0,18 p.p. do PIB superior ao observado em fevereiro.

Os juros nominais, apropriados por competência, registraram receita líquida de R$648 milhões em março, comparativamente a despesa líquida de R$29,8 bilhões em fevereiro. Contribuiu para essa trajetória o resultado favorável de R$42,7 bilhões das operações de swap cambial no mês. No acumulado no ano, os juros nominais somam R$85,4 bilhões, comparativamente a R$143,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$443,3 bilhões (7,44% do PIB), reduzindo-se 1,2 p.p. do PIB em relação ao observado em fevereiro.

O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$10 bilhões em março. No ano, o deficit nominal soma R$91,1 bilhões, comparativamente a deficit de R$124,8 bilhões no primeiro trimestre do ano anterior. No acumulado em doze meses, o deficit nominal alcançou R$579,3 bilhões (9,73% do PIB), reduzindo 1,02 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em fevereiro.

deficit nominal de março foi financiado mediante expansões de R$9,2 bilhões na dívida mobiliária, de R$5,7 bilhões na dívida bancária líquida e de R$3,9 bilhões no financiamento externo líquido, compensadas, parcialmente, pela redução R$8,9 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.


II - Dívida mobiliária federal

A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$2.753,5 bilhões (46,2% do PIB) em março, registrando acréscimo de R$75,3 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu emissões líquidas de R$45 bilhões, decréscimo de R$2 bilhões em razão da apreciação cambial e incorporação de juros de R$32,3 bilhões.

Destacaram-se as emissões líquidas de R$23 bilhões em LTN, de R$10,3 bilhões em NTN-B, de R$8,1 bilhões em NTN-F e de R$3,9 bilhões em LFT.

A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a fevereiro: a porcentagem dos títulos indexados ao câmbio permaneceu em 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 19,2% para 19,5%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados aumentou de 28% para 29,1%, pelas emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços passou de 25,6% para 26,2%, pelas emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas reduziu-se de 26,4% para 24,5%, apresentando compras líquidas de R$78,9 bilhões.

Em março, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$410,3 bilhões, 14,9% do total, com vencimento em 2016; R$340,5 bilhões, 12,4% do total, com vencimento em 2017; e R$2.002,7 bilhões, 72,7% do total, vencendo a partir de janeiro de 2018.

No final de março a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$368,4 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade dos Depósitos Interfinanceiros e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$42,7 bilhões.


III - Dívida líquida do setor público

A dívida líquida do setor público alcançou R$2.314,8 bilhões (38,9% do PIB) em março, elevando-se 2,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A valorização cambial de 10,6% no mês respondeu por elevação de R$129,2 bilhões no estoque da DLSP.

No ano, a elevação de 2,7 p.p. na relação DLSP/PIB decorre da incorporação de juros (+1,4 p.p.), do deficit primário (0,1 p.p.), do impacto da valorização cambial de 8,9% no período (1,8 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,3 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,3 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$4.005,7 bilhões em março (67,3% do PIB), reduzindo-se 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

ENE 2016 - XXVIII ENCONTRO DE ENTIDADES DE ECONOMISTAS DO NORDESTE.


De 15 a 17 de junho, em Parnaíba-PI. 

domingo, 1 de maio de 2016

FHC: As responsabilidades políticas.

O pano de fundo da situação política atual é a tremenda crise econômico-financeira em que os governos do PT jogaram o País. Em resumo retórico e exagerado: o Tesouro quebrou. Há um endividamento acelerado pelo alto custo da dívida pública federal (mais de 14% de juros por ano, sobre uma dívida de mais ou menos R$ 3 trilhões) e pela expansão dos gastos correntes em todos os níveis. Esse fato levou os Estados a pleitear a renegociação de suas dívidas com a União em termos perigosos para o conjunto das finanças públicas do País. Além disso, só a Petrobrás deve mais de R$ 500 bilhões e precisará ser capitalizada. Fora as dívidas não reconhecidas, os “esqueletos”, da Caixa Econômica, do setor elétrico, etc. Frutos da péssima gestão e de irresponsabilidade fiscal.
É com esse pano de fundo que o Congresso está votando o impeachment da presidente. É constitucional derrubar uma presidente porque é má administradora e perdeu a popularidade? Não. Mas não é disso que se trata. Trata-se de que houve, sim ,“crime” de responsabilidade, seguido de um brutal enfraquecimento político do governo. No que consiste o crime de responsabilidade? Em a presidente ter utilizado os bancos públicos para mascarar a verdadeira situação fiscal da República e ter autorizado gastos sem aprovação pelo Congresso. Pôs em risco a credibilidade do governo perante o “mercado”e, pior, perante o povo, que está pagando as bravatas financeiras com o desemprego, a inflação e a falta de crédito.
O ministro do Supremo que presidiu o julgamento no Senado do ex-presidente Collor, o jurista Sydney Sanches, deu uma explicação cristalina sobre em que consistiu o “crime” de responsabilidade naquele caso. A alegação fundamental era de que o presidente recebera um automóvel de presente. O Senado considerou que houve “quebra de decoro”. O ministro Sanches concordou com a interpretação e disse mais: desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal e fazer gastos sem autorização do Congresso são formas de quebra de decoro. Entretanto, Collor foi absolvido pelo Supremo, na acusação de crime comum (corrupção), com o voto do próprio Sanches. Por quê? Porque não ficou provado que da quebra de decoro tivesse decorrido qualquer benefício para quem o presenteara com o carro.
Logo, o “crime” de responsabilidade não é um crime capitulado no Código Penal, mas na Constituição, com duplo aspecto: jurídico-administrativo e político. Do impeachment nada mais decorre senão a substituição de quem está no poder e a perda dos direitos políticos por oito anos. Não se trata de condenar alguém criminalmente, mas de afastar um dirigente político que desrespeitou a Constituição e perdeu sustentação política.
Alguns alegam que o impeachment atual é irregular porque as “pedaladas” fiscais se deram sobretudo no primeiro mandato de Dilma e também teriam sido praticadas por outros presidentes. No caso destes, houve apenas breves atrasos no repasse de pequena monta de recursos do Tesouro aos bancos. No caso do atual governo, os atrasos se acumularam ao longo de mais de um ano, alcançando quase R$ 60 bilhões. Quanto à questão dos atos em causa se referirem ao mandato anterior, tanto a Constituição como a lei de 1950 que regula o impeachment não poderiam fazer a distinção entre o primeiro e o segundo mandato porque inexistia a possibilidade de reeleição.
De um possível e mesmo provável afastamento da presidente decorre, pela Constituição, sua substituição pelo vice-presidente. Trata-se de uma determinação constitucional, não de uma escolha. Quanto à nulidade da eleição de 2014, sob o fundamento de que houve abuso do poder econômico ou mesmo corrupção, é matéria afeta ao Tribunal Superior Eleitoral. Dificilmente isso ocorrerá este ano; se for no próximo, o Congresso escolherá o novo presidente, com menor participação do eleitorado do que a simples assunção do vice, que teve o mesmo número de votos que a presidente. Fazer uma emenda constitucional para reduzir o mandato atual é procedimento que implica reduzir mandatos, tema altamente discutível do ponto de vista constitucional, por mais que possa ser melhor chamar eleições diretas e colocar no poder quem não esteve direta ou indiretamente envolvido com os “malfeitos” do governo atual. Demandará, de toda maneira, meses de discussão.
Havendo impeachment, espera-se que o vice-presidente assuma a responsabilidade histórica que lhe cabe: juntar o País ao redor de um programa de “emergência nacional” que dê possibilidades reais para a economia voltar a crescer. O novo Ministério precisa ter crédito perante a opinião pública, e não somente no Congresso. Cabe ao presidente escolher sua equipe, assim como cabe aos partidos, especialmente ao PSDB, que não participou da antiga base governamental, apresentar a agenda indispensável para o momento e, se for o caso, referendar a escolha de ministros que pertençam a seus quadros. É natural que cada partido avalie as consequências de suas decisões sobre a sucessão de 2018. Mas o essencial é que os partidos que vierem a apoiar o governo se preocupem com a viabilidade e a urgência das soluções que o País exige para sair da crise.
Para ingressar num governo que não é seu o PSDB deve fazê-lo com base em compromissos claros, a serem assumidos pelo novo presidente: não interferir na Lava Jato, dar passos inequívocos na reforma político-administrativa, recriar as condições do crescimento da renda e do emprego e não apenas manter, mas melhorar, as políticas sociais. Se os compromissos forem descumpridos, o PSDB deve deixar o governo da mesma maneira como eventualmente ingressar, explicando as razões de sua decisão. O governo pós-impeachment não é do PSDB e não deverá ser monopólio de nenhum partido, mas uma emergência nacional. Caso contrário haverá riscos de naufrágio. É hora de cada partido e cada líder assumir suas responsabilidades perante a Nação.
Fernando Henrique Cardoso - 01/05/2016.

1º de maio de 2016: Dia sem Trabalhadores no Brasil - 11,1 milhões!

taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em março de 2016 foi estimada em 10,9%, 1,9 ponto percentual acima da taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2015 (9,0%) e 3,0 pontos percentuais a mais que no mesmo trimestre de 2015 (7,9%). A população desocupada (11,1 milhões de pessoas), 22,2% a mais (2,0 milhões de pessoas) que o contingente observado entre outubro e dezembro de 2015. No confronto com igual trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 39,8%, significando um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho. Já a população ocupada (90,6 milhões de pessoas) apresentou redução de 1,7%, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado foi registrada queda de 1,5%, representando menos 1,4 milhão de pessoas. O número de empregados com carteira assinada (34,6 milhões) apresentou queda em ambos os períodos de comparação. Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, a diminuição foi de -2,2%. Na comparação com igual trimestre do ano passado, a redução foi de 4,0%, aproximadamente menos 1,4 milhão de pessoas nessa condição. O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.966) ficou estável frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961) e mostrou queda de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.031). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 173,5 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

sábado, 30 de abril de 2016

Imposto de Renda 2016: o leão sempre com muita fome.


John Bates Clark Medal: Yuliy Sannikov, Clark Medalist 2016.


Yuliy Sannikov is a theorist who has developed new methods for analyzing continuous time dynamic games using stochastic calculus methods. His work has not only broken new ground in methodology, it has had a substantial influence on applied theory. He has significantly altered the toolbox available for studying dynamic games, and as a result of his contributions, new areas of economic inquiry have become tractable for rigorous theoretical analysis. The areas of application include the design of securities, contract theory, macroeconomics with financial frictions, market microstructure, and collusion.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Focus - Relatório de Mercado: 22/04/2016.

Indicadores do Relatório Focus, com estimativas coletadas até o dia 22 de abril, divulgado hoje pelo Banco Central:

A mediana das expectativas para o IPCA de 2016 está em 6,98%, enquanto que para 2017 as projeções sinalizam  taxa de 5,80%

A estimativa para o PIB em 2016 aponta uma contração de 3,88% e para o ano que vem um baixo crescimento de 0,30%

A mediana das projeções para a taxa Selic aponta para 13,25% no final de 2016 e para o ano de  2017 uma taxa de 12,00%

A taxa de câmbio permanece estimada em R$/US$ 3,80 para o final deste ano e R$/US$ 4,00, para 2017. 

domingo, 24 de abril de 2016

TIME: The 100 most influential people.


Guardian of the global economy

No organization is more crucial to the stability of the global economy than the International Monetary Fund. Its decisions affect billions of people, so the person who heads the IMF must be an outstanding, effective leader.
Christine Lagarde meets this high standard. She has ably led the IMF through a tumultuous era for the world economy since she was chosen in 2011 by the more than 100 nations that govern the organization.
Christine is a trailblazer, the first woman to lead a major international organization like the IMF and, as Finance Minister of her native France, the first woman to hold this key role in any large advanced economy.
The IMF lends to member governments with the goal of minimizing the long-term damage of financial crises and preventing them from spreading. Christine was central to the effort to stabilize Greece’s economy and prevent a wider crisis in Europe. She has spurred economic reform in emerging nations like China that have appropriately gained more of a voice at the IMF. She has also given the IMF a more human face by addressing issues like gender and income inequality and public-health threats like the Ebola virus.
Christine is enormously impressive—a charismatic leader, respected worldwide. She is also a good friend and fun to be around—witty and refreshingly direct, whether we’re sharing a stage or a private meal.
Janet Yellen is the U.S. Federal Reserve Board chair.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...