domingo, 5 de outubro de 2008

WARREN BUFFETT - CAPITALISMO SEMPRE

Na EXAME que recebi sexta passada constam trechos de uma biografia do WARREN BUFFETT, já lançada nos Estados Unidos, previsto para novembro no Brasil. O artigo está, para variar, ótimo. Lições de um capitalizmo que gera riqueza.
Na FOLHA leio o Gaspari comentando do moço e não posso deixar de divulgar aos meus quase dois leitores: que lição nesta época de incertezas. De certeza, apenas que o mundo é plano, como diz o Friedman.
WARREN BUFFETT, o segundo homem mais rico da América (78 anos e US$ 50 bilhões), ganhou pelo menos US$ 578 milhões em dez dias com ações do banco Goldman Sachs. Há dois meses, um papel da Goldman valia US$ 179. Com a crise, ela caiu para US$ 121. Foi nessa hora que o biliardário fez seu lance, botando US$ 10 bilhões no negócio. Na sexta-feira, cada ação valia US$ 128.
Esse pequeno episódio indica que ainda falta muito tempo para a crise do fim do capitalismo e, como nunca, o melhor que se pode fazer é prestar atenção no comportamento dos verdadeiros capitalistas. Buffet já foi chamado de "Forrest Gump das finanças" pela revista "Vanity Fair". Seu salário (US$ 100 mil anuais, mais uns US$ 250 mil de benefícios) é o mais baixo da lista dos executivos das 200 maiores empresas americanas. Ele vive frugalmente na pequena cidade de Omaha e ensina: "É mais fácil criar dinheiro do que gastá-lo".
John McCain gostaria de convidá-lo para a Secretaria do Tesouro, mas ele deu US$ 4.600 para a campanha de Barack Obama. Uma migalha diante dos US$ 40 bilhões que já distribuiu para organizações filantrópicas.Quem botou US$ 200 no fundo de investimentos de Buffett em 1965 tem hoje US$ 1,25 milhão. Ele consegue esse desempenho seguindo regras simples. Prefere investir nos Estados Unidos, não põe dinheiro em negócio que não consegue entender nem em empreendimento endividado. A maior parte de suas aplicações está em empresas que fabricam coisas que nunca deixarão de ser consumidas: comida, refrigerantes, cerveja e lâminas de barbear. Cantou a pedra do estouro da bolha tecnológica (mesmo assim perdeu algum quando ela explodiu, em 2001). Fora isso, compra ações de empresas que, a seu ver, não têm motivo para valer tão pouco. Esse foi o caso do lance na Goldman Sachs.
O que torna Warren Buffett um tipo inesquecível é a sua banalidade. As pessoas preferem ouvir idéias novas e, geralmente, complicadas. Quando um sujeito diz que comprou ações de uma empresa que produz lâminas de barbear e sabão porque as pessoas continuarão a tomar banho, parece um bobo. Qualquer bípede poderia ter aplicado mil dólares na Goldman Sachs ao saber que Buffett fizera isso. Teria ganho uns US$ 58 sem fazer nada.Deve-se ter cautela com as previsões de Buffett para instruir decisões de curto prazo, pois ele não opera nessa faixa.
Em maio passado, ele disse à repórter Cristiane Barbieri: "O Brasil estava fora do meu radar. Eu tinha uma visão atrasada sobre a economia brasileira porque países latino-americanos, de maneira geral, têm uma fama ruim em relação à estabilidade de suas moedas. Mas o mundo muda e o Brasil mudou". O doutor acredita que daqui a dez anos o real poderá valer mais que o dólar. A ver, pois nos dez dias ao longo dos quais as ações da Goldman Sachs subiram 6%, o real perdeu 9% do seu valor.Uma indicação de que as qualidades de Buffett vão além do trivial variado: Por muitos anos, ele viveu em perfeita harmonia com duas mulheres e, depois de viúvo, casou-se com a segunda quando ela tinha 60 anos.
Cinco pérolas de Buffet:"Se o mercado fosse eficiente, eu estaria pedindo esmola na rua"."Quando a maré baixa é que você vê quem estava nadando nu"."A cobiça, o medo e a maluquice estão nas pessoas, são coisas previsíveis. O que não se pode prever é a seqüência"."Wall Street é o único lugar onde pessoas que andam de Rolls Royce se aconselham com gente que usa metrô"."Com US$ 1 milhão e bastante informações privilegiadas, você pode quebrar em um ano".
Quem quiser perder umas poucas horas com o personagem, pode ir atrás da edição em português do livro "Warren Buffett, o Maior de Todos os Investidores", de Janet Lowe. Nesse caso, Gaspari refere-se a outro livro, mas sendo sobre WB sempre vale a leitura.

ELEIÇÕES 2008 - IBIAPINA (CE)

Hoje é especial: estou na minha cidade de IBIAPINA, para cumprir minha obrigação de eleitor e, principalmente, votar no meu irmão. Um voto onde tive que viajar mais de 3.000km, mas que vale pela presença e pelo encontro com conhecidos de anos.
É claro que continuo bastante preocupado com a crise financeira internacional e, deixo explícito, não crise do capitalismo; como a economia brasileira se comportará, bem como, qual será o resultado da eleição americana.
Porém, num interior do estado do Ceará, essas coisas não são assim tão preocupantes e a politicagem é mais forte do que a POLÍTICA.
Além do que, alguma BOLSA será ofertada pelo governo para salvar eventuais prejudicados.
Até meu retorno à selva amazônica.
João Melo,
Direto de seus 1.100 m de altitude.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO: LIVRO

Um dos presentes que ganhei no dia do meu aniversário, 28/09, domingo passado, foi ler um post, lá no blog do Janer Cristaldo http://cristaldo.blogspot.com.
Trata-se de um assunto que analiso há anos e que, lamentavelmente, não estar no centro das atenções. Afinal, assistir "A FAVORITA" agrega muito mais conhecimento a pessoa do que ler, por exemplo, Fernando Pessoa, ou não?
Não é a toa que nossos indicadores de ensino são terríveis e que o aluno torna-se graduado e, sabe-se lá como, nunca leu UM livro da primeira à última página. Vocês já tentaram conversar com essa turma que está no ensino médio e analisaram o grau de conhecimento deles?
Transcrevo abaixo o post do Janer, no qual, exceto alguns poucos comentários que discordo, reproduz o que eu também sinto no Brasil. Estive uma temporada em Toronto e realmente em todos os lugares que eu estava, sempre tinha uma pessoa com um livro na mão. E lendo. Do Canadá, escreve Daniel Garros:“Uma coisa que me deixa triste ao ir ao Brasil é o que vejo em todo o lugar, seja em filas de SUS, consultórios médicos, rodoviárias, aeroportos, dentro dos ônibus, enfim... pessoas OLHANDO para os lados, sem distração, a pensar em nada e ver o mundo passar... Ninguém lendo!!! E se lêem, é jornal do dia (maioria na página esportiva). Seria o preço dos livros? Seria uma questão de estímulo? Falta de hábito estabelecido em casa (claro!), e na escola? Lembro que na minha época de 1º grau, recebi muito estímulo à leitura, e muitas análises de livros fizemos...
Aqui no Canadá, o que se vê, é ninguém nesse ócio! Todo mundo tá com livro na mão, sempre, em todo o lugar... até minhas enfermeiras na UTI têm que ser alertadas para deixarem em certas horas os livros de lado e olharem mais pros pacientes. Seja rico, seja pobre, seja burro ou inteligente... todo mundo tá lendo! A diferença entre as pessoas é somente o tipo e a classe de leitura (populares, eruditos, clássicos, top of the chart)... Os livros do Harry Potter, por exemplo (críticas a parte), são devorados por crianças, adolescentes e até adultos. Eles reacenderam a paixão pela leitura para aqueles que ainda não a possuíam (poucos)...”
Pois, Daniel, também tive a ventura de viver em países assim. Tanto na França como na Suécia, os vagões de metrô parecem salas de leitura. Em outros países por onde andei, observei o mesmo hábito. Vi inclusive jovens lendo partituras e vibrando com a música. Certa vez, voltando de uma dessas viagens, fui visitar uma amiga em São Paulo. Ela morava a uma hora de ônibus do centro. Muni-me de dois ou três jornais para suportar a viagem. Santa ingenuidade. Entrei num ônibus lotado, usei uma mão para pendurar-me num gancho enquanto a outra segurava meus inúteis jornais. Ocasionalmente, faço viagens noturnas de ônibus para o Sul. Uma excelente oportunidade de leitura, dirás. Nada disso. A iluminação não é suficiente para ler. Osman Lins, um dos raros bons escritores nacionais, chegou a fazer uma campanha para melhorar a iluminação nos ônibus. Para poder ler e não ficar olhando o vazio. Foi tido como louco.Por um lado, as condições são hostis à leitura. Por outro, o brasileiro não é muito chegado a ler. O Brasil está contaminado pela comunicação visual. Há pessoas que adoecem se ficam um dia sem televisão. As NETs da vida sabem disto e os técnicos vêm voando quando há uma pane qualquer no sistema. Quanto a ler, disto não sentem falta alguma. Conheci professores de literatura que não tinham sequer um livro em casa. Entre meus colegas de jornalismo, notei a mesma miséria. Por necessidade profissional, o jornalista lê. Mas geralmente lê jornais e revistas. Raros são os jornalistas que têm uma biblioteca. Pessoalmente, não consigo sair de casa sem um livro ou jornal na mão. Mas só ver pessoas lendo de nada resolve. É preciso ver o que se lê. Em julho passado, quando naveguei pela costa norueguesa, fiquei contente ao constatar que muitos passageiros liam. Fui olhar o que liam. De Harry Potter a Paulo Coelho, passando pelo Código da Vinci. Vi pelo menos cinco lendo o Coelho. Em norueguês. Não tenho nada contra crianças ou adolescentes lerem Harry Potter. O problema é que vi marmanjos lendo Harry Potter.
“Na época da ditadura no Brasil, me recordo de campanhas de leitura que tínhamos na escola. Selinhos que ganhávamos por livro lido, posters, outdoors, etc... Onde ficou isso? Será que nossos governos democráticos não querem que leiamos? Quem sabe uma campanha nacional pela leitura?” Ora, em um país cujo presidente se gaba de sua incultura, estimular a leitura soa quase como desacato à “otoridade”. Se com cultura não se chega ao poder, então cultura não serve para nada. Mas campanhas de leitura existem. Os editores adoram. Os escritores também. Servem para desencalhar seus entulhos. Com o pretexto de fornecer leitura, as editoras enviam milhares de livros a bibliotecas e escolas. Livros de amigos do rei, bem entendido. A finalidade das campanhas de estímulo à leitura no Brasil não é exatamente estimular a leitura, mas vender o tal de autor nacional. Isto é, o lixo literário nacional. Imortais que ninguém conhece, escritores medíocres e vendidos ao poder, pavões que se pretendem poetas. Nenhuma campanha dessas vai propor a leitura de Cervantes, Swift ou Nietzsche. Propõe-se a leitura das sumidades tupiniquins: Machado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Rubem Fonseca, Ignácio de Loyola, Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon, Moacyr Scliar, Carlos Nejar. Et caterva. Para que tenhas uma idéia, meu caro Daniel, do que se passa em teu distante país: Lygia Fagundes Telles, há alguns anos, participou de uma comissão que escolheria 300 títulos a serem comprados pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação. A imortal, ocupante da cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, teve o desplante de sugerir um livro seu, Ciranda de Pedra, para a lista dos trezentos. Do dia para a noite, sua cotação subiu nesta suspeita bolsa de valores. Segundo a revista Veja, seu passe foi comprado pela editora Rocco, para a publicação de doze livros, por 500 mil reais. Ora, se isto não é corrupção, não sei o que significa corrupção. Ou seja, melhor que não se faça campanha alguma em prol da leitura. Só serviria para enfiar péssima literatura goela abaixo dos alunos. E para afastar os jovens da leitura. Enviado por Janer @ 7:13 PM

terça-feira, 30 de setembro de 2008

CRISE FINANCEIRA - REVISTA TIME

Esta eu copiei do blog The Big Picture porque realmente está perfeita. Sem poder contar com um líder e sem saber quem será o infeliz recebedor desta crise de tamanho até agora não calculado e concluído, para onde olham os americanos?

domingo, 28 de setembro de 2008

QUOCIENTE EMOCIONAL X QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA

Graças a uns bons amigos que temos em São Paulo ou quando um colega viaja e traz na bagagem um exemplar, recebo a Folha ou o Estadão, evidentemente com "notícias de ontem".
Os amigos aqui do interior da selva amazônica até brincam comigo: "Rapaz, você vai ler coisas do passado?" Para todos explico que esses jornais trazem ótimas matérias e, independente do prazo de validade, existem textos que podem ser considerados atemporais.
Isso exposto é para comentar matéria do Estadão de 14/09 passado, sobre a atual utilização pelas empresas do conceito de "Quociente Emocional". Segundo o texto, o "Quociente de Inteligência", popularmente conhecido como QI é um conceito utilizado há muito tempo para medir o raciocínio lógico e as capacidades cognitivas de um indivíduo. Porém, é preciso saber fazer também um bom uso do "Quociente Emocional", o QE.
Por vezes, o profissional é intelectualmente perfeito, mas seu comportamento é insatisfatório. Pa ra melhorar essa situação já existem testes, como por exemplo, o EQ MAP, quando é mapeada a inteligência emocional da pessoa para identificar quais os pontos mais fracos e, a partir daí, dar a ela o TREINAMENTO adequado.
Trata-se de um conceito relativamente novo no mercado e as consultorias estão aprimorando os testes e suas análises. Uma das características que já detectaram nos executivos brasileiros é que "os gestores têm uma dificuldade enorme em gerenciar conflitos e dar feedbacks negativos. Acabam sempre adiando ou tentando minimizar o problema, ao invés de enfrentá-los".
Para meus quase dois leitores, essa situação não nos é tão estranha. De qualquer maneira é muito bom saber da importância dos dois testes e fazermos nossa autoavaliação.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

IMAGEM CORPORATIVA - VOCÊ S/A

Um colega do meu Ceará, Rafael Lopes, escreveu à VOCÊ S/A - edição de agosto/2008, sobre um assunto que tem direta relação com o meu atual trabalho como auditor interno da maior empresa da América em seu segmento. Transcrevo abaixo a questão e a resposta da consultora da revista:
Sei que todos na empresa têm de se comportar bem, mas, na minha situação de auditor interno, acho que o comportamento deve ser um pouco diferenciado. No que preciso ser diferente dos demais? (Rafael Lopes - Fortaleza - CE)
Quem ocupa cargos que exigem sigilo tem de valorizar a discrição e a ética acima de tudo. Isso vale para qualquer departamento, mas são mais críticos no seu caso. Assim também deve ser sua imagem e suas atitudes: discretas e que inspirem respeito. Ternos escuros, como chumbo e marinho, e gravatas com listras diagonais ajudam a compor esse visual.

domingo, 21 de setembro de 2008

INDICAÇÃO DE LEITURA - ECONOMIA E POLÍTICA

Não posso deixar de registrar e recomendar o que o blog http://gustibusgustibus.wordpress.com/ já escreveu hoje.
Leiam com atenção o texto do REINALDO AZEVEDO [http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2008/09/emir-sader-e-luis-fernando-verissmo.html] com o título "Emir Sader e Luis Fernando Veríssimo como analistas econômicos."
Realmente, SE depender desses dois "economistas(?)", o capitalismo acabou e que viva CUBA, a nova superpotência econômica.
Daqui do meu recanto na selva amazônica somente peço para que os anjos não digam AMÉM.

INDICAÇÃO DE SITE - ECONOMIA MUNDIAL

Sou leitor de Norman Gall desde a época que li um texto dele sobre "Lula e Mefistófeles".
Nesta semana, VEJA entrevistou-o sobre seu novo ensaio "Dinheiro, ganância, tecnologia", (lá vem a tal da palavra "Ganância" que citei a pouco em outro post), publicado no Braudel Papers, jornal do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial.
Recomendo a leitura do texto na versão integral no http://www.braudel.org.br/.

REVISTA EXAME - ECONOMIA

Nesta semana, em uma reportagem que cita Henrique Meirelles como o maior responsável pelo controle inflacionário e homem forte da economia, EXAME diz que "Com a estabilidade da moeda preservada, a economia brasileira ficou mais forte de 2003 para cá. Ou seja, a vulnerabilidade externa do país caiu, os picos de inflação se tornaram mais brandos, o crescimento da economia se intensificou, a taxa de investimento tem aumentado e há mais brasileiros empregados formalmente."
Nesse caso, viva Lula ou viva Meirelles? Somente lembrando que eles assumiram o governo em janeiro de 2003 em meio à desconfiança do mercado. Porém, como Lula é muito inteligente, ele esqueceu ou rasgou (não sei) a cartilha econômica petista e hoje temos uma situação que veio de uma "herança bendita" de FHC.

CAPITALISMO - CRISE 2008

Como ocorreu em outras épocas antigas e até recentes, crises são inerentes ao sistema capitalista. A vantagem é que ele resurge mais forte e com maior capacidade de solucionar os problemas, melhorando o padrão de vida das sociedades que adotam seus conceitos.
Entendo que a atual crise é resultado apenas de uma palavra: "GANÂNCIA". Não recordo de onde li essa palavra, mas não sou o único a utilizá-la. Quando todos querem ganhar ao mesmo tempo, alguma coisa pode não dá certo e alguém será prejudicado.
Que fique claro, no entanto, que viver num período de baixa inflação, crescimento econômico, taxas de juros baixas e estabilidade macroeconômica é o objetivo que precisamos perseguir e atingir para o benefício de todos.
Aguardem um pouco que, em breve, tudo retornará ao normal.

USA: McCain x Economistas

Anteriormente registrei meu entusiamo pela candidatura de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos, devido ser o representante do Partido Democrata, que é considerado mais à esquerda, o que favorece políticas sociais e econômicas liberais. Na verdade, o que acho relevante na política americana é que as diferenças e/ou divergências entre os Partidos Democrata e Republicano se tornam mínimas quando um deles chega à Presidência. O que vale mesmo é defender os interesses dos Estados Unidos e nisso eles são ótimos.
De qualquer maneira, mesmo ciente que o resultado da eleição NÃO alterará substancialmente a política americana, acredito que a chapa Obama/Biden vencerá as eleições e, mais numa vez, os Democratas assumirão à Presidência.
Isso é bom para os Economistas, pois li recentemente no site do Freakonomics.com que em junho de 2008, em evento em Nova York, McCain não falou bem sobre nossa área.
Leiam o que ele disse: "Eles [os economistas] são os mesmos, eu acho, que não nos avisaram sobre a crise do empréstimo imobiliário subprime. São aqueles que não nos disseram sobre o calapso pontocom. E são aqueles que não nos alertaram sobre a inflação que se aproxima. Eu tenho que recorrer ao velho ditado de que se todos os economistas do mundo ficassem lado a lado, não chegariam à conclusão alguma. Logo, eu confio nas pessoas, não nos chamados economistas, para dar ao povo americano um pouco de alívio."
Depois dessa mensagem, fico pensando em quem (se eleito), McCain ouvirá à respeito de Economia.

domingo, 14 de setembro de 2008

EDUCAÇÃO É TUDO - EXATAMENTE

Que estamos ouvindo falar desde XXXX que o Brasil precisa de EDUCAÇÃO para tornar-se um país de verdade, com crescimento econômico similar aos países de primeiro mundo, não é nenhuma novidade.
Novidade mesmo é o governo implantar nas escolas, aulas de música, filosofia e sociologia, quando, na maioria dos colégios, o que faz falta são aulas de ciências exatas. Espero que o Ministro da Educação Fernando Haddad leia a entrevista das páginas amarelas de VEJA, onde o Professor Eric Hanushek, da Universidade Stanford, cita que "DE TODAS AS DISCIPLINAS APRESENTADAS AOS ALUNOS, SÃO AS CIÊNCIAS EXATAS QUE, HOJE, TÊM O MAIOR PESO PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO".
É importante recordar que colegas como http://bdadolfo.blogspot.com/ - http://raciocioniosespurios.blogspot.com/ -http://behbastos.blogspot.com/ -http://gustibusgustibus.wordpress.com/ - http://precodosistema.blogspot.com - já tinham comentando com propriedade esse assunto em seus blogs dias atrás, o que reforça a importância do mesmo e a mudança que deve ser realizada. E com URGÊNCIA. Ou, continuaremos sendo o país do FUTURO.

BELÉM - NOTÍCIAS

Para os meus dois quase leitores, duas excelentes notícias para quem estiver em BELÉM: 1 - De 19 a 28/09/2008, no Hangar, visite a XII Feira do Livro Pan-Amazônica. 2 - De 18 a 20/09/2008, no Iguatemi, visite a 4ª Feira dos EUA. Com certeza, nos encontraremos por lá.

ORTODOXOS X HETERODOXOS

Recentemente, desde que a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento) emitiu um documento criticando o socorro que o governo americano fez as instituições hipotecárias Fanny Mae e Freddy Mac, que vários colegas, articulistas e analistas dos mais variados matizes, estão eufóricos com a notícia. Para eles, mercado bom é o mercado estatal à la Keynes e a prova que estava faltando foi finalmente comprovada.
Aqui, diretamente da minha selva amazônica, lamento discordar desse tipo de análise. Existem situações que a intervenção estatal é devida, correta e necessária. Vide o atual caso americano, que não podemos comparar com a crise de 1930. Fato é que o mercado deve funcionar livremente, com as empresas atendendo seus consumidores e quem não conseguir ajustar-se ao Preço de Equilíbrio e quebrar, com certeza, outras empresas virão substituí-las, numa visão de "destruição criativa" do capitalismo proposta por Schumpeter, um dos maiores economistas do século XX.
Portanto, senhores e senhoras, com as inovações tecnológicas e o empreendedorismo dos empresários conseguindo atender a demanda existente, cabe ao estado apenas zelar pelas atividades básicas da sociedade tais como a educação, saúde e segurança, GASTANDO o dinheiro dos nossos impostos da forma mais correta possível. Intervenção estatal no Banco Central ou fixação da taxa de câmbio pelo governo não devem ser programas de nenhum governante inteligente.
Com o governo fazendo a sua parte de garantir os direitos de propriedade e realizando as reformas em setores que dela necessitam, o mercado trabalhará eficazmente de maneira que o crescimento do PIB e os investimentos continuarão a fazer do Brasil de fato, uma economia moderna e com maior poder de resistir aos choques das crises externas.

MERCADO: OFERTA X DEMANDA

Neste final de semana em Belém ao abastecer com 40,177 litros de gasolina meu possante carro 1.0, verifiquei que a R$ 2,769 o litro, fui debitado diretamente na minha conta bancária o valor de R$ 111,25.
Ao perguntar ao frentista o motivo do aumento, ele calmamente explicou-me que o abastecimento em Belém estava com problemas devido a dificuldades e atrasos na atracação de navios devido a maré etc etc etc.
Na hora fiquei em dúvida: esta mesma explicação eu escutara dias atrás e, pelo que tinha lido depois, o abastecimento na cidade estava normalizado. Portanto, NÃO teria motivos para CONTINUAR com o preço no mesmo patamar de alta.
Afinal, quanto tempo demora para que a lei da Oferta e da Demanda funcione em Belém e o Preço de Equilíbrio retorne ao seu lugar? Como sabemos que os mercados se movem para o equilíbrio, "desconfio" que algo esteja errado neste atual preço da nossa gasolina (uma das mais caras do Brasil).
Acreditando que os donos de postos aumentaram seus preços numa tentativa de conter o consumo, porque agora, com os postos reabastecidos pelos navios, os donos não retornam seus preços ao que nós, consumidores, estávamos pagando anteriormente?

REINALDO AZEVEDO - O LIVRO

Conforme já está escrito na capa do livro "O PAÍS DOS PETRALHAS", Reinaldo Azevedo é o autor do blog de política mais influente do Brasil.
Como estou em Belém, fui direto na livraria e já estou lendo com prazer o elaborado texto do Reinaldo. Como sou fiel leitor de seu blog, de suas colunas na VEJA e conheço-o desde os tempos da "Primeira Leitura", mesmo que, até o momento, grande parte do material eu já tenha lido, a leitura atual permite apenas confirmar que ele tinha razão quando escreveu.
A resenha na VEJA foi escrita pelo Diogo Mainardi, que confirma: Reinaldo Azevedo é o melhor articulista do país.
Altamente recomendável.
Duas notas do livro:
1 - PETRALHA é um neologismo criado da fusão das palavras "PETISTA" e "METRALHA" - dos Irmãos Metralha, sempre de olho na caixa forte do Tio Patinhas. Um petralha defende o "roubo social". Ele não vê mal nenhum em assaltar os cofres públicos desde que seja para a construção do "partido".
2 - "Tudo que é bom para o PT é ruim para o Brasil".

domingo, 7 de setembro de 2008

BANCO CENTRAL - INDEPENDÊNCIA OU MORTE

Como hoje é FERIADO NACIONAL pelo SETE DE SETEMBRO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, recordei da INDEPENDÊNCIA OU NÃO do Banco Central do Brasil. Afinal, podemos considerar o BACEN independente?
Diversos artigos e textos são publicados continuamente sobre este assunto, porém a VEJA desta semana, no seminário que comemorou seus 40 anos, concluiu que SE o Banco Central brasileiro tivesse a independência assegurada por lei, a taxa real de juros cairia imediatamente até 3 pontos percentuais (de 7% para 4% aa) e o crescimento do país saltaria dos atuais 5% para 7% aa.
Então pergunta: Qual a justificativa para não termos um BC independente? E eu acrescento: Como nunca antes neste país tivemos, por lei, um BC independente e Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil no dia 7/09/1822, porque alguém próximo ao Lula não avisou-lhe que hoje, 7/09/2008, seria um ótimo dia para ele, Lula, proclamar a Independência do B...anco Central do B...rasil? Então teríamos no próximo dia 7 de setembro, dois bons motivos para comemorar.
Dentre os diversos critérios para avaliarmos o grau de independência de um Banco Central, um deles é o grau de rotatividade dos dirigentes. Nesse caso, estamos com nota dez, uma vez que o governor Meirelles está no BACEN desde janeiro de 2003. Outro critério tem a ver com os estatutos do próprio Banco Central, onde nele deve conter os limites da interferência do Poder Executivo sobre a política monetária. Nesse caso, bastaria ao Lula colocar a sua assinatura e receberíamos outra nota dez.
Tenho sempre que posso lido as Atas do COPOM e entendo que desde quando em 21/06/1999 o Presidente FHC estabeleceu a sistemática de "metas para a inflação", de certa maneira "impôs" o assunto como diretriz da política monetária, cabendo ao executante (o BACEN) promover o seu cumprimento, independentemente de quem está sentado na cadeira principal do Palácio do Planalto. Entretanto, temos que saber que somente o regime de "metas para a inflação" não é o único responsável pela redução dos indicadores inflacionários.
Reconheço que trata-se de assunto polêmico e que, como quase sempre ocorre na ECONOMIA, você lê numerosos artigos a favor e outros totalmente contrários, porém, todos com a sua razão. No meu caso, entendo que necessitamos regulamentar este assunto ainda no governo Lula, registrando definitivamente em lei a independência do Banco Central do Brasil.
Não foi fora de propósito que em uma das últimas edições da Newsweek Meirelles responde que "Everything changed when the Brazilian economy became stable. Now people say, 'What can we learn from Brazil?' OR "People come to me and say 'Thank you for keepiong inflation on target. Thank you for taking care of the future of our country'".
Como estamos próximos de eleição, é bom registrar que a mesma não rima com inflação.

PUBLICIDADE - BANCO ITAÚ

Trata-se de um tipo de marketing que vem funcionando há anos e comigo aconteceu, pelo que recordo, umas três vezes. Porém, considero impressionante a forma do contato da empresa atrair seu cliente.
Ao abrir as páginas da VEJA - edição especial 40 anos, vejo na contracapa um anúncio do Banco ITAÚ, EXCLUSIVO para este leitor de VEJA, com meu nome completo bem no topo. Não satisfeitos com isso, na contracapa final, além do meu nome, eles recomendam até o endereço da agência que realmente é próxima ao endereço onde a revista é entregue.
Acredito que esse tipo de anúncio seja caro para o anunciante, deva ter um bom programa para imprimir dentre os mais de 1.200.000 exemplares o meu nome num único exemplar, porém, que é direto ao coração do cliente, não tenho dúvidas.

REVISTA VEJA - 40 ANOS

Recebi hoje a edição especial dos 40 anos de VEJA. São 290 páginas mostrando como estava o mundo em 1968 e agora em 2008. Além dela, recebi a edição normal com suas 166 páginas. Em qualquer lugar do mundo são muitas páginas numa única semana.
Sou leitor de VEJA desde meus tempos de IBIAPINA-CE, quando lia emprestada da casa do meu padrinho Francisco de Freitas. E reconheço que se não sou leitor há 40 anos, por baixo leio desde meados de 1978. E lá se vão quase 30 anos.
Como toda publicação, VEJA tem seus críticos e seus admiradores. Revendo as capas das edições que ja li, é como se realizasse um retorno ao túnel do tempo de minha vida, a cada semana. Edições brilhantes, outras nem tanto, mas VEJA merece que eu continue sendo seu leitor por mais 40 anos. Parabéns VEJA e Editora ABRIL pelo conjunto da obra.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

RODRIGO CONSTANTINO - VIVA A AMÉRICA!

Dentre os vários blogs que, quando possível, leio, um dos que admiro é o do Rodrigo Constantino, no endereço: http://rodrigoconstantino.blogspot.com/. Economista formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças no IBMEC, tem um texto envolvente, inteligente e com conhecimento de causa.

Por esses motivos, dentre outros, não posso deixar de transcrever um breve comentário que ele fez, quando de recente visita aos Estados Unidos e que li por esses dias.

"Depois de Indiana, segui para Nova York, e visitei inúmeros fundos de investimento. Quando saímos do Brasil e pisamos na civilização, lembramos melhor que vivemos na barbárie. Somos como sapos escaldados, acostumados com a elevada temperatura porque esta foi subindo gradualmente, passando a fazer parte do nosso cotidiano. Achamos normal não poder mais sair nas ruas de noite, andando com calma para os lugares, carregando objetos de valor sem grandes preocupações. O que deveria ser algo básico é simplesmente inimaginável para os brasileiros. Em Nova York, uma multidão caminha pelas ruas até elevadas horas, com câmeras modernas penduradas no pescoço e relógios de marca no pulso. Carros conversíveis circulam sem problemas, e até Ferrari fica estacionada sem alarde nas ruas. Vi dezenas de Porsches pelas ruas, até porque um Porsche custa quatro vezes menos que no Brasil, para um público consumidor bem mais rico. É caro – e perigoso – ser brasileiro!

Nova York é um lugar onde as coisas acontecem, onde as coisas funcionam. A economia americana está em crise, em boa parte por culpa do próprio governo, seja pelo excesso de regulação ou pela abundante liquidez estimulada pelo Fed. O pessimismo ainda faz parte das previsões de muitos gestores de fundos, extremamente preocupados com o futuro do país, que com certeza cometeu excessos que devem ser digeridos, de preferência sem a intervenção estatal. Mas é difícil pensar em algum substituto real para os Estados Unidos como epicentro financeiro do mundo. Somente lá encontramos a combinação de sólido império da lei com extrema flexibilidade para adaptação, na escala que vemos, com 300 milhões de habitantes. Quem será o novo centro da economia global? A China? A Europa? O Brasil? Quando vemos a realidade fora dos Estados Unidos, entendemos porque eles sempre saem fortalecidos das crises, e conseguem manter a liderança.

Agora estou de volta à selva brasileira, onde dirigimos sempre paranóicos em cada sinal de trânsito, olhamos atentos para cada lado nas ruas e passamos por crateras que fazem o “asfalto” parecer mais um queijo suíço. Estou de volta ao país onde o governo se mete em tudo, em cada mínimo detalhe de nossas vidas. Ao menos estou de volta com o seguinte adesivo colado no carro: “Não Roube. O Governo Detesta Competição”. É verdade que está escrito em inglês, pois no Brasil eu jamais vi à venda algo parecido, ainda que o conteúdo seja perfeito para nossa realidade. É lamentável constatar a oportunidade perdida nesse país, ver o que poderíamos ser não fosse tanta interferência do governo nas áreas fora de suas funções básicas, que acabam negligenciadas. Enquanto o povo brasileiro não resolve acordar, só me resta concluir: Viva a América!"

Alguém contesta que ele está errado? Tenha certeza Rodrigo, que muitos pensam como você. SE, você, um dos meus dois leitores, tem esta visão do Brasil, porém mora no eixo SP/RJ/DF, imagine como funciona o Estado em lugares como o interior do Pará. Fato é que precisamos melhorar e, como estamos aqui, nosso objetivo é fazer o melhor por este lugar, ajudar a difundir uma consciência pelo respeito à pessoa e tornar nossa atual região, uma lugar onde as coisas funcionem. Sei que poderá demorar, mas a riqueza da região e o valor do seu povo podem e devem provocar MUDANÇAS. (Agora lembrei foi do Obama, mas vale o sentido dele também). No momento, ainda não dá para dizer: Viva o Brasil.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...