sábado, 16 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ECONOMIA: HERANÇA BENDITA.

O Economista e Professor CLAUDIO SALM, 67 anos, graduado pela Universidade Federal do Rio, com pós-graduação no Chile e doutorado na Unicamp. Sua tese, Escola e Trabalho, foi publicada pela editora Brasiliense em 1982, em entrevista hoje na FOLHA DE S. PAULO:

FOLHA - Quais são os indícios de que, entre os governos FHC e Lula, houve continuidade, e não ruptura, nas políticas sociais?

CLAUDIO SALM - Do ponto de vista da política econômica já sabemos que não houve qualquer ruptura, como o próprio Lula havia anunciado que não haveria, em 2002, na famosa Carta aos Brasileiros. Eu diria até que, em alguns aspectos, como o da política monetária, Lula é mais conservador que FHC. Conservador no sentido do excessivo cuidado em relação à banca. Quanto à política social, é só conferir os números. O período Lula é uma continuidade do período FHC, com tudo o que tem de bom e de ruim. Houve uma progressão contínua na qualidade de vida dos 25% de brasileiros mais pobres. Desde 1996, vários indicadores melhoram mais ou menos no mesmo ritmo: acesso às redes de água e esgoto, coleta direta de lixo, iluminação elétrica, posse de telefone, máquina de lavar. Essa conversa de herança maldita é pura bobagem.

NOTÍCIAS DA CHINA!

A China alcançou mais um recorde em 2009. Detentora do maior mercado automotivo e siderúrgico do mundo, o país superou a Alemanha e foi o que mais exportou no ano passado. Foram exportados mais de US$ 1,2 trilhão em produtos, acima dos US$ 1,17 trilhão previstos para as exportações da Alemanha. Segundo reportagem do Estado, a crise global acelerou o crescimento da China, estimulada pelo incentivo governamental de US$ 586 bilhões, fazendo com que a economia e o consumo fossem mantidos em alta, enquanto os Estados Unidos e outros mercados enfrentavam dificuldades com a recessão.

domingo, 10 de janeiro de 2010

ECONOMIA: ANÁLISE

A lição da recessão é clara. O ponto fraco do capitalismo não é o mercado de trabalho, mas o mercado financeiro. Na pior das hipóteses, as falhas do mercado de trabalho impõem modestos custos sociais por ineficiência, enquanto as falhas dos mercados de capitais prejudicam severamente a sociedade, e os mais graves problemas são infligidos aos trabalhadores, e não aos responsáveis pelos desastres financeiros.

RICHARD FREEMAN, é professor de Economia na Universidade Harvard e codiretor do programa de mão de obra e vida profissional na Escola de Direito de Harvard. Ele também é pesquisador sênior de mercados de trabalho no Centro de Desempenho Econômico da London School of Economics, dirige o Science and Engineering Workforce Project (SEWP) no Serviço Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos e escreveu hoje na FOLHA DE S. PAULO o artigo “UMA RECUPERAÇÃO SEM EMPREGOS?

ECONOMIA: REVENDO CONCEITOS

ECONOMIA é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos.

DEZ Princípios de Economia:

Como as Pessoas Tomam Decisões

1 – As pessoas enfrentam tradeoffs

2 – O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la

3 – As pessoas racionais pensam na margem

4 – As pessoas reagem a incentivos

Como as Pessoas Interagem

5 – O comércio pode ser bom para todos

6 – Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

7 – Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

Como a Economia Funciona

8 – O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços

9 – Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

10 – A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego

sábado, 9 de janeiro de 2010

IT'S THE ECONOMY, STUPID!

Diretamente das melhores bancas do mundo, ao preço de US$ 6,99 nos Estados Unidos, 5,50 na zona do euro e R$ 29,90 no Brasil, acima a capa desta semana da revista mais influente do mundo.

ECONOMIA E IGREJA

Amanhã, dia 10/01/2010, será o lançamento pela Igreja Católica da Campanha da Fraternidade 2010 - "FRATERNIDADE E ECONOMIA", cujo lema será: "Vocês não podem servir a DEUS e ao dinheiro" - Mt 6,24.

SEM ESQUECER O PASSADO

Do blog do colega Leo Martins - http://leomrtns.blogspot.com, com dados da politicamente correta The Economist, vale começar este 2010 sem esquecer o que já passamos neste BRASIL:

  • 1973-79: os choques do petróleo
  • 1982: a dívida
  • 1986: o Plano Cruzado
  • 1990: o Plano Collor
  • 1994: a crise da tequila
  • 1997: a crise asiática
  • 1998-99: a crise russa e dos fundos de cobertura
  • 2001-02: o estouro da bolha das ponto-com e a dívida da Argentina
  • 2007-?: a crise financeira global.

ECONOMIA EM UMA NOVA DÉCADA

Existe agora uma nova Economia? Quando um psicólogo é premiado com o Nobel estamos lidando com uma Neuroeconomia? GEORGE AKERLOF, professor de Economia na Universidade de Berkeley e ROBERT SCHILLER, economista da Universidade Yale escrevem que: “O grande problema com a MACROECONOMIA hoje é que os economistas ainda não entenderam o que move a economia. Muitos imaginaram que eram apenas as mudanças tecnológicas ou as ações dos bancos centrais”.

Afinal, em qual direção irá a ECONOMIA a partir desta década? A crise será um divisor de idéias e soluções? Como um estatístico como NASSIN TALEB brilha no ninho dos economistas?

GRAND HOTEL CA'D'ORO

Quando morei em São Paulo sempre desejei passar uma noite no lendário Grand Hotel Ca’d’Oro, localizado na famosa Rua Augusta, o primeiro cinco estrelas da cidade. Por lá passaram dos monarcas como Juan Carlos, da Espanha e Gustavo Adolfo, da Suécia, ao presidente François Mitterrand, dos poetas Vinicius de Moraes e Pablo Neruda aos prêmios Nobel Linus Pauling e Nelson Mandela, de Luciano Pavarotti a Roberto Carlos, de Jorge Amado a Rachel de Queiroz, passando por Gore Vidal. Realmente acho que somente faltou o meu nome...

É uma parte do charme e da nobre São Paulo que se vai e que deixará saudades.

BRASIL: RESERVAS 2009

O Brasil encerrou o ano de 2009 com US$ 239,054 bilhões nas reservas internacionais. É o nível mais alto já registrado pelo Banco Centra para o último dia útil do ano, considerando a série histórica iniciada em 1970. No final de 2008, o país contava com US$ 206,806 bilhões aplicados no exterior. O crescimento de 15,6% é alto, mas não é o maior registrado: entre 2006 e 2007, as reservas internacionais saltaram de US$ 85,839 bilhões para US$ 180,334 bilhões, aumento de 110,1%.

PAUL SAMUELSON - A LENDA

O colega Marcos Fernandes Gonçalves Da Silva, coordenador pedagógico da Escola de Economia da FGV-SP, escreve na ultima ÉPOCA Negócios sobre o sempre presente Paul Samuelson.

Escrever o obituário de Paul Anthony Samuelson, morto no dia 13 de dezembro, é uma tarefa enriquecedora. Mesmo quem discorda dele, aqui ou acolá, respeita seu trabalho. Samuelson nasceu em Gary, Indiana, em 1915. Graduou-se na Universidade de Chicago, mas foi em Harvard que recebeu o Ph.D. em economia em 1941, com uma tese que, transformada em livro, viria a fundamentar a ciência econômica. Seu título: Fundamentos da Análise Econômica. Junto com Valor e Capital, de John Hicks, Prêmio Nobel de 1972, este livro marca o início da consolidação analítica da teoria neoclássica em economia. Além disso, Samuelson escreveu um manual de introdução à economia que durante décadas foi hegemônico no mercado.

Nas vidas profissional e pessoal de Samuelson sempre estiveram presentes economistas importantes. Um dos maiores do século passado, Joseph Schumpeter, foi seu professor e membro de sua banca de doutorado. Nicholas Georgescu-Roegen, matemático e economista romeno, era seu amigo. E em sua família há economistas de monta, como o sobrinho Larry Summers, ex-secretário do Tesouro americano e atual assessor econômico de Obama.

Samuelson estudou física na graduação e, mais tarde, ao longo de sua formação como economista, carregou para a análise econômica uma visão de processos baseada na termodinâmica. Neste particular, é notável a influência de Georgescu-Roegen, admitida no discurso de aceitação do Prêmio Nobel de Economia, em 1970. Esse documento é uma genealogia intelectual de Samuelson. Sua leitura revela que ele também foi influenciado por Ernst Mach, físico e filósofo austríaco que antecipou a ideia de tempo relativo e foi fundamental na formação tanto de Einstein como de Schumpeter.

Não se entende como Samuelson via a economia e como revolucionou seu estudo sem levar essa influência em conta. Explico: para Mach, o conhecimento científico é meramente empírico, não cabendo ao cientista nenhuma inferência sobre a natureza metafísica do mundo. Matemática é a linguagem da ciência e propicia a “economia de pensamento”, isto é, a construção de modelos elegantes, simples, literalmente econômicos. Esta ideia foi fundamental para Schumpeter, pois ele avaliava que a ciência econômica deveria ser meramente descritiva e que a formalização matemática seria seu sinal de maturidade. Como também fica claro na palestra do Nobel, a influência de Mach foi decisiva para a construção de Fundamentos.

No campo acadêmico, Samuelson travou uma batalha intelectual com vários economistas, entre eles a britânica Joan Robinson, da Universidade de Cambridge. O embate intelectual conhecido como a “controvérsia do capital” abriu espaço para Joan criticar a forma como os economistas neoclássicos, entre eles Samuelson, analisavam o valor e o capital na teoria econômica. A “controvérsia do capital” foi vencida, como o próprio Samuelson reconheceria, por Joan Robinson e seus aliados. Contudo, tal vitória foi pírrica: quem passou para a história como vencedor foi ele. No campo do debate público, Samuelson sempre foi um democrata de esquerda, pelos padrões americanos. Crítico do neoliberalismo de Hayek e Milton Friedman, ele propunha maior ativismo do Estado.

CEARENSE É FORTE E ESTUDIOSO.

Com alegria essa eu li no nosso jornal O POVO, de FORTALEZA: “A barreira para chegar às melhores faculdades tecnológicas do País é do tamanho do vestibular. Que não é qualquer um: poucas vagas, concorrentes dedicados, conteúdo aprofundado de Química, Física e Matemática. Mas os estudantes cearenses têm encarado o desafio à altura. Fortaleza foi a cidade com o maior número de aprovados tanto no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) como no Instituto Militar de Engenharia (IME)."

Cearense é antes de tudo um povo forte. E estudioso.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O QUE ESPERAR DEPOIS DA CRISE?

Editorial da Folha de S. Paulo de hoje - "DEPOIS DA CRISE", comenta a atual situação econômica mundial.
Foram dois os desequilíbrios que levaram à debacle financeira deflagrada em setembro de 2008. Durante duas décadas, houve no mundo rico um progressivo endividamento, concentrado nas famílias e nos bancos -a regulação débil, por ideologia e problemas operacionais, foi incapaz de detectar e evitar os excessos.
Além disso, a emergência da China como protagonista na economia mundial perturbou a tradicional ordem das coisas.
Ao longo da década de 2000, a China optou por não permitir a valorização de sua moeda, o que seria o curso natural para um país com forte impulso na produtividade e superavits comerciais crescentes. Pequim adotou uma versão moderna de mercantilismo e logo acumulou reservas internacionais de US$ 2 trilhões, superiores ao PIB do Brasil.
Esse dinheiro foi reciclado no sistema financeiro ocidental e, numa inversão do padrão histórico, direcionado aos países ricos. Contribuiu para manter baixas as taxas de juros nos EUA e na Europa e acelerou o endividamento dessas economias. No fim da corrente de crédito estavam, principalmente, financiamentos imobiliários feitos pelos bancos.
A crise foi desencadeada pelo esgotamento da capacidade de tomar empréstimos das economias ricas, o que levou à interrupção do circuito, à queda nos preços dos imóveis e, por conseguinte, à insolvência dos bancos.
A alternativa no calor da crise foi recorrer a uma profunda intervenção do Estado, por meio de capitalização e injeção ilimitada de recursos no sistema financeiro e na economia em geral, com a forte expansão dos gastos públicos. O primeiro grupo de medidas pretendeu evitar a paralisia do que pode ser descrito como óleo lubrificante do capitalismo. O segundo tentou preencher o vácuo de demanda privada que se seguiu à crise. Em conjunto, tais iniciativas afastaram o risco de depressão.
Passada a fase aguda, ficam os problemas crônicos, que vão balizar a economia mundial a partir deste ano de 2010.
Um dos principais gargalos é o endividamento público nos países ricos. A maioria deles continuará a incorrer em deficits entre 5% e 10% do PIB em 2010 e 2011. A dívida pública chegará a patamares inéditos em tempos de paz, entre 80% e 100% do PIB.
Já está colocada a necessidade de reduzir esses deficits em horizonte não muito longo, sob pena de incorrer-se em riscos financeiros severos para os governos e em inflação. A liberdade da política econômica nesses países centrais ficará, portanto, seriamente restrita no curto prazo.
Em 2010, os capitais despejados em abundância pelos Bancos Centrais serão em parte recolhidos, mas os juros devem continuar baixos. Tal combinação é um risco, no contexto de forte crescimento dos emergentes. Pode alimentar uma nova inflação de "commodities" e sobreaquecer os países mais dinâmicos. Em alguns deles -China, Índia e Brasil-, já está clara a necessidade de políticas mais restritivas.
Até por esse motivo, o potencial de instabilidade da economia global ainda é grande. Ao Brasil convém uma estratégia cautelosa, a fim de evitar desequilíbrio externo significativo.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...