quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SEM EDUCAÇÃO NÃO SOMOS NADA!

Enquanto o BRASIL não MUDAR sua EDUCAÇÃO, continuaremos a ser este país de 3º mundo. Relatório “EDUCAÇÃO PARA TODOS”, divulgado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura - UNESCO coloca o nosso país na 88ª posição, atrás de “gigantes” como o PARAGUAI, EQUADOR e a BOLÍVIA. Isso é uma VERGONHA. É LAMENTÁVEL. Foram estudados 128 países e entre os primeiros estão a NORUEGA – nota 0,995, JAPÃO e ALEMANHA. Os piores foram a GÂMBIA, o NEPAL e o DJIBUTI – nota 0,709. Cada país recebeu uma nota, que varia de 0 a 1, sendo 1 a mais alta, com o BRASIL obtendo como resultado a nota 0,883.

Será que NINGUÉM consegue enxergar como está PÉSSIMA a EDUCAÇÃO neste país? E isso vale também para a educação no tratamento entre as pessoas, na rua, no trânsito, no elevador do prédio, nos orelhões quebrados, no atendimento ao celular no horário da refeição, na falta de leitura, na maneira de querer sempre passar o outro para trás etc etc etc. Fico realmente desolado quando observo, por exemplo, a falta de conhecimento e leitura dos alunos que estão agora no ensino médio. Precisamos MUDAR essa situação oferecendo ENSINO com a qualidade que existe nos países de 1º mundo.
SE nada fizermos, seremos o eterno país da "bolsa família: bolsa escola - cartão alimentação - auxílio gás - bolsa alimentação etc etc etc"...

O PIB EM 2010

Relatório do Banco Mundial registra que "O Brasil terá neste ano um crescimento inferior ao da média dos países em desenvolvimento e há risco de formação de uma bolha no preço de ativos (como ações).
Pela previsão da entidade, o PIB brasileiro se expandirá em 3,6%, graças especialmente à recuperação do investimento e do consumo privado, assim como pela forte demanda externa, principalmente da China."
Não devemos esquecer que 2010 é ano eleitoral e tudo será feito para eleger...

ESTA DUPLA É DE UM!

Esta charge está lá no blog do Ricardo Noblat, um dos mais lidos deste BRASIL, e tem tudo a ver com o dia de hoje.

AULA DE ECONOMIA

Esta eu já tinha lido, mas um fiel leitor enviou-me para postar e aqui está:

Vejam só que matemática interessante:

Numa cidade, os habitantes, endividados estão vivendo à custa de crédito.

Por sorte chega um gringo e entra no único hotel.

O gringo saca uma nota de R$ 100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.

Enquanto o gringo vê o quarto, o gerente do hotel sai correndo com a nota de R$ 100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.

O açougueiro, pega a nota e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo. O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário liquidar sua dívida.

O veterinário, com a nota de R$ 100,00 em mãos, vai até a zona pagar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise essa classe também trabalha a crédito).

A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, levava seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações, e paga a conta de R$ 100,00.

Nesse momento, o gringo chega novamente ao balcão, pede sua nota de R$ 100,00 de volta, agradece e diz não ser o que esperava e sai do hotel e da cidade.

Ninguém ganhou um vintém, porém agora todos saldaram suas dívidas e começam a ver o futuro com confiança!

Moral da história: Quando o dinheiro circula, não há crise!

LULA: ESTADISTA GLOBAL

Hoje na FOLHA DE S. PAULO: "Lula foi escolhido pelo Fórum de Davos como "Estadista Global". O Fórum de Davos é aquele que o PT de antigamente odiava, como símbolo do capitalismo mais malvado. Acho o prêmio muito justo. Mas fico curioso em saber se o outro fórum (o Social) daria prêmio igual ou parecido a Lula". Texto do CLÓVIS ROSSI.

Minha conclusão: Lula é um FHC com direito a filme.

O DESEMPREGO DOS RICOS

Para todos os empregados ou temporariamente não empregados, vale a pena a leitura do artigo do JOSÉ PASTORE, Professor de Relações do Trabalho da FEA-USP, publicado no ESTADÃO.

Quando olhamos para as taxas nacionais de desemprego, nós, pesquisadores, fotografamos a floresta, e não as árvores. Os jornalistas, ao contrário, começam sempre por descrever as dificuldades de personagens reais para, depois, apresentar uma visão global. As duas visões se completam. Mas, sem dúvida, a descrição das árvores reflete melhor os dramas humanos decorrentes da falta de emprego.

Tenho lido vários relatos de jornalistas sobre o assunto. Os danos do desemprego são sempre mais graves entre os mais pobres. Mas é desoladora a descrição do sofrimento dos desempregados nos países ricos.

Nos Estados Unidos, o número dos que perderam o emprego, o cartão de crédito e a própria casa é colossal. As consequências dessa combinação de infortúnios têm sido devastadoras. Em Nova York, os desempregados que não têm onde dormir estão passando as noites frias nos vagões dos metrôs e dos trens, em repetidas viagens de ida e volta. É o chamado "hotel ambulante". Outros disputam as cadeiras das salas de espera dos serviços de emergência dos hospitais, onde ficam aquecidos até o amanhecer. Durante o dia, recorrem às igrejas e às ONGs para se alimentar.

Para conseguir o apoio do seguro-desemprego ou do programa de auxílio-alimentação - food stamps -, é preciso preencher várias condições, o que é raro entre os que trabalham por dia (diaristas), principalmente os imigrantes com status ilegal. Estes perderam a condição de viver nos Estados Unidos e não têm recursos para voltar ao seu país - uma situação desesperadora que envolve adultos, idosos e crianças.

No Japão, a falta de onde morar entre os desempregados levou as autoridades a criar cubículos pouco maiores do que um caixão de defunto para acomodar os destituídos. É o que chamam de "hotéis-cápsula". São caixas de plástico de 2 metros de cumprimento, 1,5 metro de largura e 1 metro de altura, empilhadas na forma de beliches, nas quais as pessoas entram agachadas para descansar e, talvez, dormir.

Além de um pequeno colchão e um cobertor fino, os hotéis-cápsula oferecem uma lâmpada de leitura e uma minitelevisão com fones de ouvido para o som não perturbar o vizinho. Só em Tóquio já são mais de 16 mil "aposentos" - há muito mais no interior. O seu uso não é gratuito. Alguns desses hotéis alugam as caixas por dia, mas a maioria exige o pagamento de um mês. Por isso, só os "desempregados da elite" e que contam com o apoio do seguro-desemprego ou de algum programa assistencial é que podem arcar com essas despesas. É inacreditável que isso aconteça na segunda maior economia do mundo! O desemprego causa danos materiais, mentais e morais. Pesquisas recentes indicam que se elevou muito o número de pessoas atingidas por depressão e ansiedade em decorrência da prolongada desocupação nos países ricos ("Poll reveals trauma of joblessness in US", The New York Times, 14/12/2009).

À luz dos dados disponíveis, esses danos vão perdurar por um bom tempo. Os frágeis sinais de recuperação da economia dos países ricos não se traduziram até agora na criação de empregos.

Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego continua em torno de 10%, sem contar os milhões de americanos que, desalentados, pararam de procurar emprego. São cerca de 16 milhões de pessoas - o dobro do que ocorreu em 2007. Os que permaneceram empregados tiveram seus salários reais diminuídos.

No Japão, a taxa de desemprego ultrapassou os 6%, atingindo cerca de 5,5 milhões de pessoas, o que é assustador num país que sempre viveu em condições de pleno emprego e muita estabilidade.

Robert Reich, ex-ministro do Trabalho no governo Clinton e especialista em economia do trabalho, afirma que a taxa de desemprego nos Estados Unidos vai permanecer elevada por muitos anos. Alguns postos de trabalho não voltarão mais, porque migraram em definitivo para o exterior. Outros foram substituídos pelas máquinas. O Bureau of Labor Statistics do Ministério do Trabalho estima que a situação voltará a um frágil equilíbrio só em 2018.

No Brasil, as perspectivas de curto prazo são boas, embora, reconheçamos, muitos dos nossos desempregados já dormem debaixo de pontes. Mas precisamos de elevado bom senso para que o quadro atual não piore. Afinal, há dois anos ninguém poderia imaginar o que está acontecendo nos países ricos.

domingo, 17 de janeiro de 2010

UM POUCO DE HISTÓRIA ECONÔMICA

Conta a lenda que ADAM SMITH escreveu INDAGAÇÕES SOBRE A NATUREZA E AS CAUSAS DA RIQUEZA DAS NAÇÕES para passar o tempo. Não importa.
Fato é que, publicado em março de 1776, esse livro foi a declaração de independência para os ECONOMISTAS, como bem lembrou o Professor Todd G. Buchholz.
E, em 2010, SMITH ainda continua vivo. Ele não inventou o mercado, nem a economia. No entanto ele ensinou ao mundo a respeito do mercado e da economia.

FANTASIA E REALIDADE

Parte de um artigo do colega MAÍLSON DA NÓBREGA, na VEJA desta semana: O PT MUDOU O BRASIL? OU FOI O CONTRÁRIO?

Nunca antes na história deste país um partido se vangloriou tanto de feitos que não realizou. É o caso do PT. No seu último programa no rádio e na TV, o partido reivindicou o papel de marco zero. Até a estabilização da economia teria sido obra sua. Os petistas se jactam de ter mudado o país. Para um de seus senadores, 2009 foi "a segunda descoberta do Brasil".

No mundo, três transformações radicais sobressaem: (1) a Revolução Gloriosa (1688), que extinguiu o absolutismo inglês e levaria a Inglaterra à Revolução Industrial; (2) a Revolução Americana (1776), da qual surgiria a maior potência no século XIX; e (3) a Revolução Francesa (1789), a profunda mudança que substituiria os privilégios da nobreza, do clero e dos senhores feudais pelos direitos inalienáveis dos cidadãos.

Nada desse porte aconteceu no Brasil, nem agora nem antes. A independência foi declarada por dom Pedro, representante da metrópole. A República nasceu de um golpe de estado dado por Deodoro da Fonseca. A Revolução de 1930, a única que talvez possa ter esse título, promoveu mudanças, mas não daquela magnitude. Aqui não se viram rupturas nem violências. O regime militar findou sob negociação.

BRASIL MELHOR QUE ESTADOS UNIDOS?

O Brasil conseguiu reduzir a desigualdade de renda por dois quinquênios seguidos. É o que confirma o "Comunicado no 38 -Pobreza, Desigualdade e Políticas Públicas", que o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou recentemente.
A medida adotada foi o índice de Gini, que vai de 0 a 1, sendo 1 o maior grau de diferença. Entre 1995 e 2000, a redução foi de 1%. De 2000 a 2005, de 4,5%. Já nos EUA, o movimento foi inverso, com aumento da desigualdade de 6,5% no primeiro período e de 1,5% no segundo.

A CHINA É REALMENTE FORTE?

Thomas L. Friedman em seu último artigo no NYT pergunta: “Is China the Next Enron?

Custa pensar no assunto, nobres colegas defensores de uma potência mundial chinesa?

SUGESTÃO DE LEITURA

Este post merece ser lido por quem deseja aprofundar seu conhecimento na área de ECONOMIA, através da forte recomendação do colega ANTONIO DELFIM NETTO, diretamente da FOLHA DE S. PAULO.

A Segesta Editora (www.segestaeditora.com.br), de Curitiba, acaba de publicar o nono volume de sua imperdível coleção "Raízes do Pensamento Econômico". Trata-se de empreitada do maior alcance para a ampliação da nossa cultura econômica. As traduções são esmeradas, e a escolha dos textos, cuidadosa.
O nono volume da coleção é a obra clássica de Jean-Charles Léonard Simonde de Sismondi, "Novos Princípios de Economia Política", cuja primeira edição é de 1819. A segunda é de 1827.
Não poderia haver melhor oportunidade para servir Sismondi aos nossos jovens economistas do que o momento atual, quando o fracasso da administração econômica dos países transformou o Estado que prejudicava os "mercados" em seu "salvador de última instância"!
Para Sismondi, o Estado não é um corpo estranho na atividade econômica, mas parte integrante e decisiva para a sua boa realização. O papel do Estado no desenvolvimento econômico que olha para os menos favorecidos pela sorte é o fio condutor do seu pensamento.
Para ter uma ideia da importância de Sismondi, bastam duas indicações: 1ª) O mais distinto dos marxólogos, Maximilien Rubel, afirmou que, para Marx, Sismondi foi tão importante quanto Hegel; 2ª) a grande Joan Robinson disse que, na "Teoria Geral", Keynes deveria ter dado crédito a Sismondi, e não a Malthus, porque aquele é o seu verdadeiro precursor.
Aos 30 anos, Sismondi publicou o livro "De La Richesse Commerciale, ou Principes d'Economie Politique", uma habilíssima exposição das doutrinas de Adam Smith.
O livro consagrou-o como economista, a ponto de ser convidado para a cátedra de economia política da Universidade de Wilna.
Sismondi era um observador pragmático. Na sua visita à Inglaterra em 1819, ele testemunhou um quadro pavoroso. Uma crise financeira e industrial se abatia sobre o país, derrubando os salários abaixo do nível de subsistência, o que não encontrava explicação em Adam Smith. Isso levou Sismondi à reflexão que constitui os "Novos Princípios de Economia Política", que a Segesta põe agora à disposição de nossos economistas em excelente edição.
Sismondi recusou a Lei de Say, de que a "oferta cria sua própria procura"; desenvolveu uma noção clara do circuito econômico; antecipou o problema da demanda efetiva; introduziu um modelo dinâmico com variáveis datadas etc.
Ele anteviu o Estado do bem-estar e as modernas preocupações com a justiça social. No fim, o "socialista pequeno-burguês" (como a ele se referia Marx) foi mais conforme com o futuro do que o "socialismo científico". Que ninguém perca esse banquete!

"A HIPERVALORIZAÇÃO DO REAL"

Direto da FOLHA DE S. PAULO, o colega PAULO NOGUEIRA BATISTA JR. escreve sobre “A HIPERVALORIZAÇÃO DO REAL”.

Uma das principais fraquezas da economia brasileira é a força externa da moeda. É exagero falar em hipervalorização do real? Não me parece.
Segundo levantamento da Bloomberg, que inclui 51 moedas, o real foi a que mais se valorizou no ano passado. A apreciação de 2009 se soma a vários anos de alta do real.
Em termos reais, a taxa efetiva de câmbio -calculada em relação a uma cesta de 15 moedas e ajustada por índices de preços ao consumidor- subiu mais de 40% desde dezembro de 2003, segundo estimativa do Banco Central. A Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) obtém o mesmo resultado para esse período, calculando a taxa efetiva com base em 13 taxas bilaterais de câmbio.
Parte dessa valorização era inevitável. Ela reflete, em parte, os avanços do Brasil nos anos recentes. Mas, em 2009, chegamos a um ponto claramente problemático. É uma ilusão pensar que essa enorme apreciação cambial possa ser compensada por ganhos de produtividade ou reformas estruturais, como alguns economistas sustentam. E se o Banco Central resolver subir os juros em 2010, como muitos preveem, o problema tenderá a se agravar.
As consequências de uma grande e persistente sobrevalorização são velhas conhecidas nossas. A cada semana que passa, aparecem projeções piores para o balanço de pagamentos em 2010. O superavit comercial, que chegava a mais de US$ 40 bilhões por ano entre 2005 e 2007, ficou em US$ 25 bilhões em 2009 e deve cair para US$ 11 bilhões em 2010, segundo projeções de analistas do mercado coletadas pelo Banco Central (relatório Focus).
O mesmo relatório Focus aponta para um deficit no balanço de pagamentos em conta corrente de mais de US$ 40 bilhões neste ano (mediana das projeções). Alguns bancos calculam um deficit ainda maior. O Itaú Unibanco, por exemplo, projeta desequilíbrio de US$ 60 bilhões, o equivalente a mais de 3% do PIB (Produto Interno Bruto).
O resultado vai depender também do ritmo de expansão da economia brasileira. Um crescimento rápido da demanda interna, aliado à moeda valorizada, é a combinação ideal para produzir desequilíbrios perigosos em conta corrente.
O crescimento da economia pode refletir, por sua vez, uma política fiscal excessivamente expansiva. Ou, ainda, a ampliação do crédito induzida por entradas de capital estrangeiro. A oferta excedente de capital externo contribui, portanto, duplamente para o problema. Por um lado, leva diretamente à valorização da moeda nacional. Por outro, induz a expansão do crédito e da demanda agregada, reforçando a pressão sobre as contas externas.
Não se deve perder de vista que a persistente sobrevalorização do real tem também implicações de médio e longo prazos para a estrutura da economia. Pode afetar, por exemplo, o setor industrial e levar a uma diminuição do grau de diversificação da economia e da pauta de exportações. Esse processo parece já ter começado. Segundo a Funcex, o quantum exportado de produtos manufaturados acusou queda de nada menos que 25% no período janeiro-novembro de 2009 em relação a igual período de 2008.
Os manufaturados, que costumam ser mais sensíveis aos movimentos do câmbio, vêm perdendo peso relativo nas exportações do país. No exterior, a economia brasileira continua sendo celebrada em prosa e verso. Hora de se acautelar.

A ARTE DA POLÍTICA?

Direto do nosso DIÁRIO DO NORDESTE, políticos não mudam!

sábado, 16 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ECONOMIA: HERANÇA BENDITA.

O Economista e Professor CLAUDIO SALM, 67 anos, graduado pela Universidade Federal do Rio, com pós-graduação no Chile e doutorado na Unicamp. Sua tese, Escola e Trabalho, foi publicada pela editora Brasiliense em 1982, em entrevista hoje na FOLHA DE S. PAULO:

FOLHA - Quais são os indícios de que, entre os governos FHC e Lula, houve continuidade, e não ruptura, nas políticas sociais?

CLAUDIO SALM - Do ponto de vista da política econômica já sabemos que não houve qualquer ruptura, como o próprio Lula havia anunciado que não haveria, em 2002, na famosa Carta aos Brasileiros. Eu diria até que, em alguns aspectos, como o da política monetária, Lula é mais conservador que FHC. Conservador no sentido do excessivo cuidado em relação à banca. Quanto à política social, é só conferir os números. O período Lula é uma continuidade do período FHC, com tudo o que tem de bom e de ruim. Houve uma progressão contínua na qualidade de vida dos 25% de brasileiros mais pobres. Desde 1996, vários indicadores melhoram mais ou menos no mesmo ritmo: acesso às redes de água e esgoto, coleta direta de lixo, iluminação elétrica, posse de telefone, máquina de lavar. Essa conversa de herança maldita é pura bobagem.

NOTÍCIAS DA CHINA!

A China alcançou mais um recorde em 2009. Detentora do maior mercado automotivo e siderúrgico do mundo, o país superou a Alemanha e foi o que mais exportou no ano passado. Foram exportados mais de US$ 1,2 trilhão em produtos, acima dos US$ 1,17 trilhão previstos para as exportações da Alemanha. Segundo reportagem do Estado, a crise global acelerou o crescimento da China, estimulada pelo incentivo governamental de US$ 586 bilhões, fazendo com que a economia e o consumo fossem mantidos em alta, enquanto os Estados Unidos e outros mercados enfrentavam dificuldades com a recessão.

domingo, 10 de janeiro de 2010

ECONOMIA: ANÁLISE

A lição da recessão é clara. O ponto fraco do capitalismo não é o mercado de trabalho, mas o mercado financeiro. Na pior das hipóteses, as falhas do mercado de trabalho impõem modestos custos sociais por ineficiência, enquanto as falhas dos mercados de capitais prejudicam severamente a sociedade, e os mais graves problemas são infligidos aos trabalhadores, e não aos responsáveis pelos desastres financeiros.

RICHARD FREEMAN, é professor de Economia na Universidade Harvard e codiretor do programa de mão de obra e vida profissional na Escola de Direito de Harvard. Ele também é pesquisador sênior de mercados de trabalho no Centro de Desempenho Econômico da London School of Economics, dirige o Science and Engineering Workforce Project (SEWP) no Serviço Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos e escreveu hoje na FOLHA DE S. PAULO o artigo “UMA RECUPERAÇÃO SEM EMPREGOS?

ECONOMIA: REVENDO CONCEITOS

ECONOMIA é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos.

DEZ Princípios de Economia:

Como as Pessoas Tomam Decisões

1 – As pessoas enfrentam tradeoffs

2 – O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la

3 – As pessoas racionais pensam na margem

4 – As pessoas reagem a incentivos

Como as Pessoas Interagem

5 – O comércio pode ser bom para todos

6 – Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

7 – Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

Como a Economia Funciona

8 – O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços

9 – Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

10 – A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego

sábado, 9 de janeiro de 2010

IT'S THE ECONOMY, STUPID!

Diretamente das melhores bancas do mundo, ao preço de US$ 6,99 nos Estados Unidos, 5,50 na zona do euro e R$ 29,90 no Brasil, acima a capa desta semana da revista mais influente do mundo.

ECONOMIA E IGREJA

Amanhã, dia 10/01/2010, será o lançamento pela Igreja Católica da Campanha da Fraternidade 2010 - "FRATERNIDADE E ECONOMIA", cujo lema será: "Vocês não podem servir a DEUS e ao dinheiro" - Mt 6,24.

SEM ESQUECER O PASSADO

Do blog do colega Leo Martins - http://leomrtns.blogspot.com, com dados da politicamente correta The Economist, vale começar este 2010 sem esquecer o que já passamos neste BRASIL:

  • 1973-79: os choques do petróleo
  • 1982: a dívida
  • 1986: o Plano Cruzado
  • 1990: o Plano Collor
  • 1994: a crise da tequila
  • 1997: a crise asiática
  • 1998-99: a crise russa e dos fundos de cobertura
  • 2001-02: o estouro da bolha das ponto-com e a dívida da Argentina
  • 2007-?: a crise financeira global.

ECONOMIA EM UMA NOVA DÉCADA

Existe agora uma nova Economia? Quando um psicólogo é premiado com o Nobel estamos lidando com uma Neuroeconomia? GEORGE AKERLOF, professor de Economia na Universidade de Berkeley e ROBERT SCHILLER, economista da Universidade Yale escrevem que: “O grande problema com a MACROECONOMIA hoje é que os economistas ainda não entenderam o que move a economia. Muitos imaginaram que eram apenas as mudanças tecnológicas ou as ações dos bancos centrais”.

Afinal, em qual direção irá a ECONOMIA a partir desta década? A crise será um divisor de idéias e soluções? Como um estatístico como NASSIN TALEB brilha no ninho dos economistas?

GRAND HOTEL CA'D'ORO

Quando morei em São Paulo sempre desejei passar uma noite no lendário Grand Hotel Ca’d’Oro, localizado na famosa Rua Augusta, o primeiro cinco estrelas da cidade. Por lá passaram dos monarcas como Juan Carlos, da Espanha e Gustavo Adolfo, da Suécia, ao presidente François Mitterrand, dos poetas Vinicius de Moraes e Pablo Neruda aos prêmios Nobel Linus Pauling e Nelson Mandela, de Luciano Pavarotti a Roberto Carlos, de Jorge Amado a Rachel de Queiroz, passando por Gore Vidal. Realmente acho que somente faltou o meu nome...

É uma parte do charme e da nobre São Paulo que se vai e que deixará saudades.

BRASIL: RESERVAS 2009

O Brasil encerrou o ano de 2009 com US$ 239,054 bilhões nas reservas internacionais. É o nível mais alto já registrado pelo Banco Centra para o último dia útil do ano, considerando a série histórica iniciada em 1970. No final de 2008, o país contava com US$ 206,806 bilhões aplicados no exterior. O crescimento de 15,6% é alto, mas não é o maior registrado: entre 2006 e 2007, as reservas internacionais saltaram de US$ 85,839 bilhões para US$ 180,334 bilhões, aumento de 110,1%.

PAUL SAMUELSON - A LENDA

O colega Marcos Fernandes Gonçalves Da Silva, coordenador pedagógico da Escola de Economia da FGV-SP, escreve na ultima ÉPOCA Negócios sobre o sempre presente Paul Samuelson.

Escrever o obituário de Paul Anthony Samuelson, morto no dia 13 de dezembro, é uma tarefa enriquecedora. Mesmo quem discorda dele, aqui ou acolá, respeita seu trabalho. Samuelson nasceu em Gary, Indiana, em 1915. Graduou-se na Universidade de Chicago, mas foi em Harvard que recebeu o Ph.D. em economia em 1941, com uma tese que, transformada em livro, viria a fundamentar a ciência econômica. Seu título: Fundamentos da Análise Econômica. Junto com Valor e Capital, de John Hicks, Prêmio Nobel de 1972, este livro marca o início da consolidação analítica da teoria neoclássica em economia. Além disso, Samuelson escreveu um manual de introdução à economia que durante décadas foi hegemônico no mercado.

Nas vidas profissional e pessoal de Samuelson sempre estiveram presentes economistas importantes. Um dos maiores do século passado, Joseph Schumpeter, foi seu professor e membro de sua banca de doutorado. Nicholas Georgescu-Roegen, matemático e economista romeno, era seu amigo. E em sua família há economistas de monta, como o sobrinho Larry Summers, ex-secretário do Tesouro americano e atual assessor econômico de Obama.

Samuelson estudou física na graduação e, mais tarde, ao longo de sua formação como economista, carregou para a análise econômica uma visão de processos baseada na termodinâmica. Neste particular, é notável a influência de Georgescu-Roegen, admitida no discurso de aceitação do Prêmio Nobel de Economia, em 1970. Esse documento é uma genealogia intelectual de Samuelson. Sua leitura revela que ele também foi influenciado por Ernst Mach, físico e filósofo austríaco que antecipou a ideia de tempo relativo e foi fundamental na formação tanto de Einstein como de Schumpeter.

Não se entende como Samuelson via a economia e como revolucionou seu estudo sem levar essa influência em conta. Explico: para Mach, o conhecimento científico é meramente empírico, não cabendo ao cientista nenhuma inferência sobre a natureza metafísica do mundo. Matemática é a linguagem da ciência e propicia a “economia de pensamento”, isto é, a construção de modelos elegantes, simples, literalmente econômicos. Esta ideia foi fundamental para Schumpeter, pois ele avaliava que a ciência econômica deveria ser meramente descritiva e que a formalização matemática seria seu sinal de maturidade. Como também fica claro na palestra do Nobel, a influência de Mach foi decisiva para a construção de Fundamentos.

No campo acadêmico, Samuelson travou uma batalha intelectual com vários economistas, entre eles a britânica Joan Robinson, da Universidade de Cambridge. O embate intelectual conhecido como a “controvérsia do capital” abriu espaço para Joan criticar a forma como os economistas neoclássicos, entre eles Samuelson, analisavam o valor e o capital na teoria econômica. A “controvérsia do capital” foi vencida, como o próprio Samuelson reconheceria, por Joan Robinson e seus aliados. Contudo, tal vitória foi pírrica: quem passou para a história como vencedor foi ele. No campo do debate público, Samuelson sempre foi um democrata de esquerda, pelos padrões americanos. Crítico do neoliberalismo de Hayek e Milton Friedman, ele propunha maior ativismo do Estado.

CEARENSE É FORTE E ESTUDIOSO.

Com alegria essa eu li no nosso jornal O POVO, de FORTALEZA: “A barreira para chegar às melhores faculdades tecnológicas do País é do tamanho do vestibular. Que não é qualquer um: poucas vagas, concorrentes dedicados, conteúdo aprofundado de Química, Física e Matemática. Mas os estudantes cearenses têm encarado o desafio à altura. Fortaleza foi a cidade com o maior número de aprovados tanto no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) como no Instituto Militar de Engenharia (IME)."

Cearense é antes de tudo um povo forte. E estudioso.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O QUE ESPERAR DEPOIS DA CRISE?

Editorial da Folha de S. Paulo de hoje - "DEPOIS DA CRISE", comenta a atual situação econômica mundial.
Foram dois os desequilíbrios que levaram à debacle financeira deflagrada em setembro de 2008. Durante duas décadas, houve no mundo rico um progressivo endividamento, concentrado nas famílias e nos bancos -a regulação débil, por ideologia e problemas operacionais, foi incapaz de detectar e evitar os excessos.
Além disso, a emergência da China como protagonista na economia mundial perturbou a tradicional ordem das coisas.
Ao longo da década de 2000, a China optou por não permitir a valorização de sua moeda, o que seria o curso natural para um país com forte impulso na produtividade e superavits comerciais crescentes. Pequim adotou uma versão moderna de mercantilismo e logo acumulou reservas internacionais de US$ 2 trilhões, superiores ao PIB do Brasil.
Esse dinheiro foi reciclado no sistema financeiro ocidental e, numa inversão do padrão histórico, direcionado aos países ricos. Contribuiu para manter baixas as taxas de juros nos EUA e na Europa e acelerou o endividamento dessas economias. No fim da corrente de crédito estavam, principalmente, financiamentos imobiliários feitos pelos bancos.
A crise foi desencadeada pelo esgotamento da capacidade de tomar empréstimos das economias ricas, o que levou à interrupção do circuito, à queda nos preços dos imóveis e, por conseguinte, à insolvência dos bancos.
A alternativa no calor da crise foi recorrer a uma profunda intervenção do Estado, por meio de capitalização e injeção ilimitada de recursos no sistema financeiro e na economia em geral, com a forte expansão dos gastos públicos. O primeiro grupo de medidas pretendeu evitar a paralisia do que pode ser descrito como óleo lubrificante do capitalismo. O segundo tentou preencher o vácuo de demanda privada que se seguiu à crise. Em conjunto, tais iniciativas afastaram o risco de depressão.
Passada a fase aguda, ficam os problemas crônicos, que vão balizar a economia mundial a partir deste ano de 2010.
Um dos principais gargalos é o endividamento público nos países ricos. A maioria deles continuará a incorrer em deficits entre 5% e 10% do PIB em 2010 e 2011. A dívida pública chegará a patamares inéditos em tempos de paz, entre 80% e 100% do PIB.
Já está colocada a necessidade de reduzir esses deficits em horizonte não muito longo, sob pena de incorrer-se em riscos financeiros severos para os governos e em inflação. A liberdade da política econômica nesses países centrais ficará, portanto, seriamente restrita no curto prazo.
Em 2010, os capitais despejados em abundância pelos Bancos Centrais serão em parte recolhidos, mas os juros devem continuar baixos. Tal combinação é um risco, no contexto de forte crescimento dos emergentes. Pode alimentar uma nova inflação de "commodities" e sobreaquecer os países mais dinâmicos. Em alguns deles -China, Índia e Brasil-, já está clara a necessidade de políticas mais restritivas.
Até por esse motivo, o potencial de instabilidade da economia global ainda é grande. Ao Brasil convém uma estratégia cautelosa, a fim de evitar desequilíbrio externo significativo.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...