quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Oscar Nominations 2016 - Os indicados ao Oscar 2016.


Hoje, os indicados à 88ª edição do Oscar que serão definitivamente escolhidos na cerimônia que acontece no dia 28 de fevereiro, domingo, a partir das 20h30. O comediante Chris Rock retorna ao cargo de anfitrião. 

Abaixo a relação completa dos indicados. 

Aproveitem o dia e assistam aos seus favoritos. 

Divirtam-se. Afinal, cinema ainda é a maior diversão.    

Here's the complete list for the 88th Academy Awards:

BEST PICTURE
·         The Big Short
·         Bridge of Spies
·         Brooklyn
·         Mad Max: Fury Road
·         The Martian
·         The Revanant
·         Room
·         Spotlight


BEST ACTOR
·         Bryan Cranston, Trumbo
·         Matt Damon, The Martian
·         Leonardo DiCaprio, The Revanant
·         Michael Fassbender, Steve Jobs
·         Eddie Redmayne, The Danish Girl


BEST ACTRESS
·         Kate Blanchett, Carol
·         Brie Larson, Room
·         Jennifer Lawrence, Joy
·         Charlotte Rampling, 45 Years
·         Saoirse Ronan, Brooklyn


BEST SUPPORTING ACTOR
·         Christian Bale, The Big Short
·         Tom Hardy, The Revenant
·         Mark Ruffalo, Spotlight
·         Mark Rylance, Bridge of Spies
·         Sylvester Stallone, Creed


BEST SUPPORTING ACTRESS
·         Jennifer Jason Leigh, The Hateful Eight
·         Rooney Mara, Carol
·         Rachel McAdams, Spotlight
·         Alicia Vikander, The Danish Girl
·         Kate Winslet, Steve Jobs


DIRECTING
·         The Big Short
·         Mad Max: Fury Road
·         The Revanant
·         Room
·         Spotlight


ANIMATED FEATURE FILM
·         Anomolisa
·         Boy and the World
·         Inside Out
·         Shaun the Sheep Movie
·         When Marie Was There


COSTUME DESIGN
·         Carol
·         Cinderella
·         The Danish Girl
·         Mad Mad: Fury Road
·         The Revenant


DOCUMENTARY FEATURE
·         Amy
·         Cartel Land
·         The Look of Silence
·         What Happened, Miss Simone?
·         Winter on Fire


DOCUMENTARY SHORT
·         Body Team
·         Chau, Beyong the Lines
·         Flaude Lanzmann
·         A Girl in the River
·         Last Day of Freedom


MAKEUP AND HAIR STYLING
·         Mad Max: Fury Road
·   The Hundred-Year-Old Man Who Climbed Out the Window and Disappeared
·         The Revenant


ORIGINAL SONG
·         Earned It
·         Simple Song #3
·         The Hunting Ground
·         Til It Happens to You
·         Writings on the Wall


ANIMATED SHORT
·         Bear Story
·         Prologue
·         Sanjay's Super Team
·         We Can't Leave Without Cosmos
·         World of Tomorrow


SOUND EDITING
·         Mad Mad: Fury Road
·         Sicario
·         Star Wars: The Force Awakens
·         The Martian
·         The Revenant

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

DILMA ROUSSEFF: Um feliz 2016 para o povo brasileiro.

O ano de 2015 chegou ao final e a virada do calendário nos faz reavaliar expectativas e planejar novas etapas e desafios. Assim, como sempre, nos traz a necessidade de refletir sobre erros e acertos de nossas decisões e atitudes.

Este 2015 foi um ano muito duro. Revendo minhas responsabilidades nesse ambiente de dificuldades, vejo que nossos erros e acertos devem ser tratados com humildade e perspectiva histórica.

Foi um ano no qual a necessária revisão da estratégia econômica do país coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva: queda vertiginosa do valor de nossos principais produtos de exportação, desaceleração de economias estratégicas para o Brasil e a adaptação a um novo patamar cambial, com suas evidentes pressões inflacionárias.

Tivemos também a instabilidade política que se aprofundou por uma conduta muitas vezes imatura de setores da oposição que não aceitaram o resultado das urnas e tentaram legitimar sua atitude pelas dificuldades enfrentadas pelo país.

Mais do que fazer um balanço do que se passou, quero falar aqui da minha confiança no nosso futuro e reafirmar minha crença no Brasil e na força do povo brasileiro. Estou convicta da nossa capacidade de chegarmos ao fim de 2016 melhores do que indicam as previsões atuais.

A principal característica das crises econômicas do Brasil, desde os anos 1950, é uma combinação entre crise externa e crise fiscal. As economias emergentes sempre foram pressionadas pela combinação de deficit e dívida externa, com desarranjos fiscais do Estado.

A realidade brasileira hoje é outra. A solidez da nossa economia é a base da retomada do crescimento. Temos uma posição sólida nas reservas internacionais, que se encontram em torno de US$ 368 bilhões, a sexta maior do mundo.

O deficit em transações correntes terá recuado no final do ano de cerca de 4,3% para 3,5% do PIB, comparativamente a 2014. O investimento direto estrangeiro na casa de US$ 66 bilhões demonstra a confiança dos investidores no nosso país.

Em 2016, com o apoio do Congresso, persistiremos pelos necessários ajustes orçamentários, vitais para o equilíbrio fiscal. Em diálogo com os trabalhadores e empresários, construiremos uma proposta de reforma previdenciária, medida essencial para a sobrevivência estrutural desse sistema que protege dezenas de milhões de trabalhadores.

É claro que os direitos adquiridos serão preservados, e devem ser respeitadas as expectativas de quem está no mercado de trabalho, mas de forma efetivamente sustentável.

Convocarei o Conselho de Desenvolvimento Social, formado por trabalhadores, empresários e ministros, para discutir propostas de reformas para o nosso sistema produtivo, especialmente no aspecto tributário, a fim de construirmos um Brasil mais eficiente e competitivo no mercado internacional.

Não basta apenas a modernização do nosso parque industrial, é fundamental continuarmos investindo em educação, formação tecnológica e científica.

Precisamos também respeitar e dialogar com os anseios populares, desenvolvendo uma estrutura de poder mais próxima da sociedade, instituições fortes no combate à corrupção, oferta de serviços públicos de qualidade e ampliação dos instrumentos de participação e controle da sociedade civil.

As diferentes operações anticorrupção tornaram as instituições públicas mais robustas e protegidas. Devem continuar assegurando o amplo direito de defesa e punindo os responsáveis, sem destruir empregos e empresas.

Reafirmo minha determinação pela reforma administrativa que iniciei. Quero um governo que gaste bem os recursos públicos, que seja racional nos processos de trabalho e eficiente no atendimento às demandas da sociedade.

O governo está fazendo sua parte. Executamos um duro plano de contenção de gastos, economizando mais de R$ 108 bilhões em 2015 -o maior contingenciamento já realizado no país. Para 2016, firmamos o compromisso de produzir um superavit primário de 0,5% do PIB. Fizemos e faremos esse esforço sem transferir a conta para os que mais precisam.

Sei que as famílias brasileiras se preocupam com a inflação. Enfrentá-la é nossa prioridade. Ela cairá em 2016, como demonstram as expectativas dos próprios agentes econômicos.

O governo manteve, no ano de 2015, os investimentos que realizamos para melhorar a vida dos brasileiros. Por exemplo, foram cerca de 389 mil moradias entregues e mais de 402 mil contratadas no Minha Casa, Minha Vida. Quase 14 milhões de famílias receberam o Bolsa Família.

Oferecemos 906 mil novas vagas em universidades públicas e privadas e 1,3 milhão no Pronatec. Entregamos 808 km de rodovias, tanto por meio de obras públicas como pelas concessões privadas. Autorizamos dez terminais portuários privados, concedemos e modernizamos aeroportos. Ampliamos a oferta de energia em 5.070 MW.

É hora de viabilizar o crescimento. O plano de concessões em infraestrutura já é uma realidade. Os leilões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias vão impulsionar a nossa economia e contribuirão para a geração de empregos. Não vamos parar por aí.

É importante ressaltar que em 2015 as instituições da nossa democracia foram exigidas como nunca e responderam às suas responsabilidades, preservando a estabilidade institucional do Brasil.

Todos esses sinais me dão a certeza de que teremos um 2016 melhor. Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor.

O Brasil é maior do que os interesses individuais e de grupos. Por isso, quero me empenhar para o que é essencial: um Brasil forte para todo o povo brasileiro.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O 2016 na economia brasileira: por um ano diferente do previsto em 2014 para 2015.



O ano chega ao final e o otimismo continua distante do brasileiro. Pelo contrário, a política de Brasília ainda não encontrou o seu caminho e os números da economia são os piores desde o início do Plano Real.

Embora possa parecer que o Brasil chegou ao volume morto e desprovido de liderança política capaz de reverter essa situação, individualmente temos a paixão e o firme propósito para atingir os nossos objetivos programados para 2016.   

E é com este espírito que acreditamos em um novo tempo para 2016, independentemente do desastroso cenário previsto por todos os colegas. Da mesma maneira que as previsões para 2015 divulgadas ao final de 2014 não conseguiram retratar os números atuais, dessa vez, torcemos para que os números de 2016, realmente não sejam os divulgados hoje pelo Banco Central no Relatório Focus conforme abaixo.

Então, por que não, um feliz 2016?

A conferir!!!  

A mediana das expectativas para o IPCA em 2015 passou de 10,61% para 10,70%, e para 2016, subiu de 6,80% para 6,87%. As estimativas para o PIB em 2015 passaram de uma queda de 3,62% para outra de 3,70% e, para 2016, passaram de -2,67% para -2,80%. A mediana das projeções para a taxa Selic subiu de 14,63% para 14,75% no final de 2016. Por fim, as estimativas para a taxa de câmbio se mantiveram em R$/US$ 3,90 no final de 2015 e em R$/US$ 4,20 no final de 2016.    

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Nota Oficial: Saída de Joaquim Levy - 18/12/2015.

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, hoje, dois nomes da equipe econômica do seu ministério. 
Para o Ministério da Fazenda, a presidenta indicou o sr. Nelson Barbosa. O novo titular do Ministério do Planejamento será o sr. Valdir Moysés Simão.
A presidenta agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros.
Assume interinamente, como ministro-chefe da CGU, o sr. Carlos Higino Ribeiro de Alencar.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Nelson Barbosa: O desafio macroeconômico de 2015-2018.

Para quem tem interesse em melhor conhecer o pensamento do novo Ministro da Fazenda NELSON BARBOSA FILHO, recomendo a leitura de seu artigo "O desafio macroeconômico de 2015-2018" publicado na Revista de Economia Política. 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

The Economist: Enfim, acabou 2015.


Brasil: em mais de 500 anos, nada mudou?

Definitivamente, reconhecemos que o Brasil não é para principiantes, como bem lembrou o maestro Tom Jobim. Senão vejamos:
Somente numa única quarta-feira do último mês do ano, a sociedade acompanha paralelamente os seguintes assuntos, dentre os milhares que ocorrem na data:
Ministros do Supremo Tribunal Federal discutem o rito do eventual impeachment da Presidente da República;
Depois de quase uma década, o FED - Banco Central americano, eleva a taxa de juros e sinaliza aumento gradual;
A Fitch Ratings rebaixa a avaliação do Brasil citando o quadro fiscal e a incerteza política e o país perde o grau de investimento;
A meta fiscal do governo para 2016 foi reduzida para 0,5% do PIB e mesmo assim, provavelmente, não será atingida;
E o probo Joaquim Levy deve deixar o Ministério da Fazenda.
Com a economia em queda nos principais indicadores e com um cenário complicado, no momento, para 2016, quando poderemos respirar sem a ajuda de aparelhos?  
E nem vamos comentar da tragédia em Mariana, da crise na saúde e na segurança pública, no que ainda falta apurar na Operação Lava Jato etc!
Que venha então, a nova temporada de House of Cards!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Brasil: IDH 2014 0,755 - 75º do mundo!

Sem surpresa o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Brasil divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas - ONU o IDH brasileiro passou de 0,752 em 2013 para 0,755 no ano passado. Dentre os 188 países avaliados, o Brasil ocupa a 75ª posição.
O Brasil ainda está muito distante de ser um país onde a sociedade tenha renda, saúde e educação de primeiro mundo.
E que venha 2017!

A lucidez de Armínio Fraga no meio do caos brasileiro.

Hoje assisti a entrevista de Armínio Fraga à Miriam Leitão sobre a situação econômica e política brasileira. É extraordinário o conhecimento e a visão do ex-presidente do Banco Central no período de 1999 a 2003, aliada a sua percepção do que deve ser feito para tirar o Brasil deste caos econômico e político. Na conversa, ele reconhece a competência do Joaquim Levy e sinaliza que tudo tende a piorar caso o governo não retorne as boas práticas da política econômica já praticada anteriormente.       
A entrevista completa está no GloboNews Play.


sábado, 12 de dezembro de 2015

The Voice: Celebrate Frank Sinatra's 100th birthday.

 

Em 2015, o melhor continua sendo Frank Sinatra. 

Revendo hoje uma apresentação do mesmo que foi ao ar em 13 de Novembro de 1966, cantando com Ella Fitzgerald e o único encontro filmado com Antonio Carlos Jobim, evidencio como "A VOZ" é imortal.

100 anos, um personagem inesquecível! 

   

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Moody's ameça rebaixar a nota do Brasil. E 2015 ainda nem acabou...

New York, December 09, 2015.

Moody's Investors Service has placed Brazil's Baa3 issuer and bond ratings on review for downgrade. The review for downgrade is driven by i) rapidly and materially deteriorating macroeconomic and fiscal trends and diminished likelihood of trend reversal in the next 2-3 years; and ii) worsening governability conditions and increased risk of policy paralysis. During the review, Moody's will assess the likelihood of further deterioration in the government's fiscal position against the agency's baseline assumptions supporting the current Baa3 rating, and the prospect of a faster and more significant rise in the government's debt trajectory, in the context of heightened political uncertainty, declining investor confidence and deeper than expected recession.

Time: Angela Merkel - Person of the year 2015.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Ruy Castro: A coisa pública - o belo exemplo de Dom Pedro II.

Ruy Castro e o excelente exemplo de Dom Pedro II, hoje na FSP. 
Ao contemplar de lá de cima (ou de onde quer que esteja, se estiver) o país que foi obrigado a deixar há 126 anos, D. Pedro 2º deve se perguntar como o Brasil conseguiu avacalhar até o fundamento básico da República: o conceito de "res publica", a coisa pública, que, por ser de todos, não é de ninguém. E como um país tão grande aceita se curvar à mesquinha disputa entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, ambos tentando salvar a pele pelas lambanças que fizeram com o dinheiro público.
Ele, D. Pedro, foi impecável nesse departamento. Imperou de verdade durante 48 anos, de 1841 a 1889, sem deixar que aumentassem sua dotação. Era com este dinheiro que sustentava a si próprio e à sua família, pagava os estudos no Exterior de brasileirinhos em quem acreditava (como o músico Carlos Gomes e o pintor Pedro Américo) e financiou suas duas viagens aos EUA, Europa e Oriente Médio, com comitivas de apenas quatro ou cinco pessoas –para a segunda dessas viagens, teve de tomar dinheiro emprestado.
Em vez de criar impostos, cortava despesas. Seu palácio imperial, em São Cristóvão, era o mais desmobiliado do planeta. Seus trajes oficiais, puídos de fazer dó. Ao ser deposto pelos militares e ter de ir embora em 24 horas, D. Pedro recusou o dinheiro que o governo da República lhe ofereceu para seu exílio em Paris. E ainda lhes passou uma descompostura por estarem dispondo de recursos que não lhes pertenciam, mas ao povo brasileiro.
Poucos dos sucessores republicanos de D. Pedro seguiram o seu exemplo de austeridade. Prevaleceu a ideia de que a coisa pública é para isto mesmo –para se meter a mão em benefício pessoal (Cunha) ou para falsificar contas, disfarçar a incompetência e avalizar mentiras (Dilma).

D. Pedro nasceu há 190 anos na última quarta-feira. Fará 124 de morte amanhã. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Antologia da Maldade: Gustavo Franco e Fabio Giambiagi.

Aproveitando os feriados deste final de ano, recomendo a leitura do ótimo "Antologia da Maldade - Um dicionário de citações, associações ilícitas e ligações perigosas", livro organizado pelos economistas Gustavo Franco e Fabio Giambiagi

Uma leitura para fazer bem a mente e a alma! 


domingo, 29 de novembro de 2015

A imagem de Dilma no La Nacion.

No LA NACION

Dilma busca opciones para evitar el derrumbe.



Gustavo Franco: a fórmula da corrupção.

O colega Gustavo Franco, extremamente cáustico hoje no ESTADÃO, definitivamente explica o que está acontecendo no Brasil. 
Num livro de 1988, o professor Robert Klitgaard, de Harvard, definiu o grande problema nacional em uma simples equação:
Corrupção = Monopólio + Arbitrariedade – Transparência.
Ou seja, quanto mais distantes do mercado estiverem as relações entre o público e o privado, quanto mais discricionárias as decisões, e quanto menor a transparência, maior será a corrupção.

sábado, 28 de novembro de 2015

Brasil: interesses conflitantes entre governo e sociedade.

Com 2015 no seu final, a presidente Dilma aproveita a necessária viagem à Paris para a 21ª Conferência do Clima (COP 21) para encontrar-se com líderes do Equador e da Bolívia.
Com a devida vênia, o país passando por uma situação econômica e política insustentável, e ainda temos tempo para conversas em Paris com relevantes países que estão aqui ao lado da nossa fronteira?!
No pior outubro da série histórica as contas do governo tiveram no mês déficit primário de R$ 12 bilhões,  já acumulando neste 2015 R$ 33 bilhões, ou seja, 0,7% do PIB. E isso é apenas um destaque econômico nesta difícil semana, sem considerar os atuais péssimos indicadores para o PIB, a inflação, o desemprego etc.

O Brasil vai caminhando em direção ao abismo e a desunião política nacional impede a adoção de medidas que recoloquem o país na apropriada rota. É muito importante que as lideranças existentes lembrem que uma democracia não se faz com uma economia em desmoronamento. Como discursou o revolucionário Saint-Just no julgamento de Luís XVI, “não se pode reinar inocentemente”. A sociedade brasileira não merece conviver com a ausência de um mínimo de organização pública.     

Adam Smith e o trabalho.

O trabalho é a única medida universal, assim com a única exata, dos valores, o único padrão que pode nos servir para comparar os valores de diferentes mercadorias em todas as épocas e em todos os lugares. 

Fonte
Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

2014: Feliz ano velho. Em 2015: que venha 2017!!!

Editorial da FOLHA DE S. PAULO: hoje, um resumo de 2014, o ano que 2015 não será. Então, que venha logo 2017. 

O ano de 2015 foi consumido tão rapidamente pela regressão econômica e pela frustração contínua de qualquer otimismo que estatísticas de 2014 parecem agora muito remotas. Os indicadores da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referentes ao ano passado, recém-divulgados, padecem desse anacronismo.

No entanto a Pnad também mostra que os rendimentos e a distribuição da renda resistiram mesmo a um ano em que o PIB per capita se retraiu. Por um lado, é um sinal de que devastações estão por vir; por outro, há indícios neste ano de que os rendimentos pessoais suportavam o impacto da maior recessão em 25 anos.

A desigualdade de rendimentos ainda baixou em 2014, desta vez um tanto mais devido a uma rara retração dos ganhos do décimo mais rico da população.

Quando se consideram os rendimentos pela ótica dos domicílios, ainda houve avanços para todos os décimos em que se convencionalmente divide a população para fins de análise mais rápida da equidade. A renda domiciliar per capita cresceu para todos.

De qualquer modo, a renda dos mais pobres foi a que cresceu mais depressa na década iniciada em 2004. Porém, no ano passado, a renda domiciliar per capita do décimo mais rico era ainda 33,4 vezes a do décimo mais pobre.

É preciso, contudo, ressaltar a que se chegou depois de uma década de progresso: entre o décimo mais pobre dos brasileiros, a renda média por cabeça, em cada casa, era ainda de R$ 155 por mês.

Um indicador preocupante de degradação social foi o aumento de 9,3% no número de trabalhadores infantis. Cerca de 554 mil crianças de 5 a 13 anos trabalhavam no ano passado para ganhar R$ 215 por mês, em média –45,6% nem renda auferiam.

Há nova e ligeira melhora quantitativa na educação, mas ainda quase 44% dos brasileiros maiores de 25 anos e 33% dos empregados não haviam completado nem ao menos o ensino fundamental.

Assustador mesmo é que, uma década depois de avanços um tanto mais rápidos, o país ainda esteja em condições tão precárias para enfrentar a maior regressão econômica desde o início dos anos 1990.

O colchão social hoje é mais alto, decerto, mas não o bastante para amortecer o golpe da recessão e do atual desgoverno.

domingo, 15 de novembro de 2015

Papa Francisco: novo beato brasileiro Francisco de Paula Victor.


Cari fratelli e sorelle,

desidero esprimere il mio dolore per gli attacchi terroristici che nella tarda serata di venerdì hanno insanguinato la Francia, causando numerose vittime. Al Presidente della Repubblica Francese e a tutti i cittadini porgo l’espressione del mio fraterno cordoglio. Sono vicino in particolare ai familiari di quanti hanno perso la vita e ai feriti.

Tanta barbarie ci lascia sgomenti e ci si chiede come possa il cuore dell’uomo ideare e realizzare eventi così orribili, che hanno sconvolto non solo la Francia ma il mondo intero. Dinanzi a tali atti, non si può non condannare l’inqualificabile affronto alla dignità della persona umana. Voglio riaffermare con vigore che la strada della violenza e dell’odio non risolve i problemi dell’umanità e che utilizzare il nome di Dio per giustificare questa strada è una bestemmia!

Vi invito ad unirvi alla mia preghiera: affidiamo alla misericordia di Dio le inermi vittime di questa tragedia. La Vergine Maria, Madre di misericordia, susciti nei cuori di tutti pensieri di saggezza e propositi di pace. A Lei chiediamo di proteggere e vegliare sulla cara Nazione francese, la prima figlia della Chiesa, sull’Europa e sul mondo intero. Tutti insieme preghiamo un po’ in silenzio e poi recitiamo l’Ave Maria.

[Ave Maria…]

Ieri, a Três Pontas, nello Stato di Minas Gerais in Brasile, è stato proclamato beato don Francisco de Paula Victor, sacerdote brasiliano di origine africana, figlio di una schiava. Parroco generoso e zelante nella catechesi e nell’amministrazione dei sacramenti, si distinse soprattutto per la sua grande umiltà. Possa la sua straordinaria testimonianza essere di modello per tanti sacerdoti, chiamati ad essere umili servitori del popolo di Dio.

Saluto tutti voi, famiglie, parrocchie, associazioni e singoli fedeli, che siete venuti dall’Italia e da tante parti del mondo. In particolare, saluto i pellegrini provenienti da Granada, Málaga, Valencia e Murcia (Spagna), San Salvador e Malta; l’associazione “Accompagnatori Santuari Mariani nel Mondo” e l’Istituto secolare “Cristo Re”.

A tutti auguro una buona domenica. E per favore, non dimenticate di pregare per me. Buon pranzo e arrivederci!

15/11/2015.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Samarco: quando a ausência do Estado é falha.

Na edição da EXAME de 11/11/2015, Ricardo Vescovi, presidente da Samarco diz que “as mudanças climáticas estão ocorrendo, só não ver que não quer. Nossa responsabilidade diante disso cresce e temos trabalhado com a ecoeficiência em mente sempre.”
A revista comenta que na Samarco 100% de sua geração térmica para o funcionamento de fornos à base de óleo fora substituído por gás natural. O investimento de R$ 38 milhões nessa conversão, gerou uma economia de R$ 80 milhões ao ano e ajudou a reduzir 10% do nível de emissões de gases de efeito estufa da empresa.
Hoje, a mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, é responsável por um desastre ambiental em Minas Gerais de impactos ainda incalculáveis.

É preocupante que isso ocorra numa empresa que, a princípio, evidencia ter responsabilidade socioambiental. E lamentável descobrir somente agora, durante as apurações, que unidades da empresa funcionavam com Licenças de Operação vencidas. 
Quando o Estado falha onde não deveria falhar! 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

The Economist: The never-ending story.


Santander e Bradesco: onde aplicar o seu dinheiro?

Normalmente é comum a pesquisa pelo menor preço na compra de itens domésticos, por exemplo. No entanto, pelo exemplo abaixo, evidencia-se que também os consumidores, agora clientes, também devem pesquisar junto aos bancos, qual deles oferece a melhor rentabilidade para o seu investimento.  

A título meramente ilustrativo obtido nos sites dos bancos BRADESCO e SANTANDER, hoje, para uma simples aplicação em CDB (certificado de depósito bancário) pós-fixado indexado pelo CDI (certificado de depósito interbancário), que é uma taxa bem próxima da Selic, esses bancos ofertam as seguintes taxas para o valor de R$ 100.000,00:

BRADESCO
CDB Fidelidade: prazo de 720 dias e taxa de 98,50% do CDI. 

SANTANDER
CDB DI: prazo de 722 dias e taxa de 89,33% do CDI. 

Mesmo lembrando que na conversa com o seu gerente o mesmo, com certeza, melhorará as taxas acima, a princípio, você já tem um cenário onde a sua rentabilidade será melhor.  

Agora, o importante é negociar!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

V SIM - Pecege Esalq/USP: Piracicaba - SP.

Inscrições abertas para o V SIM - Simpósio de Agronegócios e Gestão

O evento acontecerá em Dezembro, nos dias 10, 11 e 12, no auditório de Engenharia da Esalq (Piracicaba -SP), e reunirá, no campus da universidade os alunos dos MBAs Esalq/USP para defesas de monografias, tour pelo campus e outras atividades.

Dilma, sem ordem econômica a casa cai! !"Lembrai-vos de 37".


Hoje em sua coluna no ESTADÃO, a competente Eliana Cantanhêde nos recorda o Brasil de 1930/31 ao escrever sobre a situação do ministro Joaquim Levy.
De maneira geral, os péssimos números atuais da economia brasileira não são de responsabilidade do Levy, mas, sim, resultado da condução política ou, provavelmente, da ausência de um gestor político capaz de monopolizar as difíceis decisões que o Executivo deve tomar, sem preocupações com partidos ou tutores.
Qualquer governo não tem sustentação política se a situação econômica não oferece à sociedade bons números. E aí, também como Cantanhêde, temos que recordar dos tempos de Getúlio Vargas.  
Ao final de 1952, os “trabalhadores do Brasil” conviviam com uma inflação de 12,7% ao ano, com viés de alta e a balança comercial amargava um déficit de US$ 280 milhões. O “Diário de Notícias” informava que “o custo de vida disparou no rodopio da espiral inflacionária”.
Com razão, na campanha presidencial de Bill Clinton em 1992, seu marqueteiro produziu a hoje conhecida e verdadeira frase: “É a economia, estúpido! ”.
Por isso, é imperioso que Dilma faça o que deve ser feito no sentido de estabelecer uma economia saudável com a inflação em até 4,5% ao ano, contas públicas em ordem e o câmbio flutuante. Será que isso é pedir demais?     

terça-feira, 10 de novembro de 2015

"Mar de lama": 1953 - Carlos Lacerda.


Sinfrônio, em 2015, traz a sua sensibilidade para todas as lamas que estão sempre presentes no Brasil, não importa o ano e a origem. 

As expectativas.

* O melhor seria que conhecêssemos o futuro - John Maynard Keynes.

* O futuro me preocupa porque é o lugar onde penso passar o resto da minha vida - Woody Allen.

* No Brasil, até o passado é incerto - Pedro Malan.

Esperar depende de cada um, exceto a morte - João Melo.

* Cristiane Schmidt e Fabio Giambiagi


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PIB em queda e inflação em alta: Brasil hoje.

Os últimos dados do mercado evidenciam um cenário de queda no PIB e de aumento da inflação, estimando para os finais de 2015 e 2016 os números abaixo:

PIB
2015: -3,10%
2016: -1,90%

IPCA
2015: 9,99%
2016: 6,47%

Enquanto isso, ninguém se entende em Brasília...   

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

“Pela democracia, contra a corrupção”


Lendo Lira Neto na ótima biografia de Getúlio Vargas, um trecho cita que “a cada dia pipocavam escândalos, uns maiores, outros menores, nos mais diversos setores da administração pública – fato que levou Carlos Lacerda a cunhar a expressão ‘“mar de lama””.
Isso ocorreu em meados de 1952 e 1953, com a economia em pífio desempenho.  
Estamos em 2015 e parece que voltamos à “Além do Tempo”?!
Que Brasil!?!?!?    

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Onde Bismarck encontrou Delfim e Dilma!

Delfim Netto, hoje no VALOR ECONÔMICO, cita Otto von Bismarck, o maior estadista alemão do século XIX: “nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra ou depois de uma caçada
Em seu artigo Delfim registra que “a campanha eleitoral foi terrível” e “houve um abuso desarrazoado de poder”.

O reconhecimento de Delfim para o que ocorreu na eleição de Dilma Rousseff é um fato que engrandece o Professor e rebaixa a política brasileira como nunca antes neste país.        

Governo: quando até o Simples é complicado.


Parecia até Simples, mas até nisso o governo consegue ser complicado. O Brasil precisa urgentemente de lideranças capazes de fazer a “máquina” funcionar no que ela tem de básico. É impossível continuar neste estado de entorpecimento onde resta evidente que o único esforço do governo é tentar ser governo até o final do mandato. Isso é muito pouco e os brasileiros precisam de muito mais. 
Sinfrônio, hoje, no cearense Diário do Nordeste, foi direto ao ponto. 

domingo, 1 de novembro de 2015

FHC: Por uma agenda nacional.

Nestes últimos tempos tenho procurado me inspirar na recomendação bíblica: olhai os lírios do campo. Diante de tanto escândalo, tanta ladeira abaixo da economia, é melhor olhar para o mais simples e mais sublime. Tive a oportunidade de ouvir Beethoven na Filarmônica de Berlim, regida por Simon Rattle. A “Nona” foi soberba, mas a “Sétima sinfonia” envolveu o auditório em tamanha beleza que me reconciliei com as agruras que me esperariam na volta. Mal chegado, ainda quentes os debates que havia feito para o lançamento de meu livro “A miséria da política”, entrei no ciclo das entrevistas e apresentações na TV sobre outro livro, este mais de recordações, desabafos momentâneos e sensações ambivalentes, “Diários da Presidência – 1995-1996”. Tornou-se inevitável que a pequena e a grande política se misturassem. Eis-me, pois, de novo no labirinto do noticiário cotidiano. Daí a refletir sobre o modo de como sair do ramerrão da política partidária, vai um passo. De que vale eu dizer novamente que impeachment não é alvo desejável, mas, sendo o caso, torna-se circunstância impositiva diante de fatos e de reações populares? Certamente não se trata de golpe, mas de processo prescrito pela Constituição. Para que serve eu dizer que uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral abriu uma investigação sobre os abusos do poder econômico para assegurar a reeleição presidencial só resta aguardar as investigações e a palavra dos juízes? Ou que há momentos em que o interesse da pátria pode exigir que a grandeza dos governantes acolha até o gesto dramático da renúncia, desde que com ele venham embutidas exigências para que os principais nós que emperram o país sejam cortados?
A saída da crise requer a formação de uma nova conjuntura na qual seja possível colocar na ordem do dia os cinco ou seis pontos fundamentais ao redor dos quais se forme um novo consenso nacional. Não se trata de aliança entre partidos, grupelhos e setores da sociedade. Trata-se de dar novo rumo ao país na busca de melhor sociedade futura. Não precisamos de salvacionismos, mas da elaboração de ideias que se possam substantivar em políticas que atendam ao interesse nacional e aos anseios populares. Não é possível que não tenhamos aprendido como nação que a demanda contínua de mais políticas públicas benéficas para certos setores e a recusa, ou impossibilidade, de maior tributação são incompatíveis. Num só exemplo: ou se volta a discutir a idade mínima de aposentadoria ou as contas da Previdência, que já não fecham, apresentarão déficits crescentes e insustentáveis. Ou, em outro terreno: já não se viu que a mágica de botequim de aumentar o endividamento público (já chegamos a R$ 2,7 trilhões!) e de continuar expandindo o crédito para incentivar o consumo pode apenas criar “bolhas”? Estas, uma vez estouradas, pela falta de meios tanto para emprestar quanto para pagar, levam a economia e as pessoas à ruína, como agora acontece. Já não passou da hora de aprovar, como foi sugerido no passado, medida que limite a expansão do gasto abaixo do crescimento do PIB, salvo em situações de retração econômica? Ou de aprovar, como proposto em projeto em curso, limites para o endividamento federal? Ou ainda se acredita que manter o Orçamento em relativo equilíbrio, com uma dívida pública não explosiva, é um imperativo apenas da ortodoxia “neoliberal”?
Mudando de tema, por que não voltarmos à proposta, hoje apoiada pelo Sindicado dos Metalúrgicos de São Bernardo e pela prática corriqueira em muitos setores produtivos, que aceita as negociações entre sindicatos, mesmo a despeito do legislado, sem que se alterem os itens constitucionais da CLT? O fantasma do desemprego está alertando para a necessidade de maior realismo no mercado de trabalho. Assim como a dura experiência de a crise nos ter levado às portas da “dominância fiscal” mostra que o crescimento da taxa de juros Selic, sem um efetivo ajuste fiscal, não funciona para conter a inflação e apenas aumenta o montante de juros da dívida pública quando se passa de certo umbral de razoabilidade pelos impulsos do voluntarismo político.
Mais ainda, e apenas a título ilustrativo de mais um entre os muitos itens da agenda necessária para tirar o país do atoleiro, é preciso reconhecer que não houve percepção de que o mundo marcha para uma economia de baixo carbono, e que o Brasil entrou numa sucessão de erros na política energética. Assentou mal as bases de exploração do pré-sal, restringindo nossa enorme vantagem comparativa com o etanol, e errou pela falta de uma política de tarifas adequadas, a ser conduzida por agências reguladoras livres da influência partidária. As relações intrínsecas entre desenvolvimento econômico e meio ambiente devem ser outro tema da nova agenda nacional. Por fim, o ponto focal é a recuperação da credibilidade das instituições políticas. Cinco ou seis itens básicos podem ser definidos para desatar o impasse da legislação eleitoral e partidária. Esta, somada à permissividade com práticas corruptas, levou à proliferação de falsos partidos e, consequentemente, de ministérios para atender à sanha de alguns deles para abocanhar pedaços do Estado e do Orçamento. Daí a crise moral em que estamos mergulhados.

É para conduzir uma agenda nacional deste tipo, ou do que mais pareça necessário ao país, que precisamos de lideranças e do apoio da sociedade e de alguns partidos. Não sairemos da paralisia nem da sensação de estarmos à beira do despenhadeiro se a discussão continuar limitada a pessoas e a interesses imediatistas delas ou de seus partidos. Como quem tem a responsabilidade de unir porque foi eleita para conduzir o país (e não uma facção) está com poucas condições para tal, é que se dá a discussão, infausta, mas necessária, dos caminhos constitucionais para sairmos da crise. Não se dá um passo maior sem saber o que vem depois. Daí a necessidade de um consenso nacional para juntarmos forças ao redor de um caminho mais claro para o futuro. 
Fernando Henrique Cardoso.

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