quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

The Monetary and Fiscal History of Brazil, 1960-2016.

Artigo do João Ayres, Marcio Garcia, Diogo A. Guillén e Patrick J. Kehoe na  NBER Working Paper No. 25421.

O cenário econômico americano e os impactos no Brasil.

Em um mundo extremamente globalizado precisamos analisar a situação do Estados Unidos e outras nações para determinar as oportunidades e ameaças da economia brasileira neste ano de 2019. Reflexos externos ecoarão na nossa economia e influenciarão o comportamento dos mercados financeiros e principais ativos.
Para 2019, a expectativa é que a economia do Estados Unidos desacelere por vários fatores: anos contínuos em crescimento, a desaceleração da economia mundial e o impacto dos aumentos da taxa de juros básica da economia. Vale lembrar que a discussão dos economistas é de quantos aumentos serão feitos em 2019, talvez 02 ou 03? Aumentos de 0.25%, sucessivos, representam um imenso efeito cascata, reduzindo a capacidade das empresas investirem, aumentando o endividamento e reduzindo o poder de compra dos consumidores. A boa notícia é que ainda existe expectativa de crescimento positivo, mesmo menor do que anos anteriores, e as chances maiores são contra a entrada da economia dos EUA em uma área de recessão ainda neste ano.
Ao mesmo tempo, da redução nos mercados de ações e commodities, além da remoção gradual de estímulo por parte de alguns bancos centrais, significa que as condições financeiras em todo o mundo estão reduzindo. Combinado com maior incerteza política, esses riscos apontam para uma desaceleração. A expectativa é que o dólar mantenha-se nos atuais níveis elevados durante grande parte de 2019, ou seja, valorizado frente ao resto do mundo e inclusive frente às moedas emergentes.
Já a moeda brasileira deve ser atrativa, pois a taxa Selic no menor patamar do plano real reduz o ímpeto de investidores estrangeiros na busca de rentabilidade na renda fixa. Portanto, caso o Brasil consiga fazer as reformas de previdência e fiscal, podemos ser afetados por um fluxo positivo de investimentos no médio e longo prazo. Mas o dólar hoje, com a expectativa de aumentos de juros nos EUA, tende a se valorizar frente às moedas no mundo. Não seria diferente para o Real. Pelo menos no primeiro semestre veremos muita volatilidade na moeda, mas não temos expectativa de fortes apreciações do real x dólar.
A economia global começou em 2018 com um crescimento forte e sincronizado, mas a dinâmica diminuiu com o avanço do ano e as tendências de crescimento divergiram. Notavelmente, as economias da zona do euro, do Reino Unido, do Japão e da China começaram a enfraquecer. Em contraste, a economia dos EUA acelerou, graças ao estímulo fiscal. O crescimento dos EUA permanecerá acima da tendência, com os fundamentos econômicos permanecendo razoavelmente sólidos.
Para a economia brasileira a expectativa é de crescimento. As disputas comerciais no mundo podem ser fatores positivos para as exportações do país. O Brasil é o melhor dos maiores emergentes e o que oferece neste instante as melhores condições de investimentos: o tamanho do mercado, a estabilidade política, a não restrição a entrada e saída de investimentos e principalmente alta taxa de retorno. Seu patamar da taxa de juros em um nível considerado baixo, comparado a anos anteriores, faz com que o risco de pressão inflacionária seja alto. Nunca o brasileiro teve a taxa básica a um nível tão baixo. Porém visualizamos o Bacen diligente e apto a fazer mudanças rápidas e eficientes, podendo em 2019 ter aumentos graduais de juros.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

Sobre a Belvedere Investimentos
A Belvedere Investimentos é parte do Grupo Belvedere, criado em 2014 pelos sócios Júlio César Lage, Marco Hascal e Ricardo Bueno. Neste período, outros sócios se juntaram à partnership, entre eles o ex-BTG Luis Miranda para ser o estrategista chefe da operação no Brasil. O grupo, que tem sede nos Estados Unidos, e operações em Portugal e Brasil, é uma holding de participações no setor financeiro atuando em wealth management, investment banking, corretora de valores e gestora de patrimônio (asset management).
No Brasil, a Belvedere Investimentos é uma gestora de recursos que possui escritórios em cinco capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória e Recife. Com o objetivo de administrar investimentos de seus clientes no mercado financeiro no Brasil ou no exterior, é voltada a quem busca gestão de investimentos líquidos e ilíquidos, passivo ou ativo. Atualmente, administra 3 bilhões de reais de seus clientes. Sua operação no território brasileiro representa cerca de 40% das receitas da operação do Grupo. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), a Belvedere é uma das gestoras de recursos que mais cresce no país.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

Contatos - Belvedere Investimentos
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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Gays de direita.

A primeira edição do Congresso Brasil x Israel aconteceu em um domingo de garoa, dia 4 de março, em uma sinagoga localizada no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo. Em um salão com bancos de madeira escura circundado por um mezanino feito do mesmo material, o pequeno público masculino e feminino, branco e pardo, judeu e gói tomava seus lugares para ouvir a palestra — que começaria com bastante atraso. Vestido com uma camisa roxa, calças negras presas com suspensórios, os cabelos claros formando um topete redondo e usando pequenos óculos de aro prateado, o professor e ativista político Rommel Werneck, o Febo, destoava do estilo simples do figurino dos presentes. Ao descer as escadas do mezanino para conversar com ÉPOCA, despediu-se de uma mulher baixa, morena e de cabelos lisos que vestia uma camiseta amarela onde estava escrito “Mães pelo Escola sem Partido”. Ao receber dois beijos, um em cada face, pediu um terceiro “para casar”.

Economia na Copa do Mundo de 2018.

A Copa do Mundo deverá gerar um incremento de R$ 251,7 milhões no faturamento das atividades especializadas em serviços de alimentação, como bares e restaurantes. A estimativa, divulgada hoje (15), é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O aumento da clientela nos meses de junho e julho corresponderá a 3,3% do faturamento médio mensal normal.

O Elogio do Vira-Lata, novo livro do Eduardo Giannetti.

Exame: A tentação populista.


https://exame.abril.com.br/edicoes/1163/

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Mercado prevê alta de 1,94% no PIB e inflação de 3,82% em 2018.

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia continua em queda, enquanto a projeção para a inflação sobe. De acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada na internet todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2,18% para 1,94%. Essa foi a sexta redução seguida.

Até a previsão de crescimento do PIB para 2019, que permanecia inalterada há 18 semanas seguidas, foi ajustada de 3% para 2,80%, no boletim divulgado hoje (11).

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,65% para 3,82% este ano, no quarto aumento seguido. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4,01% para 4,07%.

Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta, que é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Governo já prevê crescimento menor se país não aprovar reformas.

O país vai crescer abaixo do potencial se não fizer reformas que reequilibrem as contas públicas, disse hoje (11) o ministro do Planejamento, Esteves Colnago. Segundo estimativas apresentadas por ele, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) crescerá apenas 1,3% ao ano de 2021 a 2031 se nada for feito, 2,3% ao ano caso algumas reformas sejam aprovadas e 3,86% ao ano com reformas econômicas profundas que reduzam os gastos e mudanças que aumentem a produtividade.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

The Economist: America's foreign policy - Jun 9th 2018.


Banco Central atua para garantir estabilidade da economia, diz Goldfajn.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira (7) que a instituição atua para garantir a estabilidade da economia brasileira. Medidas elaboradas pelo Governo do Brasil, como o teto dos gastos públicos e a modernização trabalhista, deixaram o País mais forte para enfrentar períodos de instabilidade econômica.

“O Brasil fez um esforço contínuo de reformas e ajustes no passado recente [...] Eu diria que essas reformas e ajustes são fundamentais e especialmente importantes hoje”, disse ele, durante entrevista a jornalistas. 

Entre os pontos fortes da economia, estão as reservas internacionais de US$ 380 bilhões, a baixa taxa de inflação e de juros. “Temos também expectativas de inflação ancoradas. Ou seja, todo mundo espera que a inflação nos próximos anos esteja dentro da meta”, pontuou. O Brasil segue o regime de metas de inflação, que é um parâmetro perseguido pelo Banco Central para garantir que a moeda brasileira não perca valor.

Goldfajn disse também que a taxa básica de juros, a Selic, não será usada para conter eventual instabilidade na taxa de câmbio. Atualmente, os juros no Brasil estão na mínima histórica, em 6,5% ao ano, o que colabora para manter a inflação sob controle e o crescimento econômico sustentável. "A política monetária [que trata da Selic] é separada da cambial. Não há relação mecânica entre as duas", concluiu.

Fonte: Governo do Brasil

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Quem pode escrever na internet?

Não sei por que reclamam que brasileiro não lê, não escreve. As pessoas se esbaldaram de ler e escrever. Afinal, as redes sociais encontraram clientes ideais no Brasil. E elas aceitam tudo. Não há quem não consiga juntar os primos e tios em um grupo para o WhatsApp, ou agregar ex-colegas para formar um conjunto de amigos no Facebook. Quem não consegue está virtualmente morto. Virtualmente, fique claro. Afinal, como já se disse, hoje não se escreve para deixar um legado, para partilhar descobertas, inventos ou simples achados, mas para participar da rede. A unidade básica da sociedade não é mais o indivíduo, mas o grupo, a comunidade virtual, a rede.

JAIME PINSKY

Historiador, professor titular da Unicamp e diretor da Editora Contexto

terça-feira, 5 de junho de 2018

No Brasil de 62.517 assassinatos por ano, o que dizem os candidatos?

No ano de 2016, 62.517 pessoas foram assassinadas no Brasil, o que equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes. Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados hoje (5) no Atlas da Violência 2018, apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo a análise, a taxa de homicídios no Brasil corresponde a 30 vezes a da Europa, e o país soma 553 mil pessoas assassinadas nos últimos dez anos.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...