quarta-feira, 17 de abril de 2019

Estadão: Um trimestre perdido.

O Estado de S.Paulo - 16/04

Já se perdeu um quarto do ano, com crescimento zero ou até negativo no primeiro trimestre, e as perspectivas para o resto de 2019 continuam piorando. Vai muito mal, na economia, o primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro, apesar das declarações de confiança de empresários e investidores depois de sua eleição. É sinal de otimismo, hoje, projetar 2% de expansão econômica neste ano, um resultado abaixo de medíocre. Não se trata de um surto de mau humor nos mercados, embora haja motivos para isso, nem de torcida contra o governo. Os meses finais de 2018 foram muito ruins e qualquer esperança de melhora a partir da posse presidencial foi frustrada. As avaliações negativas acabam de ser reforçadas com a divulgação, ontem, do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Depois de ter caído 0,31% em janeiro, o indicador baixou mais 0,73% no mês seguinte.

Com mais essa queda, a atividade medida pelo BC chegou ao patamar mais baixo depois de maio do ano passado. Bateu num ponto inferior ao de junho de 2018, quando o País sofria os efeitos mais fortes da paralisação do transporte rodoviário de carga. Para impedir a passagem de carregamentos, caminhoneiros bloquearam estradas, numa ação aplaudida pelo candidato Jair Bolsonaro. Já na
Presidência, Bolsonaro ordenou, alegando o interesse dos caminhoneiros, a suspensão de um aumento de preço do diesel, intervindo numa ação administrativa da Petrobrás.

Com o novo tombo, o índice do trimestre móvel encerrado em fevereiro foi 0,21% inferior ao do trimestre anterior (de setembro a novembro de 2018). O indicador superou por 1,20%, no entanto, o nível de igual período de um ano antes, na série sem ajuste sazonal. Mas as diferenças positivas acumuladas em períodos anuais tendem a esgotar-se, nos próximos meses, se a atividade continuar emperrada.

Depois do último IBC-Br, as hipóteses de crescimento zero e até de queda do PIB no primeiro trimestre ganharam força entre os analistas do setor privado. Mesmo se alguma recuperação tiver ocorrido em março, o balanço dos primeiros três meses do governo Bolsonaro será certamente ruim. Não houve, até agora, sinais de atividade significativamente mais intensa depois de um primeiro bimestre de estagnação.

O cenário de marasmo se estende por um longo período, para trás, e deverá, segundo as estimativas correntes, continuar por um bom período. Em 12 meses a atividade cresceu apenas 1,21%, segundo os dados do BC na série sem ajuste.

Esse quadro é muito parecido com os últimos números consolidados das contas nacionais. O PIB cresceu 1,1% em 2017 e de novo 1,1% em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As projeções para 2019 vêm caindo há semanas, de acordo com a pesquisa Focus.

Nessa pesquisa, atualizada semanalmente, o BC consulta cerca de cem instituições financeiras e consultorias. No relatório divulgado nesta segundafeira, a mediana das projeções aponta um crescimento de 1,95% para o PIB em 2019. Quatro semanas antes a estimativa ainda era de uma expansão de 2,01% neste ano.

A piora das expectativas é mostrada também pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em seu Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira. Esse indicador, formado por oito séries de componentes, caiu 1,35% em março. Houve quedas em seis das oito séries. As mais amplas ocorreram nos índices de expectativas do consumidor e do setor de serviços, com variações negativas de 9,7% e 4,2%.

O desemprego ainda em torno de 12% e o baixo dinamismo da indústria justificam a piora das expectativas em relação ao desempenho da economia. A desocupação limita a expansão do consumo, enquanto a estagnação industrial contamina a maior parte das atividades. Na pesquisa Focus, o crescimento previsto para a produção da indústria caiu de 2,57% para 2,30% em quatro semanas. Não se melhoram as expectativas do mercado com voluntarismo e tuítes, mas com ações firmes na direção correta.

Qué líderes políticos se suicidaron a lo largo de la historia y cuál fue el motivo.

https://elcomercio.pe/mundo/actualidad/murio-alan-garcia-expresidente-peru-lideres-politicos-suicidio-historia-motivo-demostenes-neron-cleopatra-salvador-allende-hitler-suicidaron-historias-fotos-video-noticia-ecpm-627507

Los ex presidentes presos o investigados por corrupción en América Latina.

https://elcomercio.pe/mundo/latinoamerica/murio-alan-garcia-ex-presidentes-presos-investigados-corrupcion-america-latina-noticia-ecpm-627517

quarta-feira, 10 de abril de 2019

terça-feira, 9 de abril de 2019

Raghuram Rajan: The Third Pillar - How Markets and the State Leave the Community Behind.

https://www.penguinrandomhouse.com/books/566369/the-third-pillar-by-raghuram-rajan/9780525558316/

https://www.amazon.com/Third-Pillar-Markets-Community-Behind/dp/0525558314

Exportações crescem 21% na primeira semana de abril/2019.

Com cinco dias úteis, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 2,326 bilhões na primeira semana de abril de 2019, resultado de exportações de US$ 5,557 bilhões e importações de US$ 3,231 bilhões. No ano, as vendas externas brasileiras somam US$ 58,211 bilhões e as compras do exterior, US$ 45,370 bilhões, com saldo positivo de US$ 12,841 bilhões. 

FMI reduz projeção para crescimento do Brasil em 2019 para 2,1%.

09/04/2019: Dia Nacional do Aço.

"Um punhado de paciência vale mais que um barril de talento."

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Workshop Economia Comportamental: 26 e 27/04/2019.

Prezados,

Nos próximos dias 26 e 27 de abril em São Paulo vamos reunir um pessoal da pesada para discutir EC de forma embasada, com cases e dados atuais de aplicações ao redor do mundo com ferramentas para aplicar na prática.

O objetivo desse workshop mais do que tudo é reunir interessados e atores querendo discutir o tema no Brasil com viés aplicado, empírico e experimental.

O WKP (mais informações ao final) será em parceria com o CIC (Centro de Inovação e Criatividade) da ESPM com a InBehavior Lab. Será comigo e o Gabriel Inchausti que virá do Uruguai para essa edição. Quem conhece sabe que ele é uma referencia hj no Brasil e no MBA (professor de Nudge e Arquitetura de Escolhas e Pesquisa e Ánalise em Ciências Comportamentais) como executivo há anos aplicando o tema de forma embasada e realista em diferentes setores, curso recente em Harvard no tema e mestrado executivo em Behavioral Science na LSE.


Voucher de 10% de desconto para nossa rede, dá pra fazer direto por lá usando o código: 9B603HFBKX 

Para coorporativo, organizações e notas de débito, entrem em contato no contato@inbehaviorlab.com e vemos os próximos passos.

Demoramos para divulgar por questões operacionais, mas espero que ainda consigam fazer e enviar equipes.

Acompanhem mais sobre o wkp e o tema em www.facebook.com/economiacomportamental.org

Abraços,

Flávia Ávila

Game of Thrones revela su arma secreta en la recta final hacia su despedida.

https://www.lanacion.com.ar/espectaculos/series-de-tv/game-of-thrones-revela-su-arma-secreta-nid2229785

Roda Viva entrevista o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto em 08/04/2019.

Roda Viva entrevista o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto

https://tvcultura.com.br/acontece/840_roda-viva-entrevista-o-ex-ministro-da-fazenda-delfim-netto.html

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Leia a Piauí - edição 151.

https://piaui.folha.uol.com.br/na-piaui_151/

piauí_151 começa a chegar às bancas nesta quarta-feira, dia 3 de abril. A capa da edição foi feita pela artista russa Nadia Khuzina.

Em O chanceler do Regresso, Consuelo Dieguez conta os planos de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do governo de Jair Bolsonaro, para salvar o Brasil e o Ocidente.

O caos como método traz a análise de Marcos Nobre sobre a técnica bolsonarista de manter o colapso institucional para garantir a fidelidade de seus eleitores.

Tempos heroicos recupera as memórias do escritor e ensaísta alemão Hans Magnus Enzensberger em Cuba, nos anos seguintes à Revolução. Escrito como uma entrevista fictícia, o texto é parte do livro Tumulto, a ser lançado no Brasil.

Em Os manifestantes estão em pânico, Jeremy Harding mostra quem são e o que querem os “coletes amarelos”, ativistas que interrompem o tráfego em estradas e ruas francesas.

Pelas Esquinas, encontros com personagens como Francenildo Costa, ex-caseiro de Antonio Palocci, e com os vendedores que enlouquecem galinhas e fregueses oferecendo quarenta ovos por 10 reais.

A edição traz ainda a reportagem Humoristicamente correto, de Tiago Coelho, sobre como Marcius Melhem desafia a tradicional comédia brasileira. E poemas de Eucanaã Ferraz em Retratos com Erro.

Em tempos de “golden shower”, a seção de humor The BolsozApp Herald revela as conversas do presidente Jair Bolsonaro na rede social mais patriótica do Brasil.

"Está na hora de ser liberal", diz Samuel Pessôa, no Valor Econômico.

https://www.valor.com.br/cultura/6198393/esta-na-hora-de-ser-liberal-diz-samuel-pessoa-do-ibre

Banco Mundial alerta para aumento da pobreza no Brasil.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/05/banco-mundial-alerta-para-aumento-da-pobreza-no-brasil.ghtml

Gênese e estrutura de O capital de Karl Marx.

Chega à língua portuguesa a mais importante obra sobre o pensamento econômico de Karl Marx. Ela nasceu de forma quase fortuita. Em 1948, exilado nos Estados Unidos, Roman Rosdolsky encontrou em uma biblioteca um raríssimo exemplar dos Grundrisse, de Marx. O texto havia sido editado pela primeira vez em 1939, em Moscou, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, e apenas três ou quatro exemplares dele haviam chegado ao Ocidente. Nunca fora estudado profundamente.

Rosdolsky logo percebeu que estava diante de uma obra que poderia revolucionar a compreensão do pensamento de Marx: "Sem a mais ampla assimilação das noções contidas nos Grundrisse", ele diz, "já não é possível nenhum progresso no terreno da economia marxista." Ao mesmo tempo, também percebeu que o texto recém-descoberto não atingiria círculos amplos de leitores, por sua complexidade e tamanho: bem mais de mil páginas.

Iniciou então uma extraordinária aventura intelectual: a de penetrar no "laboratório econômico" de Marx para acompanhar passo a passo o processo -- que durou pelo menos três décadas -- de elaboração de sua crítica da economia política. O próprio Rosdolsky levou vinte anos para refazer o percurso de Marx, seguindo o desenvolvimento de sua teoria econômica desde os primórdios até sua estrutura definitiva. Fecundo trabalho, que trouxe à luz aspectos novos e essenciais do pensamento do mestre.

Escrevendo na segunda metade do século XX e tendo como ponto de partida um texto fundamental, mas praticamente inédito, Rosdolsky demonstra que muitas das dificuldades de interpretação do complexo edifício teórico de Marx têm origem no desconhecimento de seu método, minuciosamente trabalhado na obra até então ignorada.

Ao reconstituir esse método e acompanhar sua aplicação desde os Grundrisse até O Capital, Rosdolsky lança nova luz sobre os principais problemas estudados por Marx e resolve muitas das polêmicas que ainda hoje se travam em torno deles. Passa em revista as interpretações e as críticas contidas nos textos de Tugan-Baranovsky, Hilferding, Lenin, Böhm-Bawerk, Rosa Luxemburgo, Joan Robinson, Paul Sweezy e Oskar Lange, entre outros, e esclarece temas tão controversos como a transformação de valores em preços, os esquemas da reprodução ampliada, a teoria do dinheiro, a redução do trabalho qualificado em trabalho simples, a posição social do proletariado, as crises periódicas, os impactos do desenvolvimento tecnológico e os limites do capitalismo. De sua análise, Marx ressurge como um gigante intelectual, que tantas vezes foi declarado morto e tantas ressuscitou, mais vivo que nunca.

César Benjamin

* * *

Roman Rosdolsky nasceu em Lvov em 1898. Ingressou em um movimento juvenil socialista durante a Primeira Guerra Mundial. Estudou em Praga e em Viena. Durante a década de 1920 colaborou com o Instituto Marx-Engels de Moscou, dirigido por David Riazanov. Severo crítico do stalinismo, retornou à universidade de sua cidade natal na década de 1930. Durante a Segunda Guerra Mundial foi preso pela Gestapo e deportado para os campos de concentração de Auschwitz, Ravensbruck e Oranenburg. Libertado no fim do conflito, emigrou em 1947 para os Estados Unidos, onde não pôde continuar sua atividade acadêmica por causa da perseguição macartista. Dedicou os últimos vinte anos de vida a um estudo profundo da obra teórica de Marx. Morreu em Detroit em 1967.

* * *

40% de desconto em todo o catálogo no site da editora. Pagamento por boleto bancário ou parcelado em até três vezes nos cartões. Você recebe os livros em casa. Para mais informações, clique no link.

Os 100 anos de "As Conseqüências Econômicas da Paz" do genial Keynes.

http://funag.gov.br/loja/download/42-As_Consequencias_Economicas_da_Paz.pdf

Estreias da Netflix em abril/2019.

https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/140102-agenda-netflix-17-series-filmes-estreiam-semana-streaming.htm

Teorias econômicas passam por ajustes para se adaptar aos novos tempos.

https://www.valor.com.br/cultura/6198395/teorias-economicas-passam-por-ajustes-para-se-adaptar-aos-novos-tempos

quarta-feira, 3 de abril de 2019

A ambiguidade de André Lara Resende: Samuel Pessoa - FSP 31/03

André Lara Resende tem provocado ruidoso debate ao afirmar que equilíbrio fiscal não tem importância e que o BC pode colocar o juro onde deseja.

Fui ler o texto original, “Consenso e contrassenso: déficit, dívida e Previdência”, e não foi o que lá encontrei.

Entendo que André está correto quando afirma que um Estado que emite dívida em sua própria moeda não enfrenta restrição financeira, mas somente a restrição de recursos da sociedade. Keynes nos ensinou esse fato há 80 anos.

No modelo tradicional, a taxa de juros é o regulador da demanda agregada. O BC a fixa para manter inflação na meta. A política fiscal é determinada para garantir a solvência da dívida pública.

André propõe inverter. Manter a taxa de juros baixa —de preferência abaixo da taxa de crescimento da economia— e empregar a política fiscal para regular a demanda agregada.

No modelo tradicional, um parâmetro importante é a taxa real neutra de juros, aquela que mantém o mercado de trabalho a pleno emprego, e a inflação, estável e na meta.

Ao direcionar a política fiscal para o controle da demanda agregada e fixar os juros baixos para não gerar uma dinâmica explosiva na dívida pública, André está nos dizendo que a taxa neutra não é independente da política fiscal, como estabelece há décadas a teoria convencional.

Há anos tenho escrito que um dos motivos que explicam o fato de a taxa neutra de juros ser muito elevada no Brasil é o gasto primário da União crescer sistematicamente além da expansão da economia.

Entre 2008 e 2014, essa pressão sobre a taxa neutra de juros foi agravada pelo BNDES.

Até alguns anos atrás, as melhores estimativas de taxa neutra de juros no Brasil situavam-na em 6% ao ano.

A contenção do crescimento do gasto real da União desde 2015 e a redução das operações com BNDES já reduziram a taxa neutra. Hoje ela situa-se em torno de 3%.

André está certo e faz parte do saber convencional que diferentes regimes fiscais produzirão diferentes taxas neutras de juros.

Por hipótese, como funcionaria a política econômica se André fosse simultaneamente ministro da Fazenda e presidente do BC, no melhor período que tivemos, os anos Lula, quando crescemos 4% em termos reais? Ele fixaria a taxa de juros real abaixo de 4% e faria a política fiscal compatível com essa política monetária e inflação na meta.

Como aqueles foram anos de pressão inflacionária permanente, mesmo com juros reais praticados superiores a 6%, a política fiscal teria de ter sido mais apertada do que foi. Teria sido necessário aprovarmos uma reforma da Previdência e promovermos o ajuste fiscal estrutural desejado 
por muitos em 2005.

O texto de André tem um problema retórico. Para tornar sua proposta mais palatável, não enfatiza as implicações fiscais de sua sugestão de alteração do regime de política econômica.

Ele tem ainda um problema histórico. O regime de André era o desejado, por exemplo, por Keynes, que defendeu contração fiscal para enfrentar o excesso de demanda no Reino Unido em 1937. 

A experiência do pós-guerra nos ensinou que a política fiscal é muito lenta, pois depende essencialmente do tempo da política, enquanto a política monetária tem a agilidade necessária para manter a inflação controlada.

Com relação à proposta mais polêmica de André, manter os juros reais bem baixos, é sempre possível. Basta convencer o Congresso a produzir a política fiscal compatível com esse juro real baixo e inflação estável.

André fez muito barulho por nada.

quarta-feira, 27 de março de 2019

31/03/1964 - 31/03/2019 - 55 anos.

As Forças Armadas participam da história da nossa gente, sempre alinhadas com as suas legítimas aspirações. O 31 de Março de 1964 foi um episódio simbólico dessa identificação, dando ensejo ao cumprimento da Constituição Federal de 1946, quando o Congresso Nacional, em 2 de abril, declarou a vacância do cargo de Presidente da República e realizou, no dia 11, a eleição indireta do Presidente Castello Branco, que tomou posse no dia 15.
Enxergar o Brasil daquela época em perspectiva histórica nos oferece a oportunidade de constatar a verdade e, principalmente, de exercitar o maior ativo humano - a capacidade de aprender.
Desde o início da formação da nacionalidade, ainda no período colonial, passando pelos processos de independência, de afirmação da soberania e de consolidação territorial, até a adoção do modelo republicano, o País vivenciou, com maior ou menor nível de conflitos, evolução civilizatória que o trouxe até o alvorecer do Século XX.
O início do século passado representou para a sociedade brasileira o despertar para os fenômenos da industrialização, da urbanização e da modernização, que haviam produzido desequilíbrios de poder, notadamente no continente europeu.
Como resultado do impacto político, econômico e social, a humanidade se viu envolvida na Primeira Guerra Mundial e assistiu ao avanço de ideologias totalitárias, em ambos os extremos do espectro ideológico. Como faces de uma mesma moeda, tanto o comunismo quanto o nazifascismo passaram a constituir as principais ameaças à liberdade e à democracia.
Contra esses radicalismos, o povo brasileiro teve que defender a democracia com seus cidadãos fardados. Em 1935, foram desarticulados os amotinados da Intentona Comunista. Na Segunda Guerra Mundial, foram derrotadas as forças do Eixo, com a participação da Marinha do Brasil, no patrulhamento do Atlântico Sul e Caribe; do Exército Brasileiro, com a Força Expedicionária Brasileira, nos campos de batalha da Itália; e da Força Aérea Brasileira, nos céus europeus.
A geração que empreendeu essa defesa dos ideais de liberdade, com o sacrifício de muitos brasileiros, voltaria a ser testada no pós-guerra. A polarização provocada pela Guerra Fria, entre as democracias e o bloco comunista, afetou todas as regiões do globo, provocando conflitos de natureza revolucionária no continente americano, a partir da década de 1950.
O 31 de março de 1964 estava inserido no ambiente da Guerra Fria, que se refletia pelo mundo e penetrava no País. As famílias no Brasil estavam alarmadas e colocaram-se em marcha. Diante de um cenário de graves convulsões, foi interrompida a escalada em direção ao totalitarismo. As Forças Armadas, atendendo ao clamor da ampla maioria da população e da imprensa brasileira, assumiram o papel de estabilização daquele processo.
Em 1979, um pacto de pacificação foi configurado na Lei da Anistia e viabilizou a transição para uma democracia que se estabeleceu definitiva e enriquecida com os aprendizados daqueles tempos difíceis. As lições aprendidas com a História foram transformadas em ensinamentos para as novas gerações. Como todo processo histórico, o período que se seguiu experimentou avanços.
As Forças Armadas, como instituições brasileiras, acompanharam essas mudanças. Em estrita observância ao regramento democrático, vêm mantendo o foco na sua missão constitucional e subordinadas ao poder constitucional, com o propósito de manter a paz e a estabilidade, para que as pessoas possam construir suas vidas.
Cinquenta e cinco anos passados, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reconhecem o papel desempenhado por aqueles que, ao se depararem com os desafios próprios da época, agiram conforme os anseios da Nação Brasileira. Mais que isso, reafirmam o compromisso com a liberdade e a democracia, pelas quais têm lutado ao longo da História.


FERNANDO AZEVEDO E SILVA

terça-feira, 19 de março de 2019

Joint Statement from President Donald J. Trump and President Jair Bolsonaro.

Today, President Donald J. Trump and President Jair Messias Bolsonaro of Brazil committed to building a new partnership between their two countries focused on increasing prosperity, enhancing security, and promoting democracy, freedom, and national sovereignty.
President Trump and President Bolsonaro reiterated that the United States and Brazil stand with the Interim President of Venezuela Juan Guaido, along with the democratically elected National Assembly, and the Venezuelan people, as they work to peacefully restore constitutional order to Venezuela.
The two Presidents agreed to deepen their partnership through the United States-Brazil Security Forum to combat terrorism, narcotics and arms trafficking, cybercrimes, and money laundering, and they welcomed two new arrangements to enhance border security.  President Bolsonaro announced Brazil’s intent to exempt United States citizens from tourist visa requirements, and the Presidents agreed to take the steps necessary to enable Brazil to participate in the Department of Homeland Security’s Trusted Traveler Global Entry Program.
President Trump announced the United States’ intent to designate Brazil as a Major Non-NATO Ally.  The Presidents further welcomed the signing of a Technology Safeguards Agreement, which will enable United States companies to conduct commercial space launches from Brazil, as well as an agreement between the National Aeronautics and Space Administration and the Brazilian Space Agency to launch a jointly developed satellite in the near future.
The two leaders agreed to build a Prosperity Partnership to increase jobs and reduce barriers to trade and investment.  To this end, they decided to enhance the work of the United States-Brazil Commission on Economic and Trade Relations, created under the Agreement on Trade and Economic Cooperation, to explore new initiatives to facilitate trade investment and good regulatory practices.
The two leaders also made a number of trade-related commitments.  President Bolsonaro announced that Brazil will implement a tariff rate quota, allowing for the annual importation of 750 thousand tons of American wheat at zero rate.  In addition, the United States and Brazil agreed to science-based conditions to allow for the importation of United States pork.  In order to allow for the resumption of Brazil’s beef exports, the United States agreed to expeditiously schedule a technical visit by the United States Department of Agriculture’s Food Safety and Inspection Service to audit Brazil’s raw beef inspection system, as soon as it is satisfied with Brazil’s food safety documentation.  The Presidents instructed their teams to negotiate a Mutual Recognition Agreement concerning their Trusted Trader programs, which will reduce costs for American and Brazilian companies.
The two leaders announced a new phase of the United States-Brazil CEO Forum, and welcomed the creation of a $100 million Biodiversity Impact Investment Fund that will catalyze sustainable investment in the Amazon region.  As leaders of two of the fastest-growing energy suppliers in the world, the Presidents agreed to establish a United States-Brazil Energy Forum to facilitate energy-related trade and investment.
President Trump welcomed Brazil’s ongoing efforts regarding economic reforms, best practices, and a regulatory framework in line with the standards of the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD).  President Trump noted his support for Brazil initiating the accession procedure to become a full member of the OECD.  Commensurate with its status as a global leader, President Bolsonaro agreed that Brazil will begin to forgo special and differential treatment in World Trade Organization negotiations, in line with the United States proposal.  President Bolsonaro thanked President Trump and the American people for their hospitality.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Washington: U.S. Department of The Treasury.


Time Out Index 2019 – Las 48 mejores ciudades del mundo,

Time Out Index 2019 – Las 48 mejores ciudades del mundo

1. Nueva York
2. Melbourne, Australia
3. Chicago, Illinois
4. Londres, Reino Unido
5. Los Ángeles, California
6. Montreal, Canadá
7. Berlín, Alemania
8. Glasgow, Escocia
9. París, Francia
10. Tokio, Japón
11. Madrid, España
12. Ciudad del Cabo, Sudáfrica
13. Las Vegas, Nevada
14. Ciudad de México, México
15. Manchester, Reino Unido
16. Filadelfia, Pennsylvania
17. Barcelona, ​​España
18. Buenos Aires, Argentina
19. Lisboa, Portugal
20. Washington DC

21. Tel Aviv, Israel
22. Mumbai, India
23. Toronto, Canadá
24. Birmingham, Reino Unido
25. Dublin, Irlanda
26. São Paulo, Brasil
27. Miami, Florida
28. Porto, Portugal
29. Singapur
30. Edimburgo, Escocia
31. San Francisco
32. Dubai, Emiratos Árabes Unidos
33. Munich, Alemania
34. Viena, Austria
35. Shanghai, China
36. Moscú, Rusia
37. Delhi, India
38. Seattle, Washington
39. Sydney, Australia
40. Abu Dhabi, Emiratos Arabes Unidos
41. Hong Kong
42. Boston, Massachusetts
43. Rio de Janeiro, Brasil
44. Marsella, Francia
45. Bangkok, Tailandia
46. ​​Kuala Lumpur, Malasia
47. Beijing, China
48. Estambul, Turquía

quarta-feira, 13 de março de 2019

André Lara Resende escreve sobre a crise da macroeconomia.

https://www.valor.com.br/cultura/6149939/andre-lara-resende-escreve-sobre-crise-da-macroeconomia

Top World Airports by Passenger Traffic, 2017.

1 - Beijing Capital PEK 95,786,442
2 - Dubai Intl DXB 88,242,099 
3 - Tokyo Haneda HND 85,408,975
4 - London Heathrow LHR 78,014,598
5 - Hong Kong HKG 72,664,075
6 - Shanghai Pudong PVG 70,001,237
7 - Paris Charles de Gaulle CDG 69,471,442
8 - Amsterdam AMS 68,515,425
9 - Guangzhou CAN 65,887,473
10 - Franfurt - FRA 64,500,386

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Uece está entre as melhores universidades do mundo no ranking Webometrics.

Desde 2004, o Ranking Web of Universities é publicado duas vezes por ano, avaliando quase 30 mil Instituições de Ensino Superior em todo o mundo e, no primeiro resultado divulgado em 2019, a Uece está entre as 10% melhores instituições, considerando o cenário internacional. No Brasil, se mantém em 13º lugar entre as melhores universidades estaduais e a performance coloca a Estadual do Ceará entre as 5% mais bem colocadas da América Latina.

O objetivo do relatório é promover a presença acadêmica na Internet, apoiando as iniciativas de acesso aberto para aumentar a transferência de conhecimento científico e cultural gerado pelas universidades para a sociedade. No caso da Estadual do Ceará, essas publicações estão disponíveis nos sites dos Programas de Pós-Graduação e em outras páginas eletrônicas, tornando possível seu acesso livre por meio de buscas no Google.

O levantamento foi divulgado já neste 2019 e teve classificação do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), que é vinculado ao Ministério da Educação e Formação Profissional da Espanha. Para o chefe de gabinete da reitoria da Uece, Edmar Pereira, o reconhecimento é resultado da dedicação de todos os colaboradores que atuam no ensino superior público do Ceará. “Mais uma vez, a presença da Uece no ranking mostra a excelência alcançada por nossos pesquisadores, alunos e servidores, que fazem da nossa estadual a universidade de referência em diversas áreas do conhecimento”, avalia.

Quatro indicadores são levados em consideração no ranking, pelo Cybermetrics Lab, que pertence ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, ligado ao governo espanhol e dedicado ao fomento da investigação científica e tecnológica: presença, visibilidade, transparência e excelência.

No caso da Presença (tamanho), considera o número de páginas do domínio principal da instituição. Incluídos todos os subdomínios que compartilham o domínio principal e todos os tipos de arquivos como documentos em PDF. Já o Impacto (visibilidade), avalia o número das redes externas (sub-redes) originando links para as páginas da instituição. Abertura (transparência) está relacionada ao número de citações e Excelência é o índice do número de artigos mais citados.

https://www.ceara.gov.br/2019/02/13/uece-esta-entre-as-melhores-universidades-do-mundo-no-ranking-webometrics/

Insper: Como entender a reforma da Previdência em 2019.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

The Economist: Millennial socialism.

https://www.economist.com/leaders/2019/02/14/millennial-socialism

Bruno Ganz, de A Queda – As Últimas Horas de Hitler, morre aos 77 anos.

https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/famosos/2019/02/bruno-ganz-de-a-queda-as-ultimas-horas-de-hitler-morre-aos-77-anos

Valor: Nova direita conservadora desafia pensamento politicamente correto.

https://www.valor.com.br/cultura/6119311/nova-direita-conservadora-desafia-pensamento-politicamente-correto

Estadão: Finalmente, a reforma.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,finalmente-a-reforma,70002723607

O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, informou na quinta-feira que o governo finalmente conseguiu chegar a um consenso sobre a proposta de reforma da Previdência. Ainda não se conhecem todos os detalhes do que foi acertado - o presidente Jair Bolsonaro deverá fazer um pronunciamento à nação, na próxima quarta-feira, dia 20, para apresentar a proposta. Sabe-se, no entanto, que o projeto prevê o estabelecimento de idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com um período de transição de 10 anos para homens e de 12 anos para mulheres. A equipe econômica estima uma economia de R$ 1,1 trilhão em dez anos, essencial para começar a colocar as contas públicas em ordem.
Será um desafio e tanto fazer aprovar uma reforma a respeito da qual nem mesmo o presidente da República parece ter convicção. É bom lembrar que há muito pouco tempo Jair Bolsonaro defendia publicamente uma idade mínima de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens. Aliás, também é bom lembrar que Bolsonaro passou a vida, como parlamentar, a boicotar qualquer tentativa de mexer na Previdência, e seu principal articulador na Câmara, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, prejudicou o quanto pôde a tramitação da reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer, muito parecida com esta que será encaminhada agora.
Pode até ser que Bolsonaro e seu entorno político tenham mesmo mudado de ideia e se convencido da profundidade da crise na Previdência, mas não está claro se o presidente resistirá à previsível ofensiva daqueles que pretendem desidratar a reforma no Congresso. Assim, o governo já entraria em desvantagem na dura negociação com os parlamentares.
O prejuízo governista fica ainda mais evidente quando se recorda que a proposta do governo terá de tramitar desde a estaca zero, passando por diversas comissões da Câmara antes de ser encaminhada para as votações em plenário.
Parte considerável desse pedregoso trajeto já havia sido percorrida pelo projeto de reforma apresentado pelo governo de Michel Temer, razão pela qual o mais racional teria sido aproveitar parte desse texto em vez de apresentar um novo. O próprio secretário da Previdência, Rogério Marinho, havia dito, no início de janeiro, que o governo Bolsonaro teria o “bom senso” de usar o projeto de Temer, promovendo apenas alguns ajustes, pois era preciso levar em consideração a “economia processual”. Seria realmente a coisa certa a fazer, pois a proposta encaminhada por Temer, além de já ter avançado na Câmara, previa resultados semelhantes aos esperados com o projeto do atual governo - uma economia de cerca de R$ 800 bilhões -, além de estabelecer a mesma idade mínima proposta agora.
Pode-se prever ainda que o projeto do presidente Bolsonaro enfrentará mais resistências no Congresso do que o de Michel Temer por incluir uma regra de transição de apenas 12 anos, bem mais curta que os 20 anos previstos no texto do governo anterior. Além disso, como não se conhecem mais detalhes do projeto, não é possível antecipar qual será de fato o tamanho da oposição que enfrentará entre os parlamentares.
Uma coisa, porém, é certa: o presidente Jair Bolsonaro precisa urgentemente colocar ordem em sua casa, para que seus problemas familiares não contaminem a difícil rotina da administração do Brasil - especialmente no momento em que vai começar a discussão sobre a reforma da Previdência, de cuja aprovação dependem a subsistência do governo e a solvência do País.
Não à toa, ouvem-se nos corredores do Congresso comentários sobre o prejuízo político das múltiplas crises envolvendo os filhos do presidente e seu partido, o PSL, base sobre a qual Bolsonaro pretendia construir seu apoio parlamentar. Certamente já há deputados e senadores imaginando o quanto poderão ganhar com a fragilidade gritante de um presidente que tem menos de dois meses de governo, mas que, de tão precocemente desgastado, parece já estar em fim de mandato. E note-se que os maiores desafios - reforma da Previdência à frente - ainda nem começaram para valer.

Mario Sergio Conti: Descida na decadência.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mariosergioconti/2019/02/descida-na-decadencia.shtml

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Fed Chairman Powell doesn't see elevated recession risks.

Federal Reserve Chairman Jerome Powell said Tuesday he does not feel the probability of a recession "is at all elevated," and that the country is continuing to see solid economic growth.

Roberto Campos Neto, o herdeiro econômico de Roberto Campos.

Recebi via e-mail de um colega e compartilho:
O homem que ajudou a fundar o Banco Central do Brasil não viveu o suficiente para ver seu neto assumir como seu próximo presidente, mas seu legado parece ter sobrevivido.
Embora Roberto Campos Neto, cuja aprovação pelo Senado para o cargo esteja prevista para o final deste mês, não tenha deixado claro para onde pode levar a política monetária do país, pistas podem ser encontradas ao olhar para seu avô e homônimo, Roberto Campos.
“Campos Neto era muito próximo de seu avô, que era seu principal mentor”, disse Alexandre Aoude, ex-presidente da unidade do Deutsche Bank AG no Brasil, colega do indicado.
O avô, um polêmico economista, diplomata, escritor e político que gostava de enfeitar suas conversas com frases de efeito espirituosas, ajudou a moldar o liberalismo econômico do Brasil nos anos 1950 e 1960, e como ministro do planejamento assinou o decreto que criou o Banco Central em 1964.
O neto, que não quis dar entrevista para esta matéria, até agora tem sido reticente em divulgar suas opiniões publicamente.
Mas seu histórico – Campos Neto, de 49 anos, foi um dos principais executivos na tesouraria das Américas no Banco Santander, banco no qual trabalhou por um total de 16 anos – não deixa dúvidas de que entende a linguagem dos mercados.
“Onde quer que ele fosse, ele ganhava dinheiro”, disse Aoude, que é sócio-fundador da empresa de investimentos Vectis Partners, em São Paulo. “Como trader e chefe de tesouraria de bancos e gestor de fundos, ele tomou decisões certas a maior parte do tempo.”
Ao assumir seu 1º emprego no setor público, Campos Neto vai para o Banco Central com um profundo conhecimento dos investidores internacionais.
Grande parte dessa experiência vem de seu trabalho como responsável pela tesouraria do Santander nas Américas, com escritórios nos EUA, México, Chile, Peru, Brasil e Argentina.
Campos Neto também era responsável pelo trading proprietário e market making local e internacional do banco, um trabalho que o levou a conhecer gestores de fundos e executivos de empresas que queriam investir no Brasil.
A experiência no exterior é outra característica compartilhada com seu avô, que serviu como embaixador do Brasil em Washington e Londres. Esses trabalhos lhe valeram o apelido de “Bob Fields” – uma tradução exata do inglês usada como uma maneira de criticar sua afinidade com o capital estrangeiro.
Embora mais tarde em sua vida o avô tenha sido um dos oponentes mais radicais do socialismo ou de qualquer tipo de intervencionismo estatal, em 1951 ele defendeu a criação do banco de desenvolvimento do país, onde mais tarde atuou como presidente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, o admirava tanto que sugeriu que seu neto comandasse o Banco Central. O presidente Jair Bolsonaro, que deu a Guedes poderes amplos para administrar a economia, concordou.
Colegas que trabalharam com Campos Neto durante seus 10 anos no Santander disseram que ele era um negociador habilidoso, com uma abordagem flexível que o ajudava a construir relacionamentos duradouros não apenas com seus superiores no banco, mas também com sua equipe e clientes.
Eles disseram que ele criava um ambiente calmo e relaxado enquanto servia como mentor para seus colegas, se diferenciando de outros executivos do banco com estilo de gestão que às vezes promovia a humilhação de subordinados. Nenhum dos colegas concordou em ser identificado.
Antes do Santander, Campos Neto negociava taxas de juros, derivativos, dívidas e ações no Banco Bozano Simonsen, que foi vendido ao Santander em 2000. Empregos anteriores incluíram a função de gestor de carteiras no fundo de hedge Claritas Investimentos e Participações.
Ele obteve bacharelado e mestrado em economia pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, com especialização em finanças. Ele também possui mestrado em matemática aplicada pelo Califórnia Institute of Technology.
Campos Neto, que nasceu no Rio de Janeiro, é um esportista ávido que gosta de musculação, jogar tênis e correr, de acordo com o Banco Central. Ele passa suas noites em casa com sua família, que hoje usa carros blindados depois de sofrer um assalto.
“O banqueiro central moderno tornou-se muito mais tecnologicamente sofisticado, e alguém como Campos traz habilidades únicas à equação, já que ele trabalhou em um banco muito grande, sabe como os mercados funcionam, entende o ambiente regulatório e tem contatos fantásticos pelo mundo”, disse Hari Hariharan, presidente e gestor do NWI Management.
“Ele é um cara pragmático”, disse Hariharan, que trabalhou no Santander e conhece Campos há 16 anos.
Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central na década de 1990, disse que a “continuidade” das políticas de seu antecessor, Ilan Goldfajn, provavelmente caracterizará o mandato de Campos Neto.
Loyola, agora sócio da empresa de consultoria Tendências Consultoria Integrada, espera um “Banco Central comprometido com o regime de metas de inflação, preservando a credibilidade conquistada durante o tempo de Ilan”.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

"Reforma da Previdência: Por Que o Brasil não Pode Esperar"

Folha: Livros mais vendidos em fevereiro/2019.

TEORIA E ANÁLISE

1º/1º  O Livro dos Negócios (reduzido), Ian Marcousé, Globo Livros, R$ 59,90
2º/2º  Rápido e Devagar, Daniel Kahneman, Ed. Objetiva,  R$ 62,90
3º/-   Marketing 4.0, Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, ed. Sextante, R$ 49,90
4º/4º  Arriscando a Própria Pele, Nassim Nicholas Taleb, Ed. Objetiva, R$ 54,90
5º/-   Menos Estado e Mais Liberdade, Donald J. Boudreaux, Faro Editorial, R$ 24,90

Prática e Pessoas
1º/2º A Sutil Arte de Ligar o F*da-se, Mark Manson, Ed. Intrínseca, R$ 29,90
2º/3º  Me Poupe!, Nathalia Arcuri, Ed. Sextante, R$ 29,90 
3º/4º  Seja Foda!, Caio Carneiro, Ed. Buzz, R$ 39,90
4º/5º  Os Segredos da Mente Milionária, T. Harv Eker, ed. Sextante, R$ 29,90
5º/-  O Poder do Hábito, Charles Duhigg, Ed. Objetiva, R$ 49,90

Lista feita com amostra informada pelas livrarias Curitiba, da Folha, da Vila, Saraiva e Argumento; os preços são referências do mercado e podem variar 


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Por que Vikings é melhor que Game of Thrones - Marcelo Rubens Paiva.

Misbehaving: A Construção Da Economia Comportamental.

Um dos pais-fundadores da economia comportamental, Richard H. Thaler remonta neste livro a história dessa disciplina, dos seus primórdios nos anos 1970 até suas aplicações na atualidade. Com exemplos que vão das altas apostas do mercado financeiro até o que nos influencia no momento de escolha do jantar, o autor traça de forma leve e bem-humorada os principais conceitos dessa área de conhecimento, resultando em uma leitura essencial para todos aqueles que desejam se conectar com o futuro do pensamento econômico. Aliando as mais recentes descobertas no campo da psicologia à compreensão prática de incentivos e comportamento de mercado, o livro nos ajuda a tomar decisões mais inteligentes nos âmbitos pessoal e financeiro. Misbehaving revela como o estudo da imprevisibilidade humana pode ser útil para nossas vidas, negócios e governos, transformando assim a forma como pensamos sobre nós mesmos e o mundo.

Vale, triste momento atual.

Por Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere:

Vamos falar da ação da Vale? Neste momento a abordagem é simplesmente técnica, uma vez que temas éticos e morais devem ser tratados em outros fóruns. São tantas vidas que se perderam que não haveriam palavras para dissertar por esta abordagem ... muito, muito triste mesmo.

A pergunta é: qual será o comportamento dos papeis da Vale nos próximos dias? Difícil tentar uma previsão, mas certo é que os mercados punirão estes papeis, por considerar que as incertezas aumentaram e que a companhia tem vários riscos novos no ar. Com certeza as punições acontecerão e multas pesadas virão, mas, ninguém consegue definir o tamanho. As medidas judiciais de bloqueio aconteceram, mas em caráter liminar e não ainda definitivo. As licenças de operação da Vale foram suspensas nestes complexos, mas o que acontecerá com os outros? Vale lembrar que o complexo Ferteco, localizado no lindo município de Brumadinho e região responde por 6 a 7% da produção total da Vale.

E o que falar da reincidência da empresa? Quanto custará isto para uma das maiores empresas do país?

E no exterior, como os clientes da Vale irão se comportar? Deixariam eles de comprar minério da empresa por conta do acidente e da perda acentuada de vidas? Vale lembrar que reconhecidamente a produtividade do minério da Vale é bem acima de seus concorrentes. Interessante que na sexta-feira (25), após divulgação do acidente no mercado internacional, as ações de empresas concorrentes tais como Rio Tinto e BHP subiram.

E os principais acionistas da Vale tais como Mitsui e Bradesco, como enfrentarão este momento? Quanto custa para implementar um plano de contingência nestas barragens, para realmente colocar fim a riscos destes e por que não foi executado? É viável?

Também é incerta qual será a profundidade na punição da empresa pelo governo do presidente Bolsonaro e do Governador Zema.

Por ser uma das maiores empresas pagantes de impostos no país e em Minas Gerais, manter a solidez da empresa também deverá ser de consenso aos governos. Neste momento de aperto fiscal e necessidade de manter as arrecadações, o impacto de uma redução no tamanho de uma empresa como a Vale seria desafiado. Mas até clarificar este horizonte de incertezas, uma coisa é certa: a instabilidade e volatilidade na ação serão altos.

E quem possui a ação, o que fazer?

É complexo dizer, mas quem carrega o papel visando longo prazo e recentemente teve impacto destas quedas acentuadas, pode ter uma oportunidade de melhorar um preço médio em algum momento. A dúvida é qual seria o fundo do poço e a que nível o papel atingiria o menor nível. O preço está relacionado ao lucro e é totalmente impossível prever com exatidão qual o impacto do acidente no lucro da Vale e a futura projeção.

Quem estava comprado no papel visando ganhos de curto prazo e agora tem perdas fortes, o menor prejuízo é aquele que você sabe qual é, vender e realizar as perdas seria recomendável neste momento.

Com certeza comprar o papel agora é precipitado diante de um número muito grande de incertezas.

As ações da Vale vinham bem por conta do potencial de distribuição de dividendos, mas atualmente como pensar em distribuição se a prioridade do management da cia será mitigar todos os impactos que virão e garantir a continuidade da empresa?

Enfim muita coisa pra vir e definições a serem tomadas. Fatores como apetite de risco e tempo no horizonte devem ser fundamentais para determinação sobre como posicionar as carteiras de cada investidor.

Contatos - Belvedere Investimentos
Site: http://www.belvinvest.com.br/
E-mail: belvinvest@belvinvest.com.br 
Telefone: (11) 3168-9660

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

The Monetary and Fiscal History of Brazil, 1960-2016.

Artigo do João Ayres, Marcio Garcia, Diogo A. Guillén e Patrick J. Kehoe na  NBER Working Paper No. 25421.

O cenário econômico americano e os impactos no Brasil.

Em um mundo extremamente globalizado precisamos analisar a situação do Estados Unidos e outras nações para determinar as oportunidades e ameaças da economia brasileira neste ano de 2019. Reflexos externos ecoarão na nossa economia e influenciarão o comportamento dos mercados financeiros e principais ativos.
Para 2019, a expectativa é que a economia do Estados Unidos desacelere por vários fatores: anos contínuos em crescimento, a desaceleração da economia mundial e o impacto dos aumentos da taxa de juros básica da economia. Vale lembrar que a discussão dos economistas é de quantos aumentos serão feitos em 2019, talvez 02 ou 03? Aumentos de 0.25%, sucessivos, representam um imenso efeito cascata, reduzindo a capacidade das empresas investirem, aumentando o endividamento e reduzindo o poder de compra dos consumidores. A boa notícia é que ainda existe expectativa de crescimento positivo, mesmo menor do que anos anteriores, e as chances maiores são contra a entrada da economia dos EUA em uma área de recessão ainda neste ano.
Ao mesmo tempo, da redução nos mercados de ações e commodities, além da remoção gradual de estímulo por parte de alguns bancos centrais, significa que as condições financeiras em todo o mundo estão reduzindo. Combinado com maior incerteza política, esses riscos apontam para uma desaceleração. A expectativa é que o dólar mantenha-se nos atuais níveis elevados durante grande parte de 2019, ou seja, valorizado frente ao resto do mundo e inclusive frente às moedas emergentes.
Já a moeda brasileira deve ser atrativa, pois a taxa Selic no menor patamar do plano real reduz o ímpeto de investidores estrangeiros na busca de rentabilidade na renda fixa. Portanto, caso o Brasil consiga fazer as reformas de previdência e fiscal, podemos ser afetados por um fluxo positivo de investimentos no médio e longo prazo. Mas o dólar hoje, com a expectativa de aumentos de juros nos EUA, tende a se valorizar frente às moedas no mundo. Não seria diferente para o Real. Pelo menos no primeiro semestre veremos muita volatilidade na moeda, mas não temos expectativa de fortes apreciações do real x dólar.
A economia global começou em 2018 com um crescimento forte e sincronizado, mas a dinâmica diminuiu com o avanço do ano e as tendências de crescimento divergiram. Notavelmente, as economias da zona do euro, do Reino Unido, do Japão e da China começaram a enfraquecer. Em contraste, a economia dos EUA acelerou, graças ao estímulo fiscal. O crescimento dos EUA permanecerá acima da tendência, com os fundamentos econômicos permanecendo razoavelmente sólidos.
Para a economia brasileira a expectativa é de crescimento. As disputas comerciais no mundo podem ser fatores positivos para as exportações do país. O Brasil é o melhor dos maiores emergentes e o que oferece neste instante as melhores condições de investimentos: o tamanho do mercado, a estabilidade política, a não restrição a entrada e saída de investimentos e principalmente alta taxa de retorno. Seu patamar da taxa de juros em um nível considerado baixo, comparado a anos anteriores, faz com que o risco de pressão inflacionária seja alto. Nunca o brasileiro teve a taxa básica a um nível tão baixo. Porém visualizamos o Bacen diligente e apto a fazer mudanças rápidas e eficientes, podendo em 2019 ter aumentos graduais de juros.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

Sobre a Belvedere Investimentos
A Belvedere Investimentos é parte do Grupo Belvedere, criado em 2014 pelos sócios Júlio César Lage, Marco Hascal e Ricardo Bueno. Neste período, outros sócios se juntaram à partnership, entre eles o ex-BTG Luis Miranda para ser o estrategista chefe da operação no Brasil. O grupo, que tem sede nos Estados Unidos, e operações em Portugal e Brasil, é uma holding de participações no setor financeiro atuando em wealth management, investment banking, corretora de valores e gestora de patrimônio (asset management).
No Brasil, a Belvedere Investimentos é uma gestora de recursos que possui escritórios em cinco capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória e Recife. Com o objetivo de administrar investimentos de seus clientes no mercado financeiro no Brasil ou no exterior, é voltada a quem busca gestão de investimentos líquidos e ilíquidos, passivo ou ativo. Atualmente, administra 3 bilhões de reais de seus clientes. Sua operação no território brasileiro representa cerca de 40% das receitas da operação do Grupo. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), a Belvedere é uma das gestoras de recursos que mais cresce no país.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

Contatos - Belvedere Investimentos
Site: http://www.belvinvest.com.br/
E-mail: belvinvest@belvinvest.com.br
Telefone: (11) 3168-9660

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...