sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O PRAZER DA PESQUISA!!!

Estimados colegas, bom dia e bom final de semana!

Quando você lê PAUL KRUGMAN no ESTADÃO analisando “o prazer da pesquisa”, você realmente reconhece que não existe almoço grátis. Tem que gostar muito do que faz e trabalhar bastante. A declaração de amor vinda de um intelectual de seu nível é assunto que merece ser realmente divulgado para todas as gerações da A à X,Y e Z...

Uma reflexão de ordem pessoal: percebi, algumas horas atrás, que estava desfrutando realmente de um bom fim de semana e isso me fez parar e pensar sobre o que de fato me agrada nesse meu atual papel de intelectual público.

Não é o semistatus de celebridade que ele proporciona; na verdade não me sinto muito à vontade quando sou reconhecido. E também não tem a ver com a capacidade de ter minha voz ouvida, é ótimo poder usar o mais valioso espaço jornalístico do mundo e agradeço a chance de, talvez, fazer uma diferença; mas a responsabilidade que acompanha esse privilégio é muito grande e às vezes me sinto carregando um pesado fardo.

Não, o que eu realmente adoro fazer é pesquisa – procurar entender como funcionam os sistemas de saúde, o que vem ocorrendo com a política monetária, como acessar e interpretar dados sobre o mercado de trigo.

Mas eu não estaria realizado essas pesquisas mesmo que nunca tivesse me afastado da carreira acadêmica? Sim, contudo… O problema de ser um acadêmico bem-sucedido é que é muito fácil cair na rotina, passar o tempo fazendo coisas de menor importância num trabalho que torna você um personagem importante; além do que, mesmo grandes economistas raramente fazem um trabalho revolucionário na minha idade. É por isso que muitos economistas de primeira classe buscam uma segunda carreira, de um tipo ou outro, seja na área de administração, relacionada com políticas públicas, etc.

No meu caso, estou escrevendo para o público em geral. O importante desta coluna é que ela, de uma maneira ou outra, obriga-me a continuar aprendendo novos estratagemas, a explorar áreas pelas quais nunca me interessei muito antes. E me força ainda a encontrar um modo de falar sobre os assuntos numa linguagem mais direta.

E eu amo isso.

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