terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
A agenda de Obama.
Para hoje, na agenda do Presidente Barack Obama:
The President hosts a working dinner with President Rousseff of Brazil; the Vice President also attends.
Blue Room
Closed Press
Qual a repercussão desta notícia no noticiário internacional?
Previsões economia brasileira para 2015.
Novamente o boletim Focus do Banco Central
desta semana mostrou uma piora das expectativas do mercado em relação à
atividade econômica.
Abaixo os principais números:
- PIB: o consenso do mercado para 2015 recuou de (-) 1,45% para (-) 1,49%.
- Inflação: o IPCA de 2015 passou de 8,97% para 9,00%.
- A Taxa Selic continuou apontando para a taxa básica de juros em 12,00%.
- A Taxa de Câmbio de fechamento de 2015 seguiu em R$3,20/US$.
Enquanto isso, o mundo político continua em
mais uma semana com alto teor de crises...
domingo, 28 de junho de 2015
A setback in Brazil.
Just a couple of years ago, it was widely concluded that Brazil had finally overcome the decades-old gibe about the world’s fifth-largest country: that it would always be “the country of the future.” Exports, particularly to Asia, were booming; a middle class was filling in the once-polarizing gap between the very rich and very poor; and huge offshore oil discoveries appeared to ensure yet another economic acceleration. In seeming confirmation of its new status, Brazil was chosen to host both soccer’s World Cup last year and the 2016 Olympics.
The Rio de Janeiro games are still a year away, but already Brazil’s bubble appears to have burst. The economy is mired in a deepening recession, thanks to the drop in oil and other commodity prices. The state oil company,Petrobras, has triggered the biggest corruption scandal in the country’s history, with dozens of businesspeople and more than 50 members of Congress implicated in some $2 billion in kickbacks. Investments in the vaunted new oil fields have been cut back, even as Brazilians fume over the billions spent on new stadiums.
Most troubling, the setbacks have triggered a crisis for Brazilian democracy, which has flourished in the 30 years since a military government yielded power. Leftist President Dilma Rousseff, who is due in Washington next week for a long-delayed official visit, eked out reelection in October after claiming that her more conservative opponent would surrender to the dictates of bankers and the International Monetary Fund. Now, with Brazil’s credit rating in danger, Ms. Rousseff is imposing the same austerity measures typically favored by the IMF, including cuts in energy subsidies.
Meanwhile, allegations of corruption are pending against dozens of members of Ms. Rousseff’s party, including its treasurer, in connection with the Petrobras scandal. The heads of two huge construction firms, including the largest in Latin America, were arrested June 19. Two days later, a poll showed the president’s popularity had dropped to a record low of 10 percent. The Post’s Dom Phillips reported Ms. Rousseff has stopped appearing on television for fear she will only inspire more anti-government protests.
The president now faces the challenge of surviving in office, and attempting to govern, for another three-and-a-half years. It won’t be easy: She has seen much of her power effectively stripped away by congressional leaders, who diluted some of her austerity measures. Ms. Rousseff’s Workers’ Party objects to her economic corrections, which partly reverse her statist course during her first term.
But Brazil needs more liberalizing reforms. Petrobras’s corruption was in large part the product of Ms. Rousseff’s misguided policies, such as trying to restrict its suppliers to Brazilian firms. The president made much of $53 billion in investment deals she announced with visiting Chinese Premier Li Keqiang last month, including $7 billion in fresh financing for Petrobras. But to get back on track, Brazil needs not just checks from Beijing, but also the removal of disincentives for private domestic and foreign investment. Without it, Brazil’s future will remain on hold.
domingo, 21 de junho de 2015
Contradições trabalhistas e econômicas.
Recente estudo da consultoria de recrutamento Michael Page prevê que
neste 2015 55% dos líderes de RH afirmaram ter planos de contratação para os próximos
12 meses, sendo que 63% dessas contratações serão de substituições.
Enquanto isso, o mesmo estudo revela que 76% dos entrevistados querem
mudar de empresa nos próximos seis meses.
Conclusão: as empresas vão contratar pouco e os funcionários querem sair.
E isso, com a economia brasileira no hospital...
Fonte: Revista VOCÊ S/A.
sábado, 20 de junho de 2015
A economia brasileira de Reinaldo Azevedo.
Reinaldo Azevedo é um crítico do governo Dilma e de tudo que ele avalia incorreto. No entanto, é dono de um estilo de texto que acorda qualquer leitor e enxerga muito bem o que virá por aí. Como economista, sinto-me na obrigação de divulgar um recente post do mesmo sobre a atual situação econômica brasileira.
Por onde começar? Todos os indicadores econômicos — todos, sem exceção —
estão piores do que esperava o mercado. Não há uma boa notícia na economia nem
para fazer remédio.
Vamos ver.
1: Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), o país
fechou 115 mil vagas formais de trabalho em maio, o pior número desde 1992 — em
23 anos! Entre janeiro e maio, desapareceram 243.948 postos. No acumulado de 12
meses, 452 mil.
2: Dados do IBC-Br, um índice que é considerado uma prévia do PIB,
divulgados pelo Banco Central, indicam que o país registrou uma queda de 0,84%,
bem pior do que o 0,4% esperado pelo mercado. Em relação a abril do ano
passado, a atividade despencou 3,24%. Isso aponta para uma recessão acima de 2%
em 2015.
3: Bem, com a recessão em curso e os juros já na estratosfera, a inflação
poderia estar em queda, certo? Ainda não. A prévia de junho, na comparação com
maio, aponta uma alta de 0,99%. Em 12 meses, a taxa está em 8,8%.
Pode parecer impressionante, mas eles conseguiram chegar ao estado da arte
da incompetência: recessão severa, juros brutais e desemprego tendente a
cavalar.
Não pensem que isso se consegue sem determinação. Só se chega aí com
muita imodéstia.
Brasil: com o desastre econômico que fechará 2015, esperamos um bom 2016.
Todas as expectativas para 2015 sinalizam que a economia brasileira
chegará ao fundo do poço, conforme alguns indicadores relacionados abaixo - base junho:
- O PIB fechará 2015 em quase 2% "negativo".
- A taxa de desemprego atingirá quase 7% ao ano.
- A inflação medida pelo IPCA estará próximo a 9% ao ano.
- Quanto a taxa Selic, estima-se que 15% não será novidade.
- A taxa de câmbio será R$ 3,20/US$ e, então, teremos menos brasileiros em NYC.
- E o governo? Bem, continuará seus gastos, fazendo com que o resultado primário do setor público resulte em R$ 32 bilhões “negativos”.
Isso
posto, que chegue logo o ano de 2016.
Alexandre Tombini: Nos 50 anos do BACEN, o que ele pensa sobre regime de metas para a inflação.
Há várias razões para o sucesso do regime de metas para a inflação na
crise:
· Os bancos centrais descobriram que o regime de metas é realmente útil
para passar mensagens claras para o público sobre a necessidade e as condições
para a adoção de medidas não convencionais.
· Além disso, as metas para inflação contribuíram para a ancoragem das
expectativas de inflação, mantendo afastado o risco de deflação apesar dos
significativos hiatos de produto que vigoraram no pico da crise.
· As novas propostas de regimes de
política monetária sofrem de uma série de deficiências práticas. Elas são
demasiado complexas para o entendimento e acompanhamento do público. E metas
para o PIB nominal dependem muito de uma variável não observável, o crescimento
potencial do PIB.
· Por fim, a alteração do regime, ou mesmo apenas a elevação da meta, no
meio da crise, punha em risco a credibilidade que os bancos centrais haviam
angariado anteriormente sob o regime de metas.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
University of São Paulo - USP.
Editorial da FOLHA DE S. PAULO e uma ótima notícia.
A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de
consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário
brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua
estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um começo.
Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos
e vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a contribuição
inestimável de uma missão francesa composta de jovens intelectuais que
ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009)
e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram
a formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que
pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados (hoje em
dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai
escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de graduação:
apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos os que afluíram a
ela por meio de convênios.
Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de
estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades
verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa proporção
chega a 11%.
Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP
em inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em
português.
Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar
ao menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a oportunidade
de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de sua área de
especialidade em outro idioma.
Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP
deveria considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um
curso de administração todo ele dado em inglês.
Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em
rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.
O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os
países de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em
redes mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo
estrangeiro.
domingo, 7 de junho de 2015
Delfim Netto e a economia brasileira.
O economista Antonio Delfim Netto, hoje, na FOLHA DE S. PAULO. Leia a seguir trechos da entrevista.
Folha - Qual é a sua avaliação sobre o
ajuste fiscal?
Antonio Delfim Netto - O ajuste
fiscal é necessário. No ano passado, ocorreu uma deterioração fiscal muito
profunda. Até dezembro de 2013, a situação era desagradável, mas não tinha
gravidade. O desequilíbrio de 2014 foi deliberadamente produzido para a
reeleição e atingiu seu objetivo. O PT tirou muito proveito disso, porque
continuou com a maior bancada na Câmara. Era visível que precisava fazer um
ajuste em 2015.
Houve estelionato eleitoral?
Não tenho dúvida, é um absurdo tentar negar. Dilma
fez uma mudança na política econômica equivalente à de são Paulo na estrada de
Damasco [Paulo se converteu ao cristianismo em viagem de Jerusalém a Damasco e
se tornou apóstolo]. Essa é uma questão moral que abalou a credibilidade do
governo, mas o importante é o conserto.
E esse conserto da economia vai no rumo
certo?
O ajuste do Levy é bastante razoável. Na parte
trabalhista, as reformas foram importantes e corrigiram distorções horrorosas
[na concessão de pensão por morte e seguro-desemprego].
Aqui precisamos fazer um pouco de justiça ao Guido
[Mantega, ex-ministro da Fazenda]. Ele fez essas medidas e queria que tivessem
sido propostas em 2014. Quem não colocou em prática foi a presidente, porque o
estrago eleitoral teria sido enorme.
Mas é claro que houve um equívoco na concessão de
desconto na Previdência em 56 setores. A desoneração da folha de pagamento
tinha lógica para o setor exportador. Agora será difícil voltar atrás.
Qual é o maior defeito do ajuste fiscal?
A rigor, o ajuste é mais eficiente quanto menos
aumenta os impostos. Por maior que seja o viés ideológico, ninguém é capaz de
dizer que o Estado é mais eficiente que o setor privado. Quando os impostos
sobem, transferimos renda do setor privado para o governo. Ou seja, eleva a
ineficiência e reduz o crescimento.
As medidas serão suficientes para o
Brasil voltar a crescer?
O ajuste fiscal é apenas uma ponte para a retomada
do crescimento. Com o protagonismo do Levy, o governo se afastou. No Ministério
do Planejamento, estavam sendo avaliadas medidas concretas que não foram
anunciadas. Só agora, em junho, que saiu a primeira medida que é o Plano Safra.
Mas o que governo pode fazer sem espaço
para desonerações ou queda de juros?
Apresentar os projetos de concessões, o que só está
previsto para esta semana. Flexibilizar o mercado de trabalho e se antecipar ao
desemprego que está por vir, encontrando mecanismos para minimizar o custo
social. Avançar na reforma do ICMS, que falta pouco para ser fechada.
O governo precisa dizer: eu existo. Propor
programas factíveis que devolvam confiança a sociedade. Economia é só
expectativa. Desenvolvimento é um estado de espírito. Nós vamos voltar a
crescer. É preciso dar à sociedade um pouco mais de tranquilidade. Essa era a
vantagem do Lula. O Lula é um promoter.
Por que o senhor acha que o governo se
escondeu?
O início foi complicado, porque ficou muito visível
a mudança da política econômica. Foi tão brutal que houve uma desintegração.
Esse problema não é apenas econômico, mas também político. A correção de rumo
não foi acompanhada pelo PT.
Sabe o que dizia Tancredo Neves? Quando a esperteza
é muita, costuma comer o dono. O PT foi tão esperto que está sendo comido por
sua esperteza. Vejo muita crítica ao PSDB, partido pelo qual não nutro a menor
simpatia. Mas não dá para imaginar que o PT ia fazer um estrago danado e se
beneficiar dele aumentando sua bancada, e depois o PSDB ia ser suficientemente
idiota para aprovar as medidas.
Quanto tempo o senhor acha que a
economia vai demorar para sair da recessão?
Essa recessão vai durar o quanto for necessário
para recuperar a indústria. A indústria sofreu o efeito dramático da política
cambial. Todos os estímulos foram incapazes de compensar o prejuízo de
valorizar o câmbio para controlar a inflação. Nunca faltou demanda para
produtos industriais. O que faltou foi demanda para produtos industriais feitos
no Brasil.
As importações aumentaram, substituindo produtos
brasileiros, e as exportações caíram. Agora isso começa a ser revertido com o
novo patamar do câmbio. Sem resolver o problema da indústria, não vamos voltar
a crescer.
Zaytoun - O "Zico" brasileiro em Beirute.
Para quem deseja conhecer
um pouco mais da relação entre a Palestina e Israel, recomendo o filme ZAYTOUN, para
início de uma ótima semana aqui neste quase final de outono brasileiro.
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