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quinta-feira, 31 de maio de 2018

PIB cairá 0,2% devido paralisação dos caminhoneiros.

FGV calcula recuo de 0,2% no crescimento do PIB de 2018 por conta das greves. A paralisação dos caminhoneiros irá gerar, segundo o boletim de macroeconomia do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, um impacto negativo de cerca de R$ 15 bilhões neste ano. Pelas novas previsões da FGV, o PIB brasileiro deve ter alta de apenas 1,9% este ano – a estimativa anterior era de alta de 2,3%. A nova previsão também leva em conta os efeitos da recuperação mais lenta da economia nacional.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

PIB do Brasil cresce 0,9% no primeiro trimestre, aponta FGV.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB avançou 0,3%, de acordo com monitoramento divulgado pela Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira (21). Em 12 meses, o PIB acumula taxa de crescimento de 1,2%. 

Na comparação com o ano passado, o destaque positivo foi a melhora das atividades de transformação (4,6%) e comércio (4,8%). “A economia continua apresentando crescimento no primeiro trimestre de 2018, invertendo a trajetória declinante observada até o quarto trimestre de 2017, de acordo com a série com ajuste sazonal", afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.  

Já o consumo das famílias teve crescimento de 1,5%. O principal componente a contribuir com esse resultado foi o consumo de produtos duráveis, que cresceu 12,4%. Todos os outros itens apresentaram taxas positivas, a exceção foi o consumo de serviços, que ficou negativo (-0,7%) após cinco meses consecutivos de crescimento.  

Fonte: Governo do Brasil, com informações da Fundação Getúlio Vargas.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

FGV: PIB 2017 cresceu 1% e atingiu o valor de R$ 6,51 trilhões.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% em 2017 e atingiu o valor de R$ 6,51 trilhões, segundo o Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, divulgado hoje (21), não é um dado oficial, já que o PIB é calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e será divulgado no dia 1º de março.

Segundo a FGV, o indicador cresceu depois de dois anos de retração, com resultados positivos na agropecuária (12,8%), indústria (0,1%) e no setor de serviços (0,3%). Entre os segmentos da indústria, a principal alta ficou com a extrativa mineral (4,5%). A construção teve a única queda dentro da indústria (-5%).

Entre os segmentos dos serviços, o destaque ficou com o comércio (1,8%). Também cresceram os grupos de transportes (1,1%), imobiliários (1%) e outros serviços (0,7%). Tiveram queda os serviços de informação (-1,7%), intermediação financeira (-1,6%) e administração pública (-0,6%).

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias, com alta de 1,1%, e as exportações, com avanço de 6%, foram os responsáveis pelo crescimento da economia brasileira. Os investimentos tiveram queda de 1,9% e o consumo do governo recuou 0,5%. As importações cresceram 4,9%.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

IGP-DI: Deflação de 0,51% em maio/2017.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação (queda de preços) de 0,51% em maio. Em abril, houve deflação de 1,24%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI acumula queda de preços de 1,63% no ano. Em 12 meses, a inflação é de 1,07%. Os números foram anunciados hoje (7), no Rio de Janeiro, pela FGV.
A queda de preços pelo IGP-DI em maio foi provocada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que acusaram deflação de 1,10%. Em abril, a deflação havia sido de 1,96%.
Os preços no varejo, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor, tiveram aumento de 0,52% em maio, uma taxa maior que a inflação de 0,12% em abril. O Índice Nacional de Custo da Construção também registrou inflação em maio: 0,63%. Em abril, tinha sido anotada deflação de 0,02%. O IGP-DI de maio foi calculado com base em preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês.

Edição: Kleber Sampaio

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

FGV: IGP-10 fechou 2016 com uma inflação de 6,95%.

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) fechou 2016 com uma inflação de 6,95%, taxa menor que os 10,54% de 2015. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-10 de 2016 foi calculado com base em preços coletados entre os dias 11 de dezembro de 2015 e 10 de dezembro deste ano.

Os três subíndices que compõem o IGP-10 tiveram quedas em suas taxas na passagem de 2015 para 2016. O maior recuo foi observado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que analisa o comportamento do atacado, ao cair de 11,14% em 2015 para 7,3% neste ano.

O Índice de Preços ao Consumidor, que analisa os preços no varejo, teve uma queda semelhante, ao recuar de 10,25% no ano passado para 6,44% em 2016. Já o Índice Nacional de Custo da Construção passou de 7,4% para 5,84%.

O IGP-10 de dezembro deste ano ficou em 0,2%, superior ao apurado em novembro (0,06%), mas inferior ao resultado de dezembro do ano passado (0,81%).


Edição: Kleber Sampaio

FGV: PIB nos últimos 12 meses acumula queda de 4,3%.

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, acumula queda de 4,3% no período de 12 meses até outubro deste ano, segundo estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Até setembro, a taxa de queda acumulada do PIB em 12 meses era de 4,4%.

As taxas acumuladas em 12 meses pela indústria da transformação, o comércio e os investimentos tiveram leve melhora em outubro, em relação a setembro. Apesar disso, esses setores continuam com desempenho negativo: transformação (-7,3%), comércio (-7,8%) e formação bruta de capital fixo, isto é, investimentos (-12,5%).

De acordo com o Monitor do PIB-FGV, o Produto Interno Bruto do mês de outubro deste ano é 0,48% inferior ao registrado em setembro e 4,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, a maior queda dos últimos sete meses.

No trimestre encerrado em outubro deste ano, o PIB caiu 0,74%, na comparação com o trimestre encerrado em julho.

De acordo com o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, os resultados mostram uma dificuldade em retomar o crescimento econômico que, provavelmente, se estenderá até o primeiro semestre de 2017.

Edição: Graça Adjuto

terça-feira, 1 de novembro de 2016

FGV: PIB 2016 em queda de 3,4% e, o pior, em 2017 retração de 0,5%!

Leio no ESTADÃO conforme link abaixo e também no link da fonte original, o Instituto Brasileiro de Economia - FGV IBRE, que o PIB brasileiro em 2016 terá queda de 3,4% e em 2017 nova queda de 0,5%.

Iniciar novembro com esta notícia, é um pesadelo! Esperamos que dias melhores virão, mesmo com os profissionais da política nacional pensando mais em 2018 do que na comida na mesa do brasileiro... 

As expectativas de recuperação da economia brasileira têm melhorado, mas ainda não será em 2017 que o país vai sair da crise. A previsão é que em 2016 haverá contração de 3,4% e que o próximo ano começará com queda de 0,5% no PIB (Produto Interno Bruto).

Os dados foram apresentados pela economista Sílvia Matos no seminário Perspectivas 2017: Economia e Política em Momento de Mudança, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

"Acho difícil imaginar uma saída tão rápida dessa recessão. Uma recessão longa, profunda, similar à dos anos 80", disse.


Sílvia Matos é coordenadora técnica do Boletim Macro Ibre, estudo mensal de estatísticas, projeções e análises dos aspectos mais relevantes da economia brasileira. 


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

No cenário complexo da economia brasileira crescimento de 0,7% e queda de 0,5%!!! Isso pode Arnaldo?

Em agosto, o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, que mede a atividade econômica do país e tenta antecipar a direção da economia brasileira a curto prazo, avançou 0,7%. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e a instituição The Conference Board, que divulgaram hoje (20) o indicador, esta foi a sétima alta consecutiva, que alcançou 98,9 pontos.

O indicador permite a comparação dos ciclos econômicos do Brasil com o de outros 11 países e regiões. “A continuidade da trajetória de avanço do Iace nos últimos meses segue sendo explicada de forma majoritária pelas expectativas favoráveis”, disse o economista e coordenador do IPC Brasil da FGV/Ibre, Paulo Picchetti.

Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais e a intensidade da atividade econômica, apresentou queda de 0,5% entre julho e agosto, somando 97,2 pontos.

“Os acontecimentos políticos recentes podem viabilizar escolhas que concretizem essas expectativas, que, tal como refletido pelo comportamento do Icce nesses últimos meses, ainda não afetaram o ambiente econômico atual de forma decisiva”, concluiu Picchetti.



quarta-feira, 1 de junho de 2016

IPEA: Ernesto Lozardo, professor de economia da FGV é o novo presidente.


O novo presidente do Ipea é Ernesto Lozardo, empossado nesta quarta-feira, dia 1º, em cerimônia no Palácio do Planalto. O presidente interino, Michel Temer, também deu posse a Maria Silvia Bastos Marques no cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rogério Caffarelli no cargo de presidente do Banco do Brasil, Gilberto Occhi no cargo de presidente da Caixa Econômica Federal e Pedro Parente no como presidente da Petrobras.

A cerimônia teve a presença do ministro interino do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, entre outras autoridades. Em seu discurso, Michel Temer afirmou que Lozardo é uma pessoa de ideias – não de ideias abstratas, mas concretas –, algo essencial para a proposição de políticas públicas.

Lozardo é mestre em economia pela Columbia University, concluiu MBA na New York University e graduação em administração pública na mesma instituição. Foi secretário de Planejamento, Economia e Gestão do estado de São Paulo, bolsista em finanças na New York University e bolsista da Organização dos Estados Americanos (OEA). É professor de economia internacional, moedas e bancos na Fundação Getulio Vargas – Escola de Administração de Empresas de São Paulo.

Fonte: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=27866&catid=4&Itemid=2

quinta-feira, 18 de junho de 2015

University of São Paulo - USP.

Editorial da FOLHA DE S. PAULO e uma ótima notícia. 
A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um começo.
Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos e vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram a formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados (hoje em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos os que afluíram a ela por meio de convênios.
Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa proporção chega a 11%.
Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP em inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em português.
Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar ao menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de sua área de especialidade em outro idioma.
Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP deveria considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um curso de administração todo ele dado em inglês.
Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.

O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os países de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em redes mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo estrangeiro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FGV na lista dos mestrados mais inovadores.

Leio no VALOR ECONÔMICO, uma excelente matéria sobre a FGV.

A Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito SP) foi incluída na lista de mestrados mais inovadores da área compilada pelo jornal britânico "Financial Times". Ela foi a única instituição da América Latina a entrar na lista, formada por 98 escolas e dominada por nomes da Europa e Estados Unidos.

Esta é a sétima edição da lista anual do "FT", que destaca os programas de mestrado em direito (LLM) mais inovadores do mundo, e a segunda vez que a FGV Direito é incluída. A publicação considera métodos inovadores de ensino, a participação de alunos de outros países e a proximidade dos cursos com ensino de negócios.


No relatório, o jornal destaca a importância de profissionais de direito possuírem habilidades comerciais e visão global para se manterem atualizados no mercado de trabalho atual. Diferente dos rankings de melhores cursos de MBA publicados pelo jornal, a lista não elenca os programas por ordem de qualidade.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

FGV e USP: elas formam os melhores.

Matéria no VALOR ECONÔMICO aponta que duas instituições de ensino brasileiras estão no ranking das 150 universidades que formam os melhores funcionários, segundo estudo com recrutadores de 20 países. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) está na 93ª posição e a Universidade de São Paulo (USP), no 113º lugar.

A FGV e a USP ocupam posições similares às do ano passado, e são as mais bem colocadas na América Latina. Apenas duas outras instituições da região entram na lista: as mexicanas Tecnológico de Monterrey, na 120ª posição, e a Universidade Nacional Autónoma de México, em 126º lugar.

A Universidade de Oxford, do Reino Unido, é a instituição de ensino preferida por recrutadores. A americana Harvard e a Universidade de Cambridge, também do Reino Unido, completam o pódio. Esta é a terceira edição do estudo anual "Global Employability Survey", realizado pela consultoria francesa em educação Emerging em parceria com o instituto de pesquisa alemão Trendence e publicado hoje no jornal "The New York Times". Foram ouvidos mais de cinco mil recrutadores de 20 países, entre eles o Brasil.

A pesquisa também procurou saber como a universidade de formação afeta as chances de um candidato no processo seletivo. No Brasil, 31% dos recrutadores dizem que a universidade é o principal critério na hora de selecionar um candidato recém-formado, enquanto 51% consideram esse apenas um dos fatores importantes. Para eles, aspectos como experiência profissional têm o mesmo peso.

Ainda assim, os recrutadores brasileiros são os que mais valorizam a reputação e imagem da instituição onde o candidato estudou durante o recrutamento  – 32% selecionaram esse critério como base da busca por profissionais. Em seguida, 25% avaliam a qualidade dos professores e pesquisadores da universidade e 21% se baseiam na experiência que já tiveram com outros alunos da mesma instituição. Esse último critério é o que lidera na média global.


Os recrutadores também selecionaram quais países produzem os melhores profissionais recém-saídos da universidade. Os Estados Unidos lideram, seguidos do Reino Unido e da Alemanha. O Brasil ficou na 17ª posição, na frente apenas da Malásia, México e Turquia.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

FGV na Folha: parabéns.


Uma ótima notícia hoje na Folha de S. Paulo: FGV entra para lista dos 'núcleos globais do pensamento'.

Dias antes da cúpula dos Brics, os núcleos de reflexão ("think tanks") de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reuniram em Nova Déli, na Índia, para tratar de temas que os líderes discutiriam depois.

Entre os tópicos estavam o banco de desenvolvimento conjunto, o comércio em moedas locais, a coordenação em política externa e a inovação tecnológica.

Pelo Brasil, estava lá a FGV (Fundação Getúlio Vargas). O conceito é novo tanto aqui como nos outros Brics, mas os "thinks tanks" dos emergentes começam a ombrear seus modelos centenários dos Estados Unidos e da Europa.

Na nova edição do ranking dos 30 principais no mundo, feito pela Universidade da Pensilvânia (UPenn), a FGV surgiu em 27º. A Rússia emplacou dois centros, a China um -a Academia Chinesa de Ciências Sociais.

O ranking é levantado ao longo de oito meses, das indicações ao resultado, num processo que envolve 1.500 especialistas do mundo todo.

James McGann, diretor do Programa de Think Tanks e Sociedades Civis da UPenn, afirma que a presença do Brasil "está diretamente relacionada à sua ascensão no mundo". A comunidade internacional está mais atenta aos emergentes "por causa das mudanças no poder global".

Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV, diz que "o mundo resolveu olhar para outros países e, em especial, para o Brasil". Para Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais que representou a fundação na Índia, "a capacidade de determinar a agenda da conversa global já não fica só com as instituições americanas".

Stuenkel diz que "hoje um debate sobre qualquer desafio global precisa de alguém de instituição brasileira, porque o país já é um ator importante em todas as áreas".

No ranking, outros centros do país são lembrados, como Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais) e Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Para além da maior visibilidade dos emergentes, McGann vê em seus governos e nas próprias sociedades "maior apoio a essas organizações de política pública, como forma de incrementar a projeção de sua influência, regional e global". Lideram a lista Brookings (EUA), Chatham House (Reino Unido), Carnegie (EUA) e Council on Foreign Relations (EUA).

Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, acredita que "a fundação funciona como uma janela do mundo para o país", que "as pessoas que querem conhecê-lo usam a fundação para conversar com o país".

Na avaliação de Simonsen Leal, uma das mudanças que levaram à classificação surpreendente foi que a instituição "resolveu colocar sua mensagem como os demais 'think tanks': não tem só a linguagem acadêmica, mas traduz essa linguagem para as pessoas".

A maior diversidade ocorreu sobretudo na última década, diz Neri. "A fundação sempre foi muito ligada à visão empresarial, mais 'business', que ainda é o lado preponderante, mas tem participado do desenho de políticas educacionais, sociais."

E se internacionalizou, por exemplo, abrindo cátedras para um chinês e um indiano, por ano.

Stuenkel diz que no ambiente acadêmico brasileiro, em que os pesquisadores ainda "se isolam bastante", a FGV se diferencia por "não se ver apenas como universidade, mas também como 'think tank', tomando como parte de sua missão ser um ator visível no debate público".

Além de políticas sociais e relações internacionais, outra área que cresceu foi a de tecnologia da informação.

"É a inserção da fundação na economia do século 21", diz Cláudio Vilar Furtado, coordenador do GVCepe (Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital).

Diz que em toda a instituição aumentou a produção de "bens públicos, bens de conhecimento". E que "no GVCepe as nossas publicações correm mundo, somos sempre procurados aqui e referidos por quem quer informação a respeito das start-ups de base tecnológica no Brasil, a respeito da indústria de venture capital".

Para McGann, "em termos de evolução" a FGV se compara à líder Brooking e à Rand, sexta na lista. Os dois think tanks também surgiram com escolas de graduação, ligadas à pesquisa e à análise que realizavam, algo que a Rand mantém até hoje "e é de primeira". 

terça-feira, 13 de março de 2012

The Brazilian Economy.


A revista The Brazilian Economy — versão eletrônica em inglês da Conjuntura Econômica — comemora seus três anos de circulação com uma novidade. Agora, ela também pode ser baixada gratuitamente direto do iPad. Esse é o primeiro aplicativo oficial da FGV na Apple Store, que pode ser acessado através do link: http://itunes.apple.com/br/app/the-brazilian-economy/id499233709?l=en&ls....

Desde que entrou no ar até hoje, a revista The Brazilian Economy ajuda a internacionalizar o nome da FGV/IBRE, já que se encontra disponível em sites como o da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, da Câmara de Comércio Brasil-Índia; da Câmara de Comércio Brasil-Nova York; da Câmara de Comércio Brasil-Flórida e do site da George Washington University, além de ser distribuída para todos os membros da Câmara Brasil-Austrália.

Em breve, os leitores também poderão conferir a revista Conjuntura Econômica no iPad. O processo de inclusão na nova ferramenta está em fase final de conclusão. O desenvolvimento desse projeto, coordenado pela Superintendência de Comunicação do IBRE, teve apoio do Núcleo de Administração do Portal e de Infraestrutura Tecnológica (NAPI).

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lições europeias para o Brasil.


Pedro Ferreira e Renato Fragelli são professores da Escola de Pós-graduação em Economia da FGV e escreveram este artigo especialmente para o VALOR ECONÔMICO.

Após a Segunda Guerra Mundial, vários países implantaram amplos sistemas de proteção social conhecidos como Estado do Bem Estar Social. Apesar das enormes perdas de vidas humanas, bem como destruição de infraestrutura e instalações industriais, a Europa era herdeira de uma longa tradição industrial, possuía mão de obra qualificada, capacidade gerencial e capital - este parcialmente destruído pela guerra, mas suprido em abundância pelo Plano Marshall.

O sustento do Estado do Bem-Estar Social exigiu uma paulatina elevação da carga tributária, que onerou crescentemente sua indústria. Mas isso ocorreu em uma época em que os produtos industriais valiam mais do que os produtos primários, e a indústria do mundo capitalista concentrava-se na Europa e nos EUA.

Dispondo de tecnologia, mão de obra qualificada e capital, as empresas europeias suportaram a pesada tributação, pois não havia concorrência significativa dos países mais pobres. Importando bens primários dos países em desenvolvimento, enquanto lhes exportava produtos industrializados, o Estado do Bem-Estar Social europeu conseguiu conciliar progresso econômico e tributação crescente.

Mas os preços de produtos industriais relativamente aos primários começaram a mudar nos últimos vinte anos. Na Ásia, países com gigantescas populações abandonaram as fracassadas experiências socialistas e as estratégias de desenvolvimento autárquico, mergulhando na industrialização. Milhões de trabalhadores deixaram a agricultura de subsistência em direção à indústria exportadora, dispostos a trabalhar por salários que seriam considerados aviltantes por um europeu. Essa imensa população passou a importar os bens agrícolas que antes produzia. O resultado tem sido a gradual queda dos preços internacionais de bens industriais, acompanhada da elevação dos preços de bens primários.

Operando em um ambiente internacional de crescente competição, e onerada pela elevada carga tributária, a indústria europeia passou a depender de sua capacidade de manter um significativo diferencial tecnológico em relação à indústria dos países emergentes. Sub-setores de alta tecnologia, nos quais a qualificação da mão de obra é o fator determinante, têm resistido à concorrência estrangeira. Mas os baixíssimos custos de produção dos novos competidores tendem a inviabilizar os setores industriais tradicionais.

Diferentemente do que se observa na Europa, a indústria asiática desenvolve-se sem o ônus de uma pesada tributação, pois naqueles países não se implantou o Estado de Bem Estar Social. Embora o trabalhador asiático ainda tenha uma baixa qualificação média comparativamente ao europeu, os pesados investimentos em educação tendem a reduzir essa diferença. Assim, o contrato social europeu terá que ser reescrito por absoluta falta de alternativas. Isso não significará o abandono das políticas sociais que tanto contribuíram para a redução das desigualdades, mas exigirá uma redução dos benefícios concedidos pelo Estado, adequando-os à nova realidade internacional. A crise das dívidas europeias de 2011 - que decorre da crise bancária de 2008 - está apenas antecipando o inexorável ajuste longamente adiado.

No Brasil, com a Constituição de 1988, a jovem democracia brasileira decidiu implantar um Estado de Bem-Estar Social buscando reduzir a secular desigualdade de renda. O aumento contínuo da carga tributária foi usado para arcar com o custeio dos crescentes gastos sociais. Esses gastos são uma legítima decisão da sociedade brasileira, reafirmada democraticamente a cada nova eleição. Mas é preciso atentar para suas implicações sobre a estrutura econômica do país.

Numa economia aberta, para que um particular setor da economia consiga sobreviver onerado por uma tributação superior à que incide sobre seus concorrentes internacionais, é preciso que seu custo de produção seja suficientemente inferior ao de seus competidores. Isso ocorre com menores salários e/ou maior produtividade. Abençoada com terra, água e sol em abundância, a produtividade da agropecuária brasileira é imbatível. A generosidade divina também protegeu a indústria extrativa mineral e a agroindústria, setor em que a proximidade da matéria prima constitui um fator importante para o baixo custo de produção. Mas a perda de competitividade nos demais sub-setores industriais só será revertida com uma carga tributária menor, com a simplificação da observância regulatória, com a melhoria da qualidade da mão de obra e da infraestrutura de transportes, entre outras medidas destinadas a reduzir os custos de produção.

Mas a redução da carga tributária não pode anteceder a redefinição das obrigações do Estado brasileiro, pois isso traria a inflação de volta. Por esse motivo a reforma tributária permanece empacada. No caso da Previdência Social - a principal fonte de desequilíbrio fiscal -, a paralisia nas discussões parece indicar que o eleitor não está disposto a se sacrificar para preservar a indústria nacional. Prefere gastos públicos elevados, que são sustentáveis apenas por uma alta tributação que levará o país a concentrar-se nos setores em que suas vantagens comparativas são esmagadoras. Nesse contexto, as recentes medidas que protegem alguns setores industriais escolhidos por critérios obscuros apenas darão sobrevida - e bons lucros - para poucos felizardos com boas conexões e um eficiente lobby.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Taxa de juros.


Neste agitado mundo econômico, a FOLHA DE S. PAULO de hoje traz breve matéria sobre um seminário na Fundação Getúlio Vargas, onde economistas desenvolvimentistas discutiram juros e recomendaram cautela para baixá-los.


Contumazes defensores da redução dos juros, economistas chamados "desenvolvimentistas" dizem que o governo pode aproveitar a crise econômica internacional para baixar taxas, mas que não deve fazê-lo imediatamente.


O professor Yoshiaki Nakano argumenta que ainda há pressões inflacionárias e, por isso, não se pode cortar logo os juros. "Mas [a crise] pode ser uma boa oportunidade", diz.


Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, é preciso agir com cautela, mas acredita que o corte será feito. Não agora, mas em breve.
"Se tiver outra rodada de incentivos nos EUA, haverá nova pressão no câmbio. Como o governo [brasileiro] vai manter uma taxa de juros como essa?", questiona Belluzzo, para quem isso provocaria pressão ainda maior de valorização do real.


Já o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira disse que o governo "não parece que vai resolver isso", referindo-se à valorização do real. "Estão empurrando o problema com a barriga", diz.

sábado, 21 de agosto de 2010

FGV - FÓRUM DE ECONOMIA.

Programa imperdível na nossa FGV: de 30.08.2010 a 31.08.2010 acontece o 7º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas. O fórum é coordenado pela Escola de Economia de São Paulo da FGV em parceria com FIESP, IEDI e DIEESE. Local: Fundação Getulio Vargas Rua Itapeva, nº 432 - Salão Nobre, 4º andar Tema: Qual a Estratégia de Crescimento com Estabilidade do Novo Governo?

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...