domingo, 31 de outubro de 2021

Salário mínimo em 2022 será R$ 1.200,00?

https://www.cnnbrasil.com.br/business/ajuste-em-inflacao-da-baixa-renda-para-2022-pode-elevar-salario-minimo-a-r-1-200/


salário mínimo de 2022 terá reajuste maior do que o previsto pelo governo com a revisão do INPC deste ano, de 8,4% para 9,1%.

O novo valor pode chegar a R$ 1.200, o que significa um aumento de R$ 31 sobre a previsão anterior que consta da Lei Orçamentária enviada ao Congresso Nacional, de R$ 1.169.

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El País: Microsoft destrona a Apple do posto de empresa mais valiosa do mundo.

https://brasil.elpais.com/economia/2021-10-29/microsoft-destrona-a-apple-do-posto-de-empresa-mais-valiosa-do-mundo.html

Jota: Os 10 principais motivos de processos na Justiça Trabalhista.


https://www.jota.info/tributos-e-empresas/trabalho/justica-trabalhista-ranking-processos-29102021

Vargas Llosa: "Não queremos revolução socialista, nem ditadura militar."

https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,nao-queremos-revolucao-socialista-nem-ditadura-militar-diz-vargas-llosa,70003885283


A América Latina sempre povoou o pensamento do escritor peruano Mario Vargas Llosa. Aos 85 anos, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 2010 defende com veemência o liberalismo democrático, o que o coloca, muitas vezes, em pé de guerra contra governos extremistas, seja de esquerda ou de direita. “Não queremos a revolução socialista, nem as ditaduras militares para a América Latina”, disse ele ao Estadão, jornal do qual é colunista, em uma conversa realizada por Zoom. Ele estava em Madri, na Espanha, onde passou boa parte do período de isolamento provocado pela pandemia da covid.

Para Llosa, autor de clássicos como Conversa no Catedral e A Guerra do Fim do Mundo, a América Latina atravessa uma crise de renovação política que, muitas vezes, termina de uma forma que se tornou tradicional no continente: na instauração de um governo extremista. Ele cita seu país como exemplo negativo. “Apesar dos problemas que tínhamos, a economia funcionava bem, e agora está uma catástrofe. A ascensão de uma extrema esquerda ao poder fez com que houvesse uma fuga de capitais muito grande e há uma preocupante paralisação no país”, observa.

Gustavo Franco no Estadão: O teto dos gastos e o precipício.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-teto-de-gastos-e-o-precipicio,70003885407


Gustavo H.B. Franco*, O Estado de S.Paulo

31 de outubro de 2021 | 05h00

Sempre se soube que o teto de gastos (conforme definido na Emenda Constitucional n.º 95 – EC95 de 2016) era uma solução imperfeita e temporária para o problema fiscal brasileiro, e que se destinava principalmente a ganhar tempo para reformas que pudessem consolidar o equilíbrio fiscal.

Era uma espécie de congelamento, pelo qual os gastos do governo, por 20 anos, permaneceriam onde estavam em 2016 e cresceriam nos anos a seguir apenas no ritmo da inflação. Era uma resposta emergencial ao furacão fiscal provocado por Dilma Rousseff

Durante alguns anos, o teto não restringiria coisa alguma, pois os gastos orçados iam demorar a chegar no teto, que funcionaria como um precipício, ou uma cerca eletrificada, dos quais não se podia chegar muito perto. 

O teto em si, esclareça-se, não fazia encolher um único e solitário real da despesa, nem afetava outras obrigações constitucionais.

O princípio era simples: o medo do precipício, ou do choque, criaria os incentivos para as reformas acontecerem. 

Mas quem falou que o Brasil tem medo de choques e precipícios?

Por um lado, em vez de temor, nossos homens públicos se embriagaram com a vertigem, ou com a proximidade do perigo, e, por outro, o “prazo de validade” foi abreviado por dois fatores: 

(i)    a reforma da Previdência atrasou, e acabou passando menor do que se previa; e 

(ii)    a pandemia trouxe muitas novas necessidades de gasto.

Em condições normais, pareceria mais adulto colocar a pandemia fora do teto, tratando-a como uma calamidade totalmente estranha à rotina orçamentária: como uma despesa extraordinária que se financia por dívida pública (para isso serve a dívida pública) e por receitas igualmente extraordinárias (como, por exemplo, as de privatização, destinadas a reduzir a dívida pública).

Mas não é tão simples, o panorama orçamentário brasileiro é desolador e o debate sobre o valor e o alcance dos auxílios emergenciais serve de exemplo dessa complexidade. O leitor pode se perguntar: onde está a fronteira entre as urgências criadas pela pandemia e as que já existiam?

Não há uma resposta técnica para essa pergunta. 

O próprio ex-presidente Michel Temer, em um artigo recente, ilustrou essa dificuldade ao levar “às últimas consequências” a sua definição de calamidade para nela enquadrar “o pauperismo brasileiro”. 

Se o próprio pai do teto quer colocar o Auxílio Brasil fora do teto, que dizer dos filhos? 

*EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA RIO BRAVO INVESTIMENTOS. ESCREVE NO ÚLTIMO DOMINGO DO MÊS

domingo, 24 de outubro de 2021

Affonso Celso Pastore: Só restou o Banco Central.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,so-restou-o-banco-central,70003878060


Quando um governo irresponsável eleva os gastos sem ter os recursos, impõe ao Banco Central uma dura escolha. Ou este exerce sua independência, elevando a taxa de juros o que for necessário para cumprir seu mandato, ou se submete aos objetivos políticos do governo, tornando-se prisioneiro da dominância fiscal.

Dica de hoje do Elio Gaspari: livro sobre o final da WWII.

 

"Eight Days in May: The Final Collapse of the Third Reich", foi escrito por pelo historiador alemão Volker Ullrich, conhecido pela sua biografia de Adolf Hitler


Edmar Bacha diz que drible ao teto de gastos é ‘pedalada’ e prevê ‘inflação direto e na veia’.

 https://oglobo.globo.com/economia/macroeconomia/edmar-bacha-diz-que-drible-ao-teto-de-gastos-pedalada-preve-inflacao-direto-na-veia-1-25249369

sábado, 16 de outubro de 2021

James A. Robinson: “Os protestos são cruciais para impulsionar a América Latina”.

https://brasil.elpais.com/economia/2021-10-16/james-a-robinson-os-protestos-sao-cruciais-para-impulsionar-a-america-latina.html


Os maus presságios econômicos para a América Latina, uma das regiões mais desiguais do mundo, se intensificaram após a pandemia de covid-19. Os sistemas de saúde foram expostos como deficientes e os confinamentos empurraram os que trabalham no setor informal para a precariedade. Mas, em meio às vozes pessimistas, o premiado economista e cientista político britânico James A. Robinson (61 anos) rema contra a maré com segurança.


Com particular interesse na região, o professor de Ciência Política da Universidade de Chicago é coautor de Por que as nações fracassam?: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza (Elsevier) junto com Daron Acemoglu, professor de Economia do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 2012. A obra é hoje considerada uma das mais importantes no pensamento econômico.


Graduado em Economia e Ciências Políticas pela London School of Economics e doutorado pela Yale University, Robinson fala nesta entrevista ao EL PAÍS com entusiasmo e intensidade. Dá a impressão de que está ansioso para apresentar o argumento que virará qualquer suposição de cabeça para baixo.

Títulos do Tesouro americano: o que você precisa saber!

 


https://br.investing.com/analysis/voce-sabe-como-funcionam-os-titulos-do-tesouro-americano-200445341

Reserve o iPhone 13 Pro - lançamento 22/10/2021.


 https://www.apple.com/br/shop/buy-iphone/iphone-13-pro/tela-de-6,7-polegadas-1tb-grafite



Vale a pena comprar no Brasil?


https://www.istoedinheiro.com.br/brasil-tem-o-iphone-mais-caro-do-mundo-compare-com-outros-paises/

COP 26: Coalizão Brasil defende aumento da meta climática brasileira.

http://www.coalizaobr.com.br/home/index.php/notas-extras/917-coalizao-brasil-defende-aumento-da-meta-climatica-brasileira

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura divulgou documento com uma série de recomendações para apoiar a delegação brasileira que irá à COP 26, que começa em 31 de outubro, na defesa de propostas alinhadas ao Acordo de Paris, à economia de baixo carbono e à justiça climática global. Uma das primeiras recomendações é que o governo brasileiro eleve o compromisso de corte nas emissões dos gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global.

O documento também traz sugestões de soluções para que o Brasil dê contribuições concretas para alcançar as metas propostas. Essas recomendações e soluções foram reunidas em torno de cinco tópicos principais:

1. Ambição climática

2. Regulação dos mercados de carbono

3. Valorização dos ecossistemas

4. Financiamento climático

5. Justiça climática

O documento é o resultado de meses de diálogo, webinares e escuta que a Coalizão promoveu entre seus membros e especialistas convidados.  

Confira aqui: https://bit.ly/2YM62wo

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

El País: Argentina apela para controle de preços diante de alta da inflação.

https://brasil.elpais.com/internacional/2021-10-14/argentina-apela-para-controle-de-precos-diante-de-alta-da-inflacao.html

inflação voltou a acelerar na Argentina. Em setembro ficou em 3,5%, um ponto percentual a mais que em agosto, e com um trimestre para fechar o ano já acumula 37% em 2021. A rápida alta dos preços é ainda mais sentida nos alimentos: em setembro de 2021 custavam 53,4% a mais que no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O Governo de Alberto Fernández quer evitar que a inflação ganhe a disputa com os salários na reta final do ano, marcada pelas eleições legislativas de 14 de novembro. Para isso voltou à ofensiva com uma velha arma: o controle dos preços dos alimentos, nas mãos de um novo secretário de Comércio Interno, Roberto Feletti.

“Fatura” de erros de política monetária e econômica do Brasil já compromete 2022.


https://br.investing.com/analysis/fatura-de-erros-de-politica-monetaria-e-economica-do-brasil-ja-compromete-2022-200445325

Valor: Chico Buarque retrata o Brasil dos anos de chumbo de ontem e hoje.



https://valor.globo.com/eu-e/noticia/2021/10/15/chico-buarque-retrata-o-brasil-dos-anos-de-chumbo-de-ontem-e-hoje.ghtml



ValorInveste: Algumas lições de Round-6 sobre comportamento financeiro.


https://valorinveste.globo.com/blogs/ana-leoni/coluna/algumas-licoes-de-roud-6-sobre-comportamento-financeiro.ghtml

Dica de página de livro no Instagram!

Aos eventuais leitores deste blog peço avaliarem a minha página de livros no Instagram e, se gostarem, seguirem. 


https://www.instagram.com/joaobookshelves/ 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Valor: Economia do Brasil destoa do resto do mundo e perde fôlego.

https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2021/10/13/economia-do-brasil-destoa-do-resto-do-mundo-e-perde-folego.ghtml


FMI reduz previsão para PIB acumulado de 2020 a 2022 para 2,4%, ante estimativa em julho de alta de 2,9%.

Vetores de crescimento para o PIB em 2022.

No www.economiaemdia.com.br de hoje, uma boa análise da previsão do PIB para 2022:
 
Projetamos crescimento de 1,6% para o PIB em 2022. Os principais determinantes para a nossa projeção passam pelo consumo, sustentado pela gradual melhora no mercado de trabalho e reabertura da economia, além da expansão do mercado de crédito e da dinâmica do cenário global.
 
O principal vetor de crescimento econômico dos próximos seis trimestres será o consumo das famílias, com expansão de 3,5% em 2021 e de 1,9% em 2022. A dinâmica de reabertura econômica pelo lado da oferta já avançou de forma relevante. A indústria sofre com restrições de insumos e dificuldades na normalização na cadeia global produtiva, mas a normalização desse quadro deve dar algum impulso ao PIB através da recomposição de estoques. O consumo das famílias, entretanto, que pesa 62,7% do PIB, estava 3,0% abaixo do nível pré-pandemia no segundo trimestre. Entre 2017 e 2019, este foi o motor da atividade econômica, com um crescimento médio de 2,2%. Nossa hipótese admite um retorno gradual do consumo de serviços, especialmente os mais afetados pela pandemia, ao nível observado no final de 2019, o que contribui com 1,2 ponto percentual para o PIB de 2022.
 
Por sua vez, o crédito às empresas e às famílias seguirá dando suporte à economia. Diferentemente de outras crises, os anos de 2020 e de 2021 apresentaram aceleração no volume de crédito. De fato, uma política monetária significativamente expansionista, concomitante a políticas anticíclicas de concessões, permitiu que o crédito absorvesse boa parte dos impactos negativos de empresas e consumidores ao longo da pandemia. Após o final desse ciclo de altas e com a taxa SELIC média de 8,50%, estimamos expansão de 9,6% para o crédito em 2022. Na ótica das empresas, o endividamento está em níveis historicamente baixos e a necessidade de investimentos deixados para trás pela pandemia contrata alguma expansão da demanda. Na ótica das famílias, a baixa inadimplência e a própria recuperação do mercado de trabalho, em especial de empregos formais, serão outra fonte de demanda por crédito.
 
A economia global, por sua vez, produzirá um impulso menor para o Brasil, mas ainda relevante. Projetamos expansão da economia mundial de 6,1% em 2021 e de 4,3% em 2022. A diferença entre o crescimento global e o da economia brasileira será uma das maiores fora de períodos de crise. Logo, o crescimento de 1,6% parece já “descontar” de forma importante o efeito do PIB global sobre o Brasil.
 
Há riscos a serem monitorados nos próximos trimestres. Atualmente, o principal deles é o tema da escassez hídrica. Segundo nossas estimativas, esse evento teria potencial de retirar entre 0,5 e 0,7 ponto percentual de PIB.
 
Analisando todos os vetores e o balanço de riscos de 2022, o crescimento contratado para a economia no próximo ano representa um retorno às condições observadas ao final de 2019. A média do crescimento econômico entre 2017 e 2019 foi de 0,45% por trimestre e este ano deverá fechar em 0,60%. Para 2022, projetamos um crescimento médio de 0,30%, o que já representa um ritmo aquém do visto antes da pandemia. A política monetária em terreno contracionista explica parte desse cenário. Os temas estruturais que afetam a produtividade ainda são os grandes gargalos para uma expansão mais vigorosa e sustentada da economia.

Papa João Paulo I, milagre reconhecido: será proclamado beato.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-10/papa-joao-paulo-i-sera-proclamado-beato.html


VATICAN NEWS

O Papa Francisco, ao receber o Cardeal Marcello Semeraro em audiência na manhã desta quarta-feira (13), autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão de João Paulo I. Trata-se da cura de uma menina de onze anos em Buenos Aires no dia 23 de julho de 2011, que sofria de "encefalopatia inflamatória aguda grave, doença epilética refratária maligna, choque séptico" e que estava em fim de vida. O quadro clínico era muito grave, caracterizado por numerosas crises epiléticas diárias e um estado séptico causado por broncopneumonia. A iniciativa de invocar o Papa Luciani foi tomada pelo pároco da paróquia à qual pertencia o hospital, ao qual ele era muito devoto. Assim abre-se o caminho para a beatificação do Papa Albino Luciani e o próximo passo é apenas aguardar a data, que será fixada por Francisco.

Affonso Celso Pastore no Estadão: PIB brasileiro não pode mais contar com a 'bonança externa'.

 Affonso Celso Pastore*, O Estado de S.Paulo

10 de outubro de 2021 | 04h00

Intercalado por duas recessões – na transição de FHC para Lula e na crise internacional de 2008/09 –, o crescimento econômico brasileiro entre 2002 e 2011 beneficiou-se de uma “bonança externa”. Fomos favorecidos pela elevação dos preços das commodities, decorrente de taxas de crescimento de dois dígitos da China, e pelo contínuo enfraquecimento do dólar. Apesar dos ganhos persistentes de relações de troca, a aceleração do crescimento brasileiro logo conduziu ao aumento de importações e a déficits nas contas correntes. Contudo, a mesma expansão de liquidez que levou ao enfraquecimento do dólar estimulou ingressos de capitais grandes o suficiente para financiar os déficits e aumentar as reservas. 

Algo semelhante, porém em proporção muito menor, ocorreu na reação mundial à pandemia. A rápida recuperação da China levou a novo aumento de preços de commodities, elevando as exportações brasileiras e contribuindo para nossa recuperação. Contudo, nosso elevado risco fiscal impediu que, a exemplo do ocorrido com a grande maioria dos demais países, o real se valorizasse em resposta ao enfraquecimento do dólar. Seu nível persistentemente depreciado e volátil, somado ao forte estímulo monetário proporcionado pelo Banco Central, provocou o aumento da inflação, obrigando a adoção de uma política monetária “suficientemente restritiva”. A consequência será uma taxa de crescimento medíocre em 2022. 

Infelizmente, deste ponto em diante não poderemos mais contar com a contribuição da China. Em abril de 2020, Rogoff e Yang (Peak China Housing, NBER) revelaram que a participação da construção civil e dos serviços a ela relacionados, na China, atinge 29% do PIB. A oferta de habitações cresceu tanto, que já elevou a disponibilidade de imóveis, medida em metros quadrados por habitante, acima dos níveis existentes em países bem mais ricos, como a Alemanha e a França. Ao super investir no setor imobiliário, a China acelerou o crescimento do PIB, mas desperdiçou recursos, e estima-se que hoje haja edifícios vazios capazes de acomodar 30 milhões de famílias. 

O acúmulo de dívidas pelas empresas de construção as expôs ao mesmo risco que culminou na quebra da Evergrande. Como a China possui US$ 3 trilhões de reservas, e o governo tem enorme capacidade de usar recursos fiscais para cobrir os prejuízos, é pouco provável que ocorra uma reedição do “caso Lehman”. Porém, dada a importância do setor na economia, é inevitável a redução do crescimento chinês. 

Essa não é a única preocupação. Durante o período de Mao Zedong, o objetivo do governo era a “transformação socialista e a industrialização”, com a eliminação da propriedade privada em áreas urbanas e nas áreas agrícolas mais ricas, promovendo a “cooperação e a propriedade pública”. Era um regime político e economicamente fechado. 

Sob a presidência de Hu Jintao, a China se transformou em um exemplo do que Branko Milancovic definiu como capitalismo político. Ao contrário do capitalismo liberal meritocrático, o Estado assume um papel de destaque na produção, mas permite que os empreendedores enriqueçam à custa dos trabalhadores e dos agricultores. Grupos empresariais como Alibaba e Jack Ma ajudaram a acelerar o crescimento do país, mas a contrapartida de seu sucesso econômico foi o aumento do poder político, desafiando o do Partido Comunista da China. 

Uma reação foi iniciada sob o comando de Xi Jinping. Cresceu a preocupação com as contradições do sistema, que se resumem nas tensões entre o aumento da riqueza – e do consequente poder político – dos grandes grupos e os baixos benefícios auferidos pelos mais pobres. Por isso, na reorganização do modelo chinês o objetivo é obter a “prosperidade comum a todos”, com o governo intervindo na educação e limitando o poder econômico das grandes empresas, e preocupando-se com o consumo. 

Diante dessa transformação estrutural do modelo, é difícil avaliar qual poderá ser o crescimento chinês. Antes da pandemia, o PIB vinha crescendo em torno de 5% a 5,5%. Porém, diante da enorme tarefa de reestruturação política e econômica recém-iniciada, números em torno de 4% ao ano têm sido frequentes nas avaliações. 

Sem contar com a contribuição de “bonanças externas”, o crescimento do PIB brasileiro depende de nosso governo e de nosso Congresso. É a eles que cabe a responsabilidade na aprovação das reformas que estimulem o nosso crescimento. 

* EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA A.C. PASTORE & ASSOCIADOS. ESCREVE QUINZENALMENTE


https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pib-brasileiro-nao-pode-mais-contar-com-a-bonanca-externa,70003864533

IMF: Fiscal Policy for an Uncertain World.

 https://blogs.imf.org/2021/10/13/fiscal-policy-for-an-uncertain-world/


As public debt rises to record levels, countries need to calibrate fiscal policies to their own unique circumstances.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...