domingo, 24 de outubro de 2021
domingo, 22 de março de 2020
Elio Gaspari na FSP: Ouçam Mário Henrique Simonsen!!!
domingo, 8 de março de 2020
Elio Gaspari divulga o novo livro de Giannoti hoje no O GLOBO.
domingo, 25 de dezembro de 2016
Why They Do It - Inside the Mind of the White-Collar Criminal: Eugene Soltes.
domingo, 6 de novembro de 2016
O capitalismo brasileiro pós Dilma.
domingo, 12 de junho de 2016
É possível localizar no Brasil de 2016 um novo Celso Furtado?
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Elio Gaspari: A Ditadura Acabada.
domingo, 28 de abril de 2013
Brasil: ontem e hoje, nada muda OU A diferença entre Adam Smith e o Visconde de Cairu OU Capitalismo à Brasileira.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
De Obama@org para Dilma@gov.
domingo, 12 de agosto de 2012
Mário Henrique Simonsen - sempre atual.
domingo, 1 de abril de 2012
Desindustrialização.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Os EUA iam acabar em 1861.
Raramente disponibilizo neste espaço artigos com o excelente texto do ELIO GASPARI. Isso não ocorre pela falta de assuntos comentados pelo mesmo, mas por questão de espaço e textos de colegas de economia, principal foco deste blog. Porém, hoje é impossível deixar de ler a defesa que GASPARI faz do império americano. E se utilizo o termo “império americano”, é verdadeiramente por considerar que se trata da atual maior superpotência do mundo. Após uma excelente leitura, vocês observarão que a economia americana sempre será a mais forte do mundo.
Os Estados Unidos iam acabar. Não nesta semana, mas há exatos 150 anos, depois que as tropas do Sul venceram em Manassas a primeira grande batalha da Guerra Civil. Grandes políticos ingleses, bem como "The Economist" e "The Times" (pré-Murdoch), achavam que o presidente Lincoln forçara a mão com o Sul. Quatro anos e 620 mil mortos depois, a União foi preservada e acabou-se a escravidão.
Passou pouco mais de meio século e, de novo, os Estados Unidos iam acabar. A Depressão desempregou 25% de sua mão de obra e contraiu a produção do país em 47%. A crise transformou fascismo e nazismo em poderosas utopias reacionárias. De Henry Ford a Cole Porter, muita gente se encantou com o ditador italiano Benito Mussolini. Dezesseis anos depois, as tropas americanas entraram em Roma, Berlim e Tóquio.
Em 1961, quando os soviéticos mostraram Yuri Gagarin voando em órbita sobre a Terra, voltou-se a pensar que os Estados Unidos iam se acabar. Em 1989, acabou-se o comunismo.
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A decadência americana foi decretada novamente em 1971, quando Richard Nixon desvalorizou o dólar, ou em 1975, quando suas tropas deixaram o Vietnã. O dólar continua sendo a moeda do mundo, inclusive para os vietnamitas.
A última agonia, provocada pela exigência constitucional da aprovação, pelo Congresso, do teto da dívida do país, foi uma crise séria, porém apenas uma crise parlamentar. Para o bem de todos e felicidade geral das nações, não só os Estados Unidos não se acabam, mas o que se acaba são os modelos que se opõem ao seu sistema de organização social e política.
No cenário de hoje, o ocaso americano coincidiria com a alvorada de progresso e eficácia da China. Lá, o teto da dívida jamais será um problema. Basta que o governo decida. Como lá quem decide é o governo, nos últimos cem anos o Império do Meio passou por dois períodos de fome que geraram episódios de antropofagia. Hoje a China não tem os problemas dos Estados Unidos, afinal, nem desastre de trem pode ser discutido pela população.
Guardadas as proporções, o sistema político brasileiro seria melhor que o americano, porque não haveria aqui a crise parlamentar provocada pelo teto da dívida. Se houvesse, o Brasil não teria quebrado nos anos 80 por ter tomado empréstimos dos banqueiros que ajudaram a criar a encrenca que hoje atormenta Washington.
Aquilo que parece uma crise da decadência é uma simples e saudável manifestação do regime democrático. Quando os negros americanos foram para as ruas, marchando em paz ou queimando quarteirões, também temeu-se pelo futuro do país. O que acabou foi a segregação racial.
Se hoje há uma crise nos Estados Unidos, ela não está nas bancadas republicanas ou mesmo na influência parlamentar do movimento Tea Party. Eles defendem o que julgam ser o melhor caminho para o país. A crise está em outro lugar, na negação, por um tipo de conservadorismo extremado, dos valores que fizeram da nação americana o que ela é. Quando o governo Bush sequestrou suspeitos pelo mundo afora, levando-os para centros de tortura, e viu-se obrigado a soltar alguns deles porque não eram o que se pensava, aí sim, os Estados Unidos estavam em perigo.
sábado, 27 de março de 2010
UM GENIAL MATEMÁTICO!
Sou leitor de ELIO GASPARI desde... anos. Apesar de discordar de vários textos seus, o jornalista escreve sobre quase tudo e quase todos. Li com prazer seus quatro livros sobre a ditadura e sua pesquisa realmente tornaram esses livros fonte importante para quem deseja conhecer parte de nossa história. Na FOLHA DE S. PAULO de 24/03/10, ele escreve sobre MATEMÁTICA. Como? Não tenham receio de ler, pois somente ele consegue, em poucas palavras, oferecer uma boa leitura.
Em 2008, quando Lady Gaga gravou seu primeiro álbum, já se tinham passados seis anos do dia
Ele é um matemático russo, de 43 anos, já passou meses sem trocar de roupa, raramente corta as unhas, a barba ou o cabelo. Vive com a mãe
Superando ciúmes, intrigas e rivalidades, Perelman acaba de conquistar o prêmio dos "Problemas do Milênio", com direito a um cheque de US$ 1 milhão, concedido por uma fundação americana, por ter decifrado um dos sete grandes mistérios da matemática. Em 2006, ofereceram-lhe um honraria considerada equivalente a um Nobel de matemática. Recusou-a.
Para os leigos (como o signatário), a Conjectura de Poincaré é algo incompreensível. Ainda assim, pode-se perceber que Poincaré, um matemático francês que morreu em 1912, deixou para o mundo uma conjectura. Mais difícil será entender o que significa o segundo mistério: "A existência de Yang-Mills e a falha na massa".
Perelman resolveu a conjectura em 2002. Em vez de mandar seu trabalho para uma revista científica, onde um painel de estudiosos estudaria a consistência dos argumentos, simplesmente jogou os textos na internet, num arquivo público de trabalhos acadêmicos. O trabalho não dizia que a conjectura havia sido resolvida, essa tarefa cabia a quem o lesse. (Um matemático gastou três meses para entendê-lo.) A comunidade dos sábios consumiu dois anos estudando, invejando e, em alguns casos, buscando uma falha na explicação. Perda de tempo.
Quando Perelman foi convidado por Princeton, pediram-lhe um currículo. Respondeu que, se não sabiam quem ele era, não deveriam convidá-lo. Como o MIT chamou-o depois que resolveu a Conjectura de Poincaré, recusou porque deveriam tê-lo chamado antes. Num último convite podia ganhar quanto quisesse e fazer o que quisesse durante o tempo que bem entendesse. Respondeu que estava comprometido com seus alunos do ensino médio de São Petersburgo, o que nem era verdade.
Perelman ofendeu-se quando o "New York Times" disse que ele sustentava que resolvera a conjectura para ganhar US$ 1 milhão. Afinal, estudava o problema muito antes de o prêmio surgir e não sustentava coisa alguma. Decifrara a Conjectura de Poincaré, ponto.
Perelman é um matemático excêntrico e, pensando-se bem, Lady Gaga é uma roqueira quase convencional. Assim as coisas ficam fáceis e pode-se ir em paz ao próximo show. Contudo o mundo fica mais interessante quando se sabe que o negócio de Perelman é outro. Os matemáticos podem viver num mundo de liberdade e rigor absolutos. Ele escolheu uma vida de total integridade, sem concessões a coisa alguma. Ninguém manda nele, só a matemática, num diálogo que dispensa outras vozes.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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