Lendo o excelente ELIO GASPARI na FOLHA DE S. PAULO, num trecho onde é citado o nome de Celso Furtado, volto a perguntar: é possível ainda existir no Brasil de hoje um nome com a honestidade de Celso Furtado, independentemente da visão econômica e política?
Celso Furtado
viveu 84 anos, foi superintendente da Sudene, ministro do Planejamento e da
Cultura e nunca teve seu nome envolvido no sumiço de um só alfinete. Em 2011, o
comissariado petista lançou ao mar o petroleiro que leva seu nome, e Dilma
Rousseff discursou festejando a obra da Transpetro: "No Brasil, muita
gente dizia que dava para crescer, mas que poucos ficariam ricos. Celso Furtado
disse que crescimento era uma coisa e desenvolvimento era outra, que país só se
desenvolvia se o povo crescesse junto".
Em 2015, o
estaleiro de onde saiu o "Celso Furtado" fechou, desempregando 2.000
trabalhadores, mas uns poucos maganos ficaram ricos. A memória do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, mostrou a distância que
há entre as teorias de Celso Furtado e a prática da criação de polos navais no
Brasil. Desde 1955, os contribuintes financiaram três, e todos quebraram.
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