30. O Copom considera que o
ainda elevado patamar da inflação em doze meses é reflexo dos processos de ajustes
de preços relativos ocorridos em 2015, bem como do processo de recomposição de
receitas tributárias observado nos níveis federal e estadual, no início deste
ano, além dos choques temporários de oferta no segmento de alimentação, e que
fazem com que a inflação mostre resistência. Ao tempo em que reconhece que
esses processos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua
visão de que a política monetária pode, deve e está contendo os efeitos de
segunda ordem deles decorrentes.
31. O Comitê reconhece os
avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos
de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o
nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes
dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da
política monetária.
32. Dessa forma, o Copom
decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25% a.a., sem viés. Votaram
por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini
(Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles,
Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.
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