terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Dívida pública tem redução de 0,87% e atinge R$ 3,528 trilhões.
A Dívida Pública Federal (DPF) – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – teve redução de 0,87%, passando de R$ 3,559 trilhões, em dezembro, para R$ 3,528 trilhões em janeiro, segundo informou hoje (26), em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.
Essa redução da dívida, de acordo com o Tesouro, ocorreu por conta do resgate líquido de R$ 52,50 bilhões, e da apropriação positiva de juros de R$ 21,76 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) - que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais - teve o estoque reduzido em 0,87%, passando de R$ 3,435 trilhões para R$ 3,405 trilhões, devido ao resgate líquido de R$ 55,53 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 25,74 bilhões. A DPMFi fechou janeiro representando 96,52% do total da Dívida Pública Federal.
O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, teve redução de 0,76% em relação a dezembro, encerrando o mês em R$ 122,85 bilhões (US$ 38,85 bilhões). Por sua vez, a DPFe atingiu a marca de 3,48% do total da DPF.
Francis Fukuyama: Ordem e Decadência Política.
ORDEM E DECADÊNCIA POLÍTICA
Da Revolução Industrial à globalização da democracia
Francis Fukuyama
Autor do já clássico O fim da história e o último homem, entre outras obras fundamentais da sociologia e da ciência política contemporânea, Francis Fukuyama retoma seu ambicioso projeto de narrar a longa trajetória das instituições políticas, das organizações tribais até o Estado moderno, em Ordem e decadência política. Após As origens da ordem política, em que cobre a história das sociedades desde a Antiguidade até as Revoluções Francesa e Americana, o autor agora se debruça sobre os acontecimentos que vão do final do século XVIII até a chamada Primavera Árabe, partindo da questão fundamental de como as sociedades desenvolvem instituições políticas fortes, e examina, entre outras coisas, as disfunções da política contemporânea norte-americana, os efeitos da corrupção nas instituições e os diferentes legados do colonialismo na América Latina, África e Ásia. Um panorama completo e ousado da luta da humanidade pela criação de um Estado moderno e eficaz.
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Netflix: Hitler's Circle of Evil.
This is the story of the rise and fall of the Third Reich told like the drama it really was: through the personal relationships of the movers and shakers of the most evil regime in history.
They were Hitler’s henchmen — the small gaggle of misfits, careerists and fanatical Nazis who had the ear of the Fuhrer. Those whose job it was to make his brutal vision a reality. Men like ex-chicken farmer and leader of the SS — Heinrich Himmler, Hitler’s adoring but mentally unhinged deputy — Rudolf Hess, fighter ace turned morphine addict — Herman Goering and sex-crazed propaganda chief — Josef Goebbels. As they scrabble for power, they will turn on each other in a murky atmosphere of intrigue, betrayal and murder.
In a regime where all power derives from just one man, they strive to out-do each other in brutality, hatred of the Jews and an unequivocal commitment to the Nazi cause.
Folha: Os livros mais vendidos na semana de 11/02 a 17/02/2018.
Teoria e Análise
1º (1º) História da Riqueza No Brasil - Jorge Caldeira (Estação Brasil) - R$ 45,90
2º (4º) Rápido e Devagar - Daniel Kahneman (Objetiva) - 62,90
3º (3º) Marketing 4.0 - Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan (Sextante) - R$ 49,90
4º (-) Scrum - Jeff Sutherland (LeYa) - R$ 34,90
5º (-) O Capital no Século 21 - Thomas Piketty (Intrínseca) - R$ 59,90
Práticas e Pessoas
1º (-) O Poder do Hábito - Charles Duhigg (Objetiva) - R$ 49,90
2º (-) Como Usar a Internet para Alavancar suas Vendas ou Criar um Negócio Digital do Zero - Érico Rocha (Buzz) - R$ 39,90
3º (-) O Poder da Ação - Paulo Vieira (Gente) - R$ 29,90
4º (-) Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Eker (Sextante) - R$ 29,90
5º (-) Por que Fazemos o que Fazemos? - Mario Sergio Cortella (Planeta) - R$ 31,90
Lista feita com amostra informada pelas livrarias Curitiba, Fnac, da Folha, Saraiva e Argumento; os preços são referências do mercado e podem variar; semana de 11/02 a 17/02; entre parênteses, a posição na semana anterior.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Fitch rebaixa nota de crédito do Brasil.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da dívida soberana do Brasil para -BB com perspectiva estável. A nota anterior era BB com perspectiva negativa. Com o rebaixamento, o Brasil se mantém entre os países que não têm o selo de bom pagador.
Segundo a agência de classificação de risco, o rebaixamento deu-se em razão dos grandes e persistentes déficits fiscais e pelo peso da dívida do governo, que segue crescente, além de falta reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas.
A Fitch cita ainda como fator para o rebaixamento a decisão do governo de adiar a votação da reforma da Previdência. Isso "representa um importante revés na agenda de reformas que mina a confiança de médio e longo prazo na trajetória da dívida pública e o compromisso político para abordar o problema". A agência diz, também, que os investimentos caíram para "novos mínimos".
De acordo com a Fitch, o cenário político para 2018 continua a ser um desafio e seria necessária uma forte liderança política e governabilidade para avançar nas reformas, aumentar o crescimento e reduzir as preocupações com a sustentabilidade da dívida no médio e longo prazo.
No mês passado, agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou o Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva estável.
Estadão: Sai a reforma, ficam as contas.
Congelada a reforma da Previdência, a vida prossegue, o governo tem de cuidar das contas deste ano e ainda precisa montar o Orçamento de 2019, tarefa especialmente difícil e delicada. Sem a mudança no sistema previdenciário, será preciso planejar um corte de R$ 14 bilhões nas despesas do próximo ano, disse ao Estadão/Broadcast o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Para isso será necessária uma revisão mais detalhada e mais severa de cada grupo de gastos. O procedimento seguinte poderá envolver, além da tesourada no dispêndio, uma unificação de programas. Na melhor hipótese, o novo presidente, eleito no fim de 2018, concluirá seu primeiro ano sem violar a meta fiscal ou a regra de ouro, isto é, a proibição de endividar o Tesouro para cobrir parte do custeio. Mas terá de enfrentar os efeitos de uma dívida crescente, a expansão veloz do gasto obrigatório e, de modo especial, o peso cada vez maior das aposentadorias.
Com a redução dos juros básicos, permitida pelo amplo recuo da inflação, a dívida pública tem crescido um pouco mais devagar. De toda forma, o passivo financeiro do governo continua aumentando e a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) tende a elevar-se nos próximos anos. Embora a inflação deva continuar na meta ou pouco abaixo desse ponto, especialistas projetam para 2019 e 2020 juros mais altos que os atuais. Também isso afetará a gestão financeira do próximo governo.
O quadro poderá ficar mais complicado com qualquer novo rebaixamento do crédito brasileiro. Até agora, a má classificação do Brasil pelas agências de avaliação de risco tem produzido pouco ou nenhum efeito nos mercados. O fluxo de investimentos e financiamentos continua satisfatório. Mas o cenário tenderá a mudar, se os juros externos subirem mais velozmente. Nesse caso, a opinião das agências de classificação poderá ter mais peso nas decisões de financiadores e investidores. Com o congelamento da reforma da Previdência, representantes das classificadoras já falaram sobre o risco de novos cortes da nota brasileira.
A curto prazo, a equipe econômica tem de enfrentar duas tarefas complexas. Até junho deverá enviar ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com as linhas básicas da programação financeira do próximo ano. Em seguida, deverá trabalhar na proposta do Orçamento, para entregá-la até 31 de agosto. Um dos principais desafios será montar uma blindagem contra a violação da regra de ouro. Se romper essa regra, o novo presidente poderá ser acusado de crime de responsabilidade.
Para este ano os ministros da área econômica têm dado como certos o cumprimento da regra de ouro e o da meta fiscal, assim como o respeito ao teto de gastos. A meta fiscal determina o valor de R$ 159 bilhões como limite para o déficit primário, isto é, para o saldo calculado sem a conta de juros. Podem estar certos, mas o mero respeito a esses limites ainda será um desempenho pouco satisfatório.
Afinal, a administração tem tarefas básicas e programas para executar. Mesmo para executá-los modestamente, o governo precisará de verbas previstas no Orçamento, mas ainda muito incertas. Parte do dinheiro poderá vir da reoneração da folha de pagamentos, mas o relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), já anunciou a intenção de manter o benefício para grande número de setores. Ou seja, anunciou que, mais uma vez, o interesse particular, favorecido há anos por uma desoneração mal planejada, será sobreposto ao interesse geral.
Para operar com menor aperto o governo depende também da aprovação de outros projetos, como o da privatização da Eletrobrás. A proposta de adiamento do reajuste do funcionalismo nem está em condições de ser votada, porque seus efeitos estão suspensos pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Enquanto o projeto permanece encalhado, o Tesouro vai gastando. Nesse jogo, alguns ganham à custa de todos, principalmente dos mais dependentes da execução das funções públicas. Como ocorre há muito tempo, tudo se passa como se o equilíbrio do Tesouro fosse responsabilidade só do Executivo. 23.02.2018
Neste tempo de quase candidatos presidenciais, o Ibovespa atinge os 86.686 pontos!
O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3, bateu hoje, 22/02/2018, mais um recorde nominal ao encerrar o dia em 86.686 pontos, alta de 0,74% em relação ao pregão anterior.
O recorde anterior, de 86.051 pontos, foi registrado em 21 de fevereiro de 2018.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Adolfo Sachsida na Gazeta do Povo e o Ajuste Fiscal.
“O fato de que muitos políticos de sucesso são mentirosos não é exclusivamente reflexo da classe política, é também um reflexo do eleitorado. Quando as pessoas querem o impossível, somente os mentirosos podem satisfazê-las.” (Thomas Sowell)
De acordo com o Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, em 2018, o Brasil tirou nota 7,7 no quesito “saúde fiscal”, em 100 pontos possíveis. Sim, você leu certo: o Brasil não conseguir chegar a míseros dez pontos em 100 possíveis nesse item. O Rio de Janeiro é o carro-chefe da situação fiscal brasileira, já atrasa salários e só não está insolvente graças a recursos do Tesouro Nacional. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte caminham para a mesma situação. Diversos outros estados e municípios adotam manobras fiscais duvidosas para continuarem honrando seus compromissos. Na União, a situação não é muito diferente: pesados déficits vem pressionando cada vez mais a dívida pública. A conta vai chegar em 2019.
Ajustar as contas públicas é uma necessidade. Deixemos claro um ponto: qualquer um que argumente pela não necessidade do ajuste fiscal está mentindo. O leitor pode discordar sobre como realizar o ajuste fiscal, mas de maneira honesta é impossível argumentar que as contas públicas estejam em ordem.
O debate fiscal é a discussão que precisa aparecer nas eleições desse ano, seja nas disputas por cargos no Executivo, seja nas eleições para deputados e senadores. Governadores precisam debater como farão o ajuste fiscal em seus respectivos estados; deputados e senadores precisam se posicionar sobre as medidas de ajuste que irão apoiar; e os candidatos a presidente precisam deixar claro como farão o ajuste fiscal e, por óbvio, como irão ajustar as contas da Previdência Social.
Políticos devem deixar claro se irão realizar o ajuste fiscal por meio de aumento de tributos, se irão cortar despesas (e quais despesas irão cortar), ou por qual combinação dessas alternativas pretendem ajustar o orçamento público. Precisam deixar claro se irão dar reajustes ao funcionalismo público, se irão contratar mais funcionários ou se irão tentar enxugar a folha de pagamento. Fundamental se posicionarem sobre a reforma da Previdência e sobre os programas públicos que serão mantidos ou encerrados.
Não existe mágica aqui: toda solução apresentará dor e custos. Não se trata de prometer benesses, mas sim de oferecer soluções viáveis para o problema fiscal ao menor custo social possível. E o eleitor é parte central do processo: votar em quem promete o impossível lhe dará em troca a eleição de um político mentiroso. Sejamos responsáveis: o debate fiscal honesto precisa marcar as eleições de 2018. Caso contrário, repetiremos 2014, quando uma “presidenta” que jurava não ser necessário o ajuste fiscal conduziu o país à maior crise econômica de sua história.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Brasil, um dos gigantes na corrupção 2018!
O Brasil teve uma forte piora no ranking que avalia a percepção da corrupção no mundo divulgado pela Transparência Internacional nesta quarta-feira. O país caiu 17 posições em comparação ao ano anterior e ocupa o 96° lugar na lista de 2017, que avaliou a corrupção do setor público em 180 países. Na escala que vai de zero (mais corrupto) a 100 (menos corrupto), o Brasil aparece com 37 pontos, três a menos que em 2016.
O país também se encontra na pior situação dos últimos cinco anos. Atualmente, o Brasil divide a 96ª posição com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia. E fica atrás de países como Timor Leste, Sri Lanka, Burkina Faso, Ruanda e Arábia Saudita.
Desde 2014, o índice de percepção da corrupção (IPC) vem piorando no Brasil, que também deteriorou sua posição relativa a outras nações em desenvolvimento, como, por exemplo, os Brics. O país está agora à frente apenas da Rússia, que alcançou 29 pontos.
FGV: PIB 2017 cresceu 1% e atingiu o valor de R$ 6,51 trilhões.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% em 2017 e atingiu o valor de R$ 6,51 trilhões, segundo o Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, divulgado hoje (21), não é um dado oficial, já que o PIB é calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e será divulgado no dia 1º de março.
Segundo a FGV, o indicador cresceu depois de dois anos de retração, com resultados positivos na agropecuária (12,8%), indústria (0,1%) e no setor de serviços (0,3%). Entre os segmentos da indústria, a principal alta ficou com a extrativa mineral (4,5%). A construção teve a única queda dentro da indústria (-5%).
Entre os segmentos dos serviços, o destaque ficou com o comércio (1,8%). Também cresceram os grupos de transportes (1,1%), imobiliários (1%) e outros serviços (0,7%). Tiveram queda os serviços de informação (-1,7%), intermediação financeira (-1,6%) e administração pública (-0,6%).
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias, com alta de 1,1%, e as exportações, com avanço de 6%, foram os responsáveis pelo crescimento da economia brasileira. Os investimentos tiveram queda de 1,9% e o consumo do governo recuou 0,5%. As importações cresceram 4,9%.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Henrique Meirelles: Agenda econômica para 2018.
Com a impossibilidade de votar a Reforma da Previdência durante a intervenção federal no Rio de Janeiro (por se tratar de Projeto de Emenda Constitucional), definimos em conjunto com os líderes do Congresso uma pauta prioritária de votações de projetos na área econômica. Listo abaixo:
1. Simplificação tributária: Reforma do PIS/COFINS
2. Autonomia do Banco Central
3. Marco legal de licitações e contratos (PL 6814)
4. Nova lei de finanças públicas (PL 295)
5. Regulamentação do teto remuneratório (PL 6726)
6. Desestatização da Eletrobras (PL 9463)
7. Reforço das Agências Reguladoras (PL 6621)
8. Depósitos voluntários do Banco Central (PL 9248)
9. Redução da desoneração da folha (PL 8456)
10. Programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais (PL 9215)
11. Cadastro positivo (PLP 441)
12. Duplicata eletrônica (PL 9327)
13. Distrato (PLS 774)
14. Atualização da Lei Geral de Telecomunicações
15. Extinção do Fundo Soberano
A maioria dos projetos já está tramitando no Congresso e são fundamentais para que o Brasil organize as contas públicas, seja mais competitivo e produza mais e melhor. Tudo isso vai refletir no crescimento e na geração de emprego e renda.
Obviamente que a reforma da Previdência segue sendo uma prioridade dentro da nossa agenda de reformas e no momento oportuno retornarão todos os esforços para sua aprovação.
BAFTA 2018: Os vencedores no quase Oscar 2018!
Confira abaixo em negrito a lista completa de vencedores:
Melhor filme
Me Chame Pelo Seu Nome
Dunkirk
O Destino de Uma Nação
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime
Melhor diretor
Denis Villeneuve – Blade Runner 2049
Luca Guadagnino – Me Chame Pelo Seu Nome
Christopher Nolan – Dunkirk
Guillermo Del Toro – A Forma da Água
Martin McDonagh – Três Anúncios Para um Crime
Melhor atriz
Annette Bening – Film Stars Don't Die in Liverpool
Frances McDormand – Três Anúncios Para um Crime
Margot Robbie – Eu, Tonya
Sally Hawkins – A Forma da Água
Saoirse Ronan – Lady Bird: A Hora de Voar
Melhor ator
Daniel Day-Lewis – Trama Fantasma
Daniel Kaluuya – Corra!
Gary Oldman – O Destino de Uma Nação
Jamie Bell – Film Stars Don't Die in Liverpool
Timothée Chalamet – Me Chame Pelo Seu Nome
Melhor atriz coadjuvante
Allison Janney – Eu, Tonya
Kristin Scott Thomas – O Destino de Uma Nação
Laurie Metcalf – Lady Bird: A Hora de Voar
Lesley Manville – Trama Fantasma
Octavia Spencer – A Forma da Água
Melhor ator coadjuvante
Christopher Plummer – Todo o Dinheiro do Mundo
Hugh Grant – As Aventuras de Paddington 2
Sam Rockwell – Três Anúncios Para um Crime
Willem Dafoe – Projeto Flórida
Woody Harrelson – Três Anúncios Para um Crime
Melhor roteiro original
Corra!
Eu, Tonya
Lady Bird: A Hora de Voar
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime
Melhor roteiro adaptado
Me Chame Pelo Seu Nome
The Death of Stalin
Film Stars Don't Die in Liverpool
A Grande Jogada
As Aventuras de Paddington 2
Melhor filme britânico
O Destino de Uma Nação
Três Anúncios Para um Crime
The Death of Stalin
God's Own Country
Lady Macbeth
As Aventuras de Paddington 2
Estreia notável de um cineasta britânico
The Ghoul – Gareth Tunley (roteirista/diretor/produtor), Jack Healy Guttman & Tom Meeten (produtores)
I Am Not a Witch – Rungano Nyoni (roteirista/diretor), Emily Morgan (produtora)
Jawbone – Johnny Harris (escritor/produtor), Thomas Napper (diretor)
Kingdom of Us – Lucy Cohen (diretor)
Lady Macbeth – Alice Birch (roteirista), William Oldroyd (diretor), Fodhla Cronin O'Reilly (produtor)
Melhor filme em língua não-inglesa
Elle
First They Killed My Father
A Criada
Sem Amor
O Apartamento
Melhor trilha sonora original
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
Trama Fantasma
A Forma da Água
Melhor documentário
City of Ghosts
I Am Not Your Negro
Ícaro
Uma Verdade Mais Inconveniente
Jane
Melhor animação
Viva – A Vida é uma Festa
Com Amor, Van Gogh
Minha Vida de Abobrinha
Melhor fotografia
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime
Melhor edição
Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime
Melhor design de produção
A Bela e a Fera
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Dunkirk
A Forma da Água
Melhor figurino
A Bela e a Fera
O Destino de Uma Nação
Eu, Tonya
Trama Fantasma
A Forma da Água
Melhor penteado e maquiagem
Blade Runner 2049
O Destino de Uma Nação
Eu, Tonya
Victoria & Abdul
Extraordinário
Melhor som
Em Ritmo de Fuga
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars: Os Últimos Jedi
Melhores efeitos visuais
Blade Runner 2049
Dunkirk
A Forma da Água
Star Wars: Os Últimos Jedi
Planeta dos Macacos: A Guerra
Melhor curta de animação britânico
Have Heart
Mamoon
Poles Apart
Melhor curta britânico
Aamir
Cowboy Dave
A Drowning Man
Work
Wren Boys
Estrela em ascenção
Daniel Kaluuya
Florence Pugh
Josh O'Connor
Tessa Thompson
Timothée Chalamet
IPEA: Investimentos terminam último trimestre com alta de 1,7%.
Os investimentos terminaram o quarto trimestre em crescimento, mas o resultado acumulado do ano ainda registrou queda. É o que aponta o Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).
Esse indicador é composto pelos investimentos em máquinas e equipamentos, em construção civil e em outros ativos fixos e é considerado uma prévia do cálculo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A FBCF mostra se as empresas aumentaram ou não os seus bens de capital, ou seja, aqueles que servem para produzir outros bens. Por meio desse indicador, é possível saber se a capacidade de produção do país está crescendo e se os empresários estão confiantes no futuro.
Segundo os dados divulgados hoje (20) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a FBCF apresentou crescimento de 4,2% em dezembro em relação a novembro de 2017, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o indicador de investimentos encerrou o quarto trimestre com alta de 1,7% sobre o trimestre anterior, também ajustado sazonalmente. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a FBCF atingiu patamar 2,4% superior ao verificado em dezembro de 2016. Já na comparação do quarto trimestre de 2017 com o mesmo período do ano anterior, o investimento registrou expansão de 3,3%. No resultado acumulado no ano de 2017, foi registrada queda de 2%.
Para o Ipea, o avanço da FBCF entre os meses de novembro e dezembro refletiu o “bom desempenho de todos os seus componentes”. “Após duas quedas consecutivas, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – cuja estimativa corresponde à sua produção industrial doméstica líquida das exportações e acrescida das importações –, apresentou alta de 4,2% no último mês do ano. Entre os componentes do Came, enquanto a produção doméstica de bens de capital líquida de exportações cresceu 4,5%, o volume de importações registrou avanço de 5,6%, ainda na comparação dessazonalizada”, diz o Ipea.
O Ipea informa que o indicador de construção civil registrou o terceiro avanço consecutivo, com alta de 2% frente ao mês de novembro, na série livre de efeitos sazonais. O terceiro componente da FBCF, classificado como outros ativos fixos, contribuiu positivamente para o desempenho dos investimentos, registrando crescimento de 2% em dezembro.
Na comparação entre dezembro deste ano e o mesmo período de 2016, o Came registrou alta de 9,9% em dezembro, enquanto a construção civil avançou 0,5%. O componente outros ativos recuou 3,7%.
No Estadão: Affonso Celso Pastore e "O que está à nossa frente?"
O governo Temer se iniciou anunciando a construção de uma ponte para o futuro. Seu objetivo era a criação de condições para a retomada do crescimento sustentado.
Crescem mais os países que mais investem e que elevam a produtividade, mas por que alguns têm sucesso e outros fracassam? Usando a história econômica e a distinção entre instituições extrativistas e inclusivas, Acemoglu e Johnson (Why Nations Fail) mostram evidências de que os sucessos de desenvolvimento sustentado somente ocorrem quando as instituições políticas e econômicas são inclusivas, isto é, voltadas para os interesses da maioria da população, e fracassam quando permitem que minorias “extraiam” permanentemente recursos em benefício de partidos e amigos que apoiam o governo.
O Brasil não chegou ao extremo extrativista que inviabilizou o crescimento de muitos países, mas a política econômica desde o segundo mandato de Lula, e os resultados das apurações da Lava Jato mostram que enveredávamos por esse caminho. Dois exemplos são: o direcionamento de investimentos com retornos sociais duvidosos a empresas como a Odebrecht; e o crédito abundante aos “campeões nacionais”, como a JBS, ambos fornecendo propinas para abastecer partidos da base aliada.
Para voltar a crescer era preciso retornar à ética na política e basear as decisões no princípio que todos são iguais perante a lei; preservando o direito de propriedade; garantindo a execução rápida da justiça, e dando ao setor privado os incentivos corretos, que na definição de Zingales (Capitalism for the People) levam a políticas “pró-mercado” e não “pró-negócios”. Uma redução de impostos estimulando todo e qualquer investimento é um exemplo de política “pró-mercado”. Já a desoneração da folha para setores escolhidos arbitrariamente; ou a redução do IPI no Inovar-Auto; ou a decisão de construir aRrefinaria Abreu e Lima, caracterizam políticas “pró-negócios”, que elevam os lucros dos beneficiados, mas não a produtividade e o crescimento econômico.
O Brasil progrediu nesse campo. Um exemplo é o disciplinamento do BNDES abandonando a concessão de créditos com subsídios implícitos não justificáveis pela divergência entre retornos sociais e privados. O outro é a melhoria na governança da Petrobrás, que deixou de ser uma “supridora indireta” de recursos que abasteciam os cofres de alguns partidos, e readquiriu o poder de repassar ao mercado as variações nos preços internacionais do petróleo, defendendo sua capacidade de investir na busca de petróleo.
Progredimos, também, com a reforma que corrigiu a rigidez no mercado de trabalho. Mais do que tudo, progredimos na execução da política monetária, e se hoje temos a expectativa de um crescimento do PIB de 3% em 2018, devemos isso ao Banco Central. Porém, a médio prazo a tarefa do Banco Central será impossível caso não se consiga progredir na reforma fiscal. O congelamento dos gastos primários em termos reais foi apenas um sinal, indicando o rumo, cujo cumprimento requer que sejam aprovadas reformas – nos campos dos tributos e das despesas primárias - a mais importante das quais é a da previdência.
Estivemos próximos de aprová-la, mas os acontecimentos de maio de 2017 começaram a fechar a janela de oportunidade, que praticamente acabou de se fechar com a intervenção no Rio de Janeiro. Não tenho nenhuma simpatia pela teoria de que uma conspiração de corporações contrárias à reforma da Previdência deliberadamente forjou a denuncia que enfraqueceu o presidente. Na minha interpretação Temer é muito mais um ator responsável pelos acontecimentos do que uma vítima das circunstâncias. Seu fracasso veio da contradição entre uma atitude “inclusiva” no campo das reformas na economia, com a manutenção de um comportamento próximo do “extrativismo” no campo da política. Como, a 10 meses de uma eleição, poderia ser aprovada uma reforma altamente impopular proposta por um governo igualmente impopular?
Precisamos acentuar o compromisso com o fortalecimento de instituições que estimulem o crescimento e a redução das desigualdades de renda e riqueza. Para isso precisamos de um governo apoiado por uma coalizão comprometida com as reformas e com a ética.
* EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA A.C. PASTORE & ASSOCIADOS
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Bacen: Estimativa do PIB 2018 em 2,80%.
O mercado financeiro reduziu a projeção de inflação e aumentou a expectativa de crescimento da economia para este ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado hoje (19) pelo Banco Central, em Brasília.
A expectativa do mercado é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - fique em 3,81% em 2018, uma redução em relação aos 3,84% projetados na semana passada.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deste ano aumentou, passando de 2,70% da semana passada para 2,80%.
A expectativa do mercado para o crescimento da economia segue, no entanto, menor que a estimativa do governo, que estima um PIB de 3% para 2018.
Para 2019, no entanto, as projeções foram mantidas em relação à última publicação. Para o mercado, a expectativa é que o PIB do ano que vem seja de 3%. A expectativa para a inflação foi mantida em 4,25%.
O Boletim Focus é lançado no início da semana com a média das expectativas de bancos, instituições financeiras, consultorias e empresas sobre os principais indicadores relacionados à economia brasileira, como os diversos índices de inflação, o Produto Interno Bruto, a taxa de câmbio e a taxa de juros básica da economia, a Selic.
Edição: Kleber Sampaio
Bacen: IBC-Br registra crescimento de 1,04% em 2017.
O nível de atividade econômica no país registrou crescimento de 1,04% em 2017, em comparação com 2016, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado hoje (19) pelo Banco Central (BC).
O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que será divulgado em março.
O valor aproxima-se da projeção do governo para 2017, divulgada em dezembro do ano passado, de 1,1%. A expectativa do mercado financeiro, de acordo com o boletim Focus, do BC, é de 1%.
Em dezembro, o nível de atividade econômica no país continuou a registrar crescimento, de 1,41% em relação a novembro. Esse foi o quarto mês seguido de alta do indicador. O crescimento mensal refere-se ao IBC-Br dessazonalizado, ou seja, ajustado para o período.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice inclui informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
Edição: Graça Adjuto
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Celso Ming no Estadão: Tranca no bitcoin.
Autoridades do mundo inteiro parecem alarmadas com as portas arrombadas pelo bitcoin e pelas demais criptomoedas. Querem agora providenciar as trancas. Mas não estão seguras sobre o que fazer.
Até recentemente essas criaturas digitais não despertavam mais do que curiosidade – e cobiça. Eram consideradas ou anomalias monetárias ou uma dessas tantas novidades de fôlego curto. Mas, nove anos depois de lançado o pioneiro bitcoin, esse segmento alcança valor de mercado de US$ 180 bilhões, já comparável com o ativo global em diamantes, quantificado em alguma coisa ao redor dos US$ 250 bilhões.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, advertiu dia 12 que essas moedas foram beneficiadas pelo vácuo regulatório e se tornaram “sistemas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo”. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, foi claro durante a reunião do Fórum Econômico Mundial: “Embora encoraje o financiamento à tecnologia e a inovação, quero ter certeza de que os mercados financeiros são saudáveis e não são usados para atividades ilícitas”. Também a primeira-ministra da Grã-Bretanha, Theresa May, avisou que seu governo encara as criptomoedas com muita seriedade, porque “têm sido usadas por criminosos”.
Japão, China, Coreia do Sul e Índia já vêm impondo restrições ao lançamento e às transferências de criptomoedas, fator que aparentemente tem sido a causa da enorme volatilidade das cotações.
Alemanha e França, por sua vez, pretendem discutir na reunião de cúpula de chefes de Estado e presidentes de bancos centrais do Grupo dos 20, a ser realizada em março na Argentina, propostas para regulamentar esse novo segmento.
Por aí se vê que a principal preocupação das autoridades não é coibir a proliferação de criptomoedas (hoje são 1,5 mil) e, assim, eliminar a ameaça de quebra do monopólio estatal de emissão de moeda, mas impedir que sejam usadas para atividades ilícitas.
Na terça-feira, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, remou contra essa corrente: “Não é responsabilidade do BCE regular bitcoin”. Não é o que pensa a cúpula do BIS (Bank for International Settlements), que atua na compensação de pagamentos entre bancos centrais. Em documento disse o contrário: os bancos centrais devem preparar-se para intervir.
Mas como intervir? As primeiras sugestões são de identificar os que lidam com essas moedas: os que “mineram”, os que as adquirem nos lançamentos (ICOs - Inicial Currency Offer) e os que as renegociam. Mas não ficam nisso. Chegam até a proibir seu funcionamento.
Há duas limitações importantes para essas iniciativas oficiais. A primeira é a de que a própria natureza das criptomoedas é global, descentralizada e garantidora do anonimato. Se for proibida nos grandes países, sabe-se lá por que mecanismos, nada a rigor impediria que as transações continuassem de qualquer ponto do globo ou da nuvem cibernética. O que as autoridades podem tentar com mais eficácia é proibir as ICOs, os lançamentos no mercado financeiro destinados a arrecadar dólares para iniciar uma nova criptomoeda.
A outra grande limitação – e risco – é a de que uma regulamentação abrangente e supostamente eficaz iniba o desenvolvimento tecnológico e a inovação, o que seria desastroso para todos.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Previsões para 2018: PIB, inflação, dólar e Selic.
Um grande banco brasileiro estima para o final deste 2018 os seguintes números:
PIB: 3,0%
Taxa de Inflação (IPCA): 3,66%
R$/US$ final do ano: R$ 3,30
Taxa Selic final do ano: 6,75%
A conferir em 31/12/2018!
IBGE: Serviços fecham 2017 com queda de 2,8%.
O volume de serviços no Brasil caiu 2,8% em 2017, na comparação com o ano anterior. Já a receita nominal fechou o ano com alta de 2,5%. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro de 2017, o setor de serviços cresceu 1,3% em volume na comparação com novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o volume cresceu 0,5% e interrompeu uma sequência de 32 quedas consecutivas.
“Estávamos desde março de 2015 sem resultados positivos [na comparação do mês com o mesmo período do ano anterior]. É um resultado só, não podemos ainda afirmar que se trata de uma recuperação. Mas, lógico, é um fato positivo. Por enquanto, só podemos ver essa reação no segmento de transportes”, disse o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha.
A receita nominal cresceu 0,9% na comparação com novembro e 5% na comparação com dezembro de 2016.
No Estadão: Os juros e o cenário de riscos.
Fundamental para o crescimento econômico e para a estabilidade de preços, a política de juros, conduzida no dia a dia pelo Banco Central (BC), depende dos Três Poderes, embora esse fato seja raramente citado nas discussões. Haveria maior segurança para novos cortes da taxa básica, a Selic, se pelo menos a base do governo apoiasse a pauta indispensável à correção das finanças públicas e à expansão segura dos negócios e do emprego. As próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) dependerão, naturalmente, de vários fatores, como o cenário global, o ritmo da atividade interna e a evolução dos preços, talvez até com a surpresa de uma inflação menor que a prevista. Mas a gestão das contas oficiais e as perspectivas de avanço ou retrocesso na área fiscal são uma referência permanente para a formulação da política de moeda e crédito.
A importância desse tema foi acentuada mais uma vez na ata da última reunião do Copom, divulgada ontem. Os membros do comitê, diretores do BC, definiram as condições para interrupção ou continuação do corte de juros quando se reunirem nos dias 20 e 21 de março.
Se a inflação evoluir de acordo com o cenário básico e a recuperação econômica se tornar mais firme, os juros serão mantidos em 6,75%. Uma piora do quadro internacional também será considerada um bom motivo para interrupção dos cortes. Em contrapartida, o afrouxamento poderá continuar se a inflação subjacente continuar “em níveis confortáveis ou baixos”, com possibilidade de mais preços contidos em níveis muito moderados.
Mas há outra possibilidade, especialmente interessante, de condições propícias a nova diminuição dos juros. A linguagem é um tanto complicada, mas vale a pena enfrentá-la. Se alterações do cenário tornarem menos prováveis um “aumento dos prêmios de risco” e a “consequente elevação da trajetória prospectiva da inflação”, o Copom poderá ter espaço para baixar de novo o custo do crédito.
Para decifrar o recado, é preciso recorrer a outras passagens da ata. Os tais prêmios de risco podem subir, por exemplo, se as condições internacionais piorarem, o dólar subir em relação ao real e a mudança do câmbio pressionar os preços para cima. Mas os prêmios de risco podem também subir se houver “frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários”. No pior caso, a deterioração do quadro externo pode ser combinada com a frustração das expectativas quanto a ajustes e reformas.
O quadro inverso poderá ocorrer, tornando menos prováveis os tais prêmios de risco, se as condições internacionais continuarem benignas e houver perspectiva de avanço no quadro fiscal. Também poderá ocorrer, de modo menos completo, se o programa de ajustes e reformas for levado adiante. O recado é claro. Em qualquer caso, a perspectiva de superação dos problemas fiscais dará mais espaço a uma política mais branda, ou menos dura.
O quadro externo é descrito como ainda favorável, mas a ata menciona a volatilidade recente no mercado financeiro. Quanto a isso, o texto é mais completo que o da nota distribuída após a reunião do Copom. Também é mais claro e mais completo quando apresenta a advertência mais séria. A ata menciona o risco de “um revés nesse cenário internacional benigno num contexto de frustração das expectativas sobre as reformas e ajustes necessários”.
Ocorreria, nesse caso, uma das piores combinações imagináveis nas condições atuais. Um choque provocado por um forte aperto nas finanças internacionais atingiria um Brasil fragilizado por uma crise fiscal sem perspectiva de superação num prazo razoável. Essa possibilidade é mencionada no fim do 13.º parágrafo da ata.
Diante dessa hipótese, torna-se menos importante saber se a redução de juros será interrompida na próxima reunião do Copom. Muito mais premente é saber se o Brasil, no caso de um choque, terá fundamentos sólidos para suportá-lo. Não terá, se a pauta de reformas continuar empacada. Reservas de US$ 380 bilhões ajudarão a aguentar o tranco, mas por quanto tempo?
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