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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

VEJA: A universidade mais próxima - EAD!


Ao longo de seus mais de cinquenta anos, VEJA tem se dedicado largamente ao tema da educação — em todos os níveis. Já na edição de estreia, a revista tratou tanto da reforma do ensino universitário, então em debate no governo federal, como das mudanças no antigo primário que começariam a vigorar no Estado de São Paulo. De lá para cá, foram numerosas as reportagens sobre o assunto, abordando, por exemplo, o analfabetismo, a evasão escolar, a política de cotas, a base curricular e, desde a posse de Jair Bolsonaro, os desastres na gestão do MEC. Tamanho interesse nada tem de gratuito, afinal a educação é a mais eficaz, legítima e nobre via de acesso ao desenvolvimento de um país — e o Brasil não pode ficar alheio a isso.
Nesta semana, VEJA volta ao tema para refletir sobre uma autêntica revolução que vem se concretizando no âmbito dos cursos superiores, provocada pelo ensino a distância (EAD). Trata-se da modalidade educacional que mais cresce por aqui. Já se projeta que em 2019 o total de calouros dos cursos on-line tenha superado o número de matriculados em cursos presenciais: 1,411 milhão, em comparação a 1,203 milhão (o levantamento do Ministério da Educação só sairá em setembro). Isso jamais ocorreu desde que o MEC autorizou as primeiras graduações remotas, em 1996. Segundo o Censo da Educação Superior, estão registrados no país 3 177 cursos virtuais — o que representa um aumento de 116% em relação a 2015. Estima-se que a partir de 2025 o total de estudantes de ensino superior a distância no Brasil superará o número de matriculados em cursos presenciais, seguindo uma tendência global — e irreversível.
O avanço da modalidade está muito vinculado, é claro, ao advento da era digital — que tornou a internet onipresente e consagrou tecnologias como o streaming. Com o uso de tais ferramentas na educação, a sala de aula vai ao encontro do aluno, onde quer que ele esteja e a qualquer hora. No caso brasileiro, entretanto, é inegável que tem pesado ainda para a explosão do ensino superior on-line a situação do país: desemprego elevado, falta de recursos para bancar uma faculdade e escassez de verba estatal para a educação. Aqui, a graduação remota custa cerca de um terço do valor da presencial. Não é coincidência que no Brasil mais de 70% dos estudantes matriculados no ensino superior a distância representem a primeira geração de universitários de suas respectivas famílias.
Pela lei, as graduações on-line precisam seguir as mesmas diretrizes curriculares das presenciais. Assim, egressos de cursos remotos têm alcançado no Enade resultados próximos dos obtidos por aqueles que vêm de turmas presenciais, quando não os superam. Com isso, o temor de que a qualidade das faculdades virtuais pudesse deixar muito a desejar começa a ceder. Outro receio, quanto à aceitação no mercado de trabalho dos graduados a distância, também tem diminuído: um levantamento realizado com recrutadores de todo o território nacional atestou que 79% deles disseram não levar em conta a origem do diploma na hora de selecionar candidatos.
Pujante, o extraordinário salto do ensino superior on-line no país se deve em especial ao setor privado, que conta atualmente com 30% de seus alunos em graduações remotas. A única instituição pública brasileira de nível superior criada para oferecer exclusivamente cursos a distância é a Universidade Virtual do Estado de São Paulo, a Univesp. A USP, a mais prestigiosa referência acadêmica no Brasil, não tem por enquanto graduações on-line próprias. Mas esse é um cenário que deve (e precisa) mudar.
Nosso déficit na área ainda é muito alto. Hoje, somente 21,7% dos jovens de 18 a 24 anos cursam uma faculdade no país e apenas 19,6% da população brasileira de 25 a 34 anos tem formação superior (na Argentina são 40%). E as graduações remotas dispõem de um imenso potencial para modificar esse quadro. O Brasil, para o próprio desenvolvimento, não pode desprezar a modalidade — que é capaz de promover a qualificação da mão de obra nacional e alargar, cada vez mais, a porta da inclusão social.
Publicado em VEJA de 4 de março de 2020, edição nº 2676

terça-feira, 22 de maio de 2018

Ensino a distância cresce mais que presencial, mas gera desconfiança.

Apesar de crescer em ritmo mais acelerado que o ensino presencial, a educação a distância (EaD) não é a primeira opção para a maioria das pessoas que buscam uma graduação. A desconfiança é grande. Pesquisa divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) - que representa grande parte do ensino superior particular do país - mostra que 62% dos entrevistados acreditam que a qualidade dessa modalidade não é bem avaliada no mercado de trabalho e 56% dizem que preferem o ensino presencial.

A pesquisa mostra ainda desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet: 62% dos estudantes e potenciais alunos dizem que acreditam que as instituições de ensino EaD não oferecem suporte para tirar dúvida na hora e 37% dizem que têm dificuldade com sistema de aula online.

terça-feira, 15 de maio de 2018

MEC autoriza 3 novos cursos de Medicina: Itabuna, Piracicaba e Vilhena.

Fica autorizado o curso de Medicina (código e-MEC 1399616), bacharelado, com 85 (oitenta e cinco) vagas totais anuais e prazo mínimo para integralização de 6 (seis) anos, a ser ministrado à Avenida José Soares Pinheiro, nº 3270, Bairro Nova Itabuna, no Município de Itabuna, Estado da Bahia, pela Faculdade Santo Agostinho de Itabuna (código e-MEC 22088), mantida pelo Instituto Educacional Santo Agostinho LTDA (código e-MEC 1264), com sede à Rua Osmane Barbosa, nº 937, Bairro Conjunto Residencial JK, no Município de Montes Claros/MG.
Fica autorizado o curso de Medicina (código e-MEC 1399477), bacharelado, com 75 (setenta e cinco) vagas totais anuais e prazo mínimo para integralização de 6 (seis) anos, a ser ministrado à Avenida Rio das Pedras, nº 1601, Bairro Piracicamirim, no Município de Piracicaba, Estado de São Paulo, pela Universidade Anhembi Morumbi (código e-MEC 466), mantida pela ISCP - Sociedade Educacional LTDA (código e-MEC 321), com sede à Rua Doutor Almeida Lima, nº 1124, Bairro da Mooca, no Município de São Paulo/SP.
Fica autorizado o curso de Medicina (código e-MEC 1427420), bacharelado, com 50 (cinquenta) vagas totais anuais e prazo mínimo para integralização de 6 (seis) anos, a ser ministrado à Rua Cleber Mafra de Souza, nº 8735, Residencial Orleans, no Município de Vilhena, Estado de Rondônia, pela Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena (código e-MEC 11645), mantida pela Associação Educacional de Rondônia (código e-MEC 525), com sede à Rua dos Esportes, nº 1.038, Bairro Incra, no Município de Cacoal/RO.
https://bit.ly/2IDxClN

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

UFSC: A palavra do Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.


A humilhação e o vexame a que fomos submetidos — eu e outros colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) — há uma semana não tem precedentes na história da instituição. No mesmo período em que fomos presos, levados ao complexo penitenciário, despidos de nossas vestes e encarcerados, paradoxalmente a universidade que comando desde maio de 2016 foi reconhecida como a sexta melhor instituição federal de ensino superior brasileira; avaliada com vários cursos de excelência em pós-graduação pela Capes e homenageada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Nos últimos dias tivemos nossas vidas devassadas e nossa honra associada a uma “quadrilha”, acusada de desviar R$ 80 milhões. E impedidos, mesmo após libertados, de entrar na universidade.

Quando assumimos, em maio de 2016, para mandato de quatro anos, uma de nossas mensagens mais marcantes sempre foi a da harmonia, do diálogo, do reconhecimento das diferenças. Dizíamos a quem quisesse ouvir que, “na UFSC, tem diversidade!”. A primeira reação, portanto, ao ser conduzido de minha casa para a Polícia Federal, acusado de obstrução de uma investigação, foi de surpresa.

Ao longo de minha trajetória como estudante de Direito (graduação, mestrado e doutorado), depois docente, chefe do departamento, diretor do Centro de Ciências Jurídicas e, afortunadamente, reitor, sempre exerci minhas atividades tendo como princípio a mediação e a resolução de conflitos com respeito ao outro, levando a empatia ao limite extremo da compreensão e da tolerância. Portanto, ser conduzido nas condições em que ocorreu a prisão deixou-me ainda perplexo e amedrontado.

Para além das incontáveis manifestações de apoio, de amigos e de desconhecidos, e da união indissolúvel de uma equipe absolutamente solidária, conforta-me saber que a fragilidade das acusações que sobre mim pesam não subsiste à mínima capacidade de enxergar o que está por trás do equivocado processo que nos levou ao cárcere. Uma investigação interna que não nos ouviu; um processo baseado em depoimentos que não permitiram o contraditório e a ampla defesa; informações seletivas repassadas à PF; sonegação de informações fundamentais ao pleno entendimento do que se passava; e a atribuição, a uma gestão que recém completou um ano, de denúncias relativas a período anterior.

Não adotamos qualquer atitude para abafar ou obstruir a apuração da denúncia. Agimos, isso sim, como gestores responsáveis, sempre acompanhados pela Procuradoria da UFSC. Mantivemos, com frequência, contatos com representantes da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Estávamos no caminho certo, com orientação jurídica e administrativa. O reitor não toma nenhuma decisão de maneira isolada. Tudo é colegiado, ou seja, tem a participação de outros organismos. E reitero: a universidade sempre teve e vai continuar tendo todo interesse em esclarecer a questão.

De todo este episódio que ganhou repercussão nacional, a principal lição é que devemos ter mais orgulho ainda da UFSC. Ela é responsável por quase 100% do aprimoramento da indústria, dos serviços e do desenvolvimento do estado, em todas as regiões. Faz pesquisa de ponta, ensino de qualidade e extensão comprometida com a sociedade. É, tenho certeza, muito mais forte do qualquer outro acontecimento". 

domingo, 13 de agosto de 2017

As melhores universidades no exame 2017 da OAB.

A Escola de Direito da FGV/RJ, entre as privadas, e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná, entre as públicas, foram as primeiras colocadas no último exame da nacional da OAB, em que concorreram 13.600 alunos.


Aprovaram 82% e 86%, respectivamente, dos seus alunos. A média nacional de aprovação foi de modestos 23,6%.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Como transformar seus alunos nos melhores: educação sempre!

Claudio de Moura Castro em sua coluna na VEJA:

A abundante pesquisa hoje disponível nos permite saber que se aprende pela repetição, seja o saque do tênis, a ortografia, os verbos irregulares ou a elegância no escrever. Se é assim, aprendizado é função do tempo dedicado a praticar. Sem a repetição, apenas pensamos que aprendemos, mas continuamos sem saber. É a diferença entre ouvir falar e realmente dominar algum conhecimento.

Esse princípio nos leva a uma aritmética inelutável: se há coisas demais para aprender, por importantes que sejam, o tempo será repartido e insuficiente para cada uma. Assim sendo, o grande inimigo da educação é o excesso de velocidade com que avança a Ferrari curricular.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PISA 2015: Brasil, sem educação, sem presente, sem futuro!!!


O desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média dos alunos em países da OCDE em ciências (401 pontos, comparados à média de 493 pontos), em leitura (407 pontos, comparados à média de 493 points) e em matemática (377 pontos, comparados à média de 490 pontos). • A média do Brasil na área de ciências se manteve estável desde 2006, o último ciclo do PISA com foco em ciências (uma elevação aproximada de 10 pontos nas notas - que passaram de 390 pontos em 2006 para 401 pontos em 2015 – não representa uma mudança estatisticamente significativa). Estes resultados são semelhantes à evolução histórica observada entre os países da OCDE: um leve declínio na média de 498 pontos em 2006 para 493 pontos em 2015 também não representa uma mudança estatisticamente significativa. • A média do Brasil na área de leitura também se manteve estável desde o ano 2000. Embora tenha havido uma elevação na pontuação de 396 pontos em 2000 para 407 pontos em 2015, esta diferença não representa uma mudança estatisticamente significativa. Na área de matemática, houve um aumento significativo de 21 pontos na média dos alunos entre 2003 a 2015. Ao mesmo tempo, houve um declínio de 11 pontos se compararmos a média de 2012 à média de 2015. • O PIB per capita do Brasil (USD 15 893) corresponde a menos da metade da média do PIB per capita nos países da OCDE (USD 39 333). O gasto acumulado por aluno entre 6 e 15 anos de idade no Brasil (USD 38 190) equivale a 42% da média do gasto por aluno em países da OCDE (USD 90 294). Esta proporção correspondia a 32% em 2012. Aumentos no investimento em educação precisam agora ser convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos alunos. Outros países, como a Colômbia, o México e o Uruguai obtiveram resultados melhores em 2015 em comparação ao Brasil muito embora tenham um custo médio por aluno inferior. O Chile, com um gasto por aluno semelhante ao do Brasil (USD 40 607), também obteve uma pontuação melhor (477 pontos) em ciências. • No Brasil, 71% dos jovens na faixa de 15 anos de idade estão matriculados na escola a partir da 7a. série, o que corresponde a um acréscimo de 15 pontos percentuais em relação a 2003, uma ampliação notável de escolarização. O fato de o Brasil ter expandido o acesso escolar a novas parcelas da população de jovens sem declínios no desempenho médio dos alunos é um desenvolvimento bastante positivo. Entre os países da OCDE, o desempenho em ciências de um aluno de nível sócio-econômico mais elevado é, em média, 38 pontos superior ao de um aluno com um nível sócioeconômico menor. No Brasil, esta diferença corresponde a 27 pontos, o que equivale a aproximadamente ao aprendizado de um ano letivo. • No Brasil, menos de 1% dos jovens do sexo masculino estão entre os alunos com rendimento mais elevado no PISA em ciências (aqueles com pontuação no nível de proficiência 5 ou superior). Entre os países da OCDE, esta proporção corresponde a 8.9% dos jovens do sexo masculino. Apenas 0.5% do grupo feminino no Brasil alcançou este mesmo nível de desempenho. Entre os países da OCDE, 6.5% das meninas se destacaram neste nível elevado de proficiência. No Brasil, entre alunos de baixo rendimento em ciências (aqueles com pontuação inferior ao nível básico de proficiência, o nível 2), uma proporção maior entre o grupo feminino espera seguir uma carreira na área de ciências. • Menos de 10% dos alunos que participaram do PISA 2015 no Brasil são imigrantes (primeira ou segunda geração). Numa comparação entre alunos de mesmo nível sócioeconômico, a média dos alunos imigrantes em ciências é 66 pontos inferior à média de alunos não-imigrantes. • O Brasil tem uma alto percentual de alunos em camadas desfavorecidas: 43% dos alunos se situam entre os 20% mais desfavorecidos na escala internacional de níveis sócioeconômicos do PISA, uma parcela muito superior à media de 12% de alunos nesta faixa entre os países da OCDE. Esta proporção, no entanto, é semelhante àquela observada na Colômbia. Apenas dois outros países latino-americanos possuem uma proporção ainda maior de alunos neste nível sócio-econômico, o México e o Peru. • Uma parcela muito reduzida de pais de alunos alcançaram o nível superior de ensino no Brasil. Menos de 15% dos adultos na faixa etária de 35 a 44 anos de idade possuem um diploma universitário, uma taxa bem menor que a média de 37% observada entre os países da OCDE. Entre os países que participaram do PISA 2015, o Brasil está entre os dois países com a menor proporção de adultos com nível superior, ficando atrás apenas da Indonésia onde menos de 9% dos adultos nesta faixa etária alcançaram este nível de escolaridade. A faixa etária entre 35 e 44 anos corresponde aproximadamente à idade dos pais de alunos que participaram do PISA 2015. • No Brasil, 36% dos jovens de 15 anos afirmam ter repetido uma série escolar ao menos uma vez, uma proporção semelhante à do Uruguai. Entre os países latino-americanos que participaram do PISA 2015, apenas a Colômbia possui uma taxa de repetência escolar (43%) superior à do Brasil. Esta prática é mais comum entre países com um baixo desempenho no PISA e está associada a níveis mais elevados de desigualdade social na escola. No Brasil, altos índices de repetência escolar estão ligados a níveis elevados de abandono da escola. Entre 2009 e 2015, houve um declínio de 6% na taxa de repetência escolar no Brasil, observado principalmente entre os alunos do ensino médio.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

UNIFOR: a melhor do Norte e Nordeste.


Pelo 5º ano consecutivo, a UNIFOR se consolida como a melhor do Norte e Nordeste entre as instituições privadas no ranking universitário da Folha de São Paulo (RUF).  

Somos também a número 1 nos quesitos:

- Ensino
- Mercado
- Inovação

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Robert Lucas: educação é a diferença entre as economias de sucesso e as demais.

Em entrevista ao O GLOBO, o Nobel de Economia e professor da Universidade de Chicago Robert Lucas foi muito claro sobre a importância da educação:

Quanto mais o país estiver envolvido em educação, melhor estará. A educação é a diferença-chave entre as economias de sucesso e as demais. Há outras questões, como a governança ruim, mas educação é chave.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/educacao-chave-para-as-economias-de-sucesso-diz-robert-lucas-19683639

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Matemático Marcelo Viana do IMPA: Grande Prêmio Científico Louis D 2016.

Le Grand Prix scientifique 2016 de la Fondation Louis D.-Institut de France, doté de 450 000 €, sur le thème « géométrie, géométrie algébrique, géométrie differentielle, systèmes dynamiques », est attribué conjointement à François Labourie (Université Nice-Sophia Antipolis) et Marcelo Viana (Unité mixte internationale CNRS - IMPA).


Marcelo Viana a toujours eu de très bons professeurs de mathématiques, ce qui explique peut-être qu’il a toujours aimé cette discipline. Son interêt pour les systèmes dynamiques remonte la fin de ses études universitaires. Une visite à l’ENS à Paris, en 1985, était à l’origine de son premier article de recherche, qui lui a aussi ouvert les portes du doctorat à l’IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Rio de Janeiro). Il travaille sur plusieurs aspects de la théorie des systèmes que l’on dit chaotiques, c’est-à-dire, dont l’évolution est sensible à des petites variations de l’état initial. Ses travaux lui ont valu plusieurs distinctions académiques, notamment de faire un exposé plénier au Congrès international des Mathématiciens en 1998. Il a dirigé plus d’une trentaine de thèses doctorales et joue un rôle important dans la coopération franco-brésilienne en mathématiques. Il est actuellement directeur général de l’IMPA et président de la commission organisatrice du prochain Congrès international des Mathématiciens, prévu à Rio de Janeiro en 2018.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

USP: ainda a melhor do Brasil, mas em queda no mundo!

Leio na FOLHA, matéria da SABINE RIGHETTI, sobre a USP. 

A USP teve o pior desempenho dos últimos anos na avaliação internacional de universidades THE (Times Higher Education), que elabora o principal ranking universitário da atualidade. Na listagem de 2016, lançada nesta quarta (30), a instituição está entre o 251º e o 300º lugar.

A universidade esteve entre as 200 melhores do mundo em 2012 e 2013. Caiu para o grupo 226º-250º em 2014, subiu para 201º-225º na edição seguinte e, agora, despencou (os rankings do THE existem desde 2004, mas as edições só são comparáveis a partir de 2012).

A melhor universidade do mundo, segundo o ranking global, é a Caltech, da Califórnia (EUA) –instituição que tem 31 docentes com prêmios Nobel e 40 vezes menos alunos do que a gigante paulista.

Entre as dez melhores da lista há instituições dos EUA, do Reino Unido e, pela primeira vez, uma escola suíça: a ETH de Zurique subiu de 13º lugar para 9º neste ano.

O THE se baseia em cinco critérios: qualidade do ensino e da pesquisa, internacionalização e impacto da universidade na indústria e no meio científico.

A Caltech recebeu 99,8% no indicador que mede o seu impacto na atividade acadêmica mundial. Isso significa que os trabalhos publicados pelos seus docentes são amplamente mencionados em artigos científicos em todo o mundo.

Já a USP amargou com 20,4% no mesmo indicador. Foi aqui, aliás, que a universidade teve o seu maior tombo: na edição do ano passado, a USP chegou a atingir 32,3%.

"É no impacto da pesquisa científica e na internacionalização que as nossas universidades mais escorregam e que precisam melhorar", analisa Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da Fapesp (agência que financia pesquisa científica no Estado de São Paulo).

Na avaliação de internacionalização do THE, a quantidade de estudantes e de docentes estrangeiros conta pontos para a universidade. Enquanto a Caltech tem 27% dos estudantes vindos de outros países, a USP tem 4% de alunos de fora.

A universidade paulista também tem perdido pontos no indicador que avalia o ambiente de aprendizagem. Uma das métricas é a quantidade de alunos por docente. Na Caltech, são 6,9 alunos por professor; na USP, a taxa é de 14,6.

"A USP precisa entender onde está perdendo", diz Valdemir Pires, professor da Unesp com doutorado em economia da educação. "Mas vale destacar que avaliações como rankings partem de uma lógica produtivista. É isso que queremos?"

A USP declarou que não comentaria os resultados do THE. Na edição deste ano do ranking internacional QS –concorrente do THE– a USP perdeu a liderança na América Latina para a UBA (Universidade de Buenos Aires), que subiu 74 posições em relação ao ano anterior.


No Brasil, a USP figura como melhor universidade no RUF (Ranking Universitário Folha). Na quarta edição do ranking, lançada em setembro, a universidade também liderou em 29 dos 40 cursos de graduação avaliados.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Formação docente.

Para os docentes de plantão, o editorial da Folha de S. Paulo de 20/07/2015 considera positiva a nova resolução do CNE visando melhorar o nível dos professores brasileiros.  

O Conselho Nacional de Educação (CNE) editou neste mês uma bem-vinda resolução com vistas a aprimorar a formação em nível superior dos professores brasileiros.
O documento define diretrizes curriculares nacionais para os cursos de licenciatura, de formação pedagógica para graduados e de segunda licenciatura.
Estabelece, por exemplo, que o tempo mínimo de estudos para quem quiser seguir a carreira docente na educação básica será de 3.200 horas, e não mais de 2.800. Os cursos passarão dos atuais três anos para quatro, com um aspecto alvissareiro: haverá um acréscimo de atividades destinadas a reforçar a experiência do futuro mestre.
Verdade que as novas orientações não se aplicarão a todos os professores, já que basta o ensino médio para lecionar até o 4º ano (antiga 3ª série). Ainda assim, dos 2,2 milhões de docentes da educação básica, 76% têm formação superior (cerca de 1,7 milhão); destes, 89% fizeram cursos de licenciatura (aproximadamente 1,5 milhão).
Mantida essa proporção, a maioria dos novos docentes encontrará seus alunos com um preparo mais adequado para a realidade das escolas –ao menos é o que se espera.
Embora sobejem debates sobre educação, faltam discussões aprofundadas a respeito do que se passa dentro da sala de aula.
Docentes, no Brasil, em geral descobrem apenas no exercício do magistério quão difícil é lidar com turmas grandes e heterogêneas, nas quais a indisciplina grassa. Sem recursos técnicos, sofrem para conquistar os alunos – o que talvez ajude a explicar por que se perde tanto tempo para conseguir dar início à aprendizagem.
A resolução do CNE ainda aponta o caminho correto ao defender planos de carreira e condições que assegurem jornada de trabalho "com dedicação exclusiva ou tempo integral a ser cumprida em um único estabelecimento", além de reservar um terço da carga horária a atividades pedagógicas extraclasse.

Não se trata da primeira medida concebida com o propósito de conduzir o sistema de ensino do Brasil a um patamar mais elevado. O mínimo que se espera é que, ao implantar as novas diretrizes, o Ministério da Educação tenha aprendido com os erros anteriores.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

University of São Paulo - USP.

Editorial da FOLHA DE S. PAULO e uma ótima notícia. 
A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um começo.
Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos e vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram a formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados (hoje em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos os que afluíram a ela por meio de convênios.
Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa proporção chega a 11%.
Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP em inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em português.
Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar ao menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de sua área de especialidade em outro idioma.
Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP deveria considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um curso de administração todo ele dado em inglês.
Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.

O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os países de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em redes mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo estrangeiro.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...