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segunda-feira, 22 de março de 2021

Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia.

O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo


Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia


O Brasil é hoje o epicentro mundial da covid-19, com a maior média móvel de novos casos. Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3.000 mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300.000 ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de Estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doença. A situação econômica e social é desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano. A taxa de desemprego, por volta de 14%, é a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milhões de pessoas. A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no número de trabalhadores formais empregados.


Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do Governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.


O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para meados de 2022.


As consequências são inomináveis. No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a cada mês. Na semana iniciada em 8 de março foram aplicadas, em média, apenas 177.000 doses por dia.


No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população. O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação ainda mais urgente. A disseminação em larga escala do vírus, além de magnificar o número de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das vacinas atuais. Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam 22 bilhões de reais, uma pequena fração dos 327 bilhões de reais desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.


Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de crianças contra o sarampo em apenas um mês.


Na campanha contra a covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados 528,3 bilhões de reais em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente 58 bilhões de reais, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto ou renda não gerada nada menos do que estimados 131,4 bilhões de reais em 2021, supondo uma recuperação retardatária em dois trimestres.


Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação.


O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social. Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos.


A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de covid-19. A experiência mostrou que mesmo países que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia —é o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas. A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país.


Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada. O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de proteção social.


Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado. Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem necessárias. A experiência internacional com programas de aval público para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um benefício líquido positivo à sociedade.


O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos negócios durante a pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de Operações é uma medida importante de transição entre a segunda onda e o pós-crise.


Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive. Medidas indispensáveis de combate à pandemia: a vacinação em massa é condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos.


1. Acelerar o ritmo da vacinação. O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar doses prontas, como fez o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, é fundamental usar a política externa ―desidratada de ideologia ou alinhamentos automáticos― para apoiar a obtenção de vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou terão excedentes em breve. A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade.


Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países.


2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa. Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto. Países da União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de máscaras mais eficientes ―máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95― como resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a importância do seu uso na prevenção da transmissão da covid. Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de 3 reais a unidade. A distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benefícios de contenção da covid-19. Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reúsos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de 1 bilhão de reais. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao aumento do contágio.


3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional. O termo “distanciamento social” abriga uma série de medidas distintas, que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e ―no limite― escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.


Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de saúde, muitos estados não tiveram alternativa senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não essenciais e o toque de recolher à noite. Os gestores estaduais e municipais têm enfrentado campanhas contrárias por parte do governo federal e dos seus apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, é indispensável que elas sejam apoiadas, em especial pelos órgãos federais. Em particular, é imprescindível uma coordenação em âmbito nacional que permita a adoção de medidas de caráter nacional, regional ou estadual, caso se avalie que é necessário cercear a mobilidade entre as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no país. A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração.


Ademais, é necessário levar em consideração que o acréscimo de adesão ao distanciamento social entre os mais vulneráveis depende crucialmente do auxílio emergencial. Há sólida evidência de que programas de amparo socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda, que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis financeiramente. Dentre a combinação de medidas possíveis, a questão do funcionamento das escolas merece atenção especial. Há estudos mostrando que não há correlação entre aumento de casos de infecção e reabertura de escolas no mundo. Há também informações sobre o nível relativamente reduzido de contágio nas escolas de São Paulo após sua abertura.


As funções da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, vão além da transmissão do conhecimento, incluindo cuidados e acesso à alimentação de crianças,liberando os pais ―principalmente as mães― para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais dura as crianças mais pobres e suas mães. A evidência mostra que alunos de baixa renda, com menor acesso às ferramentas digitais, enfrentam maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a desigualdade da formação de capital humano entre os estudantes. Portanto, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir em um esquema de distanciamento social. Há aqui um papel fundamental para o Ministério da Educação em cooperação com o Ministério da Saúde na definição e comunicação de procedimentos que contribuam para a minimização dos riscos de contágio nas escolas, além do uso de ferramentas comportamentais para retenção da evasão escolar, como o uso de mensagens de celular como estímulo para motivar os estudantes, conforme adotado em São Paulo e Goiás.


4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional ―preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por consórcio de governadores―, orientada por uma comissão de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção,particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.


O papel de liderança: Apesar do negacionismo de alguns poucos, praticamente todos os líderes da comunidade internacional tomaram a frente no combate ao Covid-19 desde março de 2020, quando a OMS declarou o caráter pandêmico da crise sanitária. Informando, notando a gravidade de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a ação dos indivíduos e influenciado o comportamento social. Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos que o país incorre. O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito.


Assinam essa carta:


Affonso Celso Pastore


Alexandre Lowenkron


Alexandre Rands


Alexandre Schwartsman


Álvaro de Souza


Amanda de Albuquerque


Ana Carla Abrão


Ana Maria Barufi


André de Castro Silva


André Luis Squarize Chagas


André Magalhães


André Portela


Andrea Lucchesi


Angélica Maria de Queiroz


Anna Olimpia de Moura Leite


Antônio Márcio Buainain Aod Cunha


Armínio Fraga


Beny Parnes


Bernard Appy


Bráulio Borges


Braz Camargo


Bruno Imaizumi


Carla Jucá Amrein C. de Andrade


Carlos Alberto Manso


Carlos Ari Sundfeld


Carlos Brunet Martins Filho


Carlos Góes


Carolina Grottera


Cassiana Fernandez


Celso de Campos Toledo Neto


Cesar Hideki Yamamoto


Christiano Penna


Claudia Sussekind Bird


Claudio Considera


Cláudio Frischtak


Claudio Ribeiro de Lucinda


Cleveland Prates


Cosmo De Donato Junior


Cristian Andrei


Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt


Daniel Cerqueira


Daniel Gleizer


Danielle Carusi Machado


Danilo Camargo Igliori


Demósthenes Madureira de Pinho Neto


Dércio de Assis


Dimitri Szerman


Edmar Bacha


Eduardo Amaral Haddad


Eduardo Augusto Guimarães


Eduardo Mazzilli de Vassimon


Eduardo Pontual


Eduardo Souza-Rodrigues


Eduardo Weber


Eduardo Zilberman


Eduardo Zylberstajn


Eleazar de Carvalho


Elena Landau


Eloá Sales Davanzo


Fabiana Rocha


Fábio Barbosa


Fabio Giambiagi


Fábio Moraes


Fábio Romão


Fábio Xavier da Silveira Rosa


Felipe de Mendonça Lopes


Felipe Imperiano


Felipe Salto


Fernando Genta


Fernando Postali


Fernando Veloso


Flávio Ataliba


Francisco Ramos


Francisco Soares de Lima


Franklin Gonçalves


Gabriella Seiler


Genaro Lins


Giovanna Ribeiro


Guilherme Irffi


Guilherme Tinoco


Guilherme Valle Moura


Gustavo Gonzaga


Gustavo Loyola


Gustavo Madi Rezende


Helcio Tokeshi


Helena Arruda Freire


Henrique Félix


Henrique Vicente


Horácio Lafer Piva


Humberto Moreira


Ilan Goldfajn


Isacson Casiuch


Jéssica de Araújo Silva Caieiro


Joana C.M. Monteiro


Joana Naritomi


João Antunes Ramos


João Carlos Nicolini de Morais


João Mário de França


José Augusto Fernandes


José Luiz Chabassus Maia


José Monforte


José Olympio Pereira


José Roberto Mendonça de Barros


José Tavares de Araujo


Josué Alfredo Pellegrini


Júlia Fontes


Juliana Camargo


Juliano Assunção


Laísa Rachter


Laura de Carvalho Schiavon


Laura Karpuska


Leandro Piquet Carneiro


Leane Naidin


Leany Barreiro


Lemos Leonardo Coviello Regazzini


Leonardo Monteiro Monasterio


Leonardo Rezende


Lucas M. Novaes


Lucia Hauptmann


Luciano Losekann


Luciene Pereira


Luís Meloni


Luis Terepins


Maílson da Nóbrega


Manoel Pires


Manuel Thedim


Marcela Carvalho Ferreira de Mello


Marcelo André Steuer


Marcelo Barbará


Marcelo Cunha Medeiros


Marcelo de Paiva Abreu


Marcelo F. L. Castro


Marcelo Fernandes


Marcelo Justus


Marcelo Kfoury


Marcelo Leite de Moura e Silva


Marcelo Pereira Lopes de Medeiros


Marcelo Trindade


Marcílio Marques Moreira


Márcio Garcia


Márcio Holland


Márcio Issao Nakane


Marco Bonomo


Marcos Lederman


Marcos Ross Fernandes


Maria Alice Moz-Christofoletti


Maria Cristina Pinotti


Maria Dolores Montoya Diaz


Maria Gabriela Mazoni do Nascimento Mário Ramos Ribeiro


Marisa Moreira Salles


Maurício Canêdo Pinheiro


Mauro Rodrigues


Michael Burt


Miguel Nathan Foguel


Mônica Viegas Andrade


Naercio Menezes Filho


Natália Nunes Ferreira-Batista


Natalie Victal


Nilson Teixeira


Octavio de Barros


Otaviano Canuto


Patrícia Franco Ravaioli


Paula Carvalho Pereda


Paula Magalhães


Paulo Guilherme Correa


Paulo Hartung


Paulo Henrique de Oliveira


Paulo Hermanny


Paulo Ribeiro


Paulo Tafner


Pedro Bodin de Moraes


Pedro Cavalcanti Ferreira


Pedro Henrique Salerno


Pedro Henrique Thibes Forquesato


Pedro Malan


Pedro Moreira Salles


Pedro Vasconcelos Maia do Amaral


Persio Arida


Priscilla Albuquerque Tavares


Rafael B. Barbosa


Rafael Dix-Carneiro


Regina Madalozzo


Renato Fragelli


Renê Garcia Jr.


Ricardo de Abreu Madeira


Ricardo Markwald


Roberto Bielawski


Roberto Iglesias


Roberto Olinto


Roberto Setúbal


Rodger Barros Antunes Campos


Rodrigo Lanna Franco da Silveira


Rodrigo Menon S. Moita


Rodrigo Nishida


Rogério Furquim Werneck


Rubens Ricupero


Ruy Ribeiro


Sabino da Silva Porto Júnior


Samira Schatzmann


Samuel Pessoa


Sandra Rios


Sérgio Besserman Vianna


Sergio MargulisSilvia Matos


Solange Srour


Stephanie Kestelman


Synthia Santana


Thomas Conti


Thomas Kang


Tiago Cavalcanti


Tomás Urani


Tuanne Ferreira Dias


Vagner Ardeo


Verônica Lazarini Cardoso


Victor Alexandre de Paula Lopes


Vilma da Conceição Pinto


Vinicius Carrasco


Vinícius de Oliveira Botelho


Vitor Pereira


Walter Novaes


Wilfredo Leiva Maldonado

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os vencedores do XXIII Prêmio Brasil de Economia 2017.


CATEGORIA LIVRO DE ECONOMIA:
1º Lugar (Prêmio de R$ 8.000,00): Economista: José Luis da Costa Oreiro – Registro: 23031-RJ. Título: “Macroeconomia do Desenvolvimento: uma perspectiva Keynesiana”;
2º Lugar (Menção honrosa): Economista: Helena Maria Martins Lastres – Registro: 09919-RJ. Título: “O Futuro do Desenvolvimento”;
3º Lugar (Menção honrosa): Economista: José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho – Registro: 7151-DF. Título: “Agricultura, Transformação Produtiva e Sustentabilidade”.

CATEGORIA TESE DE DOUTORADO:
1º Lugar (Prêmio de R$ 7.000,00): Economista: Juliana Franco Afonso – Registro: 6914-PR. Título: “Convergência Espacial da Produtividade Total dos Fatores da Agricultura Brasileira: Implicações dos Investimentos em Infraestrutura de Armazenamento, Pesquisa, Capital Humano e Crédito Rural”;
2º Lugar (Menção honrosa): Economista: Thiago de Holanda Lima Miguez – Registro: 25601-RJ. Título: “Evolução da Formação Bruta de Capital Fixo na Economia Brasileira 2000-2013”;

3º Lugar (Menção honrosa): Economista: Rosa Livia Gonçalves Montenegro – Registro: 25226-RJ. Título: “Inovações Ambientais e Sistemas Nacionais de Inovação: Caracterizações para o Período 1990-2010”.

CATEGORIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:
1º Lugar (Prêmio de R$ 5.000,00): Economista: Érika Regina da Silva Gallo – Registro: 35920-SP. Título: “Economia Comportamental Aplicada à Finanças e o Modelo de Agentes: Um estudo sobre a presença da subjetividade humana na tomada de decisão e suas implicações no mercado acionário”;
2º Lugar (Menção honrosa):  Economista: Fernanda Nacif Marçal – Registro: 2614-AM. Título: “Distribuição de Renda e Crescimento Econômico: Modelo Multissetorial de Simulação do Caso Brasileiro”;
3º Lugar (Menção honrosa):  Economista: Tatiana Silva Fontoura de Barcellos – Registro: 7847-RS. Título: “Ensaios sobre a Regulação dos Bancos de Dados Utilizados para a Análise de Crédito: Uma Abordagem da Law And Economics”.

CATEGORIA MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO (Estudante):
1º Lugar (Prêmio de R$ 3.000,00): Estudante: Tatiane Tenório da Gama Leite. Título: “O Uso da Tributação Ótima para Fomentar o Emprego no Nordeste”. Instituição: Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE);
2º Lugar (Menção honrosa):  Estudante: Emília Karla Mendes dos Santos. Título: “Análise das Relações Comerciais entre Brasil e China: Uma Abordagem Utilizando o Modelo de Vetor de Correção de Erro”. Instituição:  Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
3º Lugar (Menção honrosa): Estudante: Ingrid Rafaele Rodrigues Leira. Título: “A Racionalidade na Tomada de Decisão: um experimento para avaliar o efeito de cenários econômicos na decisão dos eleitores em uma eleição presidencial”. Instituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

CATEGORIA ARTIGO TÉCNICO OU CIENTÍFICO:
1º Lugar (Prêmio de R$ 3.000,00): Os Economistas: Fernando Ferrari Filho – Registro: 5048-2-RS e Luiz Fernando de Paula – Registro:16248-5-RJ. Título: “Padrões de Crescimento e Desenvolvimentismo: Uma Perspectiva Keynesiano-Institucionalista”;
2º Lugar (Menção honrosa): Economista: Pedro Linhares Rossi – Registro: 24444-RJ. Título: “Componentes macroeconômicos e estruturais da crise brasileira: o subdesenvolvimento revisitado”;
3º Lugar (Menção honrosa):  Economista: Antonio Corrêa de Lacerda – Registro: 16821-SP. Título: “Dinâmica e evolução da crise brasileira: discutindo alternativas”.

domingo, 11 de junho de 2017

Conselhos de vencedores do Nobel de Economia para jovens economistas.

Recentemente, 8 vencedores do prêmio Nobel de Economia foram convidados a gravar um vídeo com conselhos para jovens economistas.
A iniciativa antecede o 6º encontro das Ciências Econômicas, agendado para 22 e 26 de agosto na cidade de Lindau, na Alemanha.
O evento deve reunir 19 vencedores do prêmio Nobel em Economia com 400 jovens economistas do mundo todo.
Veja alguns dos conselhos e o vídeo em seguida:

Angus Deaton, vencedor em 2015
“É muito importante para as pessoas fazerem as coisas porque realmente querem fazê-las, e trabalhar em ideias que sejam realmente importantes para elas.”

Alvin E. Roth, vencedor em 2012
“Se você não encontrar trabalhos onde você goste da parte do dia-a-dia, você não vai conseguir trabalhar duro o suficiente para realizar as coisas que você quer.”
“Você verá que os seus colegas educados em outro lugar tem alguns pontos de vista diferentes, e eu acho que uma das coisas valiosas é a conversa entre os próprios jovens.”

Edmund Phelps, vencedor em 2006
“Os economistas mais jovens estão perdendo o lado humano da atividade econômica. É importante que os economistas jovens tirem seu nariz dos dados.”

Robert Shiller, vencedor em 2013
“Pessoas que entram hoje na Economia frequentemente adotam uma visão cínica: ‘ah, é tudo matemática, eu preciso jogar um certo jogo’ (…) Os jovens frequentemente subestimam a tolerância das pessoas mais velhas como eu na profissão. A tolerância em relação a ideias experimentais (…) eles também subestimam o quanto pessoas da minha idade se entediam com pessoas que simplesmente fazem o mesmo que estivemos fazendo. Queremos ouvir algo diferente.”

Oliver Hart, vencedor em 2016
“Fazer perguntas difíceis e interessantes é algo muito importante (…) tente perguntar algo um pouco mais desafiador e que você pense: ‘acho que ninguém nunca realmente respondeu a essa questão.”
“As interações mais importantes que eu tive na vida não foram com veteranos, foram com colegas. Eu tirei muito resultado de fazer co-autorias.”


Veja no vídeo:

terça-feira, 1 de novembro de 2016

US Nobel Laureates for Hillary Clinton 2016.

We are Nobel Laureates in Economics who strongly endorse and support Hillary Clinton's candidacy for President of the United States.

We have diverse views about many policy issues, such as how big a safety net the government should provide, how best to promote growth and innovation, and what tax rates and entitlement spending levels should be. But we have decided to sign this letter jointly to express our shared judgments that Hillary Clinton is eminently qualified to serve as President, and Donald Trump is unfit for this office.

Secretary Clinton has a long distinguished record of public service.  When she puts forward serious proposals to invest in infrastructure, education, and innovation, and when she supports comprehensive immigration reform, she knows what she is talking about. She has shown that she believes in evidence-based policy-making, and she understands that we need to strengthen economic growth and to ensure that it produces broad-based prosperity. And she has the experience and temperament to manage the American economy in times of both strength and volatility.

By contrast, Donald Trump has no record of public service and offers an incoherent economic agenda. His reckless threats to start trade wars with several of our largest trading partners, his plan to deport millions of immigrants, his trillions of dollars of unfunded tax cuts, his casual suggestion that the United States could threaten default on its debt in order to renegotiate with our creditors as if Treasuries were a junk bond—each of these proposals could jeopardize the foundations of American prosperity and the global economy. His other rash statements about many subjects outside economics have also raised very serious concerns.

We do not all agree with every one of Secretary Clinton's proposals, but in this election, the choice is clear: Hillary Clinton is by far the superior presidential candidate for our economy and our country.

Kenneth Arrow (1972)
Angus Deaton (2015)
Peter Diamond (2010)
Oliver Hart (2016)
Daniel Kahneman (2002)
Robert Lucas (1995)
Eric Maskin (2007)
Daniel McFadden (2000)
Robert Merton (1997)
Roger Myerson (2007)
Edmund Phelps (2006)
Alvin Roth (2012)
Thomas Sargent (2011)
Thomas Schelling (2005)
William Sharpe (1990)
Robert Shiller (2013)
Christopher Sims (2011)
Robert Solow (1987)
Joseph Stiglitz (2001)

http://www.nobellaureatesforclinton.us/economics/

domingo, 9 de outubro de 2016

Como a crise fiscal brasileira é avaliada pelos economistas.

Da página do economista Pedro Paulo Zahluth Bastos no Facebook compartilho para os demais colegas a questão da crise fiscal e seus dilemas econômicos. 
Material extremamente útil para iniciar esta semana. O texto dos Professores Pedro Paulo e Luiz Gonzaga Belluzo está neste link: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2016/10/1820798-uma-critica-aos-pressupostos-do-ajuste-economico.shtml

"Luiz Gonzaga Belluzzo e eu criticamos, na Folha de hoje, a austeridade fiscal e salarial e a PEC 241, que paralisa o gasto público por 20 anos. O artigo tem duas versões: uma no jornal impresso, caderno Ilustríssima, de página inteira, e outra bem maior no site, que compartilho por aqui, que discute a austeridade fiscal e salarial no Brasil, mas também explica didaticamente as diferenças entre a ortodoxia neoclássica e as heterodoxias, particularmente a Keynesiana, que levam a recomendações de política econômica tão diferentes. Continuamos polêmica com Marcos Lisboa, Samuel Pessôa e Carlos Eduardo Gonçalves, tendo sido citados em artigo crítico a eles escrito por Luiz Fernando de Paula e Elias Jabbour. A luta contra a PEC 241 continua! Para quem tiver interesse na polêmica, que se estende desde fevereiro de 2016, os links são os seguintes:
1) Método, e não retórica, deve reinar na economia
CARLOS EDUARDO GONÇALVES
MARCOS DE BARROS LISBOA
14/02/2016 02h05

2) Crises econômicas evidenciam reducionismo de modelos teóricos
LUIZ GONZAGA BELLUZZO
PEDRO PAULO ZAHLUTH BASTOS
20/03/2016 02h09

3) Somos, de fato, o inferno: uma defesa da retórica na ciência econômica
FÁBIO PALÁCIO
CRISTIANO CAPOVILLA

4) O funcionamento da economia segundo a direita e a esquerda
MARCOS DE BARROS LISBOA
SAMUEL PESSÔA
ilustração JOSÉ BECHARA
17/07/2016 02h00

5) Só mesmo um espantalho da esquerda teria a alma de um pato da Fiesp
LAURA CARVALHO (Laura Barbosa de Carvalho
21/07/2016 02h00

6) Texto rebate críticas aos economistas heterodoxos de Lisboa e Pessôa
LUIZ FERNANDO DE PAULA
ELIAS M. KHALIL JABBOUR
ilustração ANTONIO MALTA CAMPOS
21/08/2016 02h06

7) Os métodos que dividem as águas no debate econômico
MARCOS DE BARROS LISBOA
SAMUEL PESSÔA
04/09/2016 02h02

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...