Mostrando postagens com marcador TAXA DE JUROS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador TAXA DE JUROS. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
quarta-feira, 18 de março de 2020
Copom reduz a taxa Selic para 3,75% a.a.
Em sua 229ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 3,75% a.a.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
- No cenário externo, a pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros. Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulo monetário pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador;
- Dados de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom vinham em linha com o processo de recuperação gradual da economia brasileira. Entretanto, esses dados ainda não refletem os impactos da pandemia de COVID-19 na economia brasileira;
- O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária;
- As expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,1%, 3,65% e 3,5%, respectivamente;
- No cenário híbrido, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante a R$4,75/US$*, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 3,75% a.a. e se eleva até 5,25% a.a. em 2021; e
- No cenário com taxa de juros constante a 4,25% a.a. e taxa de câmbio constante a R$4,75/US$*, as projeções situam-se em torno de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021.
O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções.
Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado. Esse risco se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque aumento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado.
Por outro lado, o aumento da potência da política monetária, a deterioração do cenário externo ou frustrações em relação à continuidade das reformas podem elevar os prêmios de risco e gerar uma trajetória da inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 3,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário 2020 e, principalmente, de 2021.
O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.
O Copom enfatiza que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas têm o potencial de elevar a taxa de juros estrutural da economia. Nessa situação, relaxamentos monetários adicionais podem tornar-se contraproducentes se resultarem em aperto nas condições financeiras.
O Copom entende que a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária, e neste momento vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos.
O Banco Central do Brasil ressalta que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fábio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.
*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do Copom.
quarta-feira, 16 de maio de 2018
BC surpreende e mantém juros em 6,5%, após 12 cortes seguidos.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (16) manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano, após 12 cortes seguidos, que começaram em 2016. A decisão foi unânime e surpreendeu analistas de mercado, que apostavam em um corte de 0,25 ponto percentual. Ainda assim, os juros continuam em seu menor nível desde que o Copom foi criado, em 1996, e a poupança continua rendendo menos.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Ata do Copom sinaliza que cortes na Selic podem ser interrompidos.
O ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, pode ser interrompido na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em março. De acordo com a ata da última reunião, divulgada hoje (15), o Copom afirma que “caso o cenário básico evolua conforme esperado, o comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, ou seja de redução da Selic. Na reunião realizada nos dias 6 e 7 deste mês, a taxa básica foi reduzida para 6,75% ao ano, no 11º corte seguido.
Entretanto, o Copom ressalta que essa “visão para a próxima reunião” pode se alterar e levar a uma redução moderada adicional na taxa, se houver mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos. O Copom afirmou que seus próximos passos continuam dependendo da evolução da atividade econômica e das expectativas para a inflação.
Para o Copom, a inflação deve ficar em torno de 4,2%, em 2018 e 2019. A meta de inflação para 2018 é 4,5% e para 2019, 4,25%. Nos dois anos, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Em 2017, a inflação fechou o ano abaixo do centro da meta (4,5%) e do limite inferior (3%), em 2,95%.
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa a Selic. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
quinta-feira, 2 de março de 2017
Bacen: cenário para antecipação na redução da Taxa Selic, hoje em 12,25% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pode
intensificar o ritmo de cortes na taxa básica de juros (Selic). A indicação da
nova estratégia consta da ata da última reunião do comitê, divulgada hoje (2).
No último dia 22, o Copom anunciou o quarto corte seguido na taxa. Por
unanimidade, o comitê reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, de 13% ao ano
para 12,25% ao ano.
Com a recessão econômica e as expectativas de inflação em queda, o
comitê indica que os próximos cortes podem ser maiores do que o da reunião
passada de 0,75 ponto percentual. “Com expectativas de inflação ancoradas,
projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para
2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve
antecipação do ciclo de distensão da política monetária [redução da Selic]”,
diz a ata.
A projeção de inflação do Copom para 2017 caiu em relação à
estimativa prevista em janeiro e ficou em torno de 4,2%, abaixo do centro da
meta de 4,5%. Para o próximo ano está ao redor de 4,5%. Para instituições
financeiras consultadas pelo BC, a inflação ficará em 4,36%, em 2017 e em 4,5%
em 2018.
Na ata, o Copom diz também que se os cortes forem maiores, o ciclo
de redução da Selic (período de cortes) pode ser menor. Ou seja, em vez de ir
cortando a Selic aos poucos a cada reunião, o Copom pode fazer reduções maiores
na taxa em um período menor de tempo. As reuniões do Copom ocorrem
aproximadamente a cada 45 dias. A próxima reunião está marcada para os dias 11 e
12 de abril.
O Copom ressalta que a aprovação e implementação de reformas
fiscais são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação e para a
redução da taxa de juros ao longo do tempo. “Por fim, os membros do Copom
destacaram a importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura
que visam ao aumento de produtividade, a ganhos de eficiência, maior
flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Estes esforços
são fundamentais para a estabilização e retomada da atividade econômica e da
trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, diz a ata.
A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores
impulsionam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.
Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas
0,48% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo
país) em 2017. No ano passado, a economia registrou retração. De acordo com o
Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a queda ficou em
4,34%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o
PIB de 2016 no próximo dia 7. O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos
os bens e serviços produzidos no país
A taxa básica é usada nas negociações de títulos públicos no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as
demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central
segura o excesso de demanda, que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom
barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o
controle da inflação.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Bacen: Redução da taxa Selic para 12, 25% a.a., sem viés.
O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 12,25%
a.a., sem viés.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as
seguintes observações:
O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde
a última reunião do Copom mostra alguns sinais mistos, mas compatíveis com
estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada
gradual da atividade econômica ao longo de 2017;
No âmbito externo, o cenário ainda é bastante incerto. Entretanto,
até o momento, a atividade econômica global mais forte e o consequente impacto
positivo nos preços de commodities têm mitigado os efeitos
sobre a economia brasileira de revisões de política econômica em algumas
economias centrais;
O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de
desinflação é mais difundido e indica desinflação nos componentes mais
sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Houve ainda uma retomada
na desinflação dos preços de alimentos, que constitui choque de oferta
favorável;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram
para em torno de 4,4% para 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018 e
horizontes mais distantes; e
No cenário de mercado, as projeções do Copom recuaram para em
torno de 4,2% em 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018. Esse cenário
embute hipótese de trajetória de juros que alcança 9,5% e 9% ao final de 2017 e
2018, respectivamente.
O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve
fatores de risco em ambas as direções: (i) o alto grau de incerteza no cenário
externo pode dificultar o processo de desinflação; (ii) o choque de oferta
favorável nos preços de alimentos pode produzir efeitos secundários e,
portanto, contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da
inflação em outros setores da economia; e (iii) a recuperação da economia pode
ser mais (ou menos) demorada e gradual do que a antecipada.
O Comitê destaca a importância da aprovação e implementação das
reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia
brasileira para a sustentabilidade da desinflação e para a redução de sua taxa
de juros estrutural.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo
conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela
redução da taxa básica de juros para 12,25% a.a., sem viés. O Comitê entende
que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para
a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com
peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de
flexibilização monetária.
O Copom entende que a extensão do ciclo de flexibilização
monetária dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia
brasileira, que continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.
O Copom ressalta que uma possível intensificação do ritmo de flexibilização
monetária dependerá da estimativa da extensão do ciclo, mas, também, da
evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e
expectativas de inflação.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan
Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho,
Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso,
Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Taxa básica de juros (Selic) caiu para 13,75% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem (30) uma nova redução dos juros básicos da economia (Selic), de 0,25%
ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A
decisão foi unânime.
No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em
quatro anos.
De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião, “a inflação
recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de
quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais
difundida”.
O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a
inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram
em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado,
situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções
encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado,
respectivamente. Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de
aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.
Principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, a taxa
básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial
de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a taxa, o objetivo é
conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os
juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando
mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para
alcançar o objetivo de controlar a inflação.
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo
Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. O
mercado financeiro já estima um índice menor. De acordo com o boletim Focus,
pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a
inflação oficial fechará o ano em 6,8%.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 14,00% a.a., sem viés.
O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 14,00% a.a., sem viés.
O cenário básico do Copom pode ser resumido pelas seguintes observações:
O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica um pouco abaixo do esperado no curto prazo, provavelmente em virtude de oscilações que normalmente ocorrem no atual estágio do ciclo econômico. A evidência disponível é compatível com estabilização recente da economia brasileira e possível retomada gradual da atividade econômica. A economia segue operando com alto nível de ociosidade;
No âmbito externo, o cenário ainda apresenta interregno benigno para economias emergentes. No entanto, as incertezas sobre o crescimento da economia global e, especialmente, sobre a normalização das condições monetárias nos EUA persistem;
A inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimentos;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017 recuaram para em torno de 5,0% desde o último Copom e do Relatório de Inflação (RI) do terceiro trimestre, e seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%. As expectativas para 2018 e horizontes mais distantes já se encontram em torno desse patamar; e
As projeções do Copom para a inflação de 2016 nos cenários de referência e mercado recuaram desde a divulgação do último RI e encontram-se em torno de 7,0%. No horizonte relevante para a condução da política monetária, o comportamento das projeções em relação ao RI mais recente variou conforme o cenário. No cenário de referência, a projeção para 2017 recuou para aproximadamente 4,3%, enquanto que a projeção para 2018 encontra-se em torno de 3,9%. No cenário de mercado, a projeção para 2017 manteve-se praticamente inalterada em torno de 4,9% e a projeção para 2018 aumentou para aproximadamente 4,7% – ambas acima da meta para a inflação para esses dois anos-calendário, de 4,5%.
O Comitê identifica os seguintes riscos domésticos para o cenário básico para a inflação:
Por um lado, (i) o processo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia é longo e envolve incertezas; (ii) o período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da meta ainda pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação; (iii) há sinais de pausa recente no processo de desinflação dos componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, o que pode sinalizar convergência mais lenta da inflação à meta; e
Por outro lado, (iv) a inflação mostrou-se mais favorável no curto prazo, o que pode sinalizar menor persistência no processo inflacionário; (v) o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom; (vi) os primeiros passos no processo de ajustes necessários na economia foram positivos, o que pode sinalizar aprovação e implementação mais céleres que o antecipado.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 14,00% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta para 2017 e 2018 é compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias. O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%.
A magnitude da flexibilização monetária e uma possível intensificação do seu ritmo dependerão de evolução favorável de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018. O Comitê destaca os seguintes fatores domésticos: (i) que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada; e (ii) que o ritmo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia contribuam para uma dinâmica inflacionária compatível com a convergência da inflação para a meta. O Comitê avaliará a evolução da combinação desses fatores.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Copom mantém a taxa Selic em 14,25% ao ano - 31/08/2016
O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25% a.a., sem
viés.
O cenário básico com que o Comitê trabalha pode ser resumido pelas
seguintes observações:
O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom
mostra evidências de que a economia brasileira tenha se estabilizado
recentemente e sinais de possível retomada gradual da atividade econômica. A
economia segue operando com alto nível de ociosidade;
No âmbito externo, o cenário ainda apresenta interregno benigno para
economias emergentes. No entanto, as incertezas sobre o crescimento da economia
global e, especialmente, sobre a normalização das condições monetárias nos EUA
persistem;
A inflação corrente segue pressionada, em parte em decorrência de preços
de alimentos, e vem recuando em ritmo mais lento que o esperado;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017 recuaram desde o último Copom, mas seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%. As expectativas para horizontes mais distantes já se encontram em torno desse patamar; e As projeções do Copom para a inflação de 2016 nos cenários de referência e mercado subiram desde sua última reunião e encontram-se em torno de 7,3%. Nos horizontes relevantes para a condução da política monetária, as projeções mantiveram-se relativamente estáveis ou recuaram. Em particular, sob as hipóteses do cenário de referência, a projeção para a inflação de 2017 encontra-se em torno da meta de 4,5%. No cenário de mercado, a projeção para 2017 recuou para 5,1%.
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017 recuaram desde o último Copom, mas seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%. As expectativas para horizontes mais distantes já se encontram em torno desse patamar; e As projeções do Copom para a inflação de 2016 nos cenários de referência e mercado subiram desde sua última reunião e encontram-se em torno de 7,3%. Nos horizontes relevantes para a condução da política monetária, as projeções mantiveram-se relativamente estáveis ou recuaram. Em particular, sob as hipóteses do cenário de referência, a projeção para a inflação de 2017 encontra-se em torno da meta de 4,5%. No cenário de mercado, a projeção para 2017 recuou para 5,1%.
O Comitê identifica os seguintes riscos domésticos para o cenário básico
para a inflação:
Por um lado, (i) a inflação acima do esperado no curto prazo, em boa
medida decorrente de preços de alimentos, pode se mostrar persistente; (ii)
incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na
economia permanecem; e (iii) um período prolongado com inflação alta e com
expectativas acima da meta pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o
processo de desinflação;
Por outro lado, (iv) índices de preços no atacado indicam possível
arrefecimento do choque de preços de alimentos e um eventual efeito favorável
sobre o IPCA; (v) os ajustes na economia podem ser implementados de forma mais
célere, o que permitiria ganhos de confiança e reduziria as expectativas de
inflação; e (vi) o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação
mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de
informações disponíveis, o Copom decidiu pela manutenção da taxa básica de
juros em 14,25% a.a., sem viés. O Comitê avalia que uma flexibilização das
condições monetárias dependerá de fatores que permitam maior confiança no alcance
das metas para a inflação nos horizontes relevantes para a condução da política
monetária, em particular da meta de 4,5% em 2017. O Comitê destaca os seguintes
fatores domésticos: (i) que a persistência dos efeitos do choque de alimentos
na inflação seja limitada; (ii) que os componentes do IPCA mais sensíveis à
política monetária e à atividade econômica indiquem desinflação em velocidade
adequada; e (iii) que ocorra redução da incerteza sobre a aprovação e
implementação dos ajustes necessários na economia, incluindo a composição das
medidas de ajuste fiscal, e seus respectivos impactos sobre a inflação. O
Comitê avaliará a evolução da combinação desses fatores.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn
(Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac
Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le
Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Taxa Selic: 14,25% ao ano - 20/07/2016.
O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25%
a.a., sem viés.
O cenário básico com que o Comitê trabalha pode ser resumido pelas seguintes observações:
O cenário básico com que o Comitê trabalha pode ser resumido pelas seguintes observações:
O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do
Copom mostra perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto
prazo. Entretanto, as evidências sugerem que a economia segue operando com alto
nível de ociosidade;
No âmbito externo, o cenário permanece desafiador. No curto prazo,
o ambiente encontra-se relativamente benigno para as economias emergentes. No
entanto, a dinâmica da recuperação da economia global permanece frágil, com
incertezas quanto ao seu crescimento;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017
recuaram, mas seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%; e
As projeções condicionais do Copom para a inflação permaneceram
relativamente estáveis nos horizontes relevantes para a condução da política
monetária desde sua última reunião, mas recuaram em relação às projeções
divulgadas no último Relatório de Inflação. No cenário de referência, a
projeção para a inflação de 2017 encontra-se em torno da meta de 4,5%. No
entanto, no cenário de mercado, a projeção para 2017 está em torno de 5,3%.
O Comitê identifica os seguintes riscos domésticos para o cenário
básico para a inflação:
Por um lado, (i) a inflação acima do esperado no curto prazo, em
boa medida decorrente de preços de alimentos, pode se mostrar persistente; (ii)
incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na
economia permanecem; e (iii) um período prolongado com inflação alta e com
expectativas acima da meta pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o
processo de desinflação;
Por outro lado, (iv) os ajustes na economia podem ser
implementados de forma mais célere, permitindo ganhos de confiança e reduzindo
as expectativas de inflação; e (v) o nível de ociosidade na economia pode
produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom.
Tomados em conjunto, o cenário básico e o atual balanço de riscos
indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan
Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho,
Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo
Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.
Fonte: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/15723
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Copom mantém a taxa Selic em 14,25% ao ano.
O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa
Selic em 14,25% a.a., sem viés.
O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.
O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
196ª Reunião do Copom: 19 e 20/01/2016 - 14,25% a.a., sem viés.
Na torcida para que a previsibilidade do Copom seja o que temos de melhor para a nossa claudicante economia, lemos na Ata da 196ª reunião do Copom:
28. Diante do exposto, avaliando a conjuntura macroeconômica
e as perspectivas para a inflação, o Copom considera que remanescem incertezas
associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto à velocidade do
processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição, e que o
processo de realinhamento de preços relativos mostrou-se mais demorado e mais
intenso que o previsto. Adicionalmente, as incertezas em relação ao cenário
externo se ampliaram, com destaque para a crescente preocupação com o
desempenho da economia chinesa e seus desdobramentos e com a evolução de preços
no mercado de petróleo. Parte de seus membros argumentou que seria oportuno
ajustar, de imediato, as condições monetárias, de modo a reduzir os riscos de
não cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação e reforçar o
processo de ancoragem das expectativas inflacionárias. No entanto, a maioria
dos membros do Copom considerou que a elevação das incertezas domésticas e,
principalmente, externas, sobretudo mais recentemente, justifica continuar
monitorando a evolução do cenário macroeconômico para, então, definir os
próximos passos na sua estratégia de política monetária. Para estes membros,
faz-se necessário acompanhar os impactos das recentes mudanças nos ambientes
doméstico e externo no balanço de riscos para a inflação, o que, combinado com
os ajustes já implementados na política monetária, pode fortalecer o cenário de
convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017.
29. O Copom, então, decidiu manter a taxa Selic em 14,25%
a.a., sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela elevação da taxa Selic
em 0,50 p.p.
30. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 14,25% a.a. os
seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz
Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim e Otávio
Ribeiro Damaso. Votaram pela elevação da taxa Selic para 14,75% a.a. os
seguintes membros do Comitê: Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Copom eleva a taxa Selic para 13,25% ao ano.
Brasília – Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a
inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p.,
para 13,25% a.a., sem viés.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre
Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de
Moraes Meirelles, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim, Otávio
Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.
Brasília, 29 de abril de 2015
Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa
(61) 3414-3462
imprensa@bcb.gov.br
quarta-feira, 4 de março de 2015
Taxa Selic 12,75% a.a.: este é o Brasil real.
Copom
eleva a taxa Selic para 12,75% ao ano.
04/03/2015
20:03
Brasília – Avaliando o cenário
macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por
unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 12,75% a.a., sem viés.
Votaram
por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini
(Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles,
Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Copom eleva a taxa Selic para 11,75% ao ano.
Brasília – O
Copom decidiu, por unanimidade, intensificar, neste momento, o ajuste da taxa
Selic e elevá-la em 0,50 p.p., para 11,75% a.a., sem viés.
Considerando os efeitos cumulativos e defasados da política
monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de
política monetária tende a ser implementado com parcimônia.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre
Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de
Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da
Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
Brasília, 3 de dezembro de 2014
Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa
(61) 3414-2808
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
A taxa de juros é dez: 10% ao ano.
Como já esperado por 99% do mercado, o Copom - Comitê de Política Monetária elevou nesta data, na última reunião de 2013, a Taxa básica de juros - Selic para de 9,50% para 10,00% ao ano.
Em comunicado o Copom afirma que "dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa básica de juros, iniciado na reunião de abril de 2013, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,00% ao ano, sem viés.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
Isso posto, bom Natal para todos.
sábado, 23 de novembro de 2013
Previsão Taxa Selic em 27/11/2013: 10%.
Com a realização da
reunião do Copom na próxima quarta-feira, 27, a última neste bendito ano de 2013, o BACEN deve continuar o
aperto monetário e elevar a taxa Selic de 9,50% (sem viés) para 10%.
A conferir, no decorrer da semana.
E que os políticos em Brasília não interfiram na posição do Comitê de Política Monetária...
domingo, 13 de outubro de 2013
Juros perto de dois dígitos.
Editorial
do ESTADÃO comenta a recente elevação na taxa de juros para 9,5% e a
previsão é que logo chegue a 10%.
Um nova
alta de juros, desta vez para 10%, virá sem nenhuma surpresa, ainda este ano,
se a inflação continuar com o vigor observado nos últimos meses. O
aumento para 9,5% anunciado na quarta-feira à noite pelo Banco Central (BC) foi
um complemento perfeito para a nova aceleração do índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), divulgada no começo da manhã. Em setembro, o
indicador, tomado como referência para as metas de política monetária, subiu
0,35%, continuando a ascensão de agosto, quando saltou para 0,24%, depois da
baixíssima taxa de 0,03% em julho.
A mágica
dos índices controlados politicamente perdeu o efeito. O governo federal
tentou maquiar a inflação forçando a redução de tarifas de eletricidade e de
transporte público. Esses truques complementaram outras medidas de ocasião,
como as desonerações fiscais adotadas como estímulo ao consumo nos últimos
anos.
Com esses
truques e com a acomodação parcial das cotações de produtos básicos, a taxa
mensal de inflação, medida pelo IPCA, declinou de 0,86%, em janeiro - um ritmo
desastroso para 0,03%, em julho. Os indicadores perderam impulso por algum
tempo, mas os fatores inflacionários, a começar pelo gasto público federal,
não foram eliminados. O nível de emprego continuou elevado, em parte porque a
indústria evitou os custos de demissões e recontratações. Os salários reais
permaneceram elevados e a expansão do crédito ao consumidor foi mantida.
O
sensível desajuste entre a demanda de consumo e a oferta de bens industriais
nunca diminuiu de forma significativa nesse período. Parte da demanda excedente
resultou em aumento das importações, com a consequente erosão do saldo
comercial, porque a indústria continuou incapaz de competir com produtos
estrangeiros, no exterior e no mercado interno.
Além
disso, a persistência da inflação real foi sempre evidenciada pela evolução dos
preços dos serviços. Nos 12 meses terminados em setembro esses preços ainda
subiram 8,7%, muito além dos 5,86% do IPCA completo. Mesmo esses 5,86%
são muito altos por qualquer padrão razoável e muito distantes da meta
oficial de 4,5%.
Outros
indicadores também apontam para um cenário desconfortável. O
núcleo de inflação, calculado com o expurgo de alguns itens normalmente mais
instáveis, passou de 0,41% em agosto para 0,46% em setembro e subiu para 6,1%
em 12 meses, segundo pesquisa do Goldman Sachs.
As
projeções de mercado indicam escassa confiança numa redução sensível dos
aumentos de preços neste ano e no próximo. A pesquisa Focus do BC indicou,
na semana passada, expectativas de 5,82% para 2013 e de 5,93% para 2014. Em
relação a 2014 houve uma ligeira melhora, Na semana anterior, a taxa indicada
foi de 5,97%.
O próprio
BC projeta números bem acima da meta por um longo período. As estimativas são
de 5,8% para este ano, 5,7% para 2014 e 5,5% para os 12 meses terminados no
terceiro trimestre de 2015. Dentro de dois anos, o aumento do IPCA continuará
um ponto de porcentagem acima do alvo oficial.
O
Relatório de Inflação do BC contém, no entanto, uma demonstração de otimismo: a
política fiscal, até há pouco descrita como expansionista, tende a tornar-se neutra
em termos de impulso inflacionário. A continuação da gastança torna difícil
acompanhar essa aposta.
Além do
mais, as projeções do BC indicam a
permanência, por bom tempo, da combinação de baixo crescimento com inflação
elevada, A expansão econômica de 2,5% estimada para este ano deve
repetir-se nos 12 meses até o segundo trimestre de 2014. As projeções
para as contas externas terminam em dezembro de 2013, com superávit comercial
de apenas U8$ 2 bilhões, déficit em conta corrente de US$ 75 bilhões e investimento
estrangeiro direto suficiente para cobrir só uma parte do buraco. Mantidas
essas estimativas, o cenário de pesadelo ficaria quase completo, com
inflação alta, crescimento pífio e balanço de pagamentos desarrumado.
Faltaria a taxa de desemprego, ainda confortável.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Taxa Selic: 9,50% ao ano.
Brasília
– Diretamente do BACEN em 09.10.2013:
Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por
unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% ao ano, sem viés.
O
Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio
e assegurar que essa tendência persista no próximo ano.
Votaram
por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini
(Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles,
Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson
Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
Assinar:
Postagens (Atom)
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
-
Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...