Na torcida para que a previsibilidade do Copom seja o que temos de melhor para a nossa claudicante economia, lemos na Ata da 196ª reunião do Copom:
28. Diante do exposto, avaliando a conjuntura macroeconômica
e as perspectivas para a inflação, o Copom considera que remanescem incertezas
associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto à velocidade do
processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição, e que o
processo de realinhamento de preços relativos mostrou-se mais demorado e mais
intenso que o previsto. Adicionalmente, as incertezas em relação ao cenário
externo se ampliaram, com destaque para a crescente preocupação com o
desempenho da economia chinesa e seus desdobramentos e com a evolução de preços
no mercado de petróleo. Parte de seus membros argumentou que seria oportuno
ajustar, de imediato, as condições monetárias, de modo a reduzir os riscos de
não cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação e reforçar o
processo de ancoragem das expectativas inflacionárias. No entanto, a maioria
dos membros do Copom considerou que a elevação das incertezas domésticas e,
principalmente, externas, sobretudo mais recentemente, justifica continuar
monitorando a evolução do cenário macroeconômico para, então, definir os
próximos passos na sua estratégia de política monetária. Para estes membros,
faz-se necessário acompanhar os impactos das recentes mudanças nos ambientes
doméstico e externo no balanço de riscos para a inflação, o que, combinado com
os ajustes já implementados na política monetária, pode fortalecer o cenário de
convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017.
29. O Copom, então, decidiu manter a taxa Selic em 14,25%
a.a., sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela elevação da taxa Selic
em 0,50 p.p.
30. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 14,25% a.a. os
seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz
Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim e Otávio
Ribeiro Damaso. Votaram pela elevação da taxa Selic para 14,75% a.a. os
seguintes membros do Comitê: Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.
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