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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Delfim Netto no Valor analisa a economia brasileira.

No VALOR, a análise econômica e irônica do sempre Ministro Delfim Netto.

“As pessoas dizem que o governo é socialista, trotskista, mas não. Acho que este é um governo que tinha tendência 'espiritista'”, afirmou nesta terça-feira o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Antonio Delfim Netto. “O governo não pode ver nada funcionando que põe um encosto”, ironizou, durante apresentação em seminário promovido pelo Internews sobre perspectivas para 2014.

Como exemplo, Delfim Netto mencionou a estatal Infraero, que vai ficar com 49% da administração dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) e, também, o papel da Valec como responsável pelo pagamento às futuras concessionárias de ferrovias, que ainda não foram leiloadas. “A Valec não é um encosto, é um caso de polícia. Isso não pode funcionar”, afirmou. 

Segundo o economista, o governo tem resistido muito a entender que o modelo de concessões tem somente duas variáveis, das quais só uma podia ser fixada por ele. “O governo só podia fixar a qualidade da concessão e depois, com bons leilões, determinar a taxa de retorno que podia obter. Ou podia estabelecer a taxa de retorno e obter o que o mercado responde”.

Para Delfim Netto, essa dificuldade já foi superada e o governo acabou entendendo que os leilões são coisa para “profissional”. Ele ainda afirmou que o leilão do Campo de Libra, ao contrário do que boa parte do mercado avaliou, foi um sucesso, porque estão no consórcio empresas "realmente interessadas" em extrair petróleo de forma acelerada. “As grandes não teriam razão para acelerar a extração do petróleo até 2017 porque têm oportunidades no mundo inteiro”. 

Na avaliação de Delfim Netto, 2014 será um ano difícil, mas o crescimento econômico pode ser maior do que neste ano, porque o setor privado está reconhecendo que há uma tentativa de aproximação do governo, e “é de interesse do setor privado cooperar quando o governo começa a entender os seus problemas”. Reforçando que suas estimativas são “puro chute” como "todas as outras de inflação e crescimento", o ex-ministro previu que, em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) pode ter expansão mais próxima de 3% do que 2,5%. Já a inflação, afirmou ele, sem fazer estimativas, terá alta também próxima à deste ano. 


Sobre a questão fiscal para o próximo ano, Delfim Netto avaliou que um superávit primário de 3% do PIB é “um exagero”. “Acho que não precisa disso. Com um superávit dito e realizado de 2% do PIB, você estabiliza a dívida bruta e a reduz muito lentamente. Se puder ser de 3%, ótimo, mas não é isso que será fundamental para que se tenha um ano melhor”. 

sábado, 23 de novembro de 2013

Previsão Taxa Selic em 27/11/2013: 10%.

Com a realização da reunião do Copom na próxima quarta-feira, 27, a última neste bendito ano de 2013, o BACEN deve continuar o aperto monetário e elevar a taxa Selic de 9,50% (sem viés) para 10%.

A conferir, no decorrer da semana.  

E que os políticos em Brasília não interfiram na posição do Comitê de Política Monetária...    

Previsões para a economia brasileira em 2013.

Atualizando neste final de novembro previsões econômicas para 2013, vejamos:
  • PIB: 2,3%
  • Taxa de Câmbio: R$ 2,30
  • Inflação: 6,1%


A conferir, logo logo. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Previsões econômicas neste Brasil de 2013.

Projeções divulgadas nesta data no relatório Focus do BACEN apontam para o crescimento do PIB em 2,48% para 2013, mantendo-se a  meta de 2,20% para 2014.

A taxa Selic manteve-se na previsão de 9,75% tanto para 2013 quanto para 2014.

A taxa estimada para o câmbio em 2013 sofreu pequena queda de R$ 2,30/US$ para R$ 2,29/US$, mantendo-se porém a taxa de R$ 2,40/US$ para 2014.


Quanto as expectativas para a inflação o IPCA caiu de 5,82% para 5,81% em 2013, mas manteve-se em 5,97% para 2014, enquanto o IGP-DI passou de 5,67% para 5,75% no atual ano e oscilou de 5,92% para 5,96% em 2014. 

domingo, 13 de outubro de 2013

Juros perto de dois dígitos.

Editorial do ESTADÃO comenta a recente elevação na taxa de juros para 9,5% e a previsão  é que logo chegue a 10%.

Um nova alta de juros, desta vez para 10%, virá sem nenhuma surpresa, ainda este ano, se a inflação continuar com o vigor observado nos últimos meses. O aumento para 9,5% anunciado na quarta-feira à noite pelo Banco Central (BC) foi um complemento perfeito para a nova aceleração do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgada no começo da manhã. Em setembro, o indicador, tomado como referência para as metas de política monetária, subiu 0,35%, continuando a ascensão de agosto, quando saltou para 0,24%, depois da baixíssima taxa de 0,03% em julho.

A mágica dos índices controlados politicamente perdeu o efeito. O governo federal tentou maquiar a inflação forçando a redução de tarifas de eletricidade e de transporte público. Esses truques complementaram outras medidas de ocasião, como as desonerações fiscais adotadas como estímulo ao consumo nos últimos anos.

Com esses truques e com a acomodação parcial das cotações de produtos básicos, a taxa mensal de inflação, medida pelo IPCA, declinou de 0,86%, em janeiro - um ritmo desastroso para 0,03%, em julho. Os indicadores perderam impulso por algum tempo, mas os fatores inflacionários, a começar pelo gasto público federal, não foram eliminados. O nível de emprego continuou elevado, em parte porque a indústria evitou os custos de demissões e recontratações. Os salários reais permaneceram elevados e a expansão do crédito ao consumidor foi mantida.

O sensível desajuste entre a demanda de consumo e a oferta de bens industriais nunca diminuiu de forma significativa nesse período. Parte da demanda excedente resultou em aumento das importações, com a consequente erosão do saldo comercial, porque a indústria continuou incapaz de competir com produtos estrangeiros, no exterior e no mercado interno.

Além disso, a persistência da inflação real foi sempre evidenciada pela evolução dos preços dos serviços. Nos 12 meses terminados em setembro esses preços ainda subiram 8,7%, muito além dos 5,86% do IPCA completo. Mesmo esses 5,86% são muito altos por qualquer padrão razoável e muito distantes da meta oficial de 4,5%.

Outros indicadores também apontam para um cenário desconfortável. O núcleo de inflação, calculado com o expurgo de alguns itens normalmente mais instáveis, passou de 0,41% em agosto para 0,46% em setembro e subiu para 6,1% em 12 meses, segundo pesquisa do Goldman Sachs.

As projeções de mercado indicam escassa confiança numa redução sensível dos aumentos de preços neste ano e no próximo. A pesquisa Focus do BC indicou, na semana passada, expectativas de 5,82% para 2013 e de 5,93% para 2014. Em relação a 2014 houve uma ligeira melhora, Na semana anterior, a taxa indicada foi de 5,97%.

O próprio BC projeta números bem acima da meta por um longo período. As estimativas são de 5,8% para este ano, 5,7% para 2014 e 5,5% para os 12 meses terminados no terceiro trimestre de 2015. Dentro de dois anos, o aumento do IPCA continuará um ponto de porcentagem acima do alvo oficial.

O Relatório de Inflação do BC contém, no entanto, uma demonstração de otimismo: a política fiscal, até há pouco descrita como expansionista, tende a tornar-se neutra em termos de impulso inflacionário. A continuação da gastança torna difícil acompanhar essa aposta.


Além do mais, as projeções do BC indicam a permanência, por bom tempo, da combinação de baixo crescimento com inflação elevada, A expansão econômica de 2,5% estimada para este ano deve repetir-se nos 12 meses até o segundo trimestre de 2014. As projeções para as contas externas terminam em dezembro de 2013, com superávit comercial de apenas U8$ 2 bilhões, déficit em conta corrente de US$ 75 bilhões e investimento estrangeiro direto suficiente para cobrir só uma parte do buraco. Mantidas essas estimativas, o cenário de pesadelo ficaria quase completo, com inflação alta, crescimento pífio e balanço de pagamentos desarrumado. Faltaria a taxa de desemprego, ainda confortável.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Previsão 2013: PIB - Selic - Câmbio - Inflação.

Neste início se semana as notícias da economia brasileira estão bem condensadas no relatório FOCUS, do BACEN, divulgado nesta data:
  • ·        A estimativa de crescimento do PIB avançou de 2,35% para 2,40% para 2013 e recuou de 2,28% para 2,22% para 2014.

 ·        A taxa Selic seguiu em 9,75% para o final de 2013 e 2014.

·        As projeções para a taxa de câmbio recuaram de R$/US$ 2,36 para R$/US$ 2,35 para o final deste ano e continuou em R$/US$ 2,40 para o final de 2014.
  • ·        As expectativas para o IPCA seguiu em 5,82% para este ano e subiu de 5,85% para 5,90% para o ano que vem.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Previsão PIB 2013.

Após a expansão de 1,5% no PIB verificada no segundo trimestre deste 2013 em relação ao primeiro, hoje, quando o BACEN divulgou o seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que busca antecipar o comportamento do PIB, a queda de 0,33% em julho, na série com ajuste sazonal, demonstra, lamentavelmente, a prevista desaceleração na economia brasileira.


Isso posto, estima-se em 2,3% o PIB final para 2013, porém próximo aos 2,5% previsto pelo Ministro Guido Mantega.     

sábado, 24 de agosto de 2013

Dólar em alta traz desafios para a política monetária.

Editorial do VALOR ECONÔMICO de 23.08.2013 analisa a atual situação da economia brasileira.

A acelerada desvalorização do real, se não for parcialmente revertida logo, fará estragos nos índices de preços, que há tempos não vão bem. O país estava diante de opções ruins, agora exacerbadas pelo descolamento do câmbio - um ciclo de alta de juros para derrubar a inflação, com efeito contracionista em uma economia que relutava em crescer bem.

O câmbio maltrata países e economistas igualmente. É ainda mais difícil fazer prognósticos em meio a uma mudança dos padrões monetários do porte da que fará o Federal Reserve americano, em meio a turbulências e mercados nervosos. Nessas circunstâncias, "overshootings" são inevitáveis e a moeda brasileira está perto deles, após o uso de cerca de US$ 40 bilhões em swaps e, em dose pequena, linhas de câmbio. Uma parte da sobrevalorização do real já fora descontada com a correção de cerca de 20% realizada em 2012. Com os desequilíbrios já existentes na economia brasileira e outros amplificados pela dinâmica da instabilidade movida pela reversão de fluxos de capital, a cotação do dólar tem, sem dúvida, combustível para subir até onde a irracionalidade permitir, para depois se acomodar. O que interessa é o novo ponto de equilíbrio - um enigma.

Com a cotação de fim de período do mês de julho, de R$ 2,2897 ou pela média do mês, de R$ 2,2522, a moeda brasileira estava bem perto de zerar sua valorização. O índice da taxa efetiva real (com IPCA de deflator) naquele mês foi de 94, já próximo dos 100 de 2005 ou de junho de 1994. Isto é, uma diferença de 6,3%, o que pode sugerir, a grosso modo, que por esse parâmetro uma "boa" cotação estaria na casa dos R$ 2,40 a R$ 2,45. O Fundo Monetário Internacional estimou valorização de 10% a 15% do real em relação à cotação de maio, de R$ 2,03, indicando uma posição de algum equilíbrio com o dólar entre R$ 2,25 e R$ 2,35.

Há outros cálculos mais sofisticados e números para variados gostos. As previsões são feitas sob terrenos movediços, ao suporem que os juros dos títulos do Tesouro americano, que subiram para 2,88%, estacionem aí. O Itaú projeta câmbio a R$ 2,45 no fim do ano, com inflação de 6,1% e o Bradesco, em R$ 2,30 com os preços correndo a 5,9%. Ou seja, parece razoável supor que o câmbio pode momentaneamente escapar bastante dessas duas balizas, mas depois estacionará entre elas.

Os problemas causados por essa correção, porém, são desagradáveis. A correção dos combustíveis parece ser inevitável, como já se convenceu o governo, e só com esse reajuste, dificilmente a inflação será inferior aos 5,8% de 2012, uma meta que o Banco Central vem perseguindo com o ciclo de alta de juros. Ao que tudo indica, o esforço dos juros terá de ser maior para obter esse mesmo resultado. Dólar em alta costuma ser acompanhado por commodities em baixa, mas não foi isso que ocorreu em julho e no trimestre, quando o índice elaborado pelo BC evoluiu 2,27% e 8,32%, respectivamente. Não há disparada à vista, mas há pouca chance de recuos relevantes, que ajudem a conter os índices de preços.

O aumento dos juros busca contrair a demanda em uma economia que tem mostrado pouca disposição para elevar seu ritmo de crescimento. A disparada do dólar trouxe um ingrediente de pessimismo adicional aos já baixos índices de confiança de empresários e consumidores, que provocaram retração da demanda e, até certo ponto, também dos investimentos. Como os fatores negativos, nessas circunstâncias, aparecerão antes que os positivos - aumento das exportações, que tirará a indústria de sua letargia, fim da fogueira de preços no setor de serviços, por exemplo - é possível que a política de aperto terá de sacrificar mais o crescimento do que se previa antes das tempestades nos mercados de moedas.

O rearranjo do dólar e dos juros no mercado internacional, por outro lado, tornou mais difíceis as captações externas e reduziu muito o fluxo de ingressos no país em um momento em que o déficit em conta corrente sobe e a balança comercial arrasta um déficit ao longo do ano. Com isso, ficará mais trabalhoso fechar as contas externas, embora não haja, de novo, desastres à vista.

Na véspera de grandes guinadas na economia global, o Brasil parece estar sempre com a casa desarrumada. Na crise de 2008, o desequilíbrio se exprimia em juros lunares e taxa de câmbio apreciada. Agora, vive-se os efeitos de uma errada política fiscal cíclica e de tolerância com a inflação.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PIB prévia 2º trimestre de 2013: 0,89%.

Conforme o BACEN através do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), uma prévia do PIB, a economia brasileira cresceu 1,13% em junho em comparação com maio, o que resulta numa alta do PIB de 0,89% neste 2º trimestre de 2013, na comparação com o 1º trimestre.

O pessimismo neste 2013 continua em alta... 

sábado, 10 de agosto de 2013

Inflação em queda, Dilma em alta.

Enquanto a oposição continua perdida, a inflação desacelera e a avaliação do governo Dilma volta a subir. 

Porém o mercado, mais atento, prevê aceleração do IPCA em agosto para 0,3% e projeta que a inflação feche 2013 em torno de 6,0%, ainda dentro da meta.

Lamentavelmente o país continua em baixo crescimento e, com otimismo, é possível que o PIB em 2013 chegue a apenas 2,3%, com uma previsão de 2,7% para 2014, um pouco maior que 2013.


O Brasil precisa deixar de ser o eterno país do futuro e tornar-se, verdadeiramente, o país do presente.  

sábado, 22 de setembro de 2012

Bases para crescer em 2013.


No editorial do ESTADÃO, a leitura do atual momento econômico visando 2013. 

Prometido pelo governo, o crescimento econômico de pelo menos 4% no próximo ano parece garantido, se depender do consumo. As famílias continuam com boa capacidade de compra, sustentada pelo emprego elevado e pelo aumento da renda média e da massa de rendimentos, como acaba de confirmar mais uma vez o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o reforço do crédito ainda vigoroso, os brasileiros continuarão indo às compras neste semestre e, se outros fatores ajudarem, a economia poderá retomar um bom ritmo de expansão antes do fim do ano. Mas a boa disposição dos consumidores é apenas uma das condições necessárias para o aumento geral do nível de atividade. Falta ver se a indústria será capaz de atender à demanda interna e de retomar o espaço perdido, nos últimos anos, para os concorrentes de fora.

Do lado do consumo, os dados são claramente positivos, como têm sido quase invariavelmente há alguns anos. As condições do mercado de trabalho permanecem muito favoráveis, nas seis áreas metropolitanas cobertas pela pesquisa do IBGE, embora a economia esteja em marcha lenta há mais de um ano. No mês passado, a desocupação ficou em 5,3%, praticamente sem variação em relação a julho (5,4%) e bem abaixo do nível observado em agosto de 2011 (6%). Nas seis regiões, o rendimento médio habitual dos trabalhadores foi 1,9% maior que o do mês anterior e 2,3% superior ao de agosto do ano passado. Como consequência da criação de empregos e da elevação do rendimento médio, a massa dos ganhos da população ocupada aumentou 2,3% de julho para agosto e foi 3,6% maior que a de um ano antes.

Com o crédito ainda em expansão e alguma redução da inadimplência, os consumidores continuam com elevado potencial de compra. Os últimos dados gerais sobre o varejo, referentes a julho, mostram um cenário positivo. O volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,4% de junho para julho. Nesse mês, foi 7,1% maior que o de igual mês do ano anterior. O total acumulado em 12 meses foi 7,5% superior ao dos 12 meses anteriores.

O varejo ampliado (com veículos e material de construção) recuou 1,5% em julho, porque as vendas de automóveis diminuíram 8,9% depois de um crescimento espetacular de 23,9% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, o volume vendido pelo varejo ampliado foi 5,9% maior que o do período precedente.

Apesar da vigorosa demanda de consumo, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro semestre foi só 0,6% maior que o de janeiro a junho de 2011. Mesmo com alguma recuperação, o crescimento médio do ano dificilmente passará de 2%, em nova estimativa do governo (a anterior era de 3%). A mediana das projeções do mercado coletadas pelo Banco Central no dia 14 havia chegado a 1,57%. Será o segundo ano de estagnação. Em 2011 o PIB aumentou só 2,7%.

Esses números refletem principalmente o mau desempenho da indústria. O mercado interno tem crescido, mas a indústria de transformação vem sendo afetada, há anos, por desvantagens crescentes diante da concorrência. Durante anos, o governo atribuiu as dificuldades do setor principalmente à valorização do real - fator de encarecimento dos produtos nacionais e de barateamento dos importados - e aos juros altos. Mas o real desvalorizou-se desde o ano passado, os juros caíram e as exportações empacaram, enquanto as importações continuaram vigorosas. Além disso, o crédito para investimentos já era barateado por subsídios. Mas têm ocorrido novidades promissoras.

A presidente Dilma Rousseff decidiu dar menos ênfase ao discurso costumeiro e cuidar mais da produtividade geral da economia e das condições de competição da indústria. O governo deu um passo além dos estímulos pontuais e temporários e anunciou políticas de redução de custos. É cedo para dizer se essas medidas permitirão à empresa brasileira, em poucos meses, acompanhar mais de perto a expansão da demanda interna. Os sinais são positivos e o índice de confiança do empresário industrial, medido pela confederação do setor, subiu em setembro pelo segundo mês seguido e superou o de um ano antes.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...