No livro “Economia Brasileira Contemporânea”, edição lançada em 2005
e organizada pelos Economistas Fabio Giambiagi, André Villela, Lavínia Barros
de Castro e Jennifer Hermann, lemos no capítulo 7, uma frase do Nobel Paul
Krugman dita em maio de 1999:
“O Brasil ainda é um país onde são muito fortes as forças em favor
da gastança de recursos públicos sem lastro. Creio que deva ser um dos últimos
países do mundo nessa situação.”
Decorridos quase 16 anos, evidencia-se que o Brasil ainda não
aprendeu que o governo não pode nem deve gastar mais do que arrecada. Relatório
divulgado neste abril de 2016 pelo Fundo Monetário Internacional - FMI estima que o
Brasil terá déficits primários até 2019, projetando uma alta ininterrupta da
dívida bruta até 2021, quando o indicador deverá atingir quase 92% do PIB. Isso é resultado do recorrente desequilíbrio fiscal com o agravante de não ser ainda possível visualizar, pelo menos agora, uma série estabilizada da dívida.
O país continua perdendo credibilidade e as condições políticas atuais em nada favorecem o retorno do adequado equilíbrio fiscal. Tenhamos consciência que o elevado preço das políticas econômicas anteriormente adotadas serão pagas pela sociedade.
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