Neste mês, mantivemos inalteradas as principais projeções do nosso cenário. A recuperação iniciada no segundo trimestre vem ganhando tração. Com isso, esperamos queda do PIB de 4,5% em 2020 e alta de 3,5% em 2021. Os riscos fiscais se ampliaram, mas, por ora, decidimos manter a projeçao para a taxa de câmbio inalterada em R$/US$ 5,20. Quanto à inflação, há pressões derivadas da depreciação cambial e da alta das commodities sendo sancionadas pelo incremento de renda. Assim, elevamos a projeção para o IPCA de 2020 de 1,9% para 2,4% e mantivemos a de 2021 em 3,1%, mas reconhecemos os riscos de alta. Logo, esperamos que a Selic encerre 2021 em 3,0% mas, também neste caso, o balanço de riscos tem se deslocado para cima. A retomada em 2021 dependerá da disponibilidade de uma vacina e da combinação da geração de empregos com o fim do auxílio emergencial e o uso da poupança formada durante a pandemia. No cenário global, esperamos acomodação no quarto trimestre com a redução do efeito marginal dos estímulos econômicos e seguimos monitorando a potencial volatilidade vinda das eleições nos EUA e do aumento de casos de Covid-19 na Europa que, por ora, não se traduziu em saturação dos sistemas de saúde.
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