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terça-feira, 4 de agosto de 2020
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Balança comercial brasileira teve superávit recorde de US$ 47 bilhões em 2016.
A balança comercial brasileira teve superávit recorde de US$ 47,69
bilhões em 2016. O saldo positivo superou o de 2006, de US$ 46,5 bilhões, até
então o maior desde o início da série histórica em 1989. Em dezembro, houve
superávit de US$ 4,4 bilhões.
Os números foram divulgados dia 2 pelo Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços.
A balança comercial tem superávit quando as exportações, vendas do Brasil
para parceiros de negócios no exterior, superam as importações, que são as
compras do país no exterior. O saldo positivo anual resultou de US$ 185,2
bilhões exportados e US$ 137,5 bilhões em importações.
Apesar do superávit recorde, a média diária exportada (valor negociado
por dia útil) caiu 3,5% em relação ao número de 2015. Para as importações, a
média diária recuou 20,1% em relação ao ano anterior.
O saldo positivo em 2016 ocorreu porque as importações caíram em ritmo
mais acentuado que as exportações. O principal motivo da queda nas compras no
exterior foi a contração da economia brasileira, com queda na importação de
insumos pela indústria.
Edição: Kleber Sampaio
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-01/balanca-comercial-tem-superavit-recorde-de-us-4769-bilhoes-em-2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Brasil: colônia comercial do mundo industrializado?
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José
Augusto de Castro, abriu hoje (23), no Rio de Janeiro, o Encontro Nacional de
Comércio Exterior com a avaliação de que 2016 está sendo um ano difícil para o
setor que chegou a ser apontado como alternativa para o país com a queda da
atividade interna.
Apesar de a balança comercial já ter ultrapassado o saldo positivo de R$
40 bilhões na terceira semana de novembro, ele chama o resultado de
"superávit negativo" e explica que a cifra ocorreu pela forte queda
das importações, resultante da redução da atividade econômica.
Segundo o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Marcos Jorge de Lima, o saldo da balança comercial em 2016 pode
chegar a R$ 46 bilhões, o que seria um recorde na balança comercial. Para
Castro, no entanto, não há o que comemorar.
"Esse número não gera nenhum emprego, gera desemprego porque caíram
as importações e caíram exportações. Ou seja, a atividade econômica diminuiu,
então, diminuiu o emprego. Se fosse batido esse recorde, seria um recorde a não
ser comemorado".
Ele defendeu a redução de custos das empresas para que as exportações não
dependam de oscilações do câmbio e destacou que as vendas de manufaturados para
o exterior têm caído nos últimos cinco anos. Para 2016, o mercado chegou a
esperar que esse movimento de queda mudasse.
"[Em 2015] havia uma expectativa positiva com os manufaturados [para
2016], que não se concretizou", explicou. "Com o câmbio a R$ 4, o
produto brasileiro seria competitivo. Mas nós estávamos fora do mercado
internacional e, para entrar no mercado, tem que desalojar alguém. Nós não
conseguimos desalojar os chineses, principalmente".
Em 2016, a expectativa da AEB apresentada por seu presidente José Augusto
de Castro é que as exportações vão cair de 2% a 3%, e, dentro delas, as de
manufaturados devem ter uma queda de 1% a 1,5%. O resultado, segundo ele, faz
com que o Brasil tenha um nível de exportação de manufaturados em 2016 menor
que o de 2006.
A queda das exportações de manufaturados levou o país a um cenário em que
esses itens correspondem a 40% das exportações, enquanto commodities preenchem
os outros 60%. "Se nada for feito vamos ter que nos contentar em ser uma
colonia comercial do mundo industrializado. Vamos exportar só commodities",
afirmou.
Castro apontou que a redução de custos, por meio de reformas como a
trabalhista, a tributária e a previdenciária, se aprovadas pelo Congresso, virá
com atraso. "Já passou o momento. Estamos totalmente atrasados",
disse ele que afirmou que elas "vão doer para todos nós" e exigirão
tempo de implementação no qual os produtores ainda precisarão contar com a
competitividade do câmbio.
Apesar de reconhecer que questões externas como possíveis medidas
protecionistas dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia
poderão ter impactos negativos sobre o Brasil, o presidente da AEB destacou que
os problemas a serem resolvidos são internos e dependem apenas do país.
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