terça-feira, 30 de junho de 2020

El País: Economia argentina encolhe 26% no primeiro mês da quarentena.

https://brasil.elpais.com/economia/2020-06-30/economia-argentina-encolhe-26-no-primeiro-mes-da-quarentena.html

Reuters: Dólar fecha mais um trimestre em alta e eleva ganhos no ano a 35,6%.

https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN2413HS-OBRBS

Reuters: Ibovespa fecha em queda com bancos, mas tem maior alta trimestral desde 2003.

https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKBN2413LY-OBRTP

Top leitura no mês de junho de 2020: A incrível viagem de Shackleton, de Alfred Lansing.


Pela primeira vez, mais da metade dos brasileiros não tem trabalho, diz IBGE.

https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/06/30/pela-primeira-vez-mais-da-metade-dos-brasileiros-nao-tem-trabalho-diz-ibge

InfoMoney: Ibovespa cai com preocupações sobre o coronavírus ofuscando dados de EUA e China; dólar sobe a R$ 5,47.

https://www.infomoney.com.br/mercados/ibovespa-cai-com-preocupacoes-sobre-o-coronavirus-ofuscando-dados-de-eua-e-china-dolar-sobe-a-r-547/

PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 12,9% e taxa de subutilização é de 27,5% no trimestre encerrado em maio de 2020.

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28110-pnad-continua-taxa-de-desocupacao-e-de-12-9-e-taxa-de-subutilizacao-e-de-27-5-no-trimestre-encerrado-em-maio-de-2020

domingo, 28 de junho de 2020

Cenário econômico do Bradesco para julho/20.

Neste mês, mantivemos inalteradas as principais projeções para a economia brasileira e global. A evolução da pandemia segue sendo o fator crítico para calibragem do cenário. Por ora, a desaceleração na taxa de crescimento do número de casos no mundo e no Brasil tem possibilitado uma reabertura gradual das atividades econômicas sem que haja, por ora, colapso dos sistemas de saúde, o que evita interrupção nesse processo de reabertura. Esses fatores, combinados a estímulos sem precedentes em termos fiscais e monetários, têm levado a indicadores mais favoráveis nas últimas semanas. Por isso, mantivemos nossa expectativa de queda do PIB brasileiro em 5,9% para 2020, em um cenário de inflação baixa, 1,7%, que permitirá ao Banco Central manter as taxas de juros em 2,25% por um período prolongado. Para o câmbio, mantivemos nossa expectativa de R$/US$ 5,10 para o final do ano, em vistas da melhora nas contas externas e sob a hipótese de avanço na agenda de reformas. Os principais riscos seguem sendo a ampliação do número de casos e eventual postergação de reformas fiscais e da produtividade, que colocariam em risco a sustentabilidade da dívida, o crescimento de médio prazo e a manutenção de juros baixos por um período prolongado. #CenarioEconomico

El País: A quarentena infinita de Buenos Aires.

https://brasil.elpais.com/internacional/2020-06-27/a-quarentena-infinita-de-buenos-aires.html

ESTADÃO: Gustavo Franco em "Liberalismo e pandemia".

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,liberalismo-e-pandemia,70003346977

Os adversários do liberalismo econômico, à direita e principalmente à esquerda, são de três tipos: 

Há os que dizem que o liberalismo, o neoliberalismo e a teoria econômica convencional estão todos obsoletos, já mortos, ainda mais agora com a pandemia. 

Há os que dizem que o liberalismo econômico é hegemônico no Brasil e, por isso, precisa ser abandonado, uma vez que a economia brasileira está estagnada desde os anos 1980. 

E há os que dizem as duas coisas. 

Sobre os do tipo número dois, me ocorre um comentário a esse respeito do próprio Roberto Campos, feito nos idos de 2000, quando afirmou que, até aquele momento, o liberalismo ainda não havia sido tentado no Brasil. 

Campos deixou esse mundo em 2001. 

Pois bem, depois disso o PT fez dois presidentes que foram reeleitos, e os dois outros presidentes a seguir, colegas improváveis de Campos da 50.ª legislatura (entre 1991 e 1994), Michel Temer e Jair Bolsonaro, nada tinham de liberais. 

É verdade que o Brasil está estagnado desde os anos 1980, mas muito provavelmente isso tem a ver com deficiência de liberalismo, e não com hegemonia. 

Sobre os que dizem que o liberalismo e o saber convencional em economia estão mortos, seria bom lembrar que uma das piores consequências do politicamente correto, à esquerda e à direita, era desvalorizar a “expertise”. 

A internet, como se sabe, cada vez mais funciona como uma espécie de memória auxiliar do cérebro humano: o que você não sabe, pode ser encontrado no Google ou na Wikipedia, em segundos, basta teclar no seu celular. Com esses auxílios, qualquer um se torna um especialista ou, pior, um apoquentador de especialistas: subitamente, a expertise não apenas não vale mais nada como atacá-la virou uma demonstração de independência e desprendimento. Os novos idiotas da objetividade são os cretinos da internet, Nelson Rodrigues e Humberto Eco estariam rigorosamente na mesma página nesse assunto. 

A ciência devia nos guiar, sobretudo quando a noite cai, mas, em vez disso, nesse clima de rede social sem controle há tempos que se ouve que a ciência é apenas uma narrativa, uma de muitas, e que todas são legítimas, todas estão presentes na internet, ao alcance dos dedos, e que vai prevalecer a que tiver mais clicadas. 

Sou um otimista, acho que vai ser o contrário, a pandemia vai sumir com essa cretinice de que a ciência é apenas uma narrativa. Tomara que seja também o caso da medicina alternativa em economia, que possui uma vertente milagreira de viés contábil, crescentemente presente em Brasília, com o auxílio da qual sempre se pode encontrar algum tesouro escondido (amiúde no balanço do Banco Central) que vai pagar todas as contas da pandemia, ou algum truque contábil que vai fazer sumir as dívidas do Estado. 

É claro que são truques ordinários, como o que fazia desaparecer o déficit da Previdência com uma reclassificação contábil, e que nada se resolve desse jeito. Mas os políticos adoram. Perde-se tempo precioso com isso, remédios milagrosos, cloroquina contábil. 

O fato é que a urgência sanitária vai elevar o gasto e a dívida pública a níveis impensáveis em 2020. Depois de muito esforço, nesse ano íamos fazer um déficit de uns R$ 100 bilhões, e estávamos na beira do precipício da sustentabilidade fiscal. Pelo que se fala no Congresso, o déficit vai para perto de um trilhão, e a dívida pública vai chegar em 100% do PIB. 

Como será o funcionamento do governo federal nessas condições? Será parecido com o que se vê em alguns Estados quebrados? Atrasos e calotes todo o tempo? Como nos países que lutaram na Segunda Guerra durante muitos anos depois do término do conflito? 

As democracias liberais não deixam de ser democracias, nem deixam de ser liberais, quando lutam guerras. Democracias adultas pagam as suas contas e sabem de onde vem o dinheiro. A pandemia não pode servir de pretexto para ressuscitar a feitiçaria econômica. 

EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA RIO BRAVO INVESTIMENTOS. ESCREVE NO ÚLTIMO DOMINGO DO MÊS


A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...