sexta-feira, 9 de outubro de 2009

FOLHA: O DÓLAR RIO ABAIXO

Editorial da FOLHA de hoje trata de um assunto do meu particular interesse: DÓLAR. "No mês passado, o Banco Central realizou a maior intervenção no câmbio em 17 meses. Na tentativa de enxugar o excesso de dólares que vêm para cá, o BC adquiriu US$ 3,5 bilhões. Ainda assim, a moeda dos EUA não para de cair.

Ontem, para adquirir um dólar era necessário R$ 1,74 - valor mais baixo em 13 meses. Trata-se de patamar muito próximo ao que prevalecia até o estouro da crise econômica mundial, em setembro de 2008. No auge do terremoto, o preço do dólar rondou os R$ 2,50 - poucos eram os analistas que previam retorno tão rápido da cotação.

Uma série de fatores concorre para o fenômeno, a começar do fato de que o dólar se desvaloriza no mundo todo - o que dá motivos seja a alívio, pois esse é um sinal de recuperação da economia global, seja a uma certa desconfiança quanto à sustentação do furor do gasto público nos EUA.

Na outra ponta, o Brasil, que promete, aos olhos dos financistas globais, retornos mais altos e seguros ao capital em vários setores - dos títulos públicos ao investimento produtivo -, se torna a vedete da vez. Se as principais moedas se valorizam diante do dólar, o real se valoriza mais.

Os efeitos colaterais de uma oscilação cambial de quase 50%, para mais e para menos, em pouco mais de um ano são sabidos. Ela embaralha o planejamento das empresas e da política econômica. Com a atual rodada de valorização do real, são os exportadores que mais sofrem.

Comprar dólares e empilhá-los nas reservas internacionais é um meio que já se mostrou correto de lidar com a avalanche de divisas. Mas isso não basta. O Brasil precisa enfrentar, desta vez decididamente, chagas que diminuem a capacidade de nossas empresas de competir. É o caso da carga tributária excessiva e mal distribuída, bem como das barreiras institucionais que impedem a queda dos juros."

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