O cenário macroeconômico brasileiro para encerrar
o ano de 2014 sinaliza um ambiente de crescimento tendendo a zero e com a
inflação acima da meta.
Enquanto os Estados Unidos estimam para 2014 um
PIB de 2,3% e a Zona do Euro média de 1,4%, para o Brasil, com muito otimismo,
projetamos algo em torno de 0,3%. Destaque-se que a inflação americana e na
Zona do Euro é bem menor que a brasileira, estimada em 6,5%.
Em dezembro ocorreu a última reunião do Copom que,
na ocasião, elevou a Taxa Selic para 11,75%. Pelos comentários das autoridades
monetárias, é provável que o aumento na taxa de juros perdure pelo menos para o
primeiro trimestre de 2015. Lembrando que a Taxa de Juros de Longo Prazo, a
TJLT, também em dezembro subiu de 5,0% para 5,5%.
Quanto à balança comercial, desde setembro/2001
não se verificava um resultado tão ruim para um ano, o que faz com que 2014 se encerre
com um déficit comercial de US$ 4,7 bilhões, algo como 0,2% do PIB.
E a máquina estatal continua sua disparada de
gastos, donde de um superávit de R$ 80,9 bilhões em 2013, até novembro 2014 já
alcançava um déficit primário de R$ 19,6 bilhões.
Com os Estados Unidos em expectativa para um breve
aumento da taxa de juros, no Brasil o dólar continuará sua trajetória de
elevação, tendo fechado o mercado em 30/12/2014 no valor de R$/US$ 2,80.
Esperamos que a nova equipe econômica liderada
pelo Ministro Joaquim Levy consiga manter em Brasília força política suficiente
que resulte em 2015 em indicadores realmente compatíveis para um Brasil em
crescimento e desenvolvimento.
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