As vendas do comércio
varejista do país fecharam novembro com crescimento de 2% em relação a outubro,
na série livre de influências sazonais, interrompendo uma sequência de quatro
taxas negativas consecutivas e que levou o setor a fechar o período
janeiro-novembro com queda de 6,4%, na comparação com o mesmo período de 2015.
Os dados da Pesquisa
Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados, hoje (10), pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, em novembro, a receita nominal
do setor cresceu 0,9% frente a outubro.
Já no resultado
acumulado de janeiro a novembro, a receita nominal do varejo cresceu 4,8%, frente
ao mesmo período de 2015.
O IBGE ressalta que a
variação positiva do volume de vendas em novembro compensou parte da perda
acumulada pelo setor de 2,3% de julho a outubro, contribuindo para interromper
a trajetória de queda no indicador de média móvel trimestral, de 0,3% observada
desde maio de 2016.
Na série sem ajuste
sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o volume de vendas caiu
3,5% em relação a novembro de 2015, a vigésima taxa negativa seguida nesse tipo
de comparação. Ainda assim, foi o recuo menos acentuado desde os -2,7% de junho
de 2015.
Assim, os resultados
permanecem negativos para o volume de vendas. Além dos -6,4% do ano, o
acumulado dos últimos doze meses fechou negativo em 6,5%.
Os dados divulgados
pelo IBGE indicam, ainda, que no comércio varejista ampliado (que inclui, além
do varejo, veículos, motos, partes e peças de material de construção) as
variações sobre o mês imediatamente anterior também foram positivas.
O volume de vendas
cresceu 0,6% e a receita nominal 0,3%, na série livre de influências sazonais.
E nas comparações que envolvem o ano anterior (série dessazonalizadas), o
volume de vendas apresentou resultados negativos com quedas de 4,5% em relação
a novembro de 2015, de 8,8% no acumulado do ano e de 9,1% no acumulado dos
últimos 12 meses.
Já a receita nominal
acusou crescimento de 1,7% sobre novembro de 2015, mas fechou em queda nos
períodos janeiro-novembro e nos últimos 12 meses: -0,6% e -0,8%,
respectivamente.
O crescimento de 2% nas
vendas do comércio varejista de outubro para novembro deste ano significa
resultados positivos em cinco das oito atividades pesquisadas. O principal
destaque veio do avanço de 0,9% em hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo; seguido pelos 7,2% de outros artigos de uso
pessoal e doméstico e pelos 2,1% de móveis e eletrodomésticos. O setor de
equipamentos de escritório, informática e comunicação cresceu 4,3%.
Na outra ponta, entre
as atividades com redução no volume de vendas, entre outubro e novembro,
aparecem tecidos, vestuário e calçados (-1,5%), livros, jornais, revistas e
papelaria (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,4%).
O crescimento de 2% nas
vendas do comércio varejista, entre outubro e novembro do ano passado (série
com ajuste sazonal) reflete resultados positivos em 23 das 27 unidades da
federação, com as maiores taxas de variação sendo observadas em Tocantins (6%)
e Paraíba (3,8%). Alagoas e Roraima, ambos com taxas de -0,9%, são os estados
com recuos mais acentuados.
Frente a novembro de
2015, série sem ajuste sazonal, o comércio varejista registrou queda em 21 dos
27 estados para o volume de vendas, com destaque para Pará (-13,7%). Paraíba
(11%) apresentou o maior aumento do volume das vendas em novembro.
No comércio varejista
ampliado, 23 unidades da federação apresentaram variações negativas na
comparação com novembro do ano passado. Em termos de volume de vendas,
destacaram-se Pará (-14,2%) e Paraíba (3,2%). Os estados com maior impacto
negativo foram São Paulo (-5,1%) e Rio de Janeiro (-7,4%).
Edição: Kleber
Sampaio
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