sábado, 9 de fevereiro de 2019

"Reforma da Previdência: Por Que o Brasil não Pode Esperar"

Folha: Livros mais vendidos em fevereiro/2019.

TEORIA E ANÁLISE

1º/1º  O Livro dos Negócios (reduzido), Ian Marcousé, Globo Livros, R$ 59,90
2º/2º  Rápido e Devagar, Daniel Kahneman, Ed. Objetiva,  R$ 62,90
3º/-   Marketing 4.0, Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, ed. Sextante, R$ 49,90
4º/4º  Arriscando a Própria Pele, Nassim Nicholas Taleb, Ed. Objetiva, R$ 54,90
5º/-   Menos Estado e Mais Liberdade, Donald J. Boudreaux, Faro Editorial, R$ 24,90

Prática e Pessoas
1º/2º A Sutil Arte de Ligar o F*da-se, Mark Manson, Ed. Intrínseca, R$ 29,90
2º/3º  Me Poupe!, Nathalia Arcuri, Ed. Sextante, R$ 29,90 
3º/4º  Seja Foda!, Caio Carneiro, Ed. Buzz, R$ 39,90
4º/5º  Os Segredos da Mente Milionária, T. Harv Eker, ed. Sextante, R$ 29,90
5º/-  O Poder do Hábito, Charles Duhigg, Ed. Objetiva, R$ 49,90

Lista feita com amostra informada pelas livrarias Curitiba, da Folha, da Vila, Saraiva e Argumento; os preços são referências do mercado e podem variar 


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Por que Vikings é melhor que Game of Thrones - Marcelo Rubens Paiva.

Misbehaving: A Construção Da Economia Comportamental.

Um dos pais-fundadores da economia comportamental, Richard H. Thaler remonta neste livro a história dessa disciplina, dos seus primórdios nos anos 1970 até suas aplicações na atualidade. Com exemplos que vão das altas apostas do mercado financeiro até o que nos influencia no momento de escolha do jantar, o autor traça de forma leve e bem-humorada os principais conceitos dessa área de conhecimento, resultando em uma leitura essencial para todos aqueles que desejam se conectar com o futuro do pensamento econômico. Aliando as mais recentes descobertas no campo da psicologia à compreensão prática de incentivos e comportamento de mercado, o livro nos ajuda a tomar decisões mais inteligentes nos âmbitos pessoal e financeiro. Misbehaving revela como o estudo da imprevisibilidade humana pode ser útil para nossas vidas, negócios e governos, transformando assim a forma como pensamos sobre nós mesmos e o mundo.

Vale, triste momento atual.

Por Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere:

Vamos falar da ação da Vale? Neste momento a abordagem é simplesmente técnica, uma vez que temas éticos e morais devem ser tratados em outros fóruns. São tantas vidas que se perderam que não haveriam palavras para dissertar por esta abordagem ... muito, muito triste mesmo.

A pergunta é: qual será o comportamento dos papeis da Vale nos próximos dias? Difícil tentar uma previsão, mas certo é que os mercados punirão estes papeis, por considerar que as incertezas aumentaram e que a companhia tem vários riscos novos no ar. Com certeza as punições acontecerão e multas pesadas virão, mas, ninguém consegue definir o tamanho. As medidas judiciais de bloqueio aconteceram, mas em caráter liminar e não ainda definitivo. As licenças de operação da Vale foram suspensas nestes complexos, mas o que acontecerá com os outros? Vale lembrar que o complexo Ferteco, localizado no lindo município de Brumadinho e região responde por 6 a 7% da produção total da Vale.

E o que falar da reincidência da empresa? Quanto custará isto para uma das maiores empresas do país?

E no exterior, como os clientes da Vale irão se comportar? Deixariam eles de comprar minério da empresa por conta do acidente e da perda acentuada de vidas? Vale lembrar que reconhecidamente a produtividade do minério da Vale é bem acima de seus concorrentes. Interessante que na sexta-feira (25), após divulgação do acidente no mercado internacional, as ações de empresas concorrentes tais como Rio Tinto e BHP subiram.

E os principais acionistas da Vale tais como Mitsui e Bradesco, como enfrentarão este momento? Quanto custa para implementar um plano de contingência nestas barragens, para realmente colocar fim a riscos destes e por que não foi executado? É viável?

Também é incerta qual será a profundidade na punição da empresa pelo governo do presidente Bolsonaro e do Governador Zema.

Por ser uma das maiores empresas pagantes de impostos no país e em Minas Gerais, manter a solidez da empresa também deverá ser de consenso aos governos. Neste momento de aperto fiscal e necessidade de manter as arrecadações, o impacto de uma redução no tamanho de uma empresa como a Vale seria desafiado. Mas até clarificar este horizonte de incertezas, uma coisa é certa: a instabilidade e volatilidade na ação serão altos.

E quem possui a ação, o que fazer?

É complexo dizer, mas quem carrega o papel visando longo prazo e recentemente teve impacto destas quedas acentuadas, pode ter uma oportunidade de melhorar um preço médio em algum momento. A dúvida é qual seria o fundo do poço e a que nível o papel atingiria o menor nível. O preço está relacionado ao lucro e é totalmente impossível prever com exatidão qual o impacto do acidente no lucro da Vale e a futura projeção.

Quem estava comprado no papel visando ganhos de curto prazo e agora tem perdas fortes, o menor prejuízo é aquele que você sabe qual é, vender e realizar as perdas seria recomendável neste momento.

Com certeza comprar o papel agora é precipitado diante de um número muito grande de incertezas.

As ações da Vale vinham bem por conta do potencial de distribuição de dividendos, mas atualmente como pensar em distribuição se a prioridade do management da cia será mitigar todos os impactos que virão e garantir a continuidade da empresa?

Enfim muita coisa pra vir e definições a serem tomadas. Fatores como apetite de risco e tempo no horizonte devem ser fundamentais para determinação sobre como posicionar as carteiras de cada investidor.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

The Monetary and Fiscal History of Brazil, 1960-2016.

Artigo do João Ayres, Marcio Garcia, Diogo A. Guillén e Patrick J. Kehoe na  NBER Working Paper No. 25421.

O cenário econômico americano e os impactos no Brasil.

Em um mundo extremamente globalizado precisamos analisar a situação do Estados Unidos e outras nações para determinar as oportunidades e ameaças da economia brasileira neste ano de 2019. Reflexos externos ecoarão na nossa economia e influenciarão o comportamento dos mercados financeiros e principais ativos.
Para 2019, a expectativa é que a economia do Estados Unidos desacelere por vários fatores: anos contínuos em crescimento, a desaceleração da economia mundial e o impacto dos aumentos da taxa de juros básica da economia. Vale lembrar que a discussão dos economistas é de quantos aumentos serão feitos em 2019, talvez 02 ou 03? Aumentos de 0.25%, sucessivos, representam um imenso efeito cascata, reduzindo a capacidade das empresas investirem, aumentando o endividamento e reduzindo o poder de compra dos consumidores. A boa notícia é que ainda existe expectativa de crescimento positivo, mesmo menor do que anos anteriores, e as chances maiores são contra a entrada da economia dos EUA em uma área de recessão ainda neste ano.
Ao mesmo tempo, da redução nos mercados de ações e commodities, além da remoção gradual de estímulo por parte de alguns bancos centrais, significa que as condições financeiras em todo o mundo estão reduzindo. Combinado com maior incerteza política, esses riscos apontam para uma desaceleração. A expectativa é que o dólar mantenha-se nos atuais níveis elevados durante grande parte de 2019, ou seja, valorizado frente ao resto do mundo e inclusive frente às moedas emergentes.
Já a moeda brasileira deve ser atrativa, pois a taxa Selic no menor patamar do plano real reduz o ímpeto de investidores estrangeiros na busca de rentabilidade na renda fixa. Portanto, caso o Brasil consiga fazer as reformas de previdência e fiscal, podemos ser afetados por um fluxo positivo de investimentos no médio e longo prazo. Mas o dólar hoje, com a expectativa de aumentos de juros nos EUA, tende a se valorizar frente às moedas no mundo. Não seria diferente para o Real. Pelo menos no primeiro semestre veremos muita volatilidade na moeda, mas não temos expectativa de fortes apreciações do real x dólar.
A economia global começou em 2018 com um crescimento forte e sincronizado, mas a dinâmica diminuiu com o avanço do ano e as tendências de crescimento divergiram. Notavelmente, as economias da zona do euro, do Reino Unido, do Japão e da China começaram a enfraquecer. Em contraste, a economia dos EUA acelerou, graças ao estímulo fiscal. O crescimento dos EUA permanecerá acima da tendência, com os fundamentos econômicos permanecendo razoavelmente sólidos.
Para a economia brasileira a expectativa é de crescimento. As disputas comerciais no mundo podem ser fatores positivos para as exportações do país. O Brasil é o melhor dos maiores emergentes e o que oferece neste instante as melhores condições de investimentos: o tamanho do mercado, a estabilidade política, a não restrição a entrada e saída de investimentos e principalmente alta taxa de retorno. Seu patamar da taxa de juros em um nível considerado baixo, comparado a anos anteriores, faz com que o risco de pressão inflacionária seja alto. Nunca o brasileiro teve a taxa básica a um nível tão baixo. Porém visualizamos o Bacen diligente e apto a fazer mudanças rápidas e eficientes, podendo em 2019 ter aumentos graduais de juros.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

Sobre a Belvedere Investimentos
A Belvedere Investimentos é parte do Grupo Belvedere, criado em 2014 pelos sócios Júlio César Lage, Marco Hascal e Ricardo Bueno. Neste período, outros sócios se juntaram à partnership, entre eles o ex-BTG Luis Miranda para ser o estrategista chefe da operação no Brasil. O grupo, que tem sede nos Estados Unidos, e operações em Portugal e Brasil, é uma holding de participações no setor financeiro atuando em wealth management, investment banking, corretora de valores e gestora de patrimônio (asset management).
No Brasil, a Belvedere Investimentos é uma gestora de recursos que possui escritórios em cinco capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória e Recife. Com o objetivo de administrar investimentos de seus clientes no mercado financeiro no Brasil ou no exterior, é voltada a quem busca gestão de investimentos líquidos e ilíquidos, passivo ou ativo. Atualmente, administra 3 bilhões de reais de seus clientes. Sua operação no território brasileiro representa cerca de 40% das receitas da operação do Grupo. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), a Belvedere é uma das gestoras de recursos que mais cresce no país.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Gays de direita.

A primeira edição do Congresso Brasil x Israel aconteceu em um domingo de garoa, dia 4 de março, em uma sinagoga localizada no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo. Em um salão com bancos de madeira escura circundado por um mezanino feito do mesmo material, o pequeno público masculino e feminino, branco e pardo, judeu e gói tomava seus lugares para ouvir a palestra — que começaria com bastante atraso. Vestido com uma camisa roxa, calças negras presas com suspensórios, os cabelos claros formando um topete redondo e usando pequenos óculos de aro prateado, o professor e ativista político Rommel Werneck, o Febo, destoava do estilo simples do figurino dos presentes. Ao descer as escadas do mezanino para conversar com ÉPOCA, despediu-se de uma mulher baixa, morena e de cabelos lisos que vestia uma camiseta amarela onde estava escrito “Mães pelo Escola sem Partido”. Ao receber dois beijos, um em cada face, pediu um terceiro “para casar”.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...