Hoje,
no VALOR ECONÔMICO, Delfim Netto afirma que Guido Mantega tinha razão sobre a "guerra cambial". E
conclui:
A nossa taxa de câmbio está sujeita às mesmas pressões
que pesam sobre a maioria dos países emergentes, somadas aos nossos problemas
internos. Em compensação dispomos: 1) de um mercado de câmbio extremamente
sofisticado e bem regulado, no qual existem instrumentos de intervenção
governamental (swaps) em que a operação é nominada em dólares, mas liquidada em
reais. A despeito de terem custos fiscais, eles permitem a
substituição do uso das reservas (que, ao contrário, reduz o custo fiscal) até
que a taxa de câmbio atinja um patamar estável; e 2) de US$ 370 bilhões de
reservas, o que nos dão segurança e tempo para qualquer ajuste.
O fato de o real ter sido a moeda que mais se
desvalorizou recentemente é irrelevante. Ela foi, também, a que mais se
valorizou artificialmente nos últimos anos, nos quais não aproveitamos os
ganhos dos termos de troca para fazer reformas que devíamos. Eles foram usados,
juntamente com a maior taxa de juro real do mundo, para valorizar o câmbio e
controlar a inflação, o que custou a destruição do nosso sistema industrial.
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