Nestes dias já tão próximos de 2015 e da nova posse em Brasília da
presidente Dilma Rousseff, nossas orações e pensamentos estão direcionadas para
que a nova equipe de governo consiga para este segundo mandato, o que não se
conseguiu durante o período de 2011 a 2014.
Em que pese o esforço do governo na inclusão social das classes
menos favorecidas, lamentavelmente os números econômicos não brilharam tanto
nestes últimos anos. A relevância da taxa de desemprego em sucessivas quedas,
estimando-se 5,1% para este ano, não condiz com um cenário macroeconômico de pífio crescimento e desenvolvimento.
A mediocridade do resultado do PIB esperado para 2014, algo em
torno de zero, é frustrante para uma nação com mais de duzentos milhões de
habitantes. Enquanto isso, a inflação registra a sua deletéria presença
diariamente e a meta de 4,5% ao ano é algo que a equipe econômica efetivamente
não conseguiu atingir, mesmo com o forçoso represamento de preços e tarifas.
O Banco Central ainda tenta manter a taxa de câmbio sob controle,
porém estudos demonstram a real possibilidade de em 2015 a cotação R$/US$
atingir rapidamente os R$ 3,00.
Neste final de ano, para tentar sinalizar uma política monetária
ortodoxa e demonstrar uma independência que efetivamente ainda não possui, o
Banco Central eleva mais uma vez a taxa Selic de 11,25% para 11,75% ao ano. Para
quem iniciou o governo com 10,75% de taxa Selic, a presidente não deve ter
ficado muito feliz.
Enquanto o saldo da balança comercial para o final de 2014 chega a
quase zero, o saldo em contas correntes estoura em quase US$ 80 bilhões.
E um governo que promoveu gastos e mais gastos em um ano de
eleições presidenciais, não poderia realmente fechar bem suas contas contábeis,
mesmo mantendo uma contabilidade para lá de criativa. E esquecendo que ainda
possa existir algum superávit primário em 2014, o que nos restará será mais um
aumento da dívida pública líquida (% PIB) para cerca de 35,5%.
Diante de tantos indicadores negativos, que os votos de um feliz
2015 já sejam acrescidos de um pedido para que 2016 não demore muito.
2 comentários:
Apesar da minha decepção, espero que possamos superar tudo esse cenário dantesco. Ou seja, estou na torcida pela conscientização da Presidente e sua equipe.
Torcer é bom, mas, infelizmente, não basta. Houve muita torcida em 2010. Como houve em 2002, 2006 e mais recentemente, em 2014. E o que assistimos foi uma aniquilante pretensão à auto-suficiência. Difícil crer ser possível contar com algo diferente em 2015, dado o exemplo claríssimo recente da liberação de emndas parlamentares em troca de alívio na meta fiscal a ser cumprida. Parece até algo que ensaiou se iniciar pelo final. Resta apenas a esperança de pouca catástrofe, se é que, depois do espetáculo ao vivo protagonizado, dá a isso algum azo.
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