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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Bacen e os juros,

TONY VOLPON, especialmente para a FOLHA DE S. PAULO. TONY VOLPON é chefe de pesquisas de mercados emergentes da corretora japonesa Nomura.

Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) temos a apoteose final da nova filosofia gradualista do Banco Central. Frente a um quadro inflacionário em franca deterioração, tanto em termos da inflação atual como nas próprias projeções para 2012, a maioria do comitê optou por diminuir o ritmo de ajuste da taxa Selic de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto percentual.

É verdade que o BC prometeu que o ajuste será "suficientemente prolongado" para que haja convergência da inflação à meta em 2012.

Mas tal estratégia de ajuste a conta-gotas, mesmo seguida à risca, deixa a economia exposta e vulnerável a choques externos ou inesperado vigor econômico doméstico.

Quais os riscos? Frente ao quadro atual, com a economia sofrendo os efeitos da aceleração da demanda do período pré-eleitoral e um choque de commodities internacional, tentar levar a inflação para a meta ainda neste ano cobraria terrível preço à atividade econômica.

Portanto um gradualismo nos resultados da política monetária é justificável. Mas não se pode confundir gradualismo de resultados com gradualismo na execução da política anti-inflacionária. O nível de ajuste atual será quase que certamente insuficiente se o quadro de alta dos preços das commodities e a queda do dólar continuarem.

E não há, até agora, nenhum movimento para responder de forma preventiva aos efeitos inflacionários do já grande aumento do salário mínimo programado para 2012. Tendo admitido que a inflação fique bem acima da meta pelo segundo ano consecutivo, o BC, por abandonar nesta reunião a regra de ouro do regime de metas- que é aumentar o nível de aperto se a projeção da inflação subir- coloca também a meta de 2012 em risco.

Frente ao ainda forte nível de indexação da economia brasileira, esse é um risco que deve ser dimensionado.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O MEDO DA INFLACAO.

A EXAME traduz com precisao o que esta acontecendo hoje na economia brasileira na reportagem especial sobre ALEXANDRE TOMBINI, presidente do BANCO CENTRAL DO BRASIL.

Resumo: As projecoes do IPCA para 2011 indicam que o mercado desconfia da disposicao da atual diretoria do Banco Central de trazer a inflacao para o centro da meta ainda neste ano.

Entao nos temos: uma economia aquecida no embalo dos gastos do governo transformou o mercado de trabalho e esta aumentando a inflacao num momento em que o mercado questiona o BC.

Para quem recorda-se dos tempos de inflacao na decada de 80, jamais admitira que o governo baixe a guarda no combate ao dragao inflacionario.

Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central e criador do sistema de metas de inflacao, comenta: “SE a inflacao se acomodar em 6% por algum tempo, estaremos perto do limite em que TODOS correm para indexar os precos.”

Acorda Dr. Tombini!!!

domingo, 16 de maio de 2010

HOMEM DO ANO 2010!

Festa no The Waldorf Astoria próxima quinta-feira, 20/05/10, para homenagear HENRIQUE MEIRELLES, presidente do BACEN, com o título de “Personalidade do Ano de 2010”. O evento é organizado anualmente pela Brazilian-American Chamber of Commerce (Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos) e, nestes tempos de crise, o homenageado fez por merecer.
PARABÉNS Meirelles!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

150ª ATA DO COPOM.

Da 150ª Reunião do COPOM, realizada em 27 e 28/04/2010, destacamos:
18. O Copom entende que os indicadores divulgados desde a última reunião reforçam a percepção de existência de pressões sobre o mercado de fatores, o que aumenta a probabilidade de que desenvolvimentos inflacionários inicialmente localizados venham a apresentar riscos para a trajetória da inflação. Nesse contexto, aumenta também o risco de repasse de pressões de alta de custos para os preços no atacado e destes para os preços ao consumidor. O Comitê pondera que a materialização desses repasses, bem como a generalização de pressões inicialmente localizadas sobre preços ao consumidor, segue dependendo de forma crítica das expectativas dos agentes econômicos para a inflação e do grau de ociosidade da economia, dentre outros fatores. A propósito, essas e outras variáveis fazem parte do conjunto de informação que é levado em conta no processo de geração das projeções de inflação do Banco Central, que constituem elemento central no julgamento que o Comitê faz sobre o cenário inflacionário prospectivo. Cabe registrar que o comportamento da demanda doméstica tem exercido certa pressão sobre os preços dos itens não comercializáveis, como os serviços, o que, a julgar pela perspectiva de evolução dos principais fatores de sustentação da demanda agregada, tende a se repetir neste e nos próximos trimestres. De qualquer modo, o Comitê reafirma o compromisso de que continuará conduzindo suas ações de forma a assegurar que os ganhos obtidos no combate à inflação em anos recentes sejam permanentes.

25. Nesse contexto, dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% a.a., sem viés.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

BRASIL: CAMPEÃO!!!

Hoje o COPOM, ao elevar a taxa básica de juros SELIC para 9,5%, tornou o BRASIL campeão mundial nessa modalidade. Afinal, somos o país com a maior taxa de juros reais do mundo (4,5%). De qualquer maneira, o resultado era esperado pelo mercado e necessário neste início de ano eleitoral e com inflação à vista.

domingo, 20 de dezembro de 2009

ATA DO COPOM

Recebi do Professor Carlos Pio, o editorial do Estadão sobre “o viés político das Ata do COPOM."

A interpretação mais audaciosa sobre a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi do diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, que, ao ler o documento, concluiu que o Banco Central (BC) introduziu nele um viés político.

Na sua opinião, o BC fotografou o cenário atual e passou a foto por meio da Ata. Na realidade, isso já se vinha percebendo em atas anteriores, chegando à máxima clareza no presente documento, especialmente no que diz respeito à expansão monetária e, mais ainda, ao déficit das contas públicas. A impressão foi reforçada pela declaração do presidente do BC, Henrique Meirelles, quando transformou o que o Copom considera uma hipótese de trabalho em certeza: de cumprimento das metas fiscais e de inflação em 2010.
A Ata considera que existem apenas dois riscos: o comportamento dos preços dos serviços e a elevação dos das commodities. Não vê nenhum problema no que se refere ao crédito, que aumenta para as pessoas físicas e conta com a atuação dos bancos públicos para que não haja risco de redução. O risco do impulso fiscal sobre a trajetória da inflação, embora assinalado, não preocupa as autoridades monetárias, que consideram que os investimentos da indústria, que atualmente dispõe de margem de ociosidade, darão condições de responder a um forte aumento da demanda doméstica.
Certamente, o Copom se mostra tranquilo com a possibilidade de recorrer à importação para completar a oferta interna, embora não manifeste preocupação com a excessiva deterioração das transações correntes do balanço de pagamentos. Isso pode até afetar a taxa cambial, mas o Copom acredita que manterá estabilidade em torno de R$ 1,70. No entanto, uma desvalorização do real ante o dólar teria um efeito devastador sobre os preços de produtos brasileiros nos quais cresce a participação de componentes importados.
Não se pode menosprezar, hoje, a dependência das entradas de capitais estrangeiros na economia brasileira, tanto na sustentação dos investimentos quanto na dinâmica do mercado bolsista. Ora, uma deterioração das contas públicas, ainda mais acompanhada de déficit crescente das transações correntes, que poderá não ser facilmente coberto pela entrada de recursos externos, representará a médio prazo um sério problema. Não em 2010, mas o Copom, que atua essencialmente sobre o futuro, parece-nos que deveria advertir-se desse risco.

domingo, 10 de maio de 2009

BANCO CENTRAL - INDEPENDÊNCIA

Como já postei anteriormente, sou totalmente favorável a um Banco Central INDEPENDENTE, não refém das pressões de quem senta na cadeira nº 1 do Palácio do Planalto. 
Por isso fico contente quando leio que EDMUND PHELPS, prêmio Nobel de Economia, em entrevista ao jornal Valor Econômico afirma: "Acho que o Banco Central brasileiro é provavelmente um dos que possuem julgamento mais sólido, um dos mais capazes entre os banco centrais."
E para quem não gostou do tema, estude o assunto e reveja como éramos quando, por exemplo, os grandes bancos estaduais estavam em poder de "certos" governadores...   

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...