sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Ruy Castro: A coisa pública - o belo exemplo de Dom Pedro II.

Ruy Castro e o excelente exemplo de Dom Pedro II, hoje na FSP. 
Ao contemplar de lá de cima (ou de onde quer que esteja, se estiver) o país que foi obrigado a deixar há 126 anos, D. Pedro 2º deve se perguntar como o Brasil conseguiu avacalhar até o fundamento básico da República: o conceito de "res publica", a coisa pública, que, por ser de todos, não é de ninguém. E como um país tão grande aceita se curvar à mesquinha disputa entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, ambos tentando salvar a pele pelas lambanças que fizeram com o dinheiro público.
Ele, D. Pedro, foi impecável nesse departamento. Imperou de verdade durante 48 anos, de 1841 a 1889, sem deixar que aumentassem sua dotação. Era com este dinheiro que sustentava a si próprio e à sua família, pagava os estudos no Exterior de brasileirinhos em quem acreditava (como o músico Carlos Gomes e o pintor Pedro Américo) e financiou suas duas viagens aos EUA, Europa e Oriente Médio, com comitivas de apenas quatro ou cinco pessoas –para a segunda dessas viagens, teve de tomar dinheiro emprestado.
Em vez de criar impostos, cortava despesas. Seu palácio imperial, em São Cristóvão, era o mais desmobiliado do planeta. Seus trajes oficiais, puídos de fazer dó. Ao ser deposto pelos militares e ter de ir embora em 24 horas, D. Pedro recusou o dinheiro que o governo da República lhe ofereceu para seu exílio em Paris. E ainda lhes passou uma descompostura por estarem dispondo de recursos que não lhes pertenciam, mas ao povo brasileiro.
Poucos dos sucessores republicanos de D. Pedro seguiram o seu exemplo de austeridade. Prevaleceu a ideia de que a coisa pública é para isto mesmo –para se meter a mão em benefício pessoal (Cunha) ou para falsificar contas, disfarçar a incompetência e avalizar mentiras (Dilma).

D. Pedro nasceu há 190 anos na última quarta-feira. Fará 124 de morte amanhã. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Antologia da Maldade: Gustavo Franco e Fabio Giambiagi.

Aproveitando os feriados deste final de ano, recomendo a leitura do ótimo "Antologia da Maldade - Um dicionário de citações, associações ilícitas e ligações perigosas", livro organizado pelos economistas Gustavo Franco e Fabio Giambiagi

Uma leitura para fazer bem a mente e a alma! 


domingo, 29 de novembro de 2015

A imagem de Dilma no La Nacion.

No LA NACION

Dilma busca opciones para evitar el derrumbe.



Gustavo Franco: a fórmula da corrupção.

O colega Gustavo Franco, extremamente cáustico hoje no ESTADÃO, definitivamente explica o que está acontecendo no Brasil. 
Num livro de 1988, o professor Robert Klitgaard, de Harvard, definiu o grande problema nacional em uma simples equação:
Corrupção = Monopólio + Arbitrariedade – Transparência.
Ou seja, quanto mais distantes do mercado estiverem as relações entre o público e o privado, quanto mais discricionárias as decisões, e quanto menor a transparência, maior será a corrupção.

sábado, 28 de novembro de 2015

Brasil: interesses conflitantes entre governo e sociedade.

Com 2015 no seu final, a presidente Dilma aproveita a necessária viagem à Paris para a 21ª Conferência do Clima (COP 21) para encontrar-se com líderes do Equador e da Bolívia.
Com a devida vênia, o país passando por uma situação econômica e política insustentável, e ainda temos tempo para conversas em Paris com relevantes países que estão aqui ao lado da nossa fronteira?!
No pior outubro da série histórica as contas do governo tiveram no mês déficit primário de R$ 12 bilhões,  já acumulando neste 2015 R$ 33 bilhões, ou seja, 0,7% do PIB. E isso é apenas um destaque econômico nesta difícil semana, sem considerar os atuais péssimos indicadores para o PIB, a inflação, o desemprego etc.

O Brasil vai caminhando em direção ao abismo e a desunião política nacional impede a adoção de medidas que recoloquem o país na apropriada rota. É muito importante que as lideranças existentes lembrem que uma democracia não se faz com uma economia em desmoronamento. Como discursou o revolucionário Saint-Just no julgamento de Luís XVI, “não se pode reinar inocentemente”. A sociedade brasileira não merece conviver com a ausência de um mínimo de organização pública.     

Adam Smith e o trabalho.

O trabalho é a única medida universal, assim com a única exata, dos valores, o único padrão que pode nos servir para comparar os valores de diferentes mercadorias em todas as épocas e em todos os lugares. 

Fonte
Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

2014: Feliz ano velho. Em 2015: que venha 2017!!!

Editorial da FOLHA DE S. PAULO: hoje, um resumo de 2014, o ano que 2015 não será. Então, que venha logo 2017. 

O ano de 2015 foi consumido tão rapidamente pela regressão econômica e pela frustração contínua de qualquer otimismo que estatísticas de 2014 parecem agora muito remotas. Os indicadores da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referentes ao ano passado, recém-divulgados, padecem desse anacronismo.

No entanto a Pnad também mostra que os rendimentos e a distribuição da renda resistiram mesmo a um ano em que o PIB per capita se retraiu. Por um lado, é um sinal de que devastações estão por vir; por outro, há indícios neste ano de que os rendimentos pessoais suportavam o impacto da maior recessão em 25 anos.

A desigualdade de rendimentos ainda baixou em 2014, desta vez um tanto mais devido a uma rara retração dos ganhos do décimo mais rico da população.

Quando se consideram os rendimentos pela ótica dos domicílios, ainda houve avanços para todos os décimos em que se convencionalmente divide a população para fins de análise mais rápida da equidade. A renda domiciliar per capita cresceu para todos.

De qualquer modo, a renda dos mais pobres foi a que cresceu mais depressa na década iniciada em 2004. Porém, no ano passado, a renda domiciliar per capita do décimo mais rico era ainda 33,4 vezes a do décimo mais pobre.

É preciso, contudo, ressaltar a que se chegou depois de uma década de progresso: entre o décimo mais pobre dos brasileiros, a renda média por cabeça, em cada casa, era ainda de R$ 155 por mês.

Um indicador preocupante de degradação social foi o aumento de 9,3% no número de trabalhadores infantis. Cerca de 554 mil crianças de 5 a 13 anos trabalhavam no ano passado para ganhar R$ 215 por mês, em média –45,6% nem renda auferiam.

Há nova e ligeira melhora quantitativa na educação, mas ainda quase 44% dos brasileiros maiores de 25 anos e 33% dos empregados não haviam completado nem ao menos o ensino fundamental.

Assustador mesmo é que, uma década depois de avanços um tanto mais rápidos, o país ainda esteja em condições tão precárias para enfrentar a maior regressão econômica desde o início dos anos 1990.

O colchão social hoje é mais alto, decerto, mas não o bastante para amortecer o golpe da recessão e do atual desgoverno.

domingo, 15 de novembro de 2015

Papa Francisco: novo beato brasileiro Francisco de Paula Victor.


Cari fratelli e sorelle,

desidero esprimere il mio dolore per gli attacchi terroristici che nella tarda serata di venerdì hanno insanguinato la Francia, causando numerose vittime. Al Presidente della Repubblica Francese e a tutti i cittadini porgo l’espressione del mio fraterno cordoglio. Sono vicino in particolare ai familiari di quanti hanno perso la vita e ai feriti.

Tanta barbarie ci lascia sgomenti e ci si chiede come possa il cuore dell’uomo ideare e realizzare eventi così orribili, che hanno sconvolto non solo la Francia ma il mondo intero. Dinanzi a tali atti, non si può non condannare l’inqualificabile affronto alla dignità della persona umana. Voglio riaffermare con vigore che la strada della violenza e dell’odio non risolve i problemi dell’umanità e che utilizzare il nome di Dio per giustificare questa strada è una bestemmia!

Vi invito ad unirvi alla mia preghiera: affidiamo alla misericordia di Dio le inermi vittime di questa tragedia. La Vergine Maria, Madre di misericordia, susciti nei cuori di tutti pensieri di saggezza e propositi di pace. A Lei chiediamo di proteggere e vegliare sulla cara Nazione francese, la prima figlia della Chiesa, sull’Europa e sul mondo intero. Tutti insieme preghiamo un po’ in silenzio e poi recitiamo l’Ave Maria.

[Ave Maria…]

Ieri, a Três Pontas, nello Stato di Minas Gerais in Brasile, è stato proclamato beato don Francisco de Paula Victor, sacerdote brasiliano di origine africana, figlio di una schiava. Parroco generoso e zelante nella catechesi e nell’amministrazione dei sacramenti, si distinse soprattutto per la sua grande umiltà. Possa la sua straordinaria testimonianza essere di modello per tanti sacerdoti, chiamati ad essere umili servitori del popolo di Dio.

Saluto tutti voi, famiglie, parrocchie, associazioni e singoli fedeli, che siete venuti dall’Italia e da tante parti del mondo. In particolare, saluto i pellegrini provenienti da Granada, Málaga, Valencia e Murcia (Spagna), San Salvador e Malta; l’associazione “Accompagnatori Santuari Mariani nel Mondo” e l’Istituto secolare “Cristo Re”.

A tutti auguro una buona domenica. E per favore, non dimenticate di pregare per me. Buon pranzo e arrivederci!

15/11/2015.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Samarco: quando a ausência do Estado é falha.

Na edição da EXAME de 11/11/2015, Ricardo Vescovi, presidente da Samarco diz que “as mudanças climáticas estão ocorrendo, só não ver que não quer. Nossa responsabilidade diante disso cresce e temos trabalhado com a ecoeficiência em mente sempre.”
A revista comenta que na Samarco 100% de sua geração térmica para o funcionamento de fornos à base de óleo fora substituído por gás natural. O investimento de R$ 38 milhões nessa conversão, gerou uma economia de R$ 80 milhões ao ano e ajudou a reduzir 10% do nível de emissões de gases de efeito estufa da empresa.
Hoje, a mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, é responsável por um desastre ambiental em Minas Gerais de impactos ainda incalculáveis.

É preocupante que isso ocorra numa empresa que, a princípio, evidencia ter responsabilidade socioambiental. E lamentável descobrir somente agora, durante as apurações, que unidades da empresa funcionavam com Licenças de Operação vencidas. 
Quando o Estado falha onde não deveria falhar! 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

The Economist: The never-ending story.


Santander e Bradesco: onde aplicar o seu dinheiro?

Normalmente é comum a pesquisa pelo menor preço na compra de itens domésticos, por exemplo. No entanto, pelo exemplo abaixo, evidencia-se que também os consumidores, agora clientes, também devem pesquisar junto aos bancos, qual deles oferece a melhor rentabilidade para o seu investimento.  

A título meramente ilustrativo obtido nos sites dos bancos BRADESCO e SANTANDER, hoje, para uma simples aplicação em CDB (certificado de depósito bancário) pós-fixado indexado pelo CDI (certificado de depósito interbancário), que é uma taxa bem próxima da Selic, esses bancos ofertam as seguintes taxas para o valor de R$ 100.000,00:

BRADESCO
CDB Fidelidade: prazo de 720 dias e taxa de 98,50% do CDI. 

SANTANDER
CDB DI: prazo de 722 dias e taxa de 89,33% do CDI. 

Mesmo lembrando que na conversa com o seu gerente o mesmo, com certeza, melhorará as taxas acima, a princípio, você já tem um cenário onde a sua rentabilidade será melhor.  

Agora, o importante é negociar!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

V SIM - Pecege Esalq/USP: Piracicaba - SP.

Inscrições abertas para o V SIM - Simpósio de Agronegócios e Gestão

O evento acontecerá em Dezembro, nos dias 10, 11 e 12, no auditório de Engenharia da Esalq (Piracicaba -SP), e reunirá, no campus da universidade os alunos dos MBAs Esalq/USP para defesas de monografias, tour pelo campus e outras atividades.

Dilma, sem ordem econômica a casa cai! !"Lembrai-vos de 37".


Hoje em sua coluna no ESTADÃO, a competente Eliana Cantanhêde nos recorda o Brasil de 1930/31 ao escrever sobre a situação do ministro Joaquim Levy.
De maneira geral, os péssimos números atuais da economia brasileira não são de responsabilidade do Levy, mas, sim, resultado da condução política ou, provavelmente, da ausência de um gestor político capaz de monopolizar as difíceis decisões que o Executivo deve tomar, sem preocupações com partidos ou tutores.
Qualquer governo não tem sustentação política se a situação econômica não oferece à sociedade bons números. E aí, também como Cantanhêde, temos que recordar dos tempos de Getúlio Vargas.  
Ao final de 1952, os “trabalhadores do Brasil” conviviam com uma inflação de 12,7% ao ano, com viés de alta e a balança comercial amargava um déficit de US$ 280 milhões. O “Diário de Notícias” informava que “o custo de vida disparou no rodopio da espiral inflacionária”.
Com razão, na campanha presidencial de Bill Clinton em 1992, seu marqueteiro produziu a hoje conhecida e verdadeira frase: “É a economia, estúpido! ”.
Por isso, é imperioso que Dilma faça o que deve ser feito no sentido de estabelecer uma economia saudável com a inflação em até 4,5% ao ano, contas públicas em ordem e o câmbio flutuante. Será que isso é pedir demais?     

terça-feira, 10 de novembro de 2015

"Mar de lama": 1953 - Carlos Lacerda.


Sinfrônio, em 2015, traz a sua sensibilidade para todas as lamas que estão sempre presentes no Brasil, não importa o ano e a origem. 

As expectativas.

* O melhor seria que conhecêssemos o futuro - John Maynard Keynes.

* O futuro me preocupa porque é o lugar onde penso passar o resto da minha vida - Woody Allen.

* No Brasil, até o passado é incerto - Pedro Malan.

Esperar depende de cada um, exceto a morte - João Melo.

* Cristiane Schmidt e Fabio Giambiagi


A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...