segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Por que Vikings é melhor que Game of Thrones - Marcelo Rubens Paiva.

Misbehaving: A Construção Da Economia Comportamental.

Um dos pais-fundadores da economia comportamental, Richard H. Thaler remonta neste livro a história dessa disciplina, dos seus primórdios nos anos 1970 até suas aplicações na atualidade. Com exemplos que vão das altas apostas do mercado financeiro até o que nos influencia no momento de escolha do jantar, o autor traça de forma leve e bem-humorada os principais conceitos dessa área de conhecimento, resultando em uma leitura essencial para todos aqueles que desejam se conectar com o futuro do pensamento econômico. Aliando as mais recentes descobertas no campo da psicologia à compreensão prática de incentivos e comportamento de mercado, o livro nos ajuda a tomar decisões mais inteligentes nos âmbitos pessoal e financeiro. Misbehaving revela como o estudo da imprevisibilidade humana pode ser útil para nossas vidas, negócios e governos, transformando assim a forma como pensamos sobre nós mesmos e o mundo.

Vale, triste momento atual.

Por Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere:

Vamos falar da ação da Vale? Neste momento a abordagem é simplesmente técnica, uma vez que temas éticos e morais devem ser tratados em outros fóruns. São tantas vidas que se perderam que não haveriam palavras para dissertar por esta abordagem ... muito, muito triste mesmo.

A pergunta é: qual será o comportamento dos papeis da Vale nos próximos dias? Difícil tentar uma previsão, mas certo é que os mercados punirão estes papeis, por considerar que as incertezas aumentaram e que a companhia tem vários riscos novos no ar. Com certeza as punições acontecerão e multas pesadas virão, mas, ninguém consegue definir o tamanho. As medidas judiciais de bloqueio aconteceram, mas em caráter liminar e não ainda definitivo. As licenças de operação da Vale foram suspensas nestes complexos, mas o que acontecerá com os outros? Vale lembrar que o complexo Ferteco, localizado no lindo município de Brumadinho e região responde por 6 a 7% da produção total da Vale.

E o que falar da reincidência da empresa? Quanto custará isto para uma das maiores empresas do país?

E no exterior, como os clientes da Vale irão se comportar? Deixariam eles de comprar minério da empresa por conta do acidente e da perda acentuada de vidas? Vale lembrar que reconhecidamente a produtividade do minério da Vale é bem acima de seus concorrentes. Interessante que na sexta-feira (25), após divulgação do acidente no mercado internacional, as ações de empresas concorrentes tais como Rio Tinto e BHP subiram.

E os principais acionistas da Vale tais como Mitsui e Bradesco, como enfrentarão este momento? Quanto custa para implementar um plano de contingência nestas barragens, para realmente colocar fim a riscos destes e por que não foi executado? É viável?

Também é incerta qual será a profundidade na punição da empresa pelo governo do presidente Bolsonaro e do Governador Zema.

Por ser uma das maiores empresas pagantes de impostos no país e em Minas Gerais, manter a solidez da empresa também deverá ser de consenso aos governos. Neste momento de aperto fiscal e necessidade de manter as arrecadações, o impacto de uma redução no tamanho de uma empresa como a Vale seria desafiado. Mas até clarificar este horizonte de incertezas, uma coisa é certa: a instabilidade e volatilidade na ação serão altos.

E quem possui a ação, o que fazer?

É complexo dizer, mas quem carrega o papel visando longo prazo e recentemente teve impacto destas quedas acentuadas, pode ter uma oportunidade de melhorar um preço médio em algum momento. A dúvida é qual seria o fundo do poço e a que nível o papel atingiria o menor nível. O preço está relacionado ao lucro e é totalmente impossível prever com exatidão qual o impacto do acidente no lucro da Vale e a futura projeção.

Quem estava comprado no papel visando ganhos de curto prazo e agora tem perdas fortes, o menor prejuízo é aquele que você sabe qual é, vender e realizar as perdas seria recomendável neste momento.

Com certeza comprar o papel agora é precipitado diante de um número muito grande de incertezas.

As ações da Vale vinham bem por conta do potencial de distribuição de dividendos, mas atualmente como pensar em distribuição se a prioridade do management da cia será mitigar todos os impactos que virão e garantir a continuidade da empresa?

Enfim muita coisa pra vir e definições a serem tomadas. Fatores como apetite de risco e tempo no horizonte devem ser fundamentais para determinação sobre como posicionar as carteiras de cada investidor.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

The Monetary and Fiscal History of Brazil, 1960-2016.

Artigo do João Ayres, Marcio Garcia, Diogo A. Guillén e Patrick J. Kehoe na  NBER Working Paper No. 25421.

O cenário econômico americano e os impactos no Brasil.

Em um mundo extremamente globalizado precisamos analisar a situação do Estados Unidos e outras nações para determinar as oportunidades e ameaças da economia brasileira neste ano de 2019. Reflexos externos ecoarão na nossa economia e influenciarão o comportamento dos mercados financeiros e principais ativos.
Para 2019, a expectativa é que a economia do Estados Unidos desacelere por vários fatores: anos contínuos em crescimento, a desaceleração da economia mundial e o impacto dos aumentos da taxa de juros básica da economia. Vale lembrar que a discussão dos economistas é de quantos aumentos serão feitos em 2019, talvez 02 ou 03? Aumentos de 0.25%, sucessivos, representam um imenso efeito cascata, reduzindo a capacidade das empresas investirem, aumentando o endividamento e reduzindo o poder de compra dos consumidores. A boa notícia é que ainda existe expectativa de crescimento positivo, mesmo menor do que anos anteriores, e as chances maiores são contra a entrada da economia dos EUA em uma área de recessão ainda neste ano.
Ao mesmo tempo, da redução nos mercados de ações e commodities, além da remoção gradual de estímulo por parte de alguns bancos centrais, significa que as condições financeiras em todo o mundo estão reduzindo. Combinado com maior incerteza política, esses riscos apontam para uma desaceleração. A expectativa é que o dólar mantenha-se nos atuais níveis elevados durante grande parte de 2019, ou seja, valorizado frente ao resto do mundo e inclusive frente às moedas emergentes.
Já a moeda brasileira deve ser atrativa, pois a taxa Selic no menor patamar do plano real reduz o ímpeto de investidores estrangeiros na busca de rentabilidade na renda fixa. Portanto, caso o Brasil consiga fazer as reformas de previdência e fiscal, podemos ser afetados por um fluxo positivo de investimentos no médio e longo prazo. Mas o dólar hoje, com a expectativa de aumentos de juros nos EUA, tende a se valorizar frente às moedas no mundo. Não seria diferente para o Real. Pelo menos no primeiro semestre veremos muita volatilidade na moeda, mas não temos expectativa de fortes apreciações do real x dólar.
A economia global começou em 2018 com um crescimento forte e sincronizado, mas a dinâmica diminuiu com o avanço do ano e as tendências de crescimento divergiram. Notavelmente, as economias da zona do euro, do Reino Unido, do Japão e da China começaram a enfraquecer. Em contraste, a economia dos EUA acelerou, graças ao estímulo fiscal. O crescimento dos EUA permanecerá acima da tendência, com os fundamentos econômicos permanecendo razoavelmente sólidos.
Para a economia brasileira a expectativa é de crescimento. As disputas comerciais no mundo podem ser fatores positivos para as exportações do país. O Brasil é o melhor dos maiores emergentes e o que oferece neste instante as melhores condições de investimentos: o tamanho do mercado, a estabilidade política, a não restrição a entrada e saída de investimentos e principalmente alta taxa de retorno. Seu patamar da taxa de juros em um nível considerado baixo, comparado a anos anteriores, faz com que o risco de pressão inflacionária seja alto. Nunca o brasileiro teve a taxa básica a um nível tão baixo. Porém visualizamos o Bacen diligente e apto a fazer mudanças rápidas e eficientes, podendo em 2019 ter aumentos graduais de juros.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

Sobre a Belvedere Investimentos
A Belvedere Investimentos é parte do Grupo Belvedere, criado em 2014 pelos sócios Júlio César Lage, Marco Hascal e Ricardo Bueno. Neste período, outros sócios se juntaram à partnership, entre eles o ex-BTG Luis Miranda para ser o estrategista chefe da operação no Brasil. O grupo, que tem sede nos Estados Unidos, e operações em Portugal e Brasil, é uma holding de participações no setor financeiro atuando em wealth management, investment banking, corretora de valores e gestora de patrimônio (asset management).
No Brasil, a Belvedere Investimentos é uma gestora de recursos que possui escritórios em cinco capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória e Recife. Com o objetivo de administrar investimentos de seus clientes no mercado financeiro no Brasil ou no exterior, é voltada a quem busca gestão de investimentos líquidos e ilíquidos, passivo ou ativo. Atualmente, administra 3 bilhões de reais de seus clientes. Sua operação no território brasileiro representa cerca de 40% das receitas da operação do Grupo. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), a Belvedere é uma das gestoras de recursos que mais cresce no país.
Julio Lage, sócio e CEO do grupo Belvedere.

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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Gays de direita.

A primeira edição do Congresso Brasil x Israel aconteceu em um domingo de garoa, dia 4 de março, em uma sinagoga localizada no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo. Em um salão com bancos de madeira escura circundado por um mezanino feito do mesmo material, o pequeno público masculino e feminino, branco e pardo, judeu e gói tomava seus lugares para ouvir a palestra — que começaria com bastante atraso. Vestido com uma camisa roxa, calças negras presas com suspensórios, os cabelos claros formando um topete redondo e usando pequenos óculos de aro prateado, o professor e ativista político Rommel Werneck, o Febo, destoava do estilo simples do figurino dos presentes. Ao descer as escadas do mezanino para conversar com ÉPOCA, despediu-se de uma mulher baixa, morena e de cabelos lisos que vestia uma camiseta amarela onde estava escrito “Mães pelo Escola sem Partido”. Ao receber dois beijos, um em cada face, pediu um terceiro “para casar”.

Economia na Copa do Mundo de 2018.

A Copa do Mundo deverá gerar um incremento de R$ 251,7 milhões no faturamento das atividades especializadas em serviços de alimentação, como bares e restaurantes. A estimativa, divulgada hoje (15), é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O aumento da clientela nos meses de junho e julho corresponderá a 3,3% do faturamento médio mensal normal.

O Elogio do Vira-Lata, novo livro do Eduardo Giannetti.

Exame: A tentação populista.


https://exame.abril.com.br/edicoes/1163/

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Mercado prevê alta de 1,94% no PIB e inflação de 3,82% em 2018.

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia continua em queda, enquanto a projeção para a inflação sobe. De acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada na internet todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2,18% para 1,94%. Essa foi a sexta redução seguida.

Até a previsão de crescimento do PIB para 2019, que permanecia inalterada há 18 semanas seguidas, foi ajustada de 3% para 2,80%, no boletim divulgado hoje (11).

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,65% para 3,82% este ano, no quarto aumento seguido. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4,01% para 4,07%.

Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta, que é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Governo já prevê crescimento menor se país não aprovar reformas.

O país vai crescer abaixo do potencial se não fizer reformas que reequilibrem as contas públicas, disse hoje (11) o ministro do Planejamento, Esteves Colnago. Segundo estimativas apresentadas por ele, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) crescerá apenas 1,3% ao ano de 2021 a 2031 se nada for feito, 2,3% ao ano caso algumas reformas sejam aprovadas e 3,86% ao ano com reformas econômicas profundas que reduzam os gastos e mudanças que aumentem a produtividade.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...