sábado, 16 de outubro de 2021

James A. Robinson: “Os protestos são cruciais para impulsionar a América Latina”.

https://brasil.elpais.com/economia/2021-10-16/james-a-robinson-os-protestos-sao-cruciais-para-impulsionar-a-america-latina.html


Os maus presságios econômicos para a América Latina, uma das regiões mais desiguais do mundo, se intensificaram após a pandemia de covid-19. Os sistemas de saúde foram expostos como deficientes e os confinamentos empurraram os que trabalham no setor informal para a precariedade. Mas, em meio às vozes pessimistas, o premiado economista e cientista político britânico James A. Robinson (61 anos) rema contra a maré com segurança.


Com particular interesse na região, o professor de Ciência Política da Universidade de Chicago é coautor de Por que as nações fracassam?: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza (Elsevier) junto com Daron Acemoglu, professor de Economia do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 2012. A obra é hoje considerada uma das mais importantes no pensamento econômico.


Graduado em Economia e Ciências Políticas pela London School of Economics e doutorado pela Yale University, Robinson fala nesta entrevista ao EL PAÍS com entusiasmo e intensidade. Dá a impressão de que está ansioso para apresentar o argumento que virará qualquer suposição de cabeça para baixo.

Títulos do Tesouro americano: o que você precisa saber!

 


https://br.investing.com/analysis/voce-sabe-como-funcionam-os-titulos-do-tesouro-americano-200445341

Reserve o iPhone 13 Pro - lançamento 22/10/2021.


 https://www.apple.com/br/shop/buy-iphone/iphone-13-pro/tela-de-6,7-polegadas-1tb-grafite



Vale a pena comprar no Brasil?


https://www.istoedinheiro.com.br/brasil-tem-o-iphone-mais-caro-do-mundo-compare-com-outros-paises/

COP 26: Coalizão Brasil defende aumento da meta climática brasileira.

http://www.coalizaobr.com.br/home/index.php/notas-extras/917-coalizao-brasil-defende-aumento-da-meta-climatica-brasileira

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura divulgou documento com uma série de recomendações para apoiar a delegação brasileira que irá à COP 26, que começa em 31 de outubro, na defesa de propostas alinhadas ao Acordo de Paris, à economia de baixo carbono e à justiça climática global. Uma das primeiras recomendações é que o governo brasileiro eleve o compromisso de corte nas emissões dos gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global.

O documento também traz sugestões de soluções para que o Brasil dê contribuições concretas para alcançar as metas propostas. Essas recomendações e soluções foram reunidas em torno de cinco tópicos principais:

1. Ambição climática

2. Regulação dos mercados de carbono

3. Valorização dos ecossistemas

4. Financiamento climático

5. Justiça climática

O documento é o resultado de meses de diálogo, webinares e escuta que a Coalizão promoveu entre seus membros e especialistas convidados.  

Confira aqui: https://bit.ly/2YM62wo

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

El País: Argentina apela para controle de preços diante de alta da inflação.

https://brasil.elpais.com/internacional/2021-10-14/argentina-apela-para-controle-de-precos-diante-de-alta-da-inflacao.html

inflação voltou a acelerar na Argentina. Em setembro ficou em 3,5%, um ponto percentual a mais que em agosto, e com um trimestre para fechar o ano já acumula 37% em 2021. A rápida alta dos preços é ainda mais sentida nos alimentos: em setembro de 2021 custavam 53,4% a mais que no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O Governo de Alberto Fernández quer evitar que a inflação ganhe a disputa com os salários na reta final do ano, marcada pelas eleições legislativas de 14 de novembro. Para isso voltou à ofensiva com uma velha arma: o controle dos preços dos alimentos, nas mãos de um novo secretário de Comércio Interno, Roberto Feletti.

“Fatura” de erros de política monetária e econômica do Brasil já compromete 2022.


https://br.investing.com/analysis/fatura-de-erros-de-politica-monetaria-e-economica-do-brasil-ja-compromete-2022-200445325

Valor: Chico Buarque retrata o Brasil dos anos de chumbo de ontem e hoje.



https://valor.globo.com/eu-e/noticia/2021/10/15/chico-buarque-retrata-o-brasil-dos-anos-de-chumbo-de-ontem-e-hoje.ghtml



ValorInveste: Algumas lições de Round-6 sobre comportamento financeiro.


https://valorinveste.globo.com/blogs/ana-leoni/coluna/algumas-licoes-de-roud-6-sobre-comportamento-financeiro.ghtml

Dica de página de livro no Instagram!

Aos eventuais leitores deste blog peço avaliarem a minha página de livros no Instagram e, se gostarem, seguirem. 


https://www.instagram.com/joaobookshelves/ 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Valor: Economia do Brasil destoa do resto do mundo e perde fôlego.

https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2021/10/13/economia-do-brasil-destoa-do-resto-do-mundo-e-perde-folego.ghtml


FMI reduz previsão para PIB acumulado de 2020 a 2022 para 2,4%, ante estimativa em julho de alta de 2,9%.

Vetores de crescimento para o PIB em 2022.

No www.economiaemdia.com.br de hoje, uma boa análise da previsão do PIB para 2022:
 
Projetamos crescimento de 1,6% para o PIB em 2022. Os principais determinantes para a nossa projeção passam pelo consumo, sustentado pela gradual melhora no mercado de trabalho e reabertura da economia, além da expansão do mercado de crédito e da dinâmica do cenário global.
 
O principal vetor de crescimento econômico dos próximos seis trimestres será o consumo das famílias, com expansão de 3,5% em 2021 e de 1,9% em 2022. A dinâmica de reabertura econômica pelo lado da oferta já avançou de forma relevante. A indústria sofre com restrições de insumos e dificuldades na normalização na cadeia global produtiva, mas a normalização desse quadro deve dar algum impulso ao PIB através da recomposição de estoques. O consumo das famílias, entretanto, que pesa 62,7% do PIB, estava 3,0% abaixo do nível pré-pandemia no segundo trimestre. Entre 2017 e 2019, este foi o motor da atividade econômica, com um crescimento médio de 2,2%. Nossa hipótese admite um retorno gradual do consumo de serviços, especialmente os mais afetados pela pandemia, ao nível observado no final de 2019, o que contribui com 1,2 ponto percentual para o PIB de 2022.
 
Por sua vez, o crédito às empresas e às famílias seguirá dando suporte à economia. Diferentemente de outras crises, os anos de 2020 e de 2021 apresentaram aceleração no volume de crédito. De fato, uma política monetária significativamente expansionista, concomitante a políticas anticíclicas de concessões, permitiu que o crédito absorvesse boa parte dos impactos negativos de empresas e consumidores ao longo da pandemia. Após o final desse ciclo de altas e com a taxa SELIC média de 8,50%, estimamos expansão de 9,6% para o crédito em 2022. Na ótica das empresas, o endividamento está em níveis historicamente baixos e a necessidade de investimentos deixados para trás pela pandemia contrata alguma expansão da demanda. Na ótica das famílias, a baixa inadimplência e a própria recuperação do mercado de trabalho, em especial de empregos formais, serão outra fonte de demanda por crédito.
 
A economia global, por sua vez, produzirá um impulso menor para o Brasil, mas ainda relevante. Projetamos expansão da economia mundial de 6,1% em 2021 e de 4,3% em 2022. A diferença entre o crescimento global e o da economia brasileira será uma das maiores fora de períodos de crise. Logo, o crescimento de 1,6% parece já “descontar” de forma importante o efeito do PIB global sobre o Brasil.
 
Há riscos a serem monitorados nos próximos trimestres. Atualmente, o principal deles é o tema da escassez hídrica. Segundo nossas estimativas, esse evento teria potencial de retirar entre 0,5 e 0,7 ponto percentual de PIB.
 
Analisando todos os vetores e o balanço de riscos de 2022, o crescimento contratado para a economia no próximo ano representa um retorno às condições observadas ao final de 2019. A média do crescimento econômico entre 2017 e 2019 foi de 0,45% por trimestre e este ano deverá fechar em 0,60%. Para 2022, projetamos um crescimento médio de 0,30%, o que já representa um ritmo aquém do visto antes da pandemia. A política monetária em terreno contracionista explica parte desse cenário. Os temas estruturais que afetam a produtividade ainda são os grandes gargalos para uma expansão mais vigorosa e sustentada da economia.

Papa João Paulo I, milagre reconhecido: será proclamado beato.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-10/papa-joao-paulo-i-sera-proclamado-beato.html


VATICAN NEWS

O Papa Francisco, ao receber o Cardeal Marcello Semeraro em audiência na manhã desta quarta-feira (13), autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão de João Paulo I. Trata-se da cura de uma menina de onze anos em Buenos Aires no dia 23 de julho de 2011, que sofria de "encefalopatia inflamatória aguda grave, doença epilética refratária maligna, choque séptico" e que estava em fim de vida. O quadro clínico era muito grave, caracterizado por numerosas crises epiléticas diárias e um estado séptico causado por broncopneumonia. A iniciativa de invocar o Papa Luciani foi tomada pelo pároco da paróquia à qual pertencia o hospital, ao qual ele era muito devoto. Assim abre-se o caminho para a beatificação do Papa Albino Luciani e o próximo passo é apenas aguardar a data, que será fixada por Francisco.

Affonso Celso Pastore no Estadão: PIB brasileiro não pode mais contar com a 'bonança externa'.

 Affonso Celso Pastore*, O Estado de S.Paulo

10 de outubro de 2021 | 04h00

Intercalado por duas recessões – na transição de FHC para Lula e na crise internacional de 2008/09 –, o crescimento econômico brasileiro entre 2002 e 2011 beneficiou-se de uma “bonança externa”. Fomos favorecidos pela elevação dos preços das commodities, decorrente de taxas de crescimento de dois dígitos da China, e pelo contínuo enfraquecimento do dólar. Apesar dos ganhos persistentes de relações de troca, a aceleração do crescimento brasileiro logo conduziu ao aumento de importações e a déficits nas contas correntes. Contudo, a mesma expansão de liquidez que levou ao enfraquecimento do dólar estimulou ingressos de capitais grandes o suficiente para financiar os déficits e aumentar as reservas. 

Algo semelhante, porém em proporção muito menor, ocorreu na reação mundial à pandemia. A rápida recuperação da China levou a novo aumento de preços de commodities, elevando as exportações brasileiras e contribuindo para nossa recuperação. Contudo, nosso elevado risco fiscal impediu que, a exemplo do ocorrido com a grande maioria dos demais países, o real se valorizasse em resposta ao enfraquecimento do dólar. Seu nível persistentemente depreciado e volátil, somado ao forte estímulo monetário proporcionado pelo Banco Central, provocou o aumento da inflação, obrigando a adoção de uma política monetária “suficientemente restritiva”. A consequência será uma taxa de crescimento medíocre em 2022. 

Infelizmente, deste ponto em diante não poderemos mais contar com a contribuição da China. Em abril de 2020, Rogoff e Yang (Peak China Housing, NBER) revelaram que a participação da construção civil e dos serviços a ela relacionados, na China, atinge 29% do PIB. A oferta de habitações cresceu tanto, que já elevou a disponibilidade de imóveis, medida em metros quadrados por habitante, acima dos níveis existentes em países bem mais ricos, como a Alemanha e a França. Ao super investir no setor imobiliário, a China acelerou o crescimento do PIB, mas desperdiçou recursos, e estima-se que hoje haja edifícios vazios capazes de acomodar 30 milhões de famílias. 

O acúmulo de dívidas pelas empresas de construção as expôs ao mesmo risco que culminou na quebra da Evergrande. Como a China possui US$ 3 trilhões de reservas, e o governo tem enorme capacidade de usar recursos fiscais para cobrir os prejuízos, é pouco provável que ocorra uma reedição do “caso Lehman”. Porém, dada a importância do setor na economia, é inevitável a redução do crescimento chinês. 

Essa não é a única preocupação. Durante o período de Mao Zedong, o objetivo do governo era a “transformação socialista e a industrialização”, com a eliminação da propriedade privada em áreas urbanas e nas áreas agrícolas mais ricas, promovendo a “cooperação e a propriedade pública”. Era um regime político e economicamente fechado. 

Sob a presidência de Hu Jintao, a China se transformou em um exemplo do que Branko Milancovic definiu como capitalismo político. Ao contrário do capitalismo liberal meritocrático, o Estado assume um papel de destaque na produção, mas permite que os empreendedores enriqueçam à custa dos trabalhadores e dos agricultores. Grupos empresariais como Alibaba e Jack Ma ajudaram a acelerar o crescimento do país, mas a contrapartida de seu sucesso econômico foi o aumento do poder político, desafiando o do Partido Comunista da China. 

Uma reação foi iniciada sob o comando de Xi Jinping. Cresceu a preocupação com as contradições do sistema, que se resumem nas tensões entre o aumento da riqueza – e do consequente poder político – dos grandes grupos e os baixos benefícios auferidos pelos mais pobres. Por isso, na reorganização do modelo chinês o objetivo é obter a “prosperidade comum a todos”, com o governo intervindo na educação e limitando o poder econômico das grandes empresas, e preocupando-se com o consumo. 

Diante dessa transformação estrutural do modelo, é difícil avaliar qual poderá ser o crescimento chinês. Antes da pandemia, o PIB vinha crescendo em torno de 5% a 5,5%. Porém, diante da enorme tarefa de reestruturação política e econômica recém-iniciada, números em torno de 4% ao ano têm sido frequentes nas avaliações. 

Sem contar com a contribuição de “bonanças externas”, o crescimento do PIB brasileiro depende de nosso governo e de nosso Congresso. É a eles que cabe a responsabilidade na aprovação das reformas que estimulem o nosso crescimento. 

* EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA A.C. PASTORE & ASSOCIADOS. ESCREVE QUINZENALMENTE


https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pib-brasileiro-nao-pode-mais-contar-com-a-bonanca-externa,70003864533

IMF: Fiscal Policy for an Uncertain World.

 https://blogs.imf.org/2021/10/13/fiscal-policy-for-an-uncertain-world/


As public debt rises to record levels, countries need to calibrate fiscal policies to their own unique circumstances.

domingo, 11 de abril de 2021

Morre John Williamson.

http://www.centerforfinancialstability.org/speeches/John_Williamson_Interview.pdf


Michael ReidJohn Williamson, a British economist and compiler of the Washington Consensus, has died aged 83. Though much maligned, the core tenets of the Washington Consensus are more necessary than ever in Latin America. The problem was what it didn't say. RIP.


Dani Rodrik: Very sorry to hear of John Williamson’s passing. He will be remembered for the Washington Consensus which he named. But his own views were considerably more nuanced than what the Consensus came to stand for. He was no fan of financial globalization.

domingo, 4 de abril de 2021

FHC: A hora se aproxima.

A única vantagem que os mais velhos podem eventualmente ter é que já viveram situações difíceis. Elas não deixaram saudades. Os que se aproximam dos 90 anos (questão de três meses no meu caso), passaram pela 2.ª Grande Guerra; viram a migração do Nordeste tocada pela pobreza e, mais tarde, a do Sul, abrindo fronteiras no Oeste e ocupando terras; passaram pelo golpe de 1937, viram outra vez, de lado político distinto, o movimento de 1964 (em ambos os momentos carreiras foram cortadas e, mesmo, vidas ceifadas, às vezes pela tortura) e viram a democracia voltar a ser um valor. A liberdade é como o ar que respiramos: sem nos darmos conta, é dele que vivemos. Basta cortá-lo para aparecerem consequências nefastas.


Daí que eu veja com apreensão o momento atual. O País sofre uma crise sanitária gravíssima (talvez só comparável ao que aconteceu na “gripe espanhola” em 1918-1919); ainda está com as dificuldades econômicas, devidas não apenas à recessão, mas também à utilização de tecnologias poupadoras de mão de obra, as quais, sem que haja dinamismo na produção, mostram com clareza as dificuldades para a obtenção de empregos. E, ainda por cima, temos um governo que não oferece o que mais precisamos: serenidade e segurança no rumo que estamos seguindo.


Nem tudo se deve à condução política do presidente da República. Convém repetir: ele foi eleito pela maioria e disse o que faria... Fez. E não deu certo. Em razão disso, para onde vai o País?


Primeiro, não julgo que seja suficiente distribuir “culpas”. Há várias culpas e vários culpados, interna e externamente. Sejamos realistas: ainda que o presidente fosse capaz de conter os seus ímpetos, não nos livraríamos do vírus que nos atormenta. Mas poderia haver menos mortos. A credibilidade dos que mandam é quase tão eficaz para conter desatinos como a competência dos serviços de saúde para evitar mortes.


A semana que passou dava a sensação (a meu ver, falsa) de que corríamos o risco da volta ao autoritarismo. O símile com situações autoritárias do passado não ajuda a entender as opções disponíveis. Houve, sim, uma forte movimentação de comandos militares. Mas, para dizer em termos simples, trocamos seis por meia dúzia.


Cada chefe militar tem, é natural, suas características e suas manias. Nenhum dos atuais comandantes, antigos ou novos nos postos, imagina que “um golpe” resolva a situação. Não sei o que se passa na cabeça presidencial, mas, ainda que desejasse um “golpe”, com que roupa? Basta ler as declarações dos militares que partiram ou dos que chegaram: quase todos falam em respeitar a Constituição e agir dentro da lei.


Não me parece haver clima, no País e na parte do mundo a que estamos mais vinculados, para aventuras. Dado o porte de nossa economia e a quantidade de questões sociais e econômicas a serem enfrentadas, por que uma pessoa razoável aumentaria as nossas angústias? E as que não são razoáveis? Estas precisam dispor de um clima favorável a suas loucuras, o que não me parece ser o caso.


Sendo assim, aumenta a responsabilidade de cada um dos cidadãos: devemos dizer, com firmeza, sim ao que queremos e não ao que nos assusta. Não é hora de calar, nem de fazer algazarra. Aproveitemos o quanto possível para, com equilíbrio, mostrar a insensatez de concentrar poderes nas mãos de quem quer que seja, pessoa ou instituição.


Defendamos a Constituição da República, que é democrática, e saudemos os políticos que creem que é melhor apoiar quem possa chegar à Presidência sem representar um extremo. Apresentemos aos brasileiros, quanto antes, um programa de ação realista, que permita juntar ao redor dele os partidos e as pessoas para formar um centro que seja progressista, social e economicamente. Centro que não pode ser anódino: terá lado, o da maioria, o dos pobres; mas não só, também o dos que têm visão de Brasil e os que são aptos para produzir.


Quem personificará esse centro? É cedo para saber. É cedo para “fulanizar”, como diria Ulysses Guimarães. Mas é hora de promover a junção das forças capazes de se contrapor a eventuais estrebuchamentos autoritários, antes que surjam propostas que nos levem a eles.


Vejo que alguns políticos se dispõem a agir para evitar que a mesmice predomine. Pelo menos é o que deduzo das declarações recentes de vários líderes da vida brasileira. A eles juntarei minha voz. Sei das minhas limitações e não tenho a ilusão de que, ao escrever que a eles me juntarei, a situação mudará. Mas se cada um dos brasileiros se dispuser a falar e a agir, é de esperar um futuro melhor.


Na política, como na vida, ou se acredita que é possível mudar e obter uma algo melhor, ou se morre por antecipação. Continuemos, pois, vivendo: propondo mudanças, sempre com a expectativa de que elas possam ser realizadas e com elas o Brasil ficará melhor.

SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,a-hora-se-aproxima,70003669535

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...