Com as frustrações de receitas, o governo anunciou ontem (10) o
aumento da meta de déficit fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) para R$ 159 bilhões este ano. A meta para o
próximo ano também foi revista para R$ 159 bilhões.
O déficit primário é o resultado das despesas maiores que as
receitas, sem considerar os gastos com juros da dívida pública. O anúncio foi
feito há pouco pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento,
Dyogo Oliveira.
A alteração das metas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Em 12 meses encerrados em junho,
o déficit primário ficou em R$ 167,198 bilhões, o que
corresponde a 2,62% do Produto Interno Bruto (PIB) , a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país, de acordo com dados do Banco Central (BC).
Originalmente, a meta de déficit estava fixada em R$ 139 bilhões
para este ano e em R$ 129 bilhões para 2018. No entanto, a arrecadação ainda em
queda, e uma série de frustrações de receitas dificultaram o cumprimento da
meta original.
O governo também revisou as projeções para 2019 e 2020. Para 2019,
a estimativa de déficit passou de R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. Para 2020,
o resultado passou de superávit de R$ 10 bilhões para déficit de R$ 65 bilhões.
A equipe econômica revisou ainda para baixo as projeções para o
PIB e a inflação em 2018 em relação aos parâmetros definidos na LDO de 2018. A
previsão de crescimento caiu de 2,5% para 2%. Em relação ao Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção passou de 4,5% para 4,2%. Os
números para 2017 – crescimento de 0,5% do PIB e inflação oficial de 3,7% –
foram mantidos.
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