Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda
aumentaram a previsão do déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central), neste ano, de R$ 145,268 bilhões para R$
154,841 bilhões. O déficit primário é o resultado das despesas maiores que as
receitas, sem considerar os gastos com juros.
A projeção consta na pesquisa Prisma Fiscal elaborada pela
Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em
informações de instituições financeiras do mercado. O resultado foi divulgado
hoje (10). Para 2018, a estimativa de déficit passou de R$ 129 bilhões para R$
130,527 bilhões.
A projeção da arrecadação das receitas federais permanece este ano
em R$ 1,340 trilhão. A estimativa pra a receita total ficou em R$ 1,293
trilhão, contra R$ 1,286 trilhão previsto no mês passado.
A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do
governo geral, que na avaliação das instituições financeiras, que subiu de 75,6%
para 75,9% do Produto Interno Bruto (PI B) . Para 2018, a estimativa foi
ajustada 78,67% para 79,06% do PIB.
Hoje a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado
Federal, também divulgou projeção para o déficit primário. No Relatório de Acompanhamento
Fiscal (RAF) de agosto, a projeção de deficit primário do governo central é R$
156,2 bilhões, contra R$ 144,1 bilhões previstos no mês passado.
Para 2018, a projeção da IFI passou de R$ 166,2 bilhões para R$
153,3 bilhões. Para isso, o governo terá que fazer um contingenciamento de R$
30 bilhões em despesas discricionárias (não obrigatórias).
As estimativas estão acima da meta de R$ 139 bilhões para 2017 e
de R$ 129 bilhões para 2018.
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