terça-feira, 7 de abril de 2020
segunda-feira, 6 de abril de 2020
DW: + Coronavírus - As últimas notícias sobre a pandemia neste 06/04/20 +
Resumo desta segunda-feira (06/04):
- Mundo tem quase 1,3 milhão de casos confirmados, mais de 69 mil mortes e 264 mil pacientes recuperados
- Brasil tem 11.130 casos confirmados e 486 mortes, segundo Ministério da Saúde
- Número de casos na Alemanha ultrapassa 100 mil
- Itália e Espanha têm desaceleração de casos
domingo, 5 de abril de 2020
FHC hoje no O GLOBO: Durante e depois da crise.
Sem diminuir a importância dessas iniciativas, a ação decisiva é dos governos. Os economistas não sabem qual será a profundidade da crise e em quanto tempo virá a recuperação. Mas em um ponto a maioria concorda: às favas (por ora!) a ortodoxia e os ajustes fiscais. Voltamos aos tempos de Keynes e, quem sabe, os mais apressados deixarão de jogar os “social-democratas” na lata de lixo da História. Os governos, e não só o daqui, começam a perceber que é melhor gastar já e salvar vidas do que manter a higidez fiscal e produzir cadáveres e depressão econômica. A dívida pública vai aumentar. Depois se verá como pagá-la. Este se é dúbio: em geral, a maior parte da conta vai para o conjunto da população e não para os que mais podem. Terá de haver mobilização política para que desta vez seja diferente.
Queen Elizabeth, in rare address to British public - Covid-19.
https://www.royal.uk/queens-broadcast-uk-and-commonwealth
We should take comfort that while we may have more still to endure, better days will return
Her Majesty The Queen
Estadão: 'Temos governos que não acreditam na ciência', diz Joseph Stiglitz.
Breno Pires, BRASÍLIA
05 de abril de 2020 | 05h00
O economista Joseph Stiglitz avalia que líderes que emergiram da negação da política mostram-se, nesta pandemia do coronavírus, oportunistas e focados em seus projetos eleitorais, com posturas hesitantes que trarão consequências desastrosas. Prêmio Nobel de Economia em 2001, ele critica a atuação do americano Donald Trump e do brasileiro Jair Bolsonaro para defender um novo contrato entre o mercado, o Estado e a sociedade civil. Em entrevista ao Estado, o professor da Universidade Columbia afirma que a atual crise destaca a importância de um equilíbrio da economia e da ciência, que precisa pautar os governos. “É notável a rapidez com que conseguimos analisar o vírus e descobrir de onde ele veio, desenvolvendo o teste. E toda a ciência é baseada em apoio governamental”, observa. “No Brasil e nos Estados Unidos, temos governos que não acreditam em ciência e estamos vendo as consequências.” As avaliações de Stiglitz também serão detalhadas num livro que o economista lançará, em setembro, no Brasil: People, Power and Profit (Pessoas, Poder e Lucro, numa tradução literal – ainda não tem título em português).
O fato é que, se você não salvar as pessoas, a economia será devastada. Pessoas não irão ao restaurante, ficarão nervosas quanto a ir ao trabalho, não irão voar por aí, haverá medo no ar. Basicamente, a economia se encaminhará para a paralisia se não pararmos a pandemia. Por isso, é uma boa decisão colocar a prioridade nas pessoas e controlar a pandemia. Fizemos isso nos EUA depois de pressão dos democratas e para criar as condições para ressuscitar a economia quando a pandemia estiver sob controle. Mas ainda há buracos.
sábado, 4 de abril de 2020
The Queen will make a television broadcast at 8pm on Sunday
The Queen will deliver an unprecedented televised address on Sunday night, as she speaks as monarch and mother to a nation in the grip of the growing coronavirus outbreak.
It will be the first speech to be made by a monarch at a time of national crisis since the Second World War.
Timed for what Palace aides and the Government hope will be the right moment to reassure and rally the country, it will go out to millions on television and radio at 8pm.
O Globo: Séries para maratonar na quarentena.
Fleabag
Killing Eve
Succession
Segunda chamada
Pose
Barry
Ozark
The Marvelous Mrs. Maisel
This is Us
Game of Thrones
Folha: Coronavírus deve levar o Brasil à pior década econômica da história.
O período de dez anos que se encerra em 2020 poderá registrar a maior queda da renda per capita da história republicana do país, superando até mesmo a contração dos anos 1980, que ficaram cunhados como a década perdida brasileira.
Uma contração do PIB (Produto Interno Bruto) superior a 2% neste ano —que vários analistas já consideram factível— levaria o rendimento médio da população a recuar mais do que o 0,43% amargado entre 1981 e 1990, segundo cálculos de Fernando Montero, economista-chefe da corretora Tullett Prebon.
As medidas necessárias para conter a expansão da Covid-19 já têm surtido efeito, fortemente recessivo. Isso não é exclusividade do Brasil.
El País: Quase 10 milhões de norte-americanos pediram seguro-desemprego nas últimas duas semanas.
Mais de 6,6 milhões de norte-americanos pediram seguro-desemprego na semana passada, estabelecendo pela segunda semana consecutiva um recorde histórico que deixa claro o enorme impacto no mercado de trabalho causado pelas medidas de confinamento da população adotadas para frear os contágios e conter a propagação do coronavírus. Se somarmos os dados desta semana e os da passada, publicados pelo Departamento do Trabalho, quase 10 milhões de pessoas solicitaram o benefício em 15 dias. Até agora, a pior semana havia sido em 1982, quando foram registrados 685.000 pedidos.
DW: + Coronavírus: As principais notícias sobre a pandemia 04/04/20 +
Resumo deste sábado (04/04):
- Mundo tem 1,1 milhão de casos confirmados, mais de 60 mil mortes e 233 mil pacientes recuperados
- Brasil registra 9.056 casos e 359 mortes, segundo Ministério da Saúde
- Mortes na Alemanha passam de 1.200
- EUA têm mais de 7 mil mortos e 278 mil casos
- Governo dos EUA passa a recomendar máscaras para quem sair às ruas
sexta-feira, 3 de abril de 2020
FMI/IMF: Save lives or save jobs, this is a false dilemma.
Some say there is a trade-off: save lives or save jobs – this is a false dilemma.
Reuters: Possivelmente chegaremos a R$1 tri em medidas nas próximas semanas ou meses, diz Guedes.
https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKBN21L2ZZ-OBRTP
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira que os programas para combate ao coronavírus devem chegar a 1 trilhão de reais nas próximas semanas ou meses, pontuando que o déficit primário já está em 6% do Produto Interno Bruto (PIB).
“(Programas) já passaram dos 800 bilhões, possivelmente chegarão a quase 1 trilhão de reais ao longo das próximas semanas ou meses, por isso é que nós precisamos não só dessa blindagem jurídica, mas dessa blindagem legislativa”, afirmou ele, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
The Economist: Covid-19 presents stark choices between life, death and the economy.
|
quarta-feira, 1 de abril de 2020
domingo, 29 de março de 2020
Luigi Zingales e a crise da Covid-19.
Zingales afirma que a crise de covid-19 exige uma resposta dos governos à altura de um esforço de guerra e que deveriam fazer todo possível para manter o maior número possível de seus cidadãos em casa. O economista italiano defende a criação de uma renda emergencial universal, condicionada ao cumprimento do confinamento por semanas. O dinheiro viria da taxação de riquezas, uma pauta historicamente ligada à esquerda no Brasil, e da impressão de moeda, com o cuidado de manter a inflação sob controle. Autor de Saving Capitalism from the Capitalists (2003; Salvando o Capitalismo dos Capitalistas, em tradução livre) e A Capitalism for the People: Recapturing the Lost Genius of America...
Gustavo Franco: O Corona e a economia.
Esta crise reúne as piores características de todas as anteriores: a insegurança que veio com o 09-11, a ansiedade com o HIV, o impacto econômico sistêmico de 2008, tudo isso junto com a turbulência financeira, que foi a tônica das crises dos anos 1990. Mas há singularidade.
Esta crise não nos traz um problema cambial, o que não quer dizer que não vai ter agitação nesse mercado, sempre tem, e pode ser que tenha mais, mas o câmbio não é um tema importante dessa vez.
A inflação está prostrada numa mínima histórica e, com isso, o país entra na crise com os juros a 3,75%, o que muda todo o protocolo, sobretudo numa crise na qual o crédito é o primeiro problema a enfrentar. Ainda bem que fizemos o dever de casa no passado, contrariamente à opinião da medicina econômica alternativa.
Pois bem, o custo do endividamento, público e privado, vai ser muito menor do que em qualquer outro episódio de estresse financeiro do passado. Mas é preciso que a liquidez chegue a quem precisa, trabalho para o BC monitorar os bancos, sobretudo os analógicos (os digitais nunca passaram por isso, e poderão ajudar muito, pois sua “agência” é o seu celular, onde não tem aglomeração).
sábado, 28 de março de 2020
G1: Cidades dos EUA que usaram isolamento social contra gripe espanhola tiveram recuperação econômica mais rápida, diz estudo.
Cidades dos EUA que usaram isolamento social contra gripe espanhola tiveram recuperação econômica mais rápida, diz estudo. A pesquisa publicada na última quinta-feira (26/03) é assinada pelos economistas Sergio Correa, do Banco Central americano, Stephan Luck, do Banco Central de Nova York, e Emil Verner, do Instituo de Tecnologia de Massachusetts.
sexta-feira, 27 de março de 2020
quinta-feira, 26 de março de 2020
Paul Krugman: Is density deadly?
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
quarta-feira, 25 de março de 2020
10 dicas do Frei Betto para enfrentar a reclusão em tempos de pandemia.
https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus-servico/dez-dicas-para-enfrentar-reclusao-em-tempos-de-pandemia-1-24327354
1. Mantenha corpo e cabeça juntos. Estar com o corpo confinado em casa e a mente focada lá fora pode causar depressão.
2. Crie rotina. Não fique de pijama o dia todo, como se estivesse doente. Imponha-se uma agenda de atividades: exercícios físicos, em especial aeróbicos (para estimular o aparelho respiratório), leitura, arrumação de armários, limpeza de cômodos, cozinhar, pesquisar na internet etc.
3. Não fique o dia todo diante da TV ou do computador. Diversifique suas ocupações. Não banque o passageiro que permanece o dia todo na estação sem a menor ideia do horário do trem.
4. Use o telefone para falar com parentes e amigos, em especial com os mais velhos, os vulneráveis e os que vivem só. Entretê-los fará bem a eles e a você.
5. Dedique-se a um trabalho manual: consertar equipamentos, montar quebra-cabeças, costurar, cozinhar etc.
6. Ocupe-se com jogos. Se está em companhia de outras pessoas, estabeleçam um período do dia para jogar xadrez, damas, baralho etc.
7. Escreva um diário da quarentena. Ainda que sem nenhuma intenção de que outros leiam, faça-o para si mesmo. Colocar no papel ou no computador ideias e sentimentos é profundamente terapêutico.
8. Se há crianças ou outros adultos em casa, divida com eles as tarefas domésticas. Estabeleça um programa de atividades, e momentos de convívio e momentos de cada um ficar na sua.
9. Medite. Ainda que você não seja religioso, aprenda a meditar, pois isso esvazia a mente, retém a imaginação, evita ansiedade e alivia tensões. Dedique ao menos 30 minutos do dia à meditação.
10. Não se convença de que a pandemia cessará logo ou durará tantos meses. Aja como se o período de reclusão fosse durar muito tempo. Na prisão, nada pior do que advogado que garante ao cliente que ele recuperará a liberdade dentro de dois ou três meses. Isso desencadeia uma expectativa desgastante. Assim, prepare-se para uma longa viagem dentro da própria casa.
* Frei Betto é escritor, autor de “Cartas da prisão” (Companhia das Letras), entre outros livros.s
1. Mantenha corpo e cabeça juntos. Estar com o corpo confinado em casa e a mente focada lá fora pode causar depressão.
3. Não fique o dia todo diante da TV ou do computador. Diversifique suas ocupações. Não banque o passageiro que permanece o dia todo na estação sem a menor ideia do horário do trem.
4. Use o telefone para falar com parentes e amigos, em especial com os mais velhos, os vulneráveis e os que vivem só. Entretê-los fará bem a eles e a você.
5. Dedique-se a um trabalho manual: consertar equipamentos, montar quebra-cabeças, costurar, cozinhar etc.
6. Ocupe-se com jogos. Se está em companhia de outras pessoas, estabeleçam um período do dia para jogar xadrez, damas, baralho etc.
7. Escreva um diário da quarentena. Ainda que sem nenhuma intenção de que outros leiam, faça-o para si mesmo. Colocar no papel ou no computador ideias e sentimentos é profundamente terapêutico.
8. Se há crianças ou outros adultos em casa, divida com eles as tarefas domésticas. Estabeleça um programa de atividades, e momentos de convívio e momentos de cada um ficar na sua.
9. Medite. Ainda que você não seja religioso, aprenda a meditar, pois isso esvazia a mente, retém a imaginação, evita ansiedade e alivia tensões. Dedique ao menos 30 minutos do dia à meditação.
10. Não se convença de que a pandemia cessará logo ou durará tantos meses. Aja como se o período de reclusão fosse durar muito tempo. Na prisão, nada pior do que advogado que garante ao cliente que ele recuperará a liberdade dentro de dois ou três meses. Isso desencadeia uma expectativa desgastante. Assim, prepare-se para uma longa viagem dentro da própria casa.
* Frei Betto é escritor, autor de “Cartas da prisão” (Companhia das Letras), entre outros livros.s
terça-feira, 24 de março de 2020
Yuval Noah Harari: O antídoto para a epidemia não é a segregação, mas a cooperação.
Hoje a humanidade enfrenta uma crise aguda, não apenas devido ao coronavírus, mas também devido à falta de confiança entre os seres humanos. Para derrotar uma epidemia, as pessoas precisam confiar em especialistas científicos, os cidadãos precisam confiar nas autoridades públicas e os países precisam confiar uns nos outros. Nos últimos anos, políticos irresponsáveis minaram deliberadamente a confiança na ciência, nas autoridades públicas e na cooperação internacional. Como resultado, agora estamos enfrentando esta crise desprovida de líderes globais que podem inspirar, organizar e financiar uma resposta global coordenada.
segunda-feira, 23 de março de 2020
IMF warns Covid-19 recession could be worse than financial crisis,
“First, the outlook for global growth: for 2020 it is negative—a recession at least as bad as during the global financial crisis or worse. But we expect recovery in 2021. To get there, it is paramount to prioritize containment and strengthen health systems—everywhere. The economic impact is and will be severe, but the faster the virus stops, the quicker and stronger the recovery will be.
ONU: COVID-19.
Nuestro mundo se enfrenta a un enemigo común: el COVID-19.
Este virus no entiende de nacionalidad ni de etnia, facción o fe. Ataca a todos, sin tregua.
Mientras tanto, los conflictos armados continúan en todo el mundo.
Los más vulnerables — las mujeres y los niños, las personas con discapacidad, las personas marginadas y desplazadas — pagan el precio más elevado.
También son quienes tienen un mayor riesgo de sufrir devastadoras pérdidas por el COVID-19.
No olvidemos que en los países devastados por la guerra ha habido un colapso de los sistemas de salud..
Los profesionales de la salud, ya escasos, han sido con frecuencia atacados.
Los refugiados y otras personas desplazadas por conflictos violentos son doblemente vulnerables.
La agresividad del virus ilustra la locura de la guerra.
Necesitamos poner fin al mal de la guerra y luchar contra la enfermedad que está devastando nuestro mundo.
Por eso, hoy pido un alto al fuego mundial inmediato en todos los rincones del mundo.
Es hora de “poner en encierro” los conflictos armados, suspenderlos y centrarnos juntos en la verdadera lucha de nuestras vidas.
A las partes beligerantes les digo:
Cesen las hostilidades.
Dejen de lado la desconfianza y la animosidad.
Silencien las armas; detengan la artillería; pongan fin a los ataques aéreos.
Es crucial que lo hagan …
Para ayudar a crear corredores a fin de que pueda llegar la ayuda vital.
Para abrir oportunidades de valor incalculable para la diplomacia.
Para llevar esperanza a los lugares más vulnerables al COVID-19.
Inspirémonos en las coaliciones y el diálogo que poco a poco van tomando forma entre las partes rivales para permitir nuevas formas de hacer frente al COVID-19. Pero no solo eso; necesitamos mucho más.
Necesitamos poner fin al mal de la guerra y luchar contra la enfermedad que está devastando nuestro mundo.
Y esto empieza poniendo fin a los enfrentamientos en todas partes. Ahora.
Eso es lo que la familia que somos la humanidad necesita, ahora más que nunca.
https://www.un.org/es/coronavirus/articles/fury-virus-illustrates-folly-war
Este virus no entiende de nacionalidad ni de etnia, facción o fe. Ataca a todos, sin tregua.
Mientras tanto, los conflictos armados continúan en todo el mundo.
Los más vulnerables — las mujeres y los niños, las personas con discapacidad, las personas marginadas y desplazadas — pagan el precio más elevado.
También son quienes tienen un mayor riesgo de sufrir devastadoras pérdidas por el COVID-19.
No olvidemos que en los países devastados por la guerra ha habido un colapso de los sistemas de salud..
Los profesionales de la salud, ya escasos, han sido con frecuencia atacados.
Los refugiados y otras personas desplazadas por conflictos violentos son doblemente vulnerables.
La agresividad del virus ilustra la locura de la guerra.
Necesitamos poner fin al mal de la guerra y luchar contra la enfermedad que está devastando nuestro mundo.
Por eso, hoy pido un alto al fuego mundial inmediato en todos los rincones del mundo.
Es hora de “poner en encierro” los conflictos armados, suspenderlos y centrarnos juntos en la verdadera lucha de nuestras vidas.
A las partes beligerantes les digo:
Cesen las hostilidades.
Dejen de lado la desconfianza y la animosidad.
Silencien las armas; detengan la artillería; pongan fin a los ataques aéreos.
Es crucial que lo hagan …
Para ayudar a crear corredores a fin de que pueda llegar la ayuda vital.
Para abrir oportunidades de valor incalculable para la diplomacia.
Para llevar esperanza a los lugares más vulnerables al COVID-19.
Inspirémonos en las coaliciones y el diálogo que poco a poco van tomando forma entre las partes rivales para permitir nuevas formas de hacer frente al COVID-19. Pero no solo eso; necesitamos mucho más.
Necesitamos poner fin al mal de la guerra y luchar contra la enfermedad que está devastando nuestro mundo.
Y esto empieza poniendo fin a los enfrentamientos en todas partes. Ahora.
Eso es lo que la familia que somos la humanidad necesita, ahora más que nunca.
https://www.un.org/es/coronavirus/articles/fury-virus-illustrates-folly-war
O Globo: Somos todos responsáveis.
A epidemia mundial de coronavírus lembra pestes na Idade Média, pandemias também de doenças respiratórias como a Gripe Espanhola, em 1917/18, e a Sars, mais recente, há 17 anos. Mas nunca houve nada igual, pela velocidade com que o vírus se espalha pelo planeta, representando grave perigo para as populações. Identificado na cidade chinesa de Wuhan, no fim do ano passado, e depois de se espalhar pela Ásia, contaminar a Europa e entrar nas Américas, o coronavírus passou a ser uma das maiores ameaças na História à ordem econômica, social e política. Mesmo que fosse possível sociedades não serem contaminadas, elas seriam atingidas, porque é impossível saírem ilesas de uma recessão mundial como a que está em gestação avançada.
O Brasil, um dos dez maiores PIBs do mundo, sofrerá danos severos. Pelo tamanho da crise que se aproxima e devido às características da epidemia, a questão não é só do governo, do Congresso, dos poderes republicanos. É de responsabilidade de todos. A superação dos grandes e múltiplos problemas que aí estão — na saúde, na economia, no campo social e, por consequência, na política —, e que se agravarão, precisará de uma mobilização e engajamento da sociedade talvez nunca vistos. Não se trata de uma causa política, ideológica. Mas de sobrevivência, em sentido amplo.
A responsabilidade pelo sucesso ou fracasso será de todos. Na entrevista coletiva do Ministério da Saúde concedida no sábado, o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, pediu à população para não esperar o poder público para tomar atitudes. Disse, acertadamente, que como a imprensa há dias dá total prioridade ao noticiário do coronavírus, com repetidas informações práticas de como todos precisam se comportar, cada um deve saber a sua parte. É essencial se recolher, para evitar a retransmissão de um vírus veloz.
Neste sentido, foi frustrante, deseducativo e despido de qualquer espírito de cidadania, o carioca encher praias e bares no penúltimo fim de semana. Bem como idosos, grupo vulnerável ao vírus, continuarem no calçadão de Copacabana e praças, correndo risco de contrair a doença e ainda se transformar em uma plataforma ambulante de contaminação. É descabido o prefeito Crivella pensar em pedir ao Exército soldados para mandar pessoas de idade avançada para casa, por ser um desatino converter militares em guardas de costume. Mas inconsequência de idosos é inaceitável.
Pode ser que a falta de sol no fim de semana tenha ajudado a esvaziar as ruas. A melhor hipótese é que esteja afinal aumentando a consciência da seriedade do momento, à medida que o número de contaminados e mortos cresce. É necessário entender que bastam alguns poucos irresponsáveis para muitos padecerem.
Os empresários são um elo estratégico na crise. São eles que empregam a maior parte da força de trabalho e que, se nada for feito, serão obrigados a demitir em massa, porque a recessão fará com que suas receitas desabem. Ou desapareçam. A previsão para a economia americana é que a taxa de desemprego, na faixa de 4%, das mais baixas de que se tem registro, dispare para 20%. No Brasil, o índice se encontrava em janeiro em 11,2%. Estava em queda, vai subir outra vez, não se sabe até onde.
Foi decretado pelo Congresso estado de calamidade pública, a pedido do Planalto, para o governo não obedecer à meta fiscal. Não conseguiria mesmo. Com as receitas em queda vertiginosa, as empresas precisam de dinheiro para pagar a folha de salários. Os bancos públicos serão mobilizados. É possível que também possam atrasar impostos.
Acionistas e executivos das empresas precisam também entender que são parte do esforço coletivo de reconstrução para o bem de todos, pessoas físicas e jurídicas. Empresas já recebem mais de R$ 300 bilhões anuais em incentivos, ou 4,5% do PIB, dinheiro do contribuinte. Para sobreviverem, como a sociedade deseja e precisa, alguns novos bilhões do Erário terão de ser repassados para o seu caixa. Será preciso muita seriedade de gestores e acionistas na administração desses recursos. A prioridade tem de ser a manutenção do emprego. O restabelecimento de margens de lucro pode ficar para depois. A questão social se torna grave junto com a econômica, só que ela explode rapidamente nas ruas.
O chamamento à responsabilidade alcança os políticos. Muitos demonstram a mesma inconsciência de tantos diante do maremoto que se aproxima do país. Ano de eleições municipais, aspirantes a 2022 se agitam. Não causariam tantos danos se não fossem o presidente da República e os governadores de São Paulo e Rio de Janeiro, os dois maiores estados.
É louvável que João Doria e Wilson Witzel estejam ativos diante da crise e procurem prestar contas diariamente por meio da imprensa. Mas enquanto Bolsonaro e os dois governadores fazem guerra de decretos e medidas provisórias para saber quem terá a primazia de fechar ou abrir portos, aeroportos e estradas — a União é que deve tratar do assunto, por óbvio —, a situação exige a cooperação entre todas as esferas do poder.
Disso depende um país. Antes da crise, entre trabalhadores sem carteira de trabalho, trabalhadores domésticos e autônomos eram 46,8 milhões. Há ainda milhões que estão no mercado formal e que podem perder o emprego com a crise e aumentar a população deste Brasil pobre, a depender do entendimento entre os brasileiros.
Assinar:
Postagens (Atom)
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
É lamentável que tenhamos poucas vozes na oposição com a lucidez do FHC . De sua excelente entrevista na CONJUNTURA ECONÔMICA deste mês, de...
-
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
O 1º Fórum Insper de Políticas Públicas , que acontecerá no campus da instituição no dia 05.09, irá reunir pesquisadores renomados da Améri...