Do Jornal Nacional de hoje leia a matéria abaixo e questione como o governo gasta o seu, o meu, o nosso dinheiro. Alguém acredita que se fosse uma iniciativa privada o investidor deixaria o dinheiro dele indo literalmente para o LIXO?
Acorda Brasil. Neste caso são "apenas" R$ 20.000.000,00 "investidos", mas acredito que temos "outras" obras nessas condições. Por falar nisso, como está a transposição do Rio São Francisco?
Um terminal de
pesca pronto há três anos está vazio em Manaus porque
as autoridades não se entendem sobre quem deve administrar os armazéns.
Enquanto isso, o peixe que não é vendido na hora vai para o lixo.
Toneladas de
peixe jogadas fora. Sem ter onde estocar a produção, pescadores de Manaus
usam o porão dos barcos. Mas os peixes acabam estragando e vão parar no lixo.
Tudo isso com um terminal pesqueiro novinho em folha.
O lugar foi
construído com dinheiro público, está pronto há três anos, mas não funciona.
"Foi um investimento iniciado em 2005 e até hoje não foi inaugurado o
terminal pesqueiro", diz Walzenir Falcão, presidente da Federação dos
Pescadores do Amazonas
Faz tanto
tempo que a obra acabou que os tanques estão cheios de teia de aranha. O galpão
que deveria receber o pescado está completamente vazio. As câmaras frigoríficas
estão prontinhas, mas, desde 2010, ninguém decide quem vai equipar e administrar
o terminal.
A balsa de
atracação e o galpão para estocagem do pescado foram construídos a partir de
acordos entre a prefeitura de Manaus, Ministério da Pesca e Ministério dos
Transportes. Já foram gastos R$ 20 milhões.
O Ministério
dos Transportes diz que o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit), que fez a obra, vai repassar o terminal para o Ministério
da Pesca. O Ministério da Pesca diz que não é o responsável e que vai apenas
equipar o terminal. A prefeitura diz que, por questões burocráticas, ainda não
pode assumir a administração.
"Infelizmente
não foi repassado pra prefeitura. Estamos aguardando este processo que está em
tramitação. E nós da prefeitura temos o maior interesse de administrar",
aponta Jefferson Praia, secretário de Abastecimento de Manaus.
Enquanto não
sai uma solução, pescadores decidiram invadir o terminal. Eles atracam os
barcos mesmo antes da liberação.
3 comentários:
Prezado João,
não entendo "niente" de economia (pelo menos em termos formais: não li os clássicos) mas tenho certeza que sem logísticas adequadas, sem ter como escoar os seus produtos, qualquer empresa vai à falência.
Por que é, então, que seria diferente com os governos que gerenciam (ou deveriam bem gerir) as empresas públicas?
É inacreditável a falta de planejamento, de organização, deste governo que só pensa em estratégias quando se trata de bolar formas de permanência no poder.
Parabéns pelo seu blog!
Um abraço da Maria do Espírito Santo (do blog do Tambosi)
Prezada Maria, bom dia!
Obrigado pela visita e comentário.
Você pode até não ter lido os clássicos da Economia, mas o que você leu dos clássicos da literatura universal é por demais fabuloso. Parabéns.
Realmente é muito triste ler que o governo não gerencia com competência determinadas áreas e o prejuízo é nosso. Também concordo com você: o governo deve trabalhar mais na gestão da coisa pública e menos na eleição de 2014.
Torço para que a presidente consiga manter os pilares da política econômica herdados da era FHC e não se deixe seduzir pelo canto de alguma sereia... Afinal, o Brasil merece mais.
Um ótimo domingo para você.
A meta sempre será a permanência no poder, a próxima eleição e coisa e tal. Infelizmente o descaso vai de Norte ao Sul, não cabe aqui culpar partido "A" nem defender a politica adotada por "B", acho que os tempos são outros, as medidas idem. Mas acho que a "responsabilidade" com o dinheiro do povo deveria ser obrigatória em toda e qualquer situação. No caso em questão o Brasil perde em diversas esferas (emprego, renda, exportação, segurança alimentar...)E assim vai seguindo um ciclo, programas,planos como o Plano de Safra e Aquicultura... tudo tão lindo, tão utópico, mas é tudo tão burocrático, caro... e inversamente proporcional a quantidade de dinheiro gasto.
Abraço.
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