Mostrando postagens com marcador CAPITALISMO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CAPITALISMO. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 5 de junho de 2014
domingo, 15 de setembro de 2013
15 de setembro de 2008: cinco anos de crise.
Leio no site do Ministério da Fazenda, matéria do BRASIL ECONÔMICO sobre o 5º aniversário da quebra do Lehman Brother.
Cinco
anos se passaram após a quebra do banco Lehman Brothers, período em que os
Estados Unidos superaram uma recessão histórica ao preço de níveis de dívida
recordes e de uma forte intervenção do Estado na economia. “Não estamos em uma
situação fantástica, mas a economia, pelo menos, se estabilizou”, disse à AFP
Kenneth Rogoff, professor de Harvard e ex-economista- chefe do FMI. No dia 15
de setembro de 2008, quando o Lehman Brothers quebrou, a economia americana
vinha sofrendo havia vários meses com os créditos imobiliários de alto risco,
os “subprimes”.
Mas a queda do gigante bancário, ícone deWall Street durante mais de um século, desencadeou uma profunda crise financeira que se propagou para o restante do mundo. O Estado federal abriu os cofres e disponibilizou rapidamente US$ 420 bilhões para reforçar os caixas dos bancos, como o Bank of America ou o Citigroup, entre outros, assim como os de montadoras, como a General Motors e a Chrysler, grandes geradores de emprego. Mas o governo não conseguiu conter uma queda livre da economia.
Entre setembro de 2008 e setembro de 2009, a taxa de desemprego subiu de 6,1% para 9,8%. A atividade econômica desabou, em particular no último trimestre de 2008. Ao mesmo tempo, o déficit fiscal cresceu devido aos planos de resgate, passando de 3,2% para 10,1% do PIB entre 2008 e 2009.
Para acalmar os mercados, os gigantes bancários foram submetidos a um teste de resistência. Votada em 2010, a lei Dodd-Frank de regulação de Wall Street instituiu o mecanismo por norma. Embora esse projeto de 2.300 páginas para reformar Wall Street tenha sido adotado em julho de 2010 pelo Congresso, sua total entrada em vigor não foi concluída, a espera dos decretos de regulamentação.
O governo Obama teve que aprofundar a intervenção do Estado em seu primeiro ano de governo, e em fevereiro de 2009, pouco depois de assumir, lançou um plano de reativação de US$ 787 bilhões destinado a fomentar o consumo e o vital setor imobiliário. A venda de residências melhorou, mas o consumo, tradicional motor do crescimento nos Estados Unidos, perdeu força, e o patrimônio dos americanos sofreu perdas “espetaculares”.
O desemprego, a 7,3%, segue elevado, e a proporção de pessoas que deixaram de buscar trabalho está em seu índice máximo em mais de 35 anos. Em cinco anos, a dívida pública do país disparou mais de 65%, a mais de US$16 trilhões.
sábado, 24 de agosto de 2013
O capitalismo de Roberto Campos em 2013.
A
vantagem do capitalismo é que, por ter exemplos de sucesso, admite fracassos e
tem mecanismos de correção. Para os socialistas, ao invés, o fracasso é apenas
um sucesso mal explicado.
Fui
um bom profeta. Pelo menos, melhor que Marx. Ele previra o colapso do
capitalismo; eu previ o contrário, o fracasso do socialismo.
Foi
precisamente o capitalismo 'selvagem' dos americanos, que fala mais em
individualismo que em solidariedade, mais em competição que em compaixão, que
se provou o mais 'includente', criando empregos não só para os nativos mas para
milhões de 'excluídos' de outros continentes.
sábado, 1 de junho de 2013
Keynes é nosso.
Localizei em meus arquivos este artigo do Gustavo Franco, o qual compartilho com os meus quase, ainda, espero, dois fiéis leitores.
Há muita gente celebrando o fim do capitalismo, ou do neoliberalismo, os termos são
usados como sinônimos.
Mas é verdade
também que todos os celebrantes estão com muito medo, por causa de ao menos uma
de três razões: não têm idéia do que está se passando, não sabem o que vem
"depois" e, como as pessoas comuns, têm dúvidas sobre suas poupanças,
sua aposentadoria, essas coisas materiais que afetam até mesmo os grandes
poetas.
Embora a
atmosfera esteja carregada demais para vaticínios, parece razoável supor que o
capitalismo não vá acabar. E mais: como disse recentemente Paul Samuelson, a
economia de mercado tem cerca de mil anos de serviços prestados, ao passo que
os experimentos sob os auspícios de Marx, Lênin, Stálin, Fidel, Chávez são nada
menos do que trágicos. Tal como a democracia, o capitalismo tem muitos
defeitos, mas bate a concorrência por ampla margem.
Vale lembrar
que as crises financeiras existem desde sempre, e que invariavelmente são
combatidas por intervenções salvadoras dos governos, que terminam fazendo o
sistema mais robusto. John Maynard Keynes, tão lembrado recentemente, foi um
dos heróis na vitória sobre uma grande crise e estava muito longe de ser hostil
ao que hoje se chama de neoliberalismo.
Muito ao
contrário, desprezava os heterodoxos e dizia que a luta de classes sempre o
encontraria ao lado da burguesia educada.
Na verdade,
para os que acreditam em mercados e no capitalismo, o pragmatismo se chama
Keynes. É dele que as pessoas falam quando é preciso inovar e produzir uma
"resposta criadora" diante de uma urgência grave e inesperada. Podiam
invocar também Schumpeter, a quem pertence esta linguagem, mas dá no mesmo.
Ambos eram homens do sistema, e não "rebeldes".
O fato é que,
na presença de crises bancárias, sempre há intervenção governamental, e não é
preciso ir longe para atestar: aqui mesmo, durante uma época que se dizia haver
um "interlúdio neoliberal", entre 1995 e 1998, o Banco Central do
Brasil fez cerca de 80 intervenções em bancos, metade no contexto de regimes
especiais, o resto no contexto de mudanças de controle acionário com variado
grau de incentivo ou empurrão.
Graças a
estas intervenções não tivemos crise bancária na ocasião, e chegamos a este
momento com o sistema em excelentes condições.
Fica-se com a
impressão de que "intervenções do Estado no domínio econômico" têm
mais chances de funcionar quando feitas por gente que acredita em mercados e
que vê a intervenção como exceção, não como regra.
sábado, 4 de maio de 2013
Como rasgar dinheiro no Brasil: o governo arrecada, gasta mal e quem perde é você.
Do Jornal Nacional de hoje leia a matéria abaixo e questione como o governo gasta o seu, o meu, o nosso dinheiro. Alguém acredita que se fosse uma iniciativa privada o investidor deixaria o dinheiro dele indo literalmente para o LIXO?
Acorda Brasil. Neste caso são "apenas" R$ 20.000.000,00 "investidos", mas acredito que temos "outras" obras nessas condições. Por falar nisso, como está a transposição do Rio São Francisco?
Um terminal de
pesca pronto há três anos está vazio em Manaus porque
as autoridades não se entendem sobre quem deve administrar os armazéns.
Enquanto isso, o peixe que não é vendido na hora vai para o lixo.
Toneladas de
peixe jogadas fora. Sem ter onde estocar a produção, pescadores de Manaus
usam o porão dos barcos. Mas os peixes acabam estragando e vão parar no lixo.
Tudo isso com um terminal pesqueiro novinho em folha.
O lugar foi
construído com dinheiro público, está pronto há três anos, mas não funciona.
"Foi um investimento iniciado em 2005 e até hoje não foi inaugurado o
terminal pesqueiro", diz Walzenir Falcão, presidente da Federação dos
Pescadores do Amazonas
Faz tanto
tempo que a obra acabou que os tanques estão cheios de teia de aranha. O galpão
que deveria receber o pescado está completamente vazio. As câmaras frigoríficas
estão prontinhas, mas, desde 2010, ninguém decide quem vai equipar e administrar
o terminal.
A balsa de
atracação e o galpão para estocagem do pescado foram construídos a partir de
acordos entre a prefeitura de Manaus, Ministério da Pesca e Ministério dos
Transportes. Já foram gastos R$ 20 milhões.
O Ministério
dos Transportes diz que o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit), que fez a obra, vai repassar o terminal para o Ministério
da Pesca. O Ministério da Pesca diz que não é o responsável e que vai apenas
equipar o terminal. A prefeitura diz que, por questões burocráticas, ainda não
pode assumir a administração.
"Infelizmente
não foi repassado pra prefeitura. Estamos aguardando este processo que está em
tramitação. E nós da prefeitura temos o maior interesse de administrar",
aponta Jefferson Praia, secretário de Abastecimento de Manaus.
Enquanto não
sai uma solução, pescadores decidiram invadir o terminal. Eles atracam os
barcos mesmo antes da liberação.
quinta-feira, 7 de março de 2013
Qual o papel do governo na economia?
Ronald Reagan em
1981: “O governo não é a solução para os nossos problemas. O governo é o
problema”.
Bill Clinton em
1996: “Vamos enfrentar esses desafios não com um governo grande. A era do
governo grande acabou”.
Barack Obama em
2013: “Esta noite, eu declaro que, na nação mais rica do mundo, ninguém que
trabalha em horário integral deve viver abaixo da linha da pobreza.”
O Nobel Michael
Spence: “Um Estado pode se tornar grande demais ou pequeno demais. Entre esses
extremos, há um Estado que pode ser coerente em manter a eficiência do mercado
e também ser provedor de níveis adequados de seguro social, redistribuição de
renda, segurança e serviços públicos.”
O Nobel Edward C.
Prescott: “A função do Estado em qualquer país deve ser apenas promover a
segurança pública e o respeito aos contratos. É o Estado garantidor do
cumprimento dos contratos que permite a criação de um ambiente propício a novos
negócios que gerarão benefícios sociais.”
O Nobel Edmund
Phelps: “Não há evidência de que países com setores públicos vultosos sejam
bons para ajudar na geração de crescimento econômico. Se você exclui a Suécia,
a Finlândia e a Noruega, a magia de um Estado grande praticamente desaparece.”
Li na EXAME as frases acima e Barack Obama lembrou-me da política econômica e social de um certo país e de seu entendimento sobre o papel do governo na economia de uma maneira bastante diferente dos demais. Afinal, Obama está contra o mercado?
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
O aprendizado capitalista em 2013.
Para quem ainda tem
dúvidas e críticas, Joseph Alois Schumpeter escreveu que “o processo capitalista, não por
coincidência, mas em virtude de seu mecanismo, eleva progressivamente o padrão
de vida das massas”. Segundo Sylvia Nasar no seu detalhado livro “A imaginação econômica”,
Schumpeter é aquele intelectual que, em meados de 1907, passava parte da manhã na
Escola de Economia de Londres e parte no Museu Britânico, “onde fazia questão
de trabalhar sentado à mesma mesa em que o gordo e malvestido Marx escrevera O
Capital”.
Quanta lucidez
tinha Schumpeter. Para ele, “os governos que quisessem ver seus cidadãos
prosperarem deveriam desistir de ambições territoriais e se concentrar em
promover um clima favorável aos negócios – sólidos direitos de propriedade,
preços estáveis, livre-comércio, impostos moderados e regulação consistente, em
benefício dos empreendedores locais”.
Afinal, não é
exatamente por isso que ainda estamos discutindo neste 2013?
domingo, 2 de setembro de 2012
A vitória do capitalismo.
Para seu domingo começar muito bem, leia abaixo a excelente entrevista da FOLHA DE S. PAULO com Sylvia Nasar sobre o seu novo livro "A Imaginação Econômica". Desde a semana passada que aguardo o envio pela SARAIVA desse livro e pela leitura que fiz da biografia do John Nash - "Uma Mente Brilhante", também escrito pela autora, acredito que terei novamente um ótimo texto para reflexão. Em 12 de agosto passado, postei sobre esse livro e continuo recomendando como imperdível leitura. Tenho certeza que alguns fiéis leitores deste blog concordarão com os comentários da Sylvia Nasar, enquanto outros, certamente, terão sérias restrições para algumas afirmações. Isso faz parte da vida econômica. Afinal, a moeda tem duas faces. Boa leitura e um ótimo domingo a todos.
Com a formação em literatura e economia, a
jornalista Sylvia Nasar investiga em livro dois séculos de história do
pensamento econômico. Em entrevista, ela conta que se assustou ao descobrir que
Marx não entendia conceitos básicos de economia e lamenta que seja mais
lembrado que nomes como Alfred Marshall.
A lista de
piores livros já escritos, para a jornalista americana Sylvia Nasar, autora do
best-seller "Uma Mente Brilhante", inclui "O Capital", de
Karl Marx, ao lado de "Minha Luta", de Adolf Hitler.
A falta de
carinho em relação ao teórico do marxismo resultou do susto que Nasar, com
formação em literatura e economia, tomou ao se aprofundar em sua obra.
"Venho de um ambiente acadêmico marxista, então fiquei chocada quando
percebi que Marx não entendeu conceitos básicos, como a ideia de juros",
diz à Folha, em entrevista por telefone, de Nova York.
Nos últimos
anos, Nasar organizou quase dois séculos de historia do pensamento econômico na
obra *"A Imaginação Econômica" [trad. Carlos Eugenio Marcondes de
Moura, Companhia das Letras, 584 págs., R$ 54,50]*, que chega agora ao Brasil.
O trabalho foi
tão extenuante que ela prometeu a si mesma nunca mais escrever outro livro. Os
questionamentos sobre Marx, no fim das contas, acabaram se tornando o elemento
divertido da pesquisa. "Karl Marx e Friedrich Engels são grandes
personagens, cheios de contradições", ela diz.
Contraditórios
ou não, ambos foram, para Nasar, "fios constantes" na narrativa
econômica nos dois últimos séculos -parte da mesma tradição que levou às
manifestações do estilo "Ocupe Wall Street", que tomaram as ruas no
ano passado para protestar contra o capitalismo.
Mas a
acumulação de capital é um dos heróis de "A Imaginação Econômica". A
autora afirma que "nunca houve outro arranjo social que tenha produzido
ganhos tão sustentáveis". Essa é a "grande busca" a respeito da
qual o título, em inglês, se referia ("Grand Pursuit"). Em português,
sumiu a ideia de uma epopeia rumo a um mundo melhor.
Na entrevista a
seguir, Nasar fala sobre o resgate de personagens esquecidos pela
historiografia econômica, como Alfred Marshall e Beatrice Potter - e sobre
aqueles que, acredita, deveriam ser menos lembrados.
Folha - Uma das ideias por trás de "A Imaginação Econômica" é
a de que o capitalismo melhorou o padrão de vida no mundo. Mas temos visto
protestos de quem pensa o contrário, como o movimento "Ocupe Wall
Street".
Sylvia Nasar - Não há nada de novo nessas manifestações.
Esse tipo de protesto começou ao mesmo tempo em que ocorreu a revolução nos
meios de vida, no século 19. Essas críticas, como as encarnadas por Engels e
Marx, foram fios constantes nessa narrativa. Isso é paradoxal. Nunca houve um
arranjo social e um conjunto de instituições e de práticas que tenham produzido
ganhos tão sustentáveis. Isso não apenas no que diz respeito a consumo material
- hoje, a maior parte das pessoas pode fazer escolhas.
Por que então o capitalismo é visto por alguns como um mal?
Toda recessão,
não importa se severa ou branda, produz questionamentos sobre se estamos
realmente fazendo o melhor que podemos. Isso não é ruim. Um dos temas de
"A Imaginação Econômica" é que os gênios da economia sempre pensaram
que nós poderíamos fazer melhor.
Mas não acho
que esses protestos sejam comparáveis às demonstrações de fúria que foram
vistas durante a Grande Depressão, nos anos 30. Hoje, há uma rede de proteção
muito maior. Muitos países podem proteger a população.
É o caso do Brasil?
Sim. A grande
motivação de John Maynard Keynes e Irving Fisher para advogar pela intervenção
estatal como modo de limitar a recessão - opondo-se à ideia de Friedrich Hayek e
Joseph Schumpeter de deixar a natureza seguir seu curso - era evitar os riscos
políticos.
Não é que eles
pensassem que a economia não se recuperaria sozinha, mas que as pessoas iriam
buscar soluções que tornariam os desastres piores. Na América Latina, o maior
risco político sempre foi o populismo. Na Europa Ocidental e na Ásia, o
comunismo.
A sra. diria que o socialismo perdeu a batalha como alternativa
ideológica?
O que está
falido é a ideia de que um sistema controlado pelo governo poderá produzir uma
performance econômica superior, uma performance social superior.
Essa
grandiosidade, a não ser para um número pequeno de pessoas, está morta por ora.
A ideia de que há um modelo único que será seguido por todos para atingir
sucesso econômico não é comprovada por evidência empírica.
Mas, se você
está falando sobre socialismo como aquele do Estado de bem-estar social, acho
que ele está aqui para ficar.
Recentemente você citou "O Capital", de Marx, como um dos
piores livros já escritos.
Eu me diverti
enquanto escrevia sobre marxismo. Marx era realmente esperto. Mas,
infelizmente, ele nunca entendeu, ou quis entender, a coisa a que ele se
dedicava, que era a economia inglesa.
Estudei
economia depois de me formar em literatura. Estava em desvantagem. Era tão
difícil, para mim, que nunca terminei meu PhD. Mas fiquei chocada quando
percebi que Marx não entendeu conceitos básicos, como a ideia de juros. Os
erros dele são tão elementares!
As pessoas têm suspeitado da economia como ciência, dizendo que não
previu a crise.
Fazemos o
melhor em termos de resolver as questões econômicas, e não há uma alternativa
real ao pensamento econômico. Não é como na psicologia ou na engenharia, em que
teorias competiram por território.
Você disse durante uma entrevista que, se pudesse escolher um livro para
o presidente dos EUA ler, seria "A Imaginação Econômica". Em que essa
leitura mudaria a política econômica americana?
Eu disse isso?
[Risos] Foi realmente sagaz. Acho que, em tempos de crise, ter liderança é
realmente importante.
As políticas de
Franklin D. Roosevelt não fizeram nada para terminar com a Grande Depressão. As
de Herbert Hoover, idem. As pessoas não sabiam o que fazer. Mas eles exalavam
otimismo - não um otimismo ingênuo, de que o céu está limpo, mas a confiança de
que, na economia de mercado e na democracia, há fundamento para sermos
otimistas.
O que eu
gostaria de ver é o presidente dos EUA, seja ele quem for, inspirar esse tipo
de confiança. Será útil para as pessoas enxergarem que esse não é o fim do
progresso. É um problema solucionável.
Na Europa, a impressão que se tem é de que não há solução.
Me surpreende
que ainda haja quem argumente que não fazer nada é melhor do que fazer. Que
equilibrar o Orçamento é prioridade máxima. Essa ideia não funcionou nos anos
1930!
As pessoas
falam em uma "crise europeia", mas hoje há coisas como o
seguro-desemprego. A crise não está causando o tipo de sofrimento visto na
década de 30. Agora, há um grande colchão. Eles [os europeus] são tão ricos! As
pessoas têm tempo de pensar no que funciona melhor. Não foi assim nos EUA.
Estive na
Polônia, no outono passado. Todas as vitrines, nos shoppings, tinham como alvo
o público jovem. Todas tinham descontos para estudantes. Minha filha me
perguntou: "Ei, mãe, mas como estudantes conseguem comprar aqui?"
"Uma Mente Brilhante" era sobre uma pessoa. "A Imaginação
Econômica", sobre uma ciência. São abordagens opostas?
Sim. Foi isso o
que me deu trabalho. "Uma Mente Brilhante" foi uma tarefa de
repórter. Só um jornalista conseguiria fazer. Não havia textos de referência,
foram necessárias centenas de entrevistas.
Em "A
Imaginação Econômica", lidei com ideias. Foi como escrever dez biografias
diferentes. Organizar tantos personagens e teorias em uma história linear
exigiu muito esforço. Não sou uma grande pensadora. Sou boa para os detalhes e
para as conexões.
Qual seria o resultado de "A Imaginação Econômica", se você
não fosse jornalista?
Nenhum
economista escreveria esse livro. Eles não dedicariam o tempo deles para isso.
É preciso ser um generalista. Cada pessoa, cada evento sobre os quais escrevi
no livro tem uma indústria de acadêmicos por trás dele.
Acadêmicos não
fazem isso, e não deveriam - mas jornalistas podem entrar em um assunto em
"estado de ignorância", confiando na sua habilidade de reunir informações
e contar histórias.
Nesse processo, você resgatou personagens esquecidos pelas narrativas
tradicionais, como Beatrice Potter e Alfred Marshall.
E Irving
Fisher. Quando entrevistei [o economista] Milton Friedman, ele me disse
voluntariamente que o maior economista americano do último século foi Fisher.
Mas ninguém fora do meio econômico sabe quem ele é. Ele desapareceu do
conhecimento popular.
É como Alfred
Marshall, que todos tratam como um vitoriano fora da realidade, mas que era
muito mais consciente sobre a situação inglesa do que Marx.
Acho isso
engraçado. Como é que Marx, o cara que estava errado, terminou como um santo e
Marshall, o cara que era realmente uma força criativa, teve suas contribuições
minimizadas?
Você esteve ocupada com grandes projetos nos últimos 15 anos. Qual é o
impacto na sua vida?
No final de
"A Imaginação Econômica", disse aos meus filhos - se eu disser que vou
escrever um livro de novo, por favor peguem uma arma e atirem em mim.
Quando você
está fazendo uma reportagem, pode entregar o texto ao editor e aproveitar o fim
de semana. Quando escreve um livro, está sempre se sentindo culpado. Ou está
trabalhando, ou está evitando trabalhar.
Mas foi bom que
eu tenha demorado tanto para escrever esse livro. A única época em que as
pessoas se interessam por economia é durante recessões.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
O aumento do investimento.
Gostemos ou não, a organização social ("simplisticamente" chamada de capitalismo) que o homem encontrou no desenrolar de sua história através de uma seleção quase natural é, até agora, a única que permitiu conciliar, numa medida imperfeita, a liberdade de iniciativa dos indivíduos com uma relativa eficiência produtiva. Ela dá resposta aos crescentes desejos de consumo criados pelo aumento constante da própria liberdade.
Trata-se de um movimento que depende basicamente da
construção de um Estado forte, constitucionalmente controlado, capaz de
assegurar o bom funcionamento de quantos mercados forem necessários para a manifestação
da liberdade de iniciativa e assegurar que os benefícios dela decorrentes
possam ser apropriados pelos agentes que a promovem. É por isso que a
propriedade privada e a segurança jurídica são condições necessárias, mas não
suficientes, para que o ciclo se complete continuamente, cada vez num nível
produtivo mais elevado.
Nos casos dos países emergentes com contingente
demográfico significativo, que pretendem ser repúblicas e democracias, o
processo se repete: começam importando os padrões de consumo e a tecnologia dos
mais avançados antes de criarem a sua. Diante desse quadro, é evidente que a
antinomia Estado versus mercado é imprópria e prejudicial: não há administração
estatal eficiente sem utilizar os mecanismos de mercado, e não há mecanismo de
mercado que possa funcionar sem as garantias de um Estado suficientemente forte
para controlá-lo.
Neste momento, o excesso de pessimismo que se abateu
sobre a economia nacional - em parte consequência da mundial, e em parte
resultado de entendimento defeituoso do mercado financeiro com relação aos
objetivos da política econômica do governo -, parece começar a ceder e dar
lugar a uma pequena recuperação da atividade. Nada mais oportuno e importante
para acelerá-la do que o amplo programa de cooptação do setor privado anunciado
pela presidenta Dilma Rousseff para a ampliação dos investimentos em
infraestrutura.
Trata-se de um programa ambicioso, que revela uma nova
postura do governo federal: 1) declara definitivamente superada a desconfiança
mútua (sempre negada explicitamente) entre ele e o setor privado, mais dinâmico
e melhor apetrechado de técnica e recursos; e 2) devolve aos programas do
governo uma visão logística estratégica, que incorpora e integra as rodovias
com as ferrovias, com os portos e a geração de energia.
A criação da Empresa de Planejamento Logístico (EPL)
recupera e amplia o velho Grupo Executivo de Integração da Política de
Transporte (Geipot) criado em 1965, transformado em empresa em 1973, extinta
pela irresponsável "reforma" do Estado de 1990. A partir daí,
destruiu-se a coordenação logística do governo. Lentamente ela foi sendo
entregue à sanha dos partidos que apoiam o "presidencialismo de coalizão
de plantão".
O resultado foi o caos temperado com uma boa dose de
corrupção, como mostra, exemplarmente, o caso da Valec. Um ponto importante é
que a EPL será dirigida por um técnico de reconhecida probidade e competência,
Bernardo Figueiredo.
Outro aspecto significativo do novo programa foi a
autorização para o aumento das dívidas de 17 Estados, cujas condições
financeiras e administrativas são adequadas para acelerar suas próprias obras
de infraestrutura: mobilidade urbana em suas capitais, estradas, saneamento
básico e habitação, importante não apenas para ajudar a estimular o crescimento
econômico mas, também, melhorar as condições objetivas de vida de suas
populações.
O papel do governo federal é de integrador do território
nacional, mas a vida de cada cidadão depende de condições locais, dos Estados e
municípios. O montante de endividamento autorizado é razoável: da ordem de R$
42 bilhões. Depois dos imensos abusos que destruíram a credibilidade de Estados
e municípios e foram corrigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, é saudável
a mudança do entendimento (até agora vigente), que todo e qualquer
endividamento é um pecado capital.
Entre o programa e o começo da sua efetiva execução será
preciso pelo menos 12 meses, se houver a colaboração dos órgãos de controle
ambiental e entendimento adequado do Ministério Público e do Tribunal de Contas
da União, sem esquecer o apoio rápido e decisivo do BNDES pelo seu departamento
de infraestrutura, hoje dirigido pelo excelente economista Guilherme Lacerda.
Certamente haverá um efeito antecipado sobre o ânimo da
sociedade, que começa a ver uma pequena retomada econômica em resposta às
medidas fiscais, monetárias e cambiais executadas até agora. A redução da
desconfiança mútua entre o setor privado e o governo vai melhorar o ambiente de
negócios em todos os setores. O primeiro não quer e não precisa de benesses ou
subsídios. Precisa: 1) de condições isonômicas para competir; e 2) de leilões
bem projetados, não apenas para atender o presente, mas, principalmente,
sustentar investimentos futuros que garantam a melhoria permanente da qualidade
dos serviços.
Caiu a ficha! Quando a incerteza sobre o futuro é
absoluta, quando o passado não contém informação sobre o futuro, só uma ação
decidida e forte do Estado, como a que estamos vendo, pode pôr em marcha o
setor privado e a economia. Essa ação, correta e crível, é capaz de antecipar a
esperança...
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Quem tem medo do mercado?
Que ótimo localizar esta matéria da VEJA - página 66 - num site do governo. O texto tem muito a ver com o que discutimos neste blog. Leitura imperdível para todos, especialmente para quem faz parte do governo.
Nenhum outro sistema da história humana foi mais revolucionário e tirou mais gente da miséria do que o capitalismo, mas o bacana é posar de crítico engajado em alternativas que ninguém sabe quais, para que ou como implementá-las
Alguns entrevistados ouvidos por VEJA para a reportagem de capa desta edição disseram que a presidente Dilma Rousseff foi corajosa em recorrer à iniciativa privada em busca de soluções técnicas e recursos para desatar nós que há décadas impedem a economia brasileira de crescer com todo o seu potencial. Corajosa por quê? Primeiro, porque ela e seu antecessor, mesmo governando com pragmatismo, foram eleitos com a retórica antimercado, e, portanto, não cai politicamente bem recorrer à iniciativa privada em busca de soluções para grandes problemas do país. Segundo, porque o capitalismo nunca venceria uma competição de popularidade em nenhum segmento mais expressivo da população brasileira e mundial. Sua imagem é especialmente ruim agora que o sistema de livre mercado vem sofrendo inevitáveis condenações por seu papel decisivo na eclosão da crise financeira de 2008 em Wall Street e pelo resultante desarranjo produtivo que desestabilizou as economias reais de virtualmente todos os países.
Desde que foram criadas as condições materiais, tecnológicas, culturais, políticas e legais para sua instalação na Inglaterra, há menos de 200 anos, o capitalismo é criticado. Como a matéria e a antimatéria na teoria física, o surgimento do primeiro capitalista gerou o primeiro anticapitalista. Tem sido assim. Provavelmente, sempre será assim. Em todos os tempos da era industrial e pós-industrial, o bacana mesmo foi ser uma pessoa engajada em uma alternativa ao capitalismo. Antes foram o anarquismo e o marxismo e suas representações reais catastróficas, os governos comunistas. Agora é um certo ambientalismo extremista, que prega a volta da humanidade aos tempos das cavernas, algo tão impraticável quanto empurrar a pasta de dentes de volta para o tubo.
Não é de hoje que a crítica justa e necessária aos excessos do capitalismo é apenas um aperitivo para a negação total e utópica do sistema. Sob esse ponto de vista, tem razão quem acha que a presidente Dilma precisou de coragem para anunciar a adoção de práticas do livre mercado em seu governo, por meio de associação com empresas privadas dentro da regra do jogo de mercado. Hoje em dia, governantes de qualquer país têm quase de pedir desculpas quando, a exemplo de Dilma, recorrem às virtudes da livre-iniciativa – eficiência, gestão, controle de gastos e compromisso comresultados. Na Inglaterra, berço do capitalismo, também é assim. O show de abertura da Olimpíada de Londres foi um exemplo recente. O ator Kenneth Branagh interpretou Isambard Kingdom Brunel, engenheiro do século XIX, ícone do capitalismo clássico: construtor de pontes, estradas de ferro, túneis e navios a vapor. Mostrado de fraque e charuto na mão, como os capitalistas de caricatura, Brunel teve suas realizações esquecidas no show olímpico em favor de chaminés fumarentas e operários explorados. É preciso ter coragem para celebrar o capitalismo, sistema econômico que está longe de ser perfeito, mas, a exemplo da democracia na política, é melhor do que todos os demais.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Crise e capitalismo de Estado.
No VALOR de hoje, Jorge Arbache escreve
sobre a crise e o capitalismo de Estado.
A "The Economist" publicou um
provocativo relatório especial sobre capitalismo de Estado, modelo que, segundo
a revista, "combina as forças do Estado com as forças do
capitalismo". Desde então, o assunto ganhou atenção mundo afora e tem
contribuído para os debates sobre a crise econômica e sobre modelos de
desenvolvimento. A crescente influência das economias emergentes na economia
mundial e a sua resiliência à crise financeira estariam por detrás do grande
interesse pelo assunto. Contrariamente ao dirigismo muitas vezes observado até
recentemente em muitos países em desenvolvimento, o capitalismo de Estado se
utilizaria, segundo a revista, de instrumentos e métodos de gestão de mercado
para atingir seus objetivos. O relatório justifica o foco nas experiências
recentes dos países emergentes, notadamente a da China, porque elas
"parecem ser cada vez mais a tendência futura".
As manifestações do capitalismo de
Estado são variadas e podem ser complexas e sofisticadas, como as políticas
públicas de apoio aos conglomerados privados sul-coreanos, ou a montagem de
fundos soberanos com crescente influência nos fluxos de capitais e
investimentos. Mas as experiências de capitalismo de Estado de países
emergentes coexistem com manifestações de forte intervencionismo estatal na
economia também nos países desenvolvidos, como no caso da empresa de petróleo
estatal norueguesa, Statoil, e das políticas americana e europeia de subsídios
ao setor agrícola. As experiências das diferentes vertentes de capitalismo de
Estado sugerem haver em comum entre elas uma tensão, em maior ou menor grau,
entre pragmatismo e ideologia.
Mais recentemente, as inéditas e
massivas intervenções na economia pelos governos dos países no epicentro da
crise financeira por meio de "quantitative easing" e
"bailouts", por exemplo, têm provocado profundas repercussões na
alocação de recursos e formação de preços não apenas no plano doméstico, mas,
também, internacional. Essas intervenções, muitas delas oportunistas, são
especialmente intrusivas devido ao tamanho dessas economias e ao fato de suas
moedas serem reserva de valor internacional, criando e agravando desequilíbrios
macroeconômicos internacionais e acentuando as condições já assimétricas de
competição.
O emprego de políticas de capitalismo de
Estado parece estar se popularizando mundo afora à medida que a crise econômica
e as incertezas se agravam. O capitalismo de Estado da China e o fracasso de
políticas econômicas ultra-liberais, como algumas perseguidas pelos Estados
Unidos até antes da crise, nos ajudam a entender porque um dos prováveis
legados dessa crise para os políticos é a lição de que governos não devem
limitar os seus papéis na economia.
Embora seja compreensível a atratividade
do capitalismo de Estado num contexto de crise econômica, a sua multiplicação
em escala global tem implicações deletérias. De fato, parece ser pouco
plausível que muitos países possam se beneficiar, simultaneamente, de políticas
de capitalismo de Estado devido à falácia da composição e devido às
externalidades negativas por elas provocadas, que tendem a desorganizar o
sistema econômico, fomentar reações mercantilistas e alimentar tensões
políticas entre países. Por isso, é muito provável que a popularização dessas
políticas dificulte a recuperação da economia mundial. O emprego de políticas de
capitalismo de Estado também suscita questões associadas às escolhas entre
interesses nacionais e compromissos internacionais, como os do G-20, com
reflexos para a credibilidade do sistema multilateral.
Para que se mitiguem a proliferação do
capitalismo de Estado e seus potenciais riscos para o crescimento econômico
mundial, será preciso que os países, notadamente Estados Unidos, União Europeia
e China, reconheçam a interdependência das políticas micro e macroeconômicas
nacionais e seus impactos nos países em desenvolvimento. Será preciso, assim,
redobrar os esforços de coordenação de políticas e de gestão de interesses
conflitantes. No entanto, experiências como o colapso do Acordo de Doha, crise
do Euro e as dificuldades de avanço nos acordos do clima ilustram os desafios
de coordenação e de solução de controvérsias em períodos de crise.
Como as políticas de capitalismo de
Estado têm significativos impactos adversos na economia brasileira, incluindo
valorização cambial, especulação com preços de ativos e barreiras ao comércio e
ao investimento, torna-se necessário o emprego de estratégias de
desenvolvimento e de inserção internacional que busquem mitigar esses impactos.
Tais estratégias deveriam levar em conta a combinação dos benefícios do
comércio com os das políticas públicas de promoção da indústria conciliada com
o desenvolvimento e a exploração das vantagens produtivas e competitivas
nacionais. Deveriam, também, reconhecer as relações entre comércio e variáveis
macroeconômicas como câmbio, juros e política fiscal e seus impactos na
indústria e no comércio, buscar o reconhecimento internacional dos impactos dos
grandes desequilíbrios macroeconômicos e das políticas de outros países na
economia brasileira, e intensificar esforços indutores do aumento da competitividade
através da redução dos custos de produção e aumento da produtividade e dos
investimentos em capital humano e inovação.
sábado, 28 de abril de 2012
O capitalismo brasileiro de Shiller.
Felizmente ainda existe luz na direção certa.
Na EXAME que está nas bancas, Robert Shiller, professor de economia da Universidade Yale, faz uma saborosa defesa do capitalismo, especialmente do sistema financeiro, incluindo até o Brasil em seu comentário.
Um pequeno aperitivo do texto que está na página 166.
"Para que progressos ocorram numa nação é preciso haver muito empreendimento, e isso requer organização. É, hoje, o caso do Brasil. Parte do sucesso recente da economia brasileira se deve à evolução do CAPITALISMO no país. Nesse contexto, vemos, por exemplo, esforços de democratização das finanças, como o representado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Essa evolução começou a ser construída com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que agiu de modo a promover o CAPITALISMO financeiro - o que se repetiu com Dilma Roussef, sua sucessora. O Brasil é um exemplo, com índices evidentes de diminuição da pobreza, de melhora da educação e de aumento da expectativa de vida. No CAPITALISMO financeiro, se todos estiverem bem, as pessoas não vão achar ruim se uma minoria estiver muito melhor - e é por isso que não há um Occupy Wall Street nas ruas das cidades brasileiras."
sábado, 7 de abril de 2012
Capitalismo em 2012.
Mailson da Nóbrega na VEJA:
Desde Adam Smith, o capitalismo se reinventou. Não será diferente
desta vez. Os desafios incluem a reforma dos marcos regulatórios e ações para
reverter a concentração de renda de alguns países ricos. As vantagens do
capitalismo superam largamente os seus defeitos. Nenhum regime econômico será
capaz de substituí-lo com sucesso. Está provado.
É o que também acredito. Diante disso, pergunto a você, um dos
meus dois fiéis leitores, SE tivesse que escolher onde morar, o que preferiria:
A Coreia do Norte ou a Coreia do Sul?
sábado, 24 de março de 2012
Why Capitalism?
Allan H. Meltzer,
professor e economista americano, lançou pela Oxford University Press USA
o livro "Why Capitalism?" A informação está na Folha de hoje e cita que o texto
"debate o capitalismo em tempos de crise. Para Meltzer, apesar das
críticas, ele ainda é a melhor opção para obter crescimento e
liberdade. O autor mostra pontos positivos do sistema e diz que a
maior parte das falhas são humanas e não inerentes ao modelo."
Verifiquei que o livro
já está disponível no Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Índia, porém sem
previsão para o Brasil.
Allan H. Meltzer é também conhecido pela sua
frase ""Capitalism without failure is like
religion without sin. It doesn't work."
segunda-feira, 19 de março de 2012
Capitalismo.
Em homenagem ao nome deste blog, registro uma frase que li recentemente
num livro do professor Claude Jessua: “O capitalismo triunfou, e não se imagina
agora que tipo de sistema rival lhe possa ser oposto."
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
A imperdível imagem do que é o socialismo e o capitalismo!
Direto do blog do excelente Rodrigo Constantino http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2012/02/socialismo-x-capitalismo.html, uma imagem genial que vale por 1.001 palavras.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
O começo do capitalismo.
Paulo Guedes, hoje no jornal O GLOBO.
Reunidos no Fórum Econômico Mundial,
financistas, políticos e intelectuais exalam pessimismo. Discutem o suposto
fracasso das economias liberais e suas economias de mercado. A nova ordem global
seria na verdade uma desordem. A celebração anual da era dos excessos em Davos
tornou-se agora um Muro das Lamentações. Pela indigência das análises
apresentadas, os ocidentais se limitam a concluir, aturdidos, evocando a Lei de
Murphy original: "Se uma coisa (o "capitalismo") tem chance de
dar errado, vai dar errado." Ora, as democracias e o capitalismo são
instituições extraordinariamente flexíveis, que foram bombardeadas por choques
colossais nas últimas duas décadas. O mergulho de 3,5 bilhões de eurasianos,
deserdados pelo colapso do socialismo, nos mercados de trabalho globais. Uma
revolução tecnológica agudizou as pressões da competição global. E os governos
ocidentais recorreram a velhos truques para manter artificialmente o
crescimento ante os novos desafios.
Os financistas anglo-saxões sabem de
seus abusos, estimulados por bancos centrais que promoveram excessos com
dinheiro barato e regulamentação frouxa. A obsoleta social-democracia europeia
sabe também de seus excessos, sob o pretexto de promover o bem-estar social.
Quando celebravam seu sucesso em Davos, exibiam suas pretensas virtudes e
sabedoria. Mas, agora expostas a farra do crédito e a irresponsabilidade
fiscal, financistas e políticos dissimulam hipocritamente sua contribuição à
crise contemporânea. A culpa é do "capitalismo".
E o que dizer dos bem pagos
intelectuais, que sempre enfeitaram com seu brilho as celebrações dessa época
de excessos - designada pelos pobres economistas, para sua eterna vergonha,
como "Era da Grande Moderação"? Ora, dizem todos agora que é o fim do
"capitalismo". Por ressentimento com os privilégios dos financistas?
Em busca de atenção e influência? Ou pelo simples cacoete ideológico de
renovação das profecias do fim do "capitalismo"?
Não é só Bill Gates que diz, com uma
perspectiva histórica, que o "mundo está muito melhor hoje", em
entrevista a Deborah Berlinck publicada ontem no GLOBO. Os bilhões de
eurasianos que saem da miséria pelo mergulho nos mercados globais em busca de
inclusão social também acham isso. Pergunte particularmente aos chineses o que
acham de sua inserção na ordem "capitalista". Afinal, para eles, é
apenas o começo do "capitalismo".
Assinar:
Postagens (Atom)
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
-
Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...