O Brasil terá inflação e crescimento econômico ainda menores neste ano,
com queda nas projeções de ambos os indicadores também para 2017, de acordo com
boletim Focus divulgado hoje (26) pelo Banco Central.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo),
principal indicador da inflação, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), deve encerrar o ano em 6,40%, menos do que os 6,49%
que haviam sido estimados há uma semana pelo Focus, e ainda dentro da meta
oficial do governo, que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais
para mais ou para menos.
A queda na inflação acompanha o cenário de recessão econômica, com os
economistas projetando, no penúltimo Focus do ano, uma recuo de 3,49% no PIB
(Produto Interno Bruto) em 2016, numa piora ante a projeção anterior, de
-3,48%.
O baixo nível da atividade econômica já havia contribuído para que o
Banco Central projetasse, no relatório da
inflação divulgado na semana passada, que o IPCA encerraria o ano
dentro da meta. Para 2017, os economistas preveem que a inflação será de
4,85% e que o país voltará a crescer, porém a uma taxa bastante baixa, de 0,5%
do PIB.
De acordo com o Focus - registro no qual o Banco Central apura toda
semana a expectativa de 100 instituições financeiras e economistas para a
economia - o Comitê de Política Monetária (Copom) deve retomar a redução da
taxa básica de juros, a Selic.
Na mediana das projeções, a expectativa é que a Selic encerre 2017 em 10,50%.
Hoje, a taxa encontra-se em 13,25%.
Edição: Augusto Queiroz
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