domingo, 7 de abril de 2013
Capitalismo de Estado ganha mais força no Brasil.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Previsões para 2012: um ano acidentado.
domingo, 16 de outubro de 2011
A instabilidade da desigualdade.
domingo, 25 de setembro de 2011
Como prevenir uma recessão.
Assim, o que se poderia fazer para minimizar as consequências adversas de nova contração econômica e prevenir uma depressão mais profunda e um colapso financeiro?
Primeiro, devemos aceitar que medidas de austeridade, necessárias para evitar um desastre fiscal, acarretam efeitos recessivos sobre a produção. Assim, se os países na periferia da zona do euro se virem forçados a adotar medidas de austeridade fiscal, outras nações capazes de prover estímulo em curto prazo deveriam fazê-lo, adiando seus esforços de austeridade.
Segundo, embora a política monetária tenha impacto limitado quando os problemas são dívida excessiva e insolvência, em vez de falta de liquidez, um relaxamento mais amplo das condições de crédito, em lugar de um simples relaxamento quantitativo, pode se provar útil.
Terceiro, para restaurar o crescimento do crédito, os bancos da zona do euro e os sistemas bancários subcapitalizados deveriam ser reforçados via financiamento público em um programa que abarcaria toda a União Europeia. Para evitar nova compressão de crédito à medida que os bancos reduzam seu nível de endividamento, os requerimentos de capital e liquidez que os bancos precisam cumprir poderiam ser relaxados por um breve período.
Quarto, é necessário prover liquidez em larga escala para os governos solventes, a fim de evitar uma disparada nos "spreads" e a perda de acesso a mercados que podem transformar a falta de liquidez em insolvência. Mesmo com mudanças de política econômica, governos precisam de tempo para restaurar sua credibilidade. Até que isso aconteça, os mercados manterão pressão sobre os "spreads" das dívidas nacionais, o que torna provável que o temor de uma crise ajude a criá-la.
Quinto, dívidas acumuladas que não possam ser reduzidas via crescimento, poupança ou inflação devem ser tornadas sustentáveis por meio de reestruturações ordenadas, redução de dívidas e conversão de dívida em capital.
Sexto, mesmo que a Grécia e outros países periféricos da zona do euro obtenham perdão de porção significativa de suas dívidas, o crescimento econômico não será restaurado até que a competitividade seja restaurada. E sem um retorno rápido ao crescimento, novos calotes, e novas inquietações sociais, não poderão ser evitados.
Sétimo, o motivo para o alto desemprego e o crescimento anêmico das economias avançadas é estrutural e inclui competição mais acirrada vinda de mercados emergentes. A resposta correta a mudanças de tamanha abrangência não está no protecionismo.
Oitavo, as economias de mercado emergente dispõem de mais ferramentas de política monetária que as economias avançadas, no momento, e deveriam relaxar sua política fiscal e monetária. O FMI e o Banco Mundial podem servir como recurso final de empréstimos aos mercados emergentes que corram risco de perda de acesso aos mercados financeiros, desde que aceitem reformas estruturais.
Os riscos que nos aguardam não são de uma amena recessão de duplo mergulho, mas sim de uma contração severa que poderia se transformar em nova Grande Depressão, especialmente se a crise na zona do euro escapar ao controle e resultar em colapso financeiro mundial.
Políticas econômicas incorretas e teimosas geraram guerras comerciais e cambiais, na primeira Grande Depressão, acompanhadas por calotes desordenados, deflação, alta na disparidade de renda e riqueza, pobreza, desespero e instabilidades econômicas e sociais que terminaram por produzir regimes autoritários e a Segunda Guerra.
A melhor maneira de evitar o risco de que essa sequência se repita é uma ação audaciosa e agressiva das autoridades econômicas mundiais -e já.
domingo, 21 de agosto de 2011
O capitalismo está condenado?
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
PROBLEMAS Á VISTA!
domingo, 23 de janeiro de 2011
RISCOS E RECOMPENSAS EM 2011.
Outro texto na FOLHA DE S. PAULO de hoje que merece ser lido com atencao eh do economista NORIEL ROUBINI sobre os riscos e recompensas em 2011.
As perspectivas para a a economia mundial em 2011 envolvem, em parte, a persistência das tendências estabelecidas em 2010.
São: recuperação anêmica e em forma de U nas economias avançadas, enquanto empresas e domicílios continuam a consertar os estragos em seus balanços; e uma recuperação mais forte, em forma de V, nos países de mercado emergente.
Isso resultará em crescimento de cerca de 4% para a economia mundial, com cerca de 2% de crescimento nas economias avançadas e média de 6% para os emergentes.
Mas existem tanto riscos quanto possibilidades positivas nesse cenário. Um dos riscos mais importantes é que o contágio econômico se amplie na Europa, caso os problemas da zona do euro atinjam Portugal, Espanha e Bélgica.
Os Estados Unidos representam outro dos riscos. Em 2011, é provável que enfrentem um segundo mergulho no mercado de imóveis residenciais, desemprego elevado e problemas na criação de empregos, uma compressão de crédito persistente, rombos imensos nos orçamentos estaduais e municipais e custos de captação mais elevados.
Além do mais, o crescimento do crédito dos dois lados do Atlântico ficará restrito, já que as instituições financeiras vêm mantendo uma postura de aversão a riscos.
Na China e em outras economias de mercado emergentes, a demora para impor um aperto na política monetária pode alimentar uma alta na inflação que forçaria medidas mais duras posteriormente.
Também existe o risco de que os influxos de capital para os mercados emergentes sejam mal administrados, alimentando bolhas de crédito e de ativos.
Novos aumentos nos preços de petróleo, energia e commodities poderiam levar a termos desfavoráveis de comércio e a uma redução na renda real disponível nos países que são importadores líquidos de commodities, e ao aumento da pressão inflacionária nos emergentes.
Além disso, as tensões cambiais se manterão elevadas. Países com fortes deficit em conta-corrente precisam de depreciação nominal e real (para sustentar o crescimento via exportações líquidas ao mesmo tempo em que a redução de endividamento dos setores público e privado que está em curso mantém a demanda doméstica fraca).
Já os países superavitários (especialmente os de mercado emergente) utilizam intervenções cambiais para resistir a uma valorização nominal das taxas de câmbio e intervenções esterilizadas para combater a valorização real.
Isso está forçando os países deficitários a fazer ajustes na taxa real de câmbio por meio da deflação, o que torna mais pesada a carga de dívidas públicas e privadas e pode conduzir a calotes desordenados.
Mas também existem possibilidades de que as coisas se provem mais positivas. O setor empresarial americano está forte e vem demonstrando alta lucratividade, o que cria o escopo para investimentos de capital mais altos e novas contratações, que contribuiriam para crescimento mais robusto do PIB, acima da tendência para 2011.
De forma semelhante, a zona do euro, impelida pela Alemanha, pode avançar aos solavancos rumo a uma maior união econômica e política (alguma forma de união fiscal), o que ajudaria a conter os problemas em sua periferia.
A atenuação dos riscos e algumas surpresas agradáveis nos países desenvolvidos e emergentes poderiam levar a uma elevação maior na demanda por ativos de risco (ações e crédito), o que reforçaria a recuperação econômica.
A retroalimentação positiva do consumo a produção, renda e geração de empregos -tanto dentro dos países quanto entre diferentes nações, via canais comerciais- poderia acelerar ainda mais o ritmo do crescimento mundial.
Até o momento, os riscos e as possibilidades positivas parecem estar bem equilibrados. Mas, se políticas sólidas nos países avançados e nas grandes economias emergentes atenuarem os riscos mais presentes no primeiro semestre -relacionados a incertezas políticas e estruturais-, uma recuperação mundial mais persistente poderia surgir no segundo semestre e se estender até 2012.
NOURIEL ROUBINI é presidente da Roubini Global Economics (www.roubini.com) e professor de economia na Escola Stern de Administração de Empresas (Universidade de Nova York). Este artigo foi distribuído pelo Project Syndicate.
sábado, 10 de julho de 2010
MY PERFECT SUMMER WITH GREENSPAN AND ROUBINI
Nouriel Roubini - Writer and economist
Where are you going on holiday this year? Recently I have lived like the George Clooney character in Up in the Air (a film I watched on a plane). If I get a vacation this summer it would possibly be a tour of crisis-hit countries – if I am still allowed in them: Spain, Ireland, Iceland, Latvia, Greece and, maybe, the oil spill-ridden US Gulf Coast.
What do you think about during your holiday? How to forget financial crises and get a PhD in Pleasure and Leisure from the Institute for Advanced Vacations.
What will you be reading on holiday? Lofty geo-globaloney tomes on the future of the world.
What will you be listening to on holiday? Cheesy, schmaltzy, corny, syrupy beach songs such as those I would listen to in my teens on the Italian Riviera.
Ideal travelling companion – dead, alive, historical, fictional? Joseph Schumpeter, an Austrian economist who – as a true Renaissance man – argued that his three goals in life were to be the best economist, the best horseback rider and the best lover of his generation. He claims he achieved only two of them: I would ask him which and for good practical tips to achieve such goals.
Do you cook or eat out on holiday? As an economist I strictly believe in the principle of comparative advantage: so I always eat out. Also it is the best way to get to know the local cuisine.
Will you switch on your “Out of Office”? I am a total “crackberry” addict so I never switch off. Last summer I wrote a whole article, that was urgently due, on my BlackBerry while sailing off the St Tropez coast.
Where would you like to go next? Bora Bora in Polynesia for scuba diving among the sharks.
What do you think about during your holiday? The same things I think about when not on vacation but obviously to the extent that I’m playing tennis and golf, I do give proper consideration to my form.
What will you be reading on holiday? History – Lords of Finance: The Bankers who Broke the World by Liaquat Ahamed; biography – John Marshall: Definer of a Nation by Jean Edward Smith.
What will you be listening to on holiday? Bach, Vivaldi, Mozart, and Brahms. On occasion, a little Benny Goodman.
Ideal travelling companion – dead, alive, historical, fictional? My wife. She outdistances all other possibilities.
Do you cook or eat out on holiday? Both. Nobody wishes to partake of my cooking.
Will you switch on your “Out of Office”? No. I would spend my vacation worrying about what was going on back home.
What do you most, and least, enjoy about travelling? The scenic views. I find sitting in contemplation as I look up at the peaks of the Grand Tetons in Jackson Hole most rewarding. Airport congestion and long queues can ruin my vacation.
Where did you go on holiday as a child? To the wilds of New Jersey. For a kid brought up on the streets of Manhattan, they seemed truly exotic.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A ECONOMIA DAS CRISES.
We have received overwhelming interest from people about Dr. Nouriel Roubini’s new book, “Crisis Economics: A Crash Course in the Future of Finance.”
As you may know, the book, co-authored by Stephen Mimh, was released last week in the United States and has been very favorably reviewed by the world’s leading financial and news sources, including The New York Times and the Financial Times.
“Instead of imposing a doctrinaire theory upon the facts, Mr. Roubini employs an eclectic, common-sense approach to history, picking à la carte from the thinking of such disparate economists as John Maynard Keynes and Joseph Schumpeter.” (The New York Times).
“... what Roubini and Mihm offer is a sober and sensible analysis of what has gone so badly wrong in finance in the past few years, coupled with a list of proposals about what could now be done to fix these woes. During a crisis, Roubini and Mihm argue, governments need to be “Keynesian” and spend plenty of taxpayers’ money to ward off disaster and prop up the financial system; after the crisis, however, non-Keynesian policies are needed, to apply free-market principles, and cut government debt.” (The Financial Times).
Because you have been a supporter of Roubini Global Economics in the past, we would like to give you access to the research team built by Dr. Roubini. If you are planning on purchasing Crisis Economics, we would like to offer you a 30 day license to roubini.com. You will be able to access the daily work prepared by Roubini’s team of analysts and strategists. Especially during this time of economic and financial disruption.
All you have to do is send us an email with a scanned or electric receipt showing that you have bought your copy of “Crisis Economics: A Crash Course in the Future of Finance.” Please send your receipt, name, email, and phone to info@roubini.com for your 30 day license.
Sincerely,
Michael Moran
VP, Executive Editor
terça-feira, 11 de maio de 2010
O PROFETA NOURIEL ROUBINI!
Acompanhar com atenção o que fala o Professor NOURIEL ROUBINI é sempre conhecer o que pensa um dos primeiros a alertar para a crise de 2008. Abaixo trecho de sua entrevista a DER SPIEGEL.
Spiegel: Você ganhou o apelido “Doutor Fatalidade”, é claro, porque estava prevendo a crise financeira em um momento em que muitos outros economistas estavam cheios de otimismo. Você ainda se encontra pessimista quanto ao futuro da economia global?
Roubini: Antes de mais nada, eu não sou um pessimista profissional. Eu nem sempre sou negativo em relação ao futuro. O que desejo é avaliar a situação corretamente. Mas quando eu olho para o quadro econômico mundial neste momento, ainda vejo muitas nuvens negras no horizonte.
Spiegel: Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a atividade econômica está aumentando novamente, e há previsões de crescimento de 4% para este ano. Isso não seria um motivo para otimismo?
Roubini: Eu sou um indivíduo realista. Eu só consigo enxergar alguns poucos pontos claros em alguns países como China, Índia e Brasil. Mas, e quanto ao resto? A recuperação econômica dos Estados Unidos tem sido anêmica, o Japão parece estar em coma e a Europa está em apuros. O continente europeu é vulnerável a uma recaída recessiva. Mesmo antes da crise grega, o panorama era bem moderado, mas agora o crescimento econômico na zona do euro é de quase zero.
Spiegel: O que você pensa a respeito dos perigos representados pela Grécia?
Roubini: Atualmente os mercados estão bastante preocupados com a Grécia, mas isso é apenas a ponta do iceberg. Cada vez mais, os vigilantes dos mercados de títulos têm despertado para países como Reino Unido e Irlanda. Até mesmo os Estados Unidos e o Japão enfrentam problemas devido aos seus enormes déficits orçamentários. Talvez não neste ano, mas mais cedo ou mais tarde. Nos Estados Unidos, Estados como Califórnia, Nevada, Arizona, Nova York e Flórida têm imensos problemas fiscais. Os déficits orçamentários cada vez maiores e as enormes dívidas governamentais são de fato o que mais me preocupa.
domingo, 15 de novembro de 2009
ECONOMIA AMERICANA AINDA EM RISCO? FALA ROUBINI.
NOURIEL ROUBINI, hoje na FOLHA DE S. PAULO, registra a sua preocupação com a economia americana.
Embora os Estados Unidos tenham recentemente registrado crescimento de 3,5% para o seu PIB no terceiro trimestre, o que sugere que a mais severa recessão desde a Grande Depressão está encerrada, a economia norte-americana na verdade está muito mais fraca do que os dados oficiais sugerem.
Os indicadores oficiais de Produto Interno Bruto podem superestimar grosseiramente o crescimento econômico, porque não capturam os sentimentos negativos que prevalecem entre as pequenas empresas e a sua severa queda de produção.
O PIB do terceiro trimestre, se corrigido de acordo com esses fatores, pode ter registrado crescimento anualizado de 2%, e não de 3,5%.
A história dos Estados Unidos, de fato, é um conto de duas economias. Existe uma parcela menor que está se recuperando lentamente e uma parcela maior que continua em profunda e persistente desaceleração.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
ROUBINI: UMA NOVA BOLHA NO AR?
De fato, num mundo RÁPIDO, todos querem saber TUDO, lendo o MÍNIMO. Sorry, mas existem textos que devem ser LIDOS E RELIDOS PAUSADAMENTE, SEM PRESSA E SEM RECLAMAÇÕES. Destaco para os meus, ainda espero, dois leitores, NOURIEL ROUBINI, direto do FINANCIAL TIMES, comentando que juros negativos nos EUA e dólar fraco geram a "mãe" de todos os "carry trades" e bolha global cujo estouro é inevitável. ROUBINI já demonstrou,como poucos colegas, poucos mesmos, o quanto entende da ECONOMIA de hoje. Portanto, considero obrigatória a leitura do mesmo, para depois não ficarmos com cara de marido traído...
Desde março vem ocorrendo um aumento maciço em ativos de alto risco de todo tipo - participações, preços do petróleo, energia e commodities -, um estreitamento dos "spreads" de alta rentabilidade e alta classificação e um aumento maior ainda nas classes de ativos de mercados emergentes (suas ações, obrigações e moedas).
Ao mesmo tempo, o dólar caiu muito, enquanto a rentabilidade dos títulos governamentais tem aumentado ligeiramente, mas se mantido baixa e estável.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
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Hoje na Folha de S. Paulo o resultado de uma pesquisa do Datafolha que mede a inclinação ideológica no Brasil. http://www1.folh...