sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Os bilionários do Brasil.

Leio na epoca.com:

Pelo terceiro ano seguido, a revista Forbes lista quem são os bilionários mais ricos do Brasil. Entram para o levantamento empreendedores, herdeiros e famílias com patrimônio superior a R$ 1 bilhão. No ranking deste ano, há 150 afortunados. Juntos, concentram em suas mãos uma riqueza de R$ 643,6 bilhões. Para se ter uma ideia, o montante equivale a 13% de tudo o que a economia brasileira produziu no ano passado. Nesta edição de 2014, 20 novos afortunados entraram para o grupo. Juntos, reúnem uma fortuna de R$ 35 bilhões — valor do PIB de todo o estado da Paraíba.

A apuração segue os critérios da revista Forbes americana, levando-se em conta dados públicos e estimativas calculadas a partir da comparação com empresas similares negociadas em Bolsa. De acordo com a publicação, é provável que os valores listados sejam ainda mais altos. Isso porque existem riquezas difícieis de serem comprovadas "oficialmente", como contas bancárias, obras de arte, imóveis e outras aplicações de acesso privado. A data final de análise dos dados foi o dia 15 de julho de 2014.

A lista é encabeçada pelo empresário Jorge Paulo Lemann, o principal acionista da Ambev. Não, Eike Batista não consta no ranking. A relação completa dos bilionários brasileiros mais ricos do país consta na versão impressa da publicação. Abaixo, a lista dos 30 mais ricos do país:

1º) Jorge Paulo Lemann
Fortuna: R$: 49,85 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 74 anos
Origem do patrimônio: cervejaria/investimentos

2º) Joseph Safra
Fortuna: R$: 35,98 bilhões
Local de nascimento: Líbano (naturalizado)
Idade: 75 anos
Origem do patrimônio: banco

3º) Marcel Herrmann Telles
Fortuna: R$: 25,58 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 64 anos
Origem do patrimônio: cervejaria/investimentos

4º) Carlos Alberto Sicupira
Fortuna: R$: 22,30 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 64 anos
Origem do patrimônio: cervejaria/investimentos

5º) Roberto Irineu Marinho
Fortuna: R$: 15,93 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 66 anos
Origem do patrimônio: mídia

6-7º) José Roberto Marinho
Fortuna: R$: 15,86 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 58 anos

6-7º) João Roberto Marinho
Fortuna: R$: 15,86 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 60 anos
Origem do patrimônio: mídia

8º) Marcelo Bahia Odebrecht & família
Fortuna: R$: 14 bilhões
Local de nascimento: BA
Idade: 45 anos
Origem do patrimônio: construção/petroquímica

9º) José Batista Sobrinho & família
Fortuna: R$: 11,92 bilhões
Local de nascimento: MG
Idade: 80 anos
Origem do patrimônio: indústria alimentícia

10º) Francisco Ivens de Sá Dias Branco
Fortuna: R$: 10,99 bilhões
Local de nascimento: CE
Idade: 80 anos
Origem do patrimônio: indústria alimentícia

11º) Walter Faria
Fortuna: R$: 9,80 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 58 anos
Origem do patrimônio: cervejaria

12º) André Esteves
Fortuna: R$: 9,55 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 45 anos
Origem do patrimônio: banco/investimentos

13º) Eduardo Saverin
Fortuna: R$: 9,52 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 32 anos
Origem do patrimônio: internet

14º) Ermírio Pereira de Moraes
Fortuna: R$: 9,15 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 81 anos
Origem do patrimônio: variada

15º) Abilio dos Santos Diniz
Fortuna: R$: 8,90 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 77 anos
Origem do patrimônio: varejo

16º) Aloysio de Andrade Faria
Fortuna: R$: 7,52 bilhões
Local de nascimento: MG
Idade: 93 anos
Origem do patrimônio: banco

17º) Maria Helena Moraes Scripilliti
Fortuna: R$: 7,33 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 83 anos
Origem do patrimônio: variada

18-21º) Pedro Moreira Salles
Fortuna: R$: 7,17 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 54 anos
Origem do patrimônio: banco/mineração

18-21º) João Moreira Salles
Fortuna: R$: 7,17 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 52 anos
Origem do patrimônio: banco/mineração

18-21º) Fernando Roberto Moreira Salles
Fortuna: R$: 7,17 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 68 anos
Origem do patrimônio: banco/mineração

18-21º) Walter Moreira Salles Júnior
Fortuna: R$: 7,17 bilhões
Local de nascimento: RJ
Idade: 58 anos
Origem do patrimônio: banco/mineração

22º) David Feffer & família
Fortuna: R$: 6,93 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 58 anos
Origem do patrimônio: papel/celulose/herança

23º) Miguel Krigsner
Fortuna: R$: 6,45 bilhões
Local de nascimento: Bolívia (naturalizado)
Idade: 64 anos
Origem do patrimônio: cosméticos

24-26º) Regina de Camargo Pires Oliveira Dias
Fortuna: R$: 6,27 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 60 anos
Origem do patrimônio: construção

24-26º) Rosana Camargo de Arruda Botelho
Fortuna: R$: 6,27 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 64 anos
Origem do patrimônio: construção

24-26º) Renata de Camargo Pires Oliveira Dias
Fortuna: R$: 6,27 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 60 anos
Origem do patrimônio: construção

27º) Edson de Godoy Bueno
Fortuna: R$: 5,79 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 70 anos
Origem do patrimônio: saúde

28º) Cesar Beltrão de Almeida & família
Fortuna: R$: 5,58 bilhões
Local de nascimento: PR
Idade: 52 anos
Origem do patrimônio: construção/rodovias

29º) Nevaldo Rocha & família
Fortuna: R$: 5,36 bilhões
Local de nascimento: RN
Idade: 85 anos
Origem do patrimônio: varejo/moda

30º) Antonio Luiz Seabra
Fortuna: R$: 5,05 bilhões
Local de nascimento: SP
Idade: 71 anos
Origem do patrimônio: cosméticos.

domingo, 17 de agosto de 2014

As 500 melhores universidades do mundo: seis do Brasil.

Leio no G1 a mais recente pesquisa sobre as melhores universidades do mundo:

Seis universidades do Brasil estão entre as 500 melhores do mundo, de acordo com ranking da Universidade Jiao Tong, de Xangai, publicado nesta sexta-feira (15). O índice reafirma a supremacia dos Estados Unidos no ensino superior.

Das seis instituições brasileiras na lista, a melhor colocada é a Universidade de São Paulo (USP), que aparece na faixa entre as posições 101 e 150. É a única da América Latina entre as 150 melhores do mundo.

As outras instituições de ensino superior do Brasil no 'Top 500 de Xangai' são a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), e a Universidade Estadual de Campinas ( Unicamp ), todas na faixa entre as posições 301 e 400. Em seguida vem a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na faixa entre as posições 401 e 500.

Outras quatro universidades latino-americanas aparecem entre as 500 melhores do mundo: duas do Chile (Católica e Universidad do Chile), uma da Argentina (Universidade de Buenos Aires, UBA) e uma do México (Universidade Nacional Autônoma do México, Unam).

Veja a lista das 20 melhores universidades do mundo em 2014 de acordo com a classificação de Xangai e as posições das instituições brasileiras:

1. Universidade Harvard (EUA)
2. Universidade Stanford (EUA)
3. Instituto Tecnológico de Massachusetts - MIT (EUA)
4. Universidade da Califórnia-Berkeley (EUA)
5. Universidade de Cambridge (Reino Unido)
6. Universidade de Princeton (EUA)
7. Instituto Tecnológico da Califórnia - Caltech (EUA)
8. Universidade Columbia (EUA)
9. Universidade de Chicago (EUA)
10. Universidade de Oxford (Reino Unido)
11. Universidade Yale (EUA)
12. Universidade da Califórnia Los Angeles (EUA)
13. Universidade Cornell (EUA)
14. Universidade da Califórnia San Diego (EUA)
15. Universidade de Washington (EUA)
16. Universidade da Pensilvânia (EUA)
17. Universidade John Hopkins (EUA)
18. Universidade da Califórnia São Francisco (EUA)
19. Instituto Federal de Tecnologia da Suíça Zurique (Suíça)
20. Universidade College London (Reino Unido)
101-150. Universidade de São Paulo (USP/Brasil)
301-400. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/Brasil)
301-400. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Brasil)
301-400. Universidade Estadual Paulista (Unesp/Brasil)
301-400. Universidade Estadual de Campinas - (Unicamp/Brasil)
401-500. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/Brasil)

A edição de 2014 do ranking universitário não apresenta muitas mudanças em relação a 2013 e reafirma o domínio americano.

Harvard é considerada a melhor universidade do mundo, seguida por Stanford, MIT e Universidade da Califórnia. O Reino Unido é o outro país que integra o exclusivo clube anglo-saxão das 10 melhores universidades do mundo, com Cambridge (quinta posição) e Oxford (nona posição).

Na Europa continental, a ETH de Zurique (19ª), a Universidade Pierre e Marie Curie de Paris (35ª) e a Universidade de Copenhague (39ª) são as três melhores da região.

A Universidade de Tóquio (21) e a Universidade de Kioto (26) são apontadas como as melhores da Ásia.

O índice de Xangai foi criado em 2003 na Universidade Jiao Tong da cidade chinesa. A classificação é muito aguardada em todo o mundo, mas também é objeto de críticas por sua metodologia.

De acordo com os pesquisadores da Jiao Tong, a lista é baseada em uma série de indicadores objetivos e informações fornecidas por terceiros.

A classificação se concentra nas pesquisas de ciências exatas, em detrimento do ensino, algo muito mais difícil de quantificar.

Entre os critérios utilizados está o número de prêmios Nobel que ex-alunos ou pesquisadores das universidades receberam, o número de medalhas Fields (consideradas equivalentes a um  "Nobel de Matemática" e que teve o franco-brasileiro Artur Avila, do Impa, no Rio, entre os vencedores este ano), assim como o número de artigos publicados em revistas exclusivamente de língua inglesa como "Nature" e "Science".


A cada ano são avaliadas 1.200 universidades de todo o mundo, mas a lista inclui apenas as 500 melhores.

Eduardo Campos: o neto de Arraes que quase chegou lá!



Brasil: Em 2014 ainda uma Colônia de Portugal.

Leio na coluna do Lauro Jardim na VEJA.com:

A burocracia brasileira é um caso perdido. 

Em julho, o Diário Oficial da União publicou a nomeação de uma servidora do Ministério da Micro e Pequena Empresa para ocupar o cargo de Coordenador da Coordenação da Coordenação-Geral de Serviços de Registro do Departamento de Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Racionalização e Simplificação. 

Não há limites para o ridículo.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Brasileiro ganha o "Nobel" da Matemática - Uma notícia realmente extraordinária.

Leio no UOL uma excelente notícia:

O matemático brasileiro Artur Avila, 35, foi o escolhido para receber, nesta terça-feira (12) à noite (horário de Brasília), a Medalha Fields, popularmente conhecida como o "Nobel da matemática". Ele será o primeiro ganhador da América latina.

A entrega do prêmio ocorrerá na a abertura do 27º Congresso Internacional de Matemáticos, em Seul, na Coreia do Sul.

Nascido no Rio de Janeiro, Avila é pesquisador do Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) e do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica, órgão de pesquisa do governo francês).

Considerado um dos matemáticos mais talentosos de sua geração, o brasileiro vinha sendo citado nos últimos anos como forte candidato ao prêmio.

"Já havia um burburinho sobre eu ganhar a medalha", disse Avila à Folha. "Quase todo mundo que falava comigo acabava mencionando esse assunto. Já estava ficando uma coisa até um pouco chata."

César Camacho, diretor-geral do Impa, dá a dimensão da conquista. "É sem dúvida o maior prêmio já recebido por um pesquisador brasileiro."

Comparada ao Nobel, pela importância, a Medalha Fields distingue-se por ser entregue apenas de quatro em quatro anos para matemáticos de até 40 anos.

A cada edição, são entregues de duas a quatro medalhas. Os vencedores recebem ainda 15 mil dólares canadenses (cerca de R$ 31,3 mil) cada.

Neste ano, também receberam o prêmio o canadense-americano de origem indiana Manjul Bhargava, o austríaco Martin Hairer, e a iraniana Maryam Mirzakhani, a primeira mulher a receber a distinção.

"Artur não é só um jovem brilhante, mas também extremamente dedicado", diz Welington de Melo, pesquisador do Impa, que orientou o doutorado de Avila.

A primeira linha de pesquisa de Avila foi na área de sistemas dinâmicos. Esse ramo da matemática busca prever a evolução no tempo de fenômenos naturais e humanos observados nos mais diversos ramos do conhecimento. Hoje, suas ferramentas são usadas para descrever a evolução de epidemias, para estudar como surgem espécies animais e mostrar a impossibilidade de previsões do tempo para mais do que alguns dias.

Dentre esses sistemas, uma classe importante são os sistemas dinâmicos caóticos. Na linguagem coloquial, caos está ligado a ideia de desordem completa, mas, na matemática, trata-se de um termo geral para processos com extrema sensibilidade às menores perturbações, em que pequenas alterações na situação inicial provocam modificações dramáticas na evolução do sistema.

O exemplo clássico é do bater de asas de uma borboleta no hemisfério Sul que multiplica-se e acumula-se, influenciando a ocorrência de uma tempestade no Japão.

Mais recentemente Avila tem trabalhado para construir uma teoria geral dos chamados operadores de Schrödinger quase-periódicos. Esses operadores originaram-se na física e são usados para descrever o comportamento quântico das partículas.


Avila trabalha com matemática pura. Isso quer dizer, que mesmo trabalhando em problemas com possíveis aplicações em outras áreas, esse não é o seu objetivo. "Meus interesses e motivações são puramente matemáticos. Mesmo quando trabalho com problemas originados na física, não me importo com possíveis aplicações." 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Robin Williams - Um fim antes do tempo.


Recebi a pouco da CNN o e-mail abaixo:

Comedic actor Robin Williams died at his Northern California home Monday, law enforcement officials said. Williams was 63.

Investigators suspect "the death to be a suicide due to asphyxia," according to a statement from the Marin County, California, sheriff's office.


Inesquecível na minha vida pelo seu exemplar papel em Sociedade dos Poetas Mortos


domingo, 10 de agosto de 2014

23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

IMPERDÍVEL

 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

22 a 31 de Agosto de 2014 - Anhembi

De Seg. à Sex. das 9h às 22h | Sáb. e Dom. 10h às 22h (*dia 31/08 somente até às 21h)


DIVERSÃO, CULTURA E INTERATIVIDADE. 

TUDO JUNTO E MISTURADO.

Semana 10 a 16.08.2014 - Dicas de leitura.









sábado, 9 de agosto de 2014

À margem da lei - Miriam Leitão.

Hoje, em coluna no O GLOBO, Miriam Leitão registra a sua indignação com recente episódio envolvendo alteração de seus dados pessoais no Wikipédia, supostamente por pessoas ligadas ao governo federal.     

No princípio, eu me assustei como cidadã. Era difícil acreditar que da Presidência da República foram postados ataques caluniosos a pessoas, porque na democracia o aparato do Estado não pode ser usado pelo governo para atingir seus supostos adversários. A propósito: não sou adversária do governo; sou jornalista e exerço meu ofício de forma independente.

Só no segundo momento é que pensei no fato de que os ataques eram contra mim e meu colega Carlos Alberto Sardenberg. Ninguém, evidentemente, tem que concordar com o que eu escrevo ou falo no rádio e na televisão. Há, em qualquer democracia, um debate público, e eu gosto de estar nele. Mas postaram mentiras, e isso pertence ao capítulo da calúnia e difamação.

Tenho 40 anos de vida profissional e um currículo do qual me orgulho por ter lutado por ele, minuto a minuto. Acordo de madrugada, vou dormir tarde, estudo diariamente, falo com pessoas diversas, apuro, confiro dados, para que cada opinião seja baseada em fatos. Alguns temas são áridos, mas gosto de mergulhar neles para traduzi-los para o público.

Na primeira vez que um amigo me mostrou o perfil cheio de ataques na Wikipedia fiquei convencida de que era coisa de desocupados. Saber que funcionários públicos, computadores do governo, foram usados na Presidência da República para um trabalho sórdido assim foi um espanto. Uma das regras mais caras do Estado de Direito é que o grupo político que está no governo não pode usar os recursos do Estado contra pessoas das quais não gosta.

O início da minha vida profissional foi tumultuado pela perseguição da ditadura. No Espírito Santo, fui demitida de um jornal por ordem do governador Élcio Álvares. Em Brasília, fui expulsa do gabinete do então ministro Shigeaki Ueki, durante uma coletiva, porque ele não gostava das minhas perguntas e reportagens. O Palácio do Planalto não me dava credencial porque eu havia sido presa e processada pela Lei de Segurança Nacional. Aquele governo usava o Estado contra seus inimigos. E eu era, sim, inimiga do regime.

Na democracia, em todos os governos, ouvi reclamações de ministros e autoridades que eventualmente não gostaram de comentários ou colunas que fiz. Mas eram reclamações apenas, algumas me ajudaram a entender melhor um tema; outras eram desprovidas de razão. Desta vez, foi bem diferente; a atitude só é comparável com a que acontece em governos autoritários.

O Planalto afirma que não tem como saber quem foi. É ingenuidade acreditar que uma pessoa isolada, enlouquecida, resolveu, do IP da sede do governo, achincalhar jornalistas. A tese do regime militar de que os excessos eram cometidos pelos “bolsões sinceros, porém radicais” nunca fez sentido. Alguém deu ordem para que isso fosse executado. É uma política. Não é um caso fortuito. E o alvo não sou eu ou o Sardenberg. Este governo desde o princípio não soube lidar com as críticas, não entende e não gosta da imprensa independente. Tentou-se no início do primeiro mandato Lula reprimir os jornalistas através de conselhos e controles. A ideia jamais foi abandonada. Agora querem o “controle social da mídia”, um eufemismo para suprimir a liberdade de imprensa.


Sim, eu faço críticas à política econômica do governo porque ela tem posto em risco avanços duramente conquistados, tem tirado transparência dos dados fiscais, tem um desempenho lamentável, tem criado passivos a serem pagos nos futuros governos e por toda a sociedade. Isso não me transforma em inimiga. E, ainda que eu fosse, constitucionalmente o governo não tem o direito de fazer o que fez. É ilegal e imoral.

domingo, 3 de agosto de 2014

A importância do agronegócio brasileiro.

Uma ótima notícia para os colegas da ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e para o PIB brasileiro, segundo recentes dados da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. 
Em junho as exportações agropecuárias conseguiram um bom resultado superando o mesmo período de 2013. As exportações, com receita de US$ 9,61 bilhões cresceram 4,7% se comparadas com o ano passado. O saldo na balança do setor de junho foi de US$ 8,40 bi, um crescimento de 6,3% em relação a junho de 2013, graças também às importações do brasileiras que diminuíram 3,8% no mês.
O valor exportado acumulado no ano, com US$ 49,1 bilhões, teve queda de 0,9% O saldo positivo acumulado no ano foi de US$ 40,8 bilhões, 1,2% menor que o mesmo período do ano passado.
Os demais produtos brasileiros fora do agronegócio tiveram uma expressiva e preocupante queda de 9,2% nas exportações (de US$ 11,9 bi em 2013, para US$ 10,8 bi em 2014), o que levou a participação do setor nas exportações alcançar incríveis 47% em relação as exportações totais do Brasil, ou seja, o agro foi responsável em mais um mês por quase metade de tudo que o Brasil exportou.
O saldo da balança comercial brasileira se recuperou e apresentou um superávit de US$ 2,37 bilhões no mês de junho, porém no acumulado do ano o país teve um déficit de US$ 2,49 bilhões. Se não fosse o agronegócio, a balança comercial brasileira teria um déficit de US$ 43,3 bilhões acumulados no ano, ou seja, mais uma vez o agro evitou um desastre maior na economia brasileira.
Neste junho, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2013 foram respectivamente: farelo de soja (aumentou US$ 299,9 milhões em relação a junho de 2013), café verde (US$ 159,9 mi), soja em grãos (US$ 136,2 mi), carne bovina in natura (US$ 84,2 mi), carne suína in natura (US$ 68,9 mi), couros/peles bovinos preparados (US$ 28,0 mi), outros couros/peles bovinos curtidos (US$ 24,5 mi), celulose (US$ 22,1 mi), arroz (US$ 16,2 mi) e algodão não cardado nem penteado (US$ 15,3 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 855,1 milhões nas exportações do agro de junho.
A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: carne suína in natura (56,9%), outros couros/peles bovinos curtidos (35,1%), café verde (16,9%), farelo de soja (11,9%), couros/peles bovinos preparados (11,6), carne bovina in natura (8,5%), algodão não cardado nem penteado (6,0%), soja em grãos (-2,0%), arroz (-9,9%) e celulose (-13,4%).
No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações foram: Rússia (US$ 190,5 milhões a mais que em junho de 2013), Venezuela (US$ 179,3 mi), Países Baixos (US$ 178,4 mi), Estados Unidos (US$ 168,9 mi), França (US$ 106,8 mi), Emirados Árabes (US$ 70,8 mi), Espanha (US$ 65,0 mi), Alemanha (US$ 62,9 mi), Romênia (US$ 46,4 mi) e Irã (US$ 41,9 mi). Juntos, estes dez países que mais cresceram, foram responsáveis pelo aumento de US$ 1,11 bilhão.

Estamos esperançosos, mesmo com uma anunciada super-safra nos EUA, aguardando aumento dos volumes exportados, bem como na recuperação da China nas importações brasileiras. Somado a isso, ainda temos grãos armazenados, a safra de cana de açúcar já começou e temos um dólar no patamar dos R$ 2,30. Cabe ainda nossas esperanças nos países em desenvolvimento que cada vez mais são importantes para as exportações do Brasil, quem sabe ainda dá para passar de US$ 100 bilhões em 2014.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...