quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

IBGE: Inflação de 0,38% em janeiro de 2017 é a menor para os meses de janeiro desde 1979.

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de janeiro deste ano em 0,38%. Com o resultado, divulgado hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses é de 5,35%, ficando abaixo dos 6,29% dos 12 meses encerrados em dezembro do ano passado.

A inflação é a menor para os meses de janeiro de toda a série histórica, iniciada em dezembro de 1979 – ou seja, em quase quatro décadas.


Edição: Kleber Sampaio

Folha de S. Paulo: João Doria decide privatizar gestão do Bilhete Único.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Super Bowl LI - Houston 02.05.17.


Marco Politi: Pope Francis Among the Wolves.


José Roberto Mendonça de Barros e o PIB brasileiro em 2017.

José Roberto Mendonça de Barros deu cinco motivos para acreditar que o PIB crescerá mais do que o previsto:

1 – “Deveremos colher neste ano uma excelente safra agrícola.

2 – “Haverá uma razoável injeção de recursos na economia com a liberação do saque das contas inativas do FGTS".

3 – “A desaceleração da inflação está sendo bem maior do que se esperava".

4 – “Projetamos juros de 9,25% para o fim do ano e um número inferior a 9% para 2018”.


5 – “Veremos alguma recuperação dos investimentos na área de petróleo e em transmissão de energia em alta tensão”.

FHC: Ainda há razões para sonhar.

Com dificuldades e tropeços o País está encaminhando seus problemas. Quem imaginaria há um ano que cogitaríamos de a inflação atingir em 2017 o centro da meta, isto é, 4,5% ao ano, ou menos ainda? E que veríamos o déficit fiscal de 2016 ficar abaixo do projetado e a reforma da Previdência ser discutida a sério, com chances de ser aprovada, para mantê-la funcionando sem o descontrole das contas públicas? E ainda a racionalidade voltar à condução da Petrobrás e às políticas para o setor de petróleo, a começar pelo fim da obrigatoriedade de a empresa investir em poços do pré-sal que eventualmente não lhe interessem? Ou pôr em pauta a mudança de regras trabalhistas, atendendo a anseios até do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, que há muito tempo sabe que em certas circunstâncias é melhor negociar e salvar o emprego do que se ater à lei, encalacrar a empresa e perder postos de trabalho?

Os governos petistas jogaram uma nuvem de ilusões no País por uma década e tacharam muito do que era sensato como “neoliberalismo”, uma doença que atacaria os interesses do povo e dos trabalhadores. A evidência dos desastres causados por essas ilusões provocou uma reviravolta. Será que aprendemos? Não sei. Relendo as conclusões de Barbara Tuchman, no livro A Marcha da Insensatez, que se intitulam “lanterna na proa”, vê-se que o olhar que ilumina as ondas do passado nem sempre evita que a insensatez retorne. Devemos torcer para as experiências positivas que mostram que o controle da inflação e das contas do Tesouro é pré-requisito para que as políticas públicas, especialmente as que beneficiam os mais pobres, possam perdurar.

Talvez tenhamos aprendido também que manter as contas do governo em ordem não é ser “de direita” ou “de esquerda”, é ser sensato. Manter o controle financeiro e ter a dívida pública ajustada é condição de governabilidade e permite olhar para o futuro. Devem-se evitar gastos (principalmente os permanentes, como os com pessoal) que não tenham receitas presentes ou futuramente certas para cobri-los. Adotar políticas que favoreçam mais o capital do que o trabalho, ou vice-versa, depende, aí sim, da orientação política do governo. Sempre considerando que vivemos num sistema que se chama “capitalista”, gostemos dele ou não, e que não há alternativas no horizonte... E sem expansão dos investimentos (públicos e privados) tampouco haverá políticas sociais que se mantenham. Tão simples, penoso e difícil quanto isso.

Voltando ao presente. A Lava Jato pode vir a estimular uma revolução em nossas práticas. Tomara seja o início de uma mudança cultural. Apontam nessa direção as decisões tomadas pelo Supremo para dar continuidade às investigações, assim como o fracasso das tentativas no Congresso para aprovar anistias por delitos cometidos. Ficou claro que a partir de certo momento o conluio entre governo e empresários tornou sistêmica a corrupção, beneficiando os partidos no governo.

O passo inicial para a correção dos rumos nessa matéria está dado, assim como tiveram início as correções de rumo econômico. A questão agora é saber como o Brasil se tornará um país mais decente e mais igualitário no futuro. As dificuldades são muitas, mas há possibilidades. 

A alavanca inicial da retomada do crescimento está no corte da taxa de juros, que já começou. A competitividade conquistada na agricultura, na mineração e no processamento industrial de materiais extraídos desses setores são ativos da economia brasileira. A melhoria dos preços das commodities no mercado internacional dá impulso a esses setores. Com novas regras do jogo no setor de petróleo, mais cedo que tarde virão vultosos investimentos, cuja sustentação pode vir da infraestrutura. Nessa área, as regras para a cooperação público-privada estão se aperfeiçoando. Um país de mais de 200 milhões de habitantes não pode descuidar do mercado interno, que está umbilicalmente ligado a outro tema de que teremos de nos ocupar: precisamos de mais renda, melhor distribuição e mais igualdade social. Isso abrirá espaço para a retomada industrial, a qual, além do mercado interno, precisará de articulação com o mercado global para aumentar as exportações de manufaturas e receber os fluxos de inovação que aumentam a produtividade. 

Tudo isso, obviamente, requer melhor educação para dar ensejo a melhores empregos, questão central para a população. Houve avanço na recente reforma do ensino médio, ainda insuficiente. As tecnologias de comunicação e robotização aumentam exponencialmente a produtividade, mas concentram o capital e diminuem a oferta de empregos. Estes requerem cada vez maior nível educacional dos trabalhadores. E tudo requer bons governos, os quais dependem de sorte, mas também de reformas na legislação partidária e eleitoral, algumas já avançadas pelo Senado. 

E não nos esqueçamos de que é preciso voltar a estimular o espírito empresarial, público e privado. Nesse sentido, as consequências não desejadas da Lava Jato devem ser medidas, sem destruir as empresas. Assim como a Petrobrás se está reconstituindo, não devemos deixar que o know-how da engenharia nacional se perca com o desmantelamento das empresas de construção pesada, desde que elas se recuperem moralmente, com novas regras de governança e eventuais fusões, sempre que haja as punições individuais cabíveis. A venda de empresas a estrangeiros na bacia das almas não é o caminho mais saudável para o futuro. Sem o chauvinismo irresponsável que extremou os requisitos de produção local, buscando equilíbrio entre os produtores nacionais e os estrangeiros.

O que não podemos é cruzar os braços e desanimar. Ainda há muito espaço para sonhar com um futuro melhor para os que vivem no Brasil. Há campo para a esperança.

Thomas Piketty: Às urnas, cidadãos!


Autor do impactante O capital no século XXI, Thomas Piketty revolucionou para sempre o pensamento econômico contemporâneo. Em Às urnas, cidadãos!, ele analisa de modo incisivo assuntos de extrema relevância para a economia mundial, como as dívidas nacionais, a redistribuição de recursos e a fragmentação do bloco europeu. Às portas da eleição presidencial francesa de 2017, Piketty faz ainda um minucioso balanço dos mandatos de Nicolas Sarkozy e François Hollande; propõe rever diversas políticas que debilitam programas e instituições de grande relevância social e critica a forma de aplicação das alíquotas, que em geral privilegia as grandes empresas e os indivíduos mais ricos, ampliando as já imensas desigualdades. Diante de países que pouco se importam com seus vizinhos, qual seria a solução? A moratória das dívidas? A formação de uma câmara orçamentária da zona do euro? Para responder a essa e a outras perguntas, Piketty critica os egoísmos nacionais, lança um amplo olhar sobre a economia global e acompanha a escalada da desigualdade além da Europa, ao discutir a situação de Estados Unidos, África do Sul, Brasil, Índia, Oriente Médio e China. Nas mais de cinquenta crônicas que compõem Às urnas, cidadãos! o autor reafirma a ideia de que a economia diz respeito a toda a sociedade, e não a um pequeno grupo de especialistas.

Folha de S. Paulo: "3 em 10 praias do país são impróprias para banho; pesquise cada uma delas"


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Donald Trump has picked Neil Gorsuch as his nominee for the US Supreme Court.


Brasil 2016: produção industrial registra queda de 6,6%.

A produção industrial brasileira fechou o ano passado com queda de 6,6%, a terceira taxa anual negativa consecutiva: em 2015, a produção da indústria havia recuado 8,3% frente a 2014 que, por sua vez, já havia fechado o ano com produção negativa de 3% frente aos 12 meses imediatamente anteriores, na série sem ajuste sazonal.
Apesar dos sucessivos números negativos nas taxas anuais, em dezembro do ano passado a produção industrial nacional cresceu 2,3% em relação ao mês anterior – nesse caso, na série livre de influências sazonais. O resultado de dezembro é a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nos dois últimos meses de 2016 expansão de 2,6%.
Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF) – Brasil foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que as taxas anualizadas (indicador acumulado nos últimos 12 meses) permaneceram com o ritmo de queda iniciado em junho de 2016 (-9,7%).
Os dados indicam ainda que em relação a dezembro de 2015 (série sem ajuste sazonal), houve queda de 0,1%, a 34ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa da sequência.
Os índices do setor industrial foram também negativos tanto para o fechamento do quarto trimestre de 2016 (-3,1%), quanto para o acumulado do segundo semestre do ano (-4,2%), as duas comparações em relação aos mesmos períodos do ano anterior.O crescimento de 2,3% na produção industrial brasileira, na passagem de novembro para dezembro, reflete resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE.
Entre as grandes categorias econômicas, os destaques ficaram com bens de consumo duráveis, cujo crescimento no período chegou a expressivos 6,5% e bens de consumo semi e não duráveis, com crescimento de 4,1%.
Segundo o IBGE, nessas duas categorias, os resultados relativos ao mês de dezembro foram os mais elevados desde os 9,8% de julho de 2015 (no caso de bens de consumo duráveis), e dos 4,6% de dezembro de 2005 (semi e não duráveis).
No que se refere aos ramos de atividade, os dados de dezembro do ano passado trazem como principal destaque o de veículos automotores, reboques e carrocerias, que chegou a crescer 10,8%, o maior resultado para o segmento desde os 11,7% de junho de 2016.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (5,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (15,2%), de produtos de borracha e material plástico (8,3%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (10,9%).
Entre os oito ramos que reduziram a produção em dezembro, os desempenhos de maior importância para a média global foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%) e bebidas (-5,5%).


Edição: Graça Adjuto

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...