quarta-feira, 3 de abril de 2019

A ambiguidade de André Lara Resende: Samuel Pessoa - FSP 31/03

André Lara Resende tem provocado ruidoso debate ao afirmar que equilíbrio fiscal não tem importância e que o BC pode colocar o juro onde deseja.

Fui ler o texto original, “Consenso e contrassenso: déficit, dívida e Previdência”, e não foi o que lá encontrei.

Entendo que André está correto quando afirma que um Estado que emite dívida em sua própria moeda não enfrenta restrição financeira, mas somente a restrição de recursos da sociedade. Keynes nos ensinou esse fato há 80 anos.

No modelo tradicional, a taxa de juros é o regulador da demanda agregada. O BC a fixa para manter inflação na meta. A política fiscal é determinada para garantir a solvência da dívida pública.

André propõe inverter. Manter a taxa de juros baixa —de preferência abaixo da taxa de crescimento da economia— e empregar a política fiscal para regular a demanda agregada.

No modelo tradicional, um parâmetro importante é a taxa real neutra de juros, aquela que mantém o mercado de trabalho a pleno emprego, e a inflação, estável e na meta.

Ao direcionar a política fiscal para o controle da demanda agregada e fixar os juros baixos para não gerar uma dinâmica explosiva na dívida pública, André está nos dizendo que a taxa neutra não é independente da política fiscal, como estabelece há décadas a teoria convencional.

Há anos tenho escrito que um dos motivos que explicam o fato de a taxa neutra de juros ser muito elevada no Brasil é o gasto primário da União crescer sistematicamente além da expansão da economia.

Entre 2008 e 2014, essa pressão sobre a taxa neutra de juros foi agravada pelo BNDES.

Até alguns anos atrás, as melhores estimativas de taxa neutra de juros no Brasil situavam-na em 6% ao ano.

A contenção do crescimento do gasto real da União desde 2015 e a redução das operações com BNDES já reduziram a taxa neutra. Hoje ela situa-se em torno de 3%.

André está certo e faz parte do saber convencional que diferentes regimes fiscais produzirão diferentes taxas neutras de juros.

Por hipótese, como funcionaria a política econômica se André fosse simultaneamente ministro da Fazenda e presidente do BC, no melhor período que tivemos, os anos Lula, quando crescemos 4% em termos reais? Ele fixaria a taxa de juros real abaixo de 4% e faria a política fiscal compatível com essa política monetária e inflação na meta.

Como aqueles foram anos de pressão inflacionária permanente, mesmo com juros reais praticados superiores a 6%, a política fiscal teria de ter sido mais apertada do que foi. Teria sido necessário aprovarmos uma reforma da Previdência e promovermos o ajuste fiscal estrutural desejado 
por muitos em 2005.

O texto de André tem um problema retórico. Para tornar sua proposta mais palatável, não enfatiza as implicações fiscais de sua sugestão de alteração do regime de política econômica.

Ele tem ainda um problema histórico. O regime de André era o desejado, por exemplo, por Keynes, que defendeu contração fiscal para enfrentar o excesso de demanda no Reino Unido em 1937. 

A experiência do pós-guerra nos ensinou que a política fiscal é muito lenta, pois depende essencialmente do tempo da política, enquanto a política monetária tem a agilidade necessária para manter a inflação controlada.

Com relação à proposta mais polêmica de André, manter os juros reais bem baixos, é sempre possível. Basta convencer o Congresso a produzir a política fiscal compatível com esse juro real baixo e inflação estável.

André fez muito barulho por nada.

quarta-feira, 27 de março de 2019

31/03/1964 - 31/03/2019 - 55 anos.

As Forças Armadas participam da história da nossa gente, sempre alinhadas com as suas legítimas aspirações. O 31 de Março de 1964 foi um episódio simbólico dessa identificação, dando ensejo ao cumprimento da Constituição Federal de 1946, quando o Congresso Nacional, em 2 de abril, declarou a vacância do cargo de Presidente da República e realizou, no dia 11, a eleição indireta do Presidente Castello Branco, que tomou posse no dia 15.
Enxergar o Brasil daquela época em perspectiva histórica nos oferece a oportunidade de constatar a verdade e, principalmente, de exercitar o maior ativo humano - a capacidade de aprender.
Desde o início da formação da nacionalidade, ainda no período colonial, passando pelos processos de independência, de afirmação da soberania e de consolidação territorial, até a adoção do modelo republicano, o País vivenciou, com maior ou menor nível de conflitos, evolução civilizatória que o trouxe até o alvorecer do Século XX.
O início do século passado representou para a sociedade brasileira o despertar para os fenômenos da industrialização, da urbanização e da modernização, que haviam produzido desequilíbrios de poder, notadamente no continente europeu.
Como resultado do impacto político, econômico e social, a humanidade se viu envolvida na Primeira Guerra Mundial e assistiu ao avanço de ideologias totalitárias, em ambos os extremos do espectro ideológico. Como faces de uma mesma moeda, tanto o comunismo quanto o nazifascismo passaram a constituir as principais ameaças à liberdade e à democracia.
Contra esses radicalismos, o povo brasileiro teve que defender a democracia com seus cidadãos fardados. Em 1935, foram desarticulados os amotinados da Intentona Comunista. Na Segunda Guerra Mundial, foram derrotadas as forças do Eixo, com a participação da Marinha do Brasil, no patrulhamento do Atlântico Sul e Caribe; do Exército Brasileiro, com a Força Expedicionária Brasileira, nos campos de batalha da Itália; e da Força Aérea Brasileira, nos céus europeus.
A geração que empreendeu essa defesa dos ideais de liberdade, com o sacrifício de muitos brasileiros, voltaria a ser testada no pós-guerra. A polarização provocada pela Guerra Fria, entre as democracias e o bloco comunista, afetou todas as regiões do globo, provocando conflitos de natureza revolucionária no continente americano, a partir da década de 1950.
O 31 de março de 1964 estava inserido no ambiente da Guerra Fria, que se refletia pelo mundo e penetrava no País. As famílias no Brasil estavam alarmadas e colocaram-se em marcha. Diante de um cenário de graves convulsões, foi interrompida a escalada em direção ao totalitarismo. As Forças Armadas, atendendo ao clamor da ampla maioria da população e da imprensa brasileira, assumiram o papel de estabilização daquele processo.
Em 1979, um pacto de pacificação foi configurado na Lei da Anistia e viabilizou a transição para uma democracia que se estabeleceu definitiva e enriquecida com os aprendizados daqueles tempos difíceis. As lições aprendidas com a História foram transformadas em ensinamentos para as novas gerações. Como todo processo histórico, o período que se seguiu experimentou avanços.
As Forças Armadas, como instituições brasileiras, acompanharam essas mudanças. Em estrita observância ao regramento democrático, vêm mantendo o foco na sua missão constitucional e subordinadas ao poder constitucional, com o propósito de manter a paz e a estabilidade, para que as pessoas possam construir suas vidas.
Cinquenta e cinco anos passados, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reconhecem o papel desempenhado por aqueles que, ao se depararem com os desafios próprios da época, agiram conforme os anseios da Nação Brasileira. Mais que isso, reafirmam o compromisso com a liberdade e a democracia, pelas quais têm lutado ao longo da História.


FERNANDO AZEVEDO E SILVA

terça-feira, 19 de março de 2019

Joint Statement from President Donald J. Trump and President Jair Bolsonaro.

Today, President Donald J. Trump and President Jair Messias Bolsonaro of Brazil committed to building a new partnership between their two countries focused on increasing prosperity, enhancing security, and promoting democracy, freedom, and national sovereignty.
President Trump and President Bolsonaro reiterated that the United States and Brazil stand with the Interim President of Venezuela Juan Guaido, along with the democratically elected National Assembly, and the Venezuelan people, as they work to peacefully restore constitutional order to Venezuela.
The two Presidents agreed to deepen their partnership through the United States-Brazil Security Forum to combat terrorism, narcotics and arms trafficking, cybercrimes, and money laundering, and they welcomed two new arrangements to enhance border security.  President Bolsonaro announced Brazil’s intent to exempt United States citizens from tourist visa requirements, and the Presidents agreed to take the steps necessary to enable Brazil to participate in the Department of Homeland Security’s Trusted Traveler Global Entry Program.
President Trump announced the United States’ intent to designate Brazil as a Major Non-NATO Ally.  The Presidents further welcomed the signing of a Technology Safeguards Agreement, which will enable United States companies to conduct commercial space launches from Brazil, as well as an agreement between the National Aeronautics and Space Administration and the Brazilian Space Agency to launch a jointly developed satellite in the near future.
The two leaders agreed to build a Prosperity Partnership to increase jobs and reduce barriers to trade and investment.  To this end, they decided to enhance the work of the United States-Brazil Commission on Economic and Trade Relations, created under the Agreement on Trade and Economic Cooperation, to explore new initiatives to facilitate trade investment and good regulatory practices.
The two leaders also made a number of trade-related commitments.  President Bolsonaro announced that Brazil will implement a tariff rate quota, allowing for the annual importation of 750 thousand tons of American wheat at zero rate.  In addition, the United States and Brazil agreed to science-based conditions to allow for the importation of United States pork.  In order to allow for the resumption of Brazil’s beef exports, the United States agreed to expeditiously schedule a technical visit by the United States Department of Agriculture’s Food Safety and Inspection Service to audit Brazil’s raw beef inspection system, as soon as it is satisfied with Brazil’s food safety documentation.  The Presidents instructed their teams to negotiate a Mutual Recognition Agreement concerning their Trusted Trader programs, which will reduce costs for American and Brazilian companies.
The two leaders announced a new phase of the United States-Brazil CEO Forum, and welcomed the creation of a $100 million Biodiversity Impact Investment Fund that will catalyze sustainable investment in the Amazon region.  As leaders of two of the fastest-growing energy suppliers in the world, the Presidents agreed to establish a United States-Brazil Energy Forum to facilitate energy-related trade and investment.
President Trump welcomed Brazil’s ongoing efforts regarding economic reforms, best practices, and a regulatory framework in line with the standards of the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD).  President Trump noted his support for Brazil initiating the accession procedure to become a full member of the OECD.  Commensurate with its status as a global leader, President Bolsonaro agreed that Brazil will begin to forgo special and differential treatment in World Trade Organization negotiations, in line with the United States proposal.  President Bolsonaro thanked President Trump and the American people for their hospitality.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Washington: U.S. Department of The Treasury.


Time Out Index 2019 – Las 48 mejores ciudades del mundo,

Time Out Index 2019 – Las 48 mejores ciudades del mundo

1. Nueva York
2. Melbourne, Australia
3. Chicago, Illinois
4. Londres, Reino Unido
5. Los Ángeles, California
6. Montreal, Canadá
7. Berlín, Alemania
8. Glasgow, Escocia
9. París, Francia
10. Tokio, Japón
11. Madrid, España
12. Ciudad del Cabo, Sudáfrica
13. Las Vegas, Nevada
14. Ciudad de México, México
15. Manchester, Reino Unido
16. Filadelfia, Pennsylvania
17. Barcelona, ​​España
18. Buenos Aires, Argentina
19. Lisboa, Portugal
20. Washington DC

21. Tel Aviv, Israel
22. Mumbai, India
23. Toronto, Canadá
24. Birmingham, Reino Unido
25. Dublin, Irlanda
26. São Paulo, Brasil
27. Miami, Florida
28. Porto, Portugal
29. Singapur
30. Edimburgo, Escocia
31. San Francisco
32. Dubai, Emiratos Árabes Unidos
33. Munich, Alemania
34. Viena, Austria
35. Shanghai, China
36. Moscú, Rusia
37. Delhi, India
38. Seattle, Washington
39. Sydney, Australia
40. Abu Dhabi, Emiratos Arabes Unidos
41. Hong Kong
42. Boston, Massachusetts
43. Rio de Janeiro, Brasil
44. Marsella, Francia
45. Bangkok, Tailandia
46. ​​Kuala Lumpur, Malasia
47. Beijing, China
48. Estambul, Turquía

quarta-feira, 13 de março de 2019

André Lara Resende escreve sobre a crise da macroeconomia.

https://www.valor.com.br/cultura/6149939/andre-lara-resende-escreve-sobre-crise-da-macroeconomia

Top World Airports by Passenger Traffic, 2017.

1 - Beijing Capital PEK 95,786,442
2 - Dubai Intl DXB 88,242,099 
3 - Tokyo Haneda HND 85,408,975
4 - London Heathrow LHR 78,014,598
5 - Hong Kong HKG 72,664,075
6 - Shanghai Pudong PVG 70,001,237
7 - Paris Charles de Gaulle CDG 69,471,442
8 - Amsterdam AMS 68,515,425
9 - Guangzhou CAN 65,887,473
10 - Franfurt - FRA 64,500,386

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...