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domingo, 21 de agosto de 2016

Prêmio Banco Central de Economia e Finanças 2016.

Os pesquisadores Bruno Silva Martins e Marco Antônio Cesar Bonomo são a dupla vencedora do primeiro Prêmio Banco Central de Economia e Finanças, criado como parte das comemorações dos 50 anos da instituição, com objetivo de estimular a pesquisa em ciência econômica e nos temas relacionados à missão do BC, como política monetária, estabilidade financeira e cidadania financeira. A solenidade de premiação ocorreu em São Paulo, durante o XI Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária.

Para elaborar o trabalho “The impact of Government-driven loans in the Monetary Tramsmission Mechanism: what can we learn from firm level data?”, Bruno Martins e Marco Antonio Bonomo usaram dados de empréstimos ao nível da firma da Central de Risco de Crédito do Banco Central do Brasil (SCR). "Encontramos evidência de que a transmissão da política monetária pelo canal do crédito é menos efetiva para empresas com maior acesso ao crédito direcionado e/ou ao crédito concedido por bancos públicos, o que chamamos no artigo de ‘crédito governamental’. Consequentemente, a variação da taxa Selic necessária para atingir o mesmo efeito sobre o crescimento do crédito e do emprego na economia seria menor caso não houvesse crédito governamental, ou se o mesmo se comportasse de forma similar ao crédito livremente ofertado pelos bancos privados. Adicionalmente, verificamos que o impacto de choques externos sobre o custo dos empréstimos e sobre o crescimento do crédito e do emprego é menor em empresas com maior acesso ao crédito governamental", explicou Bruno Silva Martins, que trabalha no Depep, no Rio de Janeiro. 

terça-feira, 28 de junho de 2016

XXII FÓRUM BANCO DO NORDESTE DE DESENVOLVIMENTO e XXI ENCONTRO REGIONAL DE ECONOMIA.



CONVITE

XXII FÓRUM BANCO DO NORDESTE DE DESENVOLVIMENTO
E XXI ENCONTRO REGIONAL DE ECONOMIA


O Banco do Nordeste, em parceria com a Associação Nacional de Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), realizará o XXII Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento e o XXI Encontro Regional de Economia para marcar as comemorações do 64º de sua criação. Os eventos ocorrerão nos dias 7 e 8 de julho de 2016, conforme programação anexa, e têm como objetivo mobilizar a comunidade acadêmica e política em torno de questões relevantes para o desenvolvimento regional, além de buscar o fortalecimento da interlocução institucional com a sociedade, a academia e as entidades de classe.

Na oportunidade, convidamos Vossa Senhoria para participar da abertura do evento, que terá início às 9h30, do dia 7 de julho de 2016, no Centro Administrativo Presidente Getúlio Vargas – sede do Banco do Nordeste, localizado na Av. Dr. Silas Munguba, 5700 – Passaré, em Fortaleza.

Agradecemos sua valiosa participação.


MARCOS COSTA HOLANDA
Presidente



terça-feira, 17 de maio de 2016

Mansueto Almeida e Carlos Hamilton: economistas e cearenses no Ministério da Fazenda.


Hoje, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, cearense de Sobral, doutor e mestre em Economia pela FGV e engenheiro civil pela Universidade Federal do Ceará Mansueto Facundo de Almeida Jr, economista pela Universidade Federal do Ceará, Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), cursou Doutorado em Políticas Públicas no MIT, Cambridge (USA), foram anunciados pelo Ministro da Fazenda Henrique Meirelles para as Secretarias de Política Econômica e Acompanhamento Econômico, respectivamente. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O voto dos economistas.


Pesquisa realizada pelo VALOR ECONÔMICO mostra como votam os economistas em nossos departamentos de Economia.


domingo, 14 de setembro de 2014

Os Economistas de Marina Silva.

Leio na FOLHA de S. PAULO, matéria sobre a equipe econômica que colabora com a candidata Marina Silva.

André Lara Resende e Eduardo Giannetti da Fonseca são as estrelas principais, mas a equipe que assessora Marina Silva na área econômica reúne pelo menos outros três profissionais respeitados no meio, embora pouco conhecidos fora da academia.
Os professores Alexandre Rands, da Universidade Federal de Pernambuco, Marco Bonomo, do Insper, e Tiago Cavalcanti, da Universidade de Cambridge, estão na linha de frente da campanha.
Os três contribuíram com a elaboração do programa do PSB antes da morte do ex-governador Eduardo Campos. Mais recentemente, foram convocados a participar ativamente da campanha.
A ascensão de Marina nas pesquisas de intenção de voto tem provocado forte assédio de empresários e investidores interessados em conhecer melhor as propostas da candidata para a economia.
A equipe, enxuta, se desdobra para dar conta dos convites para palestras e encontros com o setor privado.
Um desses eventos, organizado pelo Bank of America/Merrill Lynch na última segunda-feira (8) em São Paulo, foi pensado originalmente para cerca de cem convidados e acabou com uma plateia de quase 500 pessoas.
O número de representantes de Marina aumentou de forma proporcional ao interesse. Inicialmente, falariam apenas Walter Feldman e Bazileu Margarido, coordenadores da campanha de Marina.
A dupla acabou sendo reforçada por quase todo o núcleo da campanha, incluindo o candidato a vice da chapa, Beto Albuquerque, Lara Resende, os irmãos Alexandre e Maurício Rands e o biólogo João Paulo Capobianco.
Bonomo, que até agora vinha atuando apenas na concepção do programa, foi recrutado na semana passada para também representar Marina em eventos públicos.
Acadêmico respeitado --está entre os 20 economistas brasileiros com maior número de artigos em publicações acadêmicas--, Bonomo não está acostumado com os holofotes do debate público.
Ele conta ter conhecido Marina em 2010 e diz que logo se identificou com suas ideias. Mas chegou à campanha pelas mãos de Tiago Cavalcanti e Alexandre Rands, economistas que eram próximos de Eduardo Campos.
Bonomo foi um dos autores das propostas do programa relacionadas ao mercado de crédito. É defensor da redução do papel dos bancos públicos, que, segundo ele, deveriam atuar com foco em nichos específicos, como pequenas empresas e inovação.
"Mas tudo isso deve ser feito com muito cuidado, vagarosamente", disse Bonomo.
Cavalcanti também é crítico do protagonismo assumido pelos bancos públicos na oferta de crédito subsidiado. Seu estudo mais recente afirma que a política de subsídios não tem efeito positivo significativo para a produção e não ajuda os salários.

Assim como Rands, os dois economistas são defensores da importância da avaliação permanente dos resultados de políticas públicas. "Não quero discutir o tamanho do Estado, mas podemos discutir a sua eficiência", afirmou Cavalcanti.

domingo, 12 de janeiro de 2014

As novas caras da Economia.

Li na FOLHA extensa matéria sobre um grupo de 10 jovens economistas brasileiros que estão ofertando uma nova visão de estudo da nossa Economia. Abaixo os colegas em destaque:

GABRIEL ULYSSEA
COORDENADOR DA ÁREA DE MERCADO DE TRABALHO DO IPEA - Graduação em economia na UFRJ, com mestrado na PUC-Rio e doutorado em Chicago.

Estudos sobre a informalidade no mercado de trabalho acompanham o economista Gabriel Ulyssea desde o mestrado, na PUC-Rio. No ano passado, sua tese de doutorado (também sobre o tema) foi premiada pela Anpec (associação que reúne alunos de pós-graduação em economia).
Concluiu os estudos na Universidade de Chicago, orientado pelo Prêmio Nobel James Heckman.
Aos 34 anos, Ulyssea tem uma vivência de governo que o diferencia dos economistas de sua idade. Participou da formulação do Fundeb (fundo que provê recursos para o pagamento de professores do ensino básico), quando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ainda era secretário de Tarso Genro, então ministro da Educação.
"Foi interessante ver a política sendo feita", diz. "É a maneira mais direta de impactar a realidade. Isso me motiva muito."
Entrou para o Ipea (instituto governamental de pesquisa econômica) e foi trabalhar com Ricardo Paes de Barros, referência nos estudos sobre desigualdade.
Em 2006, escreveu capítulos e ajudou Paes de Barros a organizar o livro "Desigualdade de Renda no Brasil: uma Análise da Queda Recente", reunião dos principais estudiosos do tema no país.
Isso tudo antes dos 27 anos, quando partiu para a Universi- dade de Chicago. Estudou como a informalidade afeta a rotina das empresas.
Constatou que a redução dos impostos na folha de pagamentos pode aumentar a formalização das empresas, mas pouco afeta a vida dos trabalhadores.
"Com o ganho de margem, elas podem contratar mais funcionários informais e há pouco impacto sobre os salários."
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MONICA DE BOLLE
PROFESSORA DA PUC-RIO - 
Graduação e mestrado em economia na PUC-Rio e doutorado na London School of Economics.

Monica Baumgarten de Bolle tem se destacado no debate público no país. Herdou o interesse pela economia do pai, Alfredo Luiz Baumgarten, ex-presidente da Finep, morto em 1990.
Depois do doutorado, foi trabalhar no FMI, no qual desenvolveu na prática seu interesse teórico por crises financeiras.
Estava no Fundo quando a Argentina entrou em default, em 2001. Antevendo os efeitos no Uruguai, pediu que ficasse responsável pelo país, que despertava pouco interesse na época.
Quando estourou a crise uruguaia, de Bolle foi uma das principais responsáveis pela bem-sucedida reestruturação da dívida do país, que serviria mais tarde de modelo para o caso da Grécia.
"Quando começou a crise, pensei: Que maneiro, lá vou eu'."
Seu chefe era Tim Geithner, posteriormente secretário do governo Obama. De volta ao Brasil, passou pelo mercado financeiro e foi trabalhar com Dionísio Carneiro na Galanto. Depois da morte de Carneiro, assumiu a consultoria e dá aulas na PUC-Rio.
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BERNARDO GUIMARÃES
PROFESSOR DA FGV-SP - 
Graduação em engenharia na USP, com mestrado em economia na USP e doutorado em Yale.

O que mais preocupa o economista Bernardo Guimarães, 41, é o Brasil estar entre os piores do mundo para fazer negócios. O mais recente "Doing Business", do Banco Mundial, colocou o país em 116º entre 189 economias.
"A inflação chegar a 6,5% não é uma tragédia. O pior é não termos, há anos, reformas que melhorem o ambiente de negócios", diz. "O que faz diferença em uma economia é produzir e contratar."
Em 2003, escreveu um artigo com Nouriel Roubini sobre países que recebem ajuda do FMI.
Depois de lecionar por seis anos na London Business School, decidiu voltar ao Brasil. Não tem pretensão de trabalhar no governo. "Eu sinto que ajudo mais o país ensinando as pessoas."
Economista de linha ortodoxa, diz que o termo não faz jus a pesquisadores como ele. "Ninguém quer reproduzir o passado, a ortodoxia. Queremos superá-la."
Dedica-se atualmente a pesquisar a relevância das instituições no desenvolvimento e a relação entre as expectativas e o desempenho econômico.
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JOÃO M. PINHO DE MELLO
PROFESSOR DO INSPER - 
Graduação em administração pública na FGV, mestrado na PUC-Rio e doutorado em Stanford.

Estudar eventos que aparentemente nada têm a ver com economia é a rotina de João Manoel Pinho de Mello, 40.
Em seus artigos recentes, há medições sobre os efeitos do Bolsa Família nos índices de criminalidade, do desarmamento nos homicídios e até do tempo de exposição na TV, no horário eleitoral, no sucesso dos candidatos nas eleições.
Sua área de atuação é a economia aplicada às ciências sociais. Atualmente, avalia se reduz a violência o fechamento dos bares às 23h, como manda a lei em algumas cidades do interior paulista.
"Minha área não existia no passado. Todos os economistas estudavam inflação; esse tema sugou a energia de duas gerações. Estudos voltados para assuntos como crime, saúde, economia bancária não existiam."
Em trabalho sobre concorrência, uma de suas especialidades, analisou as consequências da atuação dos bancos públicos no mercado. Constatou que eles tendem a "expulsar" os privados de alguns nichos, o que reduz a competição. "O que indica que a atual ação dos bancos públicos não é muito alvissareira."
Professor e pesquisador, diz ter vontade e trabalhar no governo, "mas depende dos termos". "Se é para aprovar políticas que eu considero fracassadas, não. Mas, se for possível ter um debate inteligente, eu iria", afirma.
Mello se intitula um economista "mainstream" e afirma que não entende muito os heterodoxos. "A imperfeição dos mercados está descrita no mainstream' há 70 anos."
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CARLOS EDUARDO GONÇALVES
PROFESSOR DA USP - 
Graduação em engenharia na USP, com mestrado e doutorado em economia na USP e pós-doutorado na London School of Economics.

Carlos Eduardo Gonçalves, 40, se dedica ao estudo da macroeconomia, mas com "cara de microeconomia", como diz.
O que significa estudar os grandes movimentos econômicos, como taxa de juros e inflação, atento a evidências, causas e consequências.
O objetivo é investigar pensamentos aparentemente consensuais, como se o dólar alto ajuda a indústria ou se economias abertas têm mais investimentos.
Em artigo publicado em 2008 com o economista João Moreira Salles demonstrou que, em 36 economias que adotaram o regime de metas, a inflação e a volatilidade do PIB se reduziram.
O economista prefere a coluna do meio quando o debate ruma para o confronto entre ortodoxos e heterodoxos.
"A ortodoxia do mercado financeiro não entende as falhas de mercado. A inflação baixa nem sempre é boa, na Europa ela é ruim agora. Às vezes o governo tem que intervir na economia", afirma. "Mas não existe tese sem estatística, sem modelo. Não aceito a heterodoxia do blá-blá-blá."
Já escreveu dois livros de economia para não economistas. E prepara um terceiro, em parceria com Bruno Giovannetti, da USP, com verbetes econômicos e financeiros, que deve se chamar "Econopédia".
É autor, com outros economistas, do blog "Economista X".
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ANDRÉ MODENESI
PROFESSOR DA UFRJ - 
Graduação em economia na PUC-Rio e em ciências sociais na UERJ, com mestrado na UFF e doutorado na UFRJ.

A lembrança da hiperinflação e a mudança na realidade provocada pelo Plano Real fizeram André Modenesi, 38, interessar-se pela economia. Com pós-graduação em ciências sociais, seu olhar, porém, foi moldado para a observação das pessoas.
Macroeconomista de orientação heterodoxa, foi influenciado por pesquisadores de John Maynard Keynes, como Fernando Cardim, na UFRJ. Mas isso não quer dizer que rejeite a estatística, contrariando os críticos dessa escola, que dizem que ela é divorciada da matemática.
"A economia não é uma ciência dura' como a física. Mas eu me preocupo em buscar regularidades empíricas", diz. "A diferença é a maneira de olhar."
Durante o doutorado passou um ano estudando com o americano Werner Baer, brasilianista na Universidade de Illinois.
"Fiz uma opção, a falta de conexão com a realidade torna a ortodoxia muito abstrata. Isso me incomoda", afirma. "Em geral os modelos estão precisos, mas a hipótese básica não faz sentido."
Atualmente, estuda os mecanismos de funcionamento do sistema de metas de inflação e quais os custos entre escolher mais juros ou menos inflação. "Não quero que a inflação volte, eu estudo isso há anos. Mas isso não impede que se façam balanços de custos e benefícios da política."
Considera que o modelo adotado no Brasil desde 1999 não tem obtido êxito porque os canais de comunicação do Banco Central com a realidade de empresas e consumidores emperraram no sistema bancário.
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MARCELO FERNANDES
PROFESSOR DA FGV-SP - 
Graduação em economia na UFRJ, com mestrado na FGV, doutorado na Solvay Business School Université Libre de Bruxelles e pós-doutorado no European University Institute.

Como um cientista, Marcelo Fernandes, 41, afirma que busca isolar os problemas econômicos para descrevê-los e analisá-los com rigor. A lente do economista são modelos matemáticos sofisticados.
"Em vez de pensar na pergunta e buscar os dados, encontre os dados e pense em quais perguntas pode fazer", afirma.
Dessa maneira, ele passou seis anos fazendo um estudo teórico que buscava testar a assimetria em uma distribuição, estatística pura. Depois disso, decidiu se reconciliar com dados reais.
É considerado um dos nomes mais promissores da econometria (estatística aplicada à economia) voltada às finanças.
Prepara um estudo, com Walter Novaes, da PUC-Rio, que busca estimar como a interferência do governo afetou as ações de empresas com participação estatal, mesmo minoritária.
Constatou que os papéis com direito a voto (ON), normalmente mais valiosos, perderam vantagem sobre as demais ações. "Houve uma expropriação dos sócios com direito a voto", diz.
De linha ortodoxa, diz que a contraposição com heterodoxos é debate que hoje só se encontra no Brasil.
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FLÁVIO CUNHA
PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DA PENSILVÂNIA - 
Graduação em economia na UFMG, mestrado na FGV e doutorado em Chicago.

O economista Flávio Cunha tem contribuído para pesquisas que mostram que boa parte da defasagem de desenvolvimento cognitivo existente entre jovens de famílias de baixa renda e aqueles com maior poder aquisitivo é gerada ainda na infância.
Publicou importantes estudos sobre esse tema em coautoria com o Prêmio Nobel James Heckman, um dos economistas que Cunha mais admira.
Professor-assistente da Universidade da Pensilvânia, Cunha tem no capital humano seu principal foco de estudo:
"O capital humano de um país determina, em parte, o potencial de crescimento de longo prazo de sua economia", afirma.
"O conhecimento, a experiência, as habilidades, a persona- lidade e até mesmo a saúde física e mental que uma pessoa possui são exemplos de diferen- tes componentes do seu capital humano."
Com base nos resultados de sua pesquisa e de outros economistas que estudam o mesmo tema, Cunha defende uma aten- ção maior das políticas públicas à pré-escola.
Como outros economistas de sua geração, diz que não pensa na divisão de sua área em termos de ortodoxia e heterodoxia.
Vê com otimismo o amplo debate na sociedade brasileira sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação.
Mas se preocupa com o pouco esforço para a coleta de dados necessários para a compreensão do que é necessário para essa empreitada.
Seus planos incluem aumentar sua participação científica no Brasil, já que boa parte do que pesquisa atualmente é baseada em dados dos EUA.
"Gostaria de coletar dados, estudar e implementar programas que venham a melhorar o desenvolvimento de capital humano no Brasil."
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RODRIGO SOARES
PROFESSOR DA FGV-SP - 
Graduação em economia na UFMG, mestrado na PUC-Rio e doutorado em Chicago.

O nível de criminalidade, a qualidade da saúde pública e as tendências demográficas têm forte impacto no desenvolvimento de um país.
A interação entre esses fatores e sua influência na produtividade da mão de obra são alguns dos objetos de estudo de Rodrigo Soares, um dos economistas brasileiros com maior número de pesquisas publicadas.
Atualmente professor da FGV-SP, Soares deu aula anteriormente na Universidade de Maryland e na PUC-Rio, depois de cursar doutorado em Chicago.
Diz ter encontrado um país diferente, melhor, quando voltou dos EUA, em 2005.
"Eu percebi um progresso grande em áreas como saúde e educação, com queda da mortalidade infantil e aumento das matrículas no ensino básico."
Mas acredita que, desde a década passada, o processo de melhorias estancou ou regrediu.
"Acho que a política pública baseada em evidência, em entender o que estava acontecendo, que prevaleceu de meados dos anos 1990 a 2000, foi um pouco deixada de lado."
Soares diz que gostaria de participar de um governo no futuro, embora não tenha isso como ambição ou objetivo.
Para ele, as tentativas de tratar a economia de forma ideológica afetam o debate acadêmico de forma negativa no Brasil.
"Acho que o debate seria mais produtivo se fosse focado em tentar entender políticas boas e ruins, com base em evidências."
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TIAGO BERRIEL
PROFESSOR DA PUC-RIO - 
Graduação e mestrado na PUC-Rio, doutorado em Princeton.

Orientado pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga no mestrado e pelo Nobel de Economia Christopher Sims no doutorado, Tiago Berriel, 33, dedica-se a analisar os efeitos das políticas monetária e fiscal.
Professor da PUC-Rio e responsável pela análise macroeconômica da gestora Pacífico, Berriel diz que sua formação é considerada tão ortodoxa que ele "nem sabe direito o que é o outro lado".
Tem interesse por questões como a independência do BC e os custos da política monetária.
Concluiu há pouco uma pesquisa em coautoria com Eduardo Zilberman sobre os efeitos macroeconômicos do Bolsa Família, avaliando seu impacto sobre a pobreza, a desigualdade de renda e a oferta de mão de obra.
"O Bolsa Família é uma decisão de política fiscal, por isso seus efeitos me interessam."
A recente deterioração das contas do governo o preocupa atualmente. Seu temor é que o mercado passe a apostar que a situação fiscal vai piorar.
Isso pode levar a uma forte desvalorização da moeda, com impacto negativo sobre a inflação, forçando o BC a elevar os juros:
"Essa é uma situação que pode ocorrer mesmo quando o país está com um nível de endividamento razoável, que é o caso do Brasil, mas a boa notícia é que não é difícil de consertar".

Diz que não tem como meta a vida pública, mas gosta do debate de ideias. "No fim, o objetivo das pesquisas é influenciar a formulação de políticas e o debate."

sábado, 23 de novembro de 2013

Economia - grandes nomes: ARISTÓTELES.

Iniciamos uma série de postagens sobre grandes mentes que pensaram a Economia e fizeram muito para o mundo moderno se tornar o que é atualmente.

Nosso destaque hoje vai para ARISTÓTELES, o primeiro pensador da atividade econômica, que nasceu na Macedônia, Grécia em 384 a.C. e faleceu em Eubéia, também na Grécia, em 322 a.C..

Fala Mestre Aristóteles, em sua obra mais importante, "Política":

 “Na arte da aquisição existe, portanto, um tipo que é natural e faz parte da administração de uma casa (...). Existe uma outra variedade da arte da aquisição que é comum e corretamente chamada de arte de ganhar dinheiro, e que na verdade tem sugerido a noção de que a riqueza e o poder não têm limites...”

domingo, 17 de novembro de 2013

Os economistas da situação e de oposição à política econômica de Dilma Rousseff.


Leio no portal do Ministério do Planejamento, matéria da jornalista Rosana Hessel, do Correio Braziliense, sobre economistas da "situação" e da "oposição" a gestão econômica da Presidente Dilma. Como a própria matéria alerta, ninguém na Esplanada dos Ministérios confirma a existência desta lista de importantes colegas economistas, pró ou contra, a atual política econômica.    

Por manifestar uma visão crítica dos rumos da administração Dilma Rousseff, um grupo de economistas vem sendo constantemente desqualificado por integrantes do governo. Devido a suas opiniões, expressas em artigos e entrevistas publicadas na imprensa, eles são considerados de oposição e, por isso, não têm sido convidados para reuniões que técnicos oficiais costumam fazer com profissionais do setor privado para avaliar a conjuntura econômica.

A lista, que ninguém na Esplanada dos Ministérios confirma oficialmente, é composta, principalmente, por ex-integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso, como o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, e por desafetos do governo petista, a exemplo do ex-diretor do Banco Central (na era Lula) Alexandre Schwartsman. Dela, ainda fazem parte o ex-ministro da Fazenda no governo Sarney, Maílson da Nóbrega, e economistas da Casa das Garças, no Rio de Janeiro, capitaneados por Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real.

A relação inclui também integrantes do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, como José Roberto Afonso e Samuel Pessoa. Um dos formuladores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Afonso vem denunciando as manobras do governo a fim de permitir maior endividamento de estados e de municípios para elevar a taxa de investimento. Ele lembra que, no governo FHC, costumava participar de reuniões com acadêmicos para discutir problemas econômicos — o que não acontece no governo Dilma.

Um economista que pediu anonimato conta que deixou de ser chamado para reuniões do Banco Central (BC) por ser muito crítico. Procurado, o BC negou que tenha feito qualquer exclusão. “Havendo compatibilidade de agendas e fora do período de blecaute (que antecede reuniões do Copom), o BC atende as solicitações de audiência, bem como os seus dirigentes, incluindo membros da diretoria, também reservam suas agendas para encontros periódicos com um número considerável de economistas”, disse a assessoria da instituição.

Também está na lista o economista José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda na administração de FHC, que não poupa críticas à equipe de Dilma em artigos semanais. No governo Lula, ele era constantemente chamado para reuniões com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mas nunca foi convidado pelo sucessor, Alexandre Tombini, que foi funcionário dele na secretaria. Já seu irmão, Luiz Carlos Mendonça de Barros, que presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é elogiado na Fazenda e considerado uma pessoa “muito sensata”.

Alexandre Schwartsman é evitado por membros do governo devido à sua “agressividade” nos comentários. “Não sou convidado para os seminários de inflação, mas, se existe lista, para mim, é indiferente. Eu não quero falar com o governo nem ele comigo. E, se tenho algum prestígio com meus clientes e leitores, isso não se deve a estar ou não numa lista”, comentou o ex-diretor do BC.

Samuel Pessoa, da FGV, também não acha que faça parte da relação. “Na minha coluna semanal, faço críticas, mas também defendo programas do governo, como o Mais Médicos, ou mostro preocupação com a aprovação do Orçamento Impositivo no Congresso, que seria muito ruim para as contas públicas”, explicou.

Quem conhece a presidente Dilma diz que ela não escuta quase ninguém, principalmente em economia. Por ser economista, ela possui ideias próprias e exige que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, as executem. Os mais próximos dizem que ela respeita apenas três economistas: Delfim Netto, ministro da Fazenda e do Planejamento no regime militar; Yoshiaki Nakano, diretor da Escola de Economia da FGV de São Paulo; e Luiz Gonzaga Belluzzo, secretário de Política Econômica do governo Sarney.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A equipe econômica de Aécio Neves?

Segundo o VALOR ECONÔMICO já existe um grupo de economistas bem próximo ao pré-candidato Aécio Neves. Vide abaixo. 

Melhorar o ambiente de negócios, simplificar tributos, reverter políticas consideradas intervencionistas, abrir mais o país à competição internacional, retomar as privatizações e rever a política de desonerações tributárias. Estas são algumas das ideias defendidas por um grupo de economistas e acadêmicos que têm se reunido com o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República.

O grupo alerta que não se deve esperar, no curto prazo, diminuição da carga tributária nem expansão do PIB em ritmo mais acelerado. O primeiro ano da próxima gestão será marcado por dificuldades. O senador quer apresentar, já em dezembro, um primeiro pacote de ideias sobre temas que considera relevantes e urgentes para o país.


Entre os conselheiros de Aécio estão Armínio Fraga, Edmar Bacha, Gustavo Franco e Elena Landau, todos ex-integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso. Participam também das conversas Samuel Pessoa e Mansueto Almeida. "A preocupação não é tanto garantir um crescimento mais acelerado em 2015 e 2016, e, sim, adotar medidas que garantam um melhor desempenho da economia depois disso", admitiu Almeida.

domingo, 10 de novembro de 2013

Os economistas de Roberto Campos.

"Na minha juventude e nos anos maduros os economistas com quem mais convivi foram Eugênio Gudin, o pioneiro e o mais sábio; Octávio Gouveia de Bulhões, o mais criativo; Mário Henrique Simonsen, o de melhor instrumentação técnica; Delfim Netto, o de maior intuição política. Eu fui apenas o mais teimoso. Deles aprendi lições e com eles partilhei frustrações".


Esse é Roberto de Oliveira Campos, mencionando grandes colegas economistas, os quais merecem respeito e admiração, indiferente de suas posições políticas.    

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

XX Congresso Brasileiro de Economia.


No recente XX Congresso Brasileiro de Economia ocorreu a entrega do Prêmio Brasil de Economia. Na categoria livro de Economia os vencedores foram os colegas: 

1º Lugar (Prêmio de R$ 6.000,00): Reinaldo Gonçalves (CORECON-RJ) - Desenvolvimento às avessas: verdade, má-fé e ilusão no atual modelo brasileiro de desenvolvimento.

2º Lugar (Prêmio de R$ 4.000,00): Gustavo H. B. Franco (CORECON-RJ) - As leis secretas da economia.

3º Lugar (Prêmio de R$ 3.000,00): Eduardo Simões de Almeida (CORECON-SP) - Econometria Espacial Aplicada.

sábado, 20 de abril de 2013

Os economistas que disputam 2014.


Com a campanha presidencial em andamento e como economia e política são dois assuntos  importantes demais, vale a leitura do artigo de Maria Cristina Fernandes no VALOR ECONÔMICO de ontem.

Aécio Neves e Eduardo Campos formaram-se em economia na década da hiperinflação.

Aécio entrou para o curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio aos 19 anos. Transferiu-o para a PUC de Minas onde se formaria em 1984, aos 24 anos.

Eduardo Campos entrou para o curso de economia da Universidade Federal de Pernambuco em 1982, aos 16 anos e se formaria quatro anos depois.

Aécio dividiu-se entre a faculdade e o governo do avô, eleito em Minas em 1982.

No último ano do curso, Campos presidiu o Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. O brasilianista Werner Baer percorria escolas brasileiras e oferecia bolsas de pós-graduação na Universidade de Illinois. Tentado, Eduardo optaria por ficar em Pernambuco para assessorar o avô.

Tivesse aceito, seria colega de outro economista brasileiro formado naquela atribulada década de 1980, Alexandre Tombini. Depois de concluir economia na Universidade de Brasília em 1984, Tombini foi levado por Baer no ano seguinte para Illinois de onde sairia PhD.

Quando os três economistas da mesma geração deixavam a universidade, Dilma Rousseff, outra economista, assumia a Secretaria de Finanças da Prefeitura de Porto Alegre.

Daquela atribulada década de 1980 até hoje, dois momentos passaram à história como aqueles em que o adiamento de medidas econômicas pelo calendário eleitoral mais impacto tiveram sobre a política e a economia.

Os três economistas que devem se encontrar em 2014 assistiram àqueles momentos em postos distintos.

A história é conhecida. Em 1986 José Sarney via o Plano Cruzado vazar por todos os lados com o fracasso do congelamento. Seis dias depois da eleição que deu ao PMDB de Sarney 22 dos 23 governos estaduais e mais da metade das cadeiras da Câmara dos Deputados, veio o Plano Cruzado II, que liberou a inflação represada e afundou os anos finais do sarneísmo.

Aécio foi um dos 260 deputados eleitos na esteira do Plano Cruzado. No meio do mandato constituinte entraria como fundador no partido que até hoje tem no combate à inflação seu mais importante ativo eleitoral.

A mesma eleição levaria Miguel Arraes de volta ao governo do Estado e, com ele, o neto se tornaria chefe de gabinete. A crise aberta com o fracasso do Plano Cruzado faria sangrar o PMDB. Arraes deixaria o partido em direção ao PSB levando o neto.

O fracasso do Plano Cruzado II também precipitaria a candidatura de Leonel Brizola à Presidência na qual Dilma se engajaria, aproximando-se dos petistas gaúchos no segundo turno com o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva.

Doze anos e muitos planos depois o Brasil mais uma vez via coincidirem calendário eleitoral e a premência de medidas econômicas impopulares.

Fernando Henrique Cardoso disputou a reeleição em 1998 com sinais evidentes de deterioração do Real. Seus efeitos só chegariam à população dois meses depois da reeleição quando o governo se decidiu pela desvalorização da moeda.

Naquele ano Aécio seria reeleito à Câmara dos Deputados com a maior votação nominal do país e, neste mandato, chegaria à Presidência da Casa.

Em 1998, depois de passar quatro anos em oposição a FHC e enfrentar o desgaste da operação capitaneada pelo neto na emissão de precatórios judiciais, Arraes perderia a reeleição.

Naquela eleição o PT conquistaria o governo gaúcho e convidaria a então doutoranda em economia na Unicamp, Dilma Rousseff, para a secretaria de Minas e Energia, cargo que exercia ao conhecer Lula.

Um economista que gere uma das maiores carteiras de investimento do país e não frequenta a Casa das Garças diz que desde a chegada do PT ao poder este é o momento que mais se assemelha àqueles vividos em 1986 e 1998.

Não vê como o que chama de desalinhamento de juros, câmbio e salários possa chegar até o fim deste governo sem cobrar um preço exageradamente alto em 2015.

Desta vez, a encruzilhada de calendário eleitoral e política monetária atingem mais definitivamente Aécio e Campos. Os dois contendores de Dilma distinguiram-se em suas reações ao Copom.

Talvez protegido pelo colchão de segurança de seu partido no mercado, Aécio classificou de "lamentável" os 0,25% do Copom, associando a alta à falta de compromisso da presidente com os pilares da economia estabelecidos no governo tucano.

Um economista foi contratado para encontrar-se semanalmente com Aécio. Ainda não se conhecem suas ideias de política econômica mas sabe-se que, no governo, o senador mineiro seria mais próximo dos pais do Real do que o candidato tucano que o antecedeu, José Serra.

Campos não goza das mesmas referências de seu provável adversário de 2014. Os encontros já havidos entre o governador e economistas da Casa das Garças foram negados por estes últimos. Talvez por isso precise ser mais claro sobre o que pensa.

Depois de tergiversar nos últimos tempos sobre o tema, o governador deu uma sinalização que não o distancia da atual condução ao dizer que um aumento na taxa básica de juros não seria um desastre.

"A política monetária tem que funcionar na direção de preservar uma conquista brasileira, que foi a contenção da inflação". A frase é de Campos, mas poderia ser de Dilma.

Se a política monetária for capaz de segurar a inflação, a presidente ganha tempo para não colocar a questão fiscal em jogo. Daqui até a eleição de 2014 a curiosidade dos investidores em saber onde e como os gastos públicos serão cortados aumentará tanto quanto a disposição dos postulantes em não se pronunciar sobre o tema.

Se o Copom continuar nessa toada os extraordinários 96,5% de reajustes salariais acima da inflação em 2012 (Dieese) podem não se repetir este ano. Mais difícil é conter a pressão de gastos públicos atrelados ao salário mínimo.

O contrato social em vigor prevê carga tributária elevada para financiar a expansão do consumo e dos investimentos, mas apenas o primeiro quesito foi alcançado. Não se espere que os candidatos economistas respondam se será possível fazê-lo sem revogar a lei que indexa o salário mínimo.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...