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domingo, 1 de julho de 2012

Consumo e Satisfação.

O colega Guilherme da Luz, editor do site http://www.emprestimo.org/author/guilherme-da-luz, que trata de assuntos como Empréstimo Consignado, Empréstimo Pessoal, Seguro Desemprego, Plano de Saúde, entre outros, escreveu este artigo especialmente para o nosso blog.


Consumo e satisfação - A paixão e a busca incessante da felicidade movem a economia.
           
A ambição é uma paixão. Ela é considerada positiva para os negócios, louvada por significar atitude de constância e determinação. A busca incessante da felicidade, empreendida pelo homem, ser insatisfeito por natureza, é um mecanismo que vem sendo cada vez mais explorado pela mídia e pelos profissionais da publicidade, que sabem atiçar a sede por prazer e novidades, que nunca se extingue no consumidor. Se o dinheiro não existe, sugere-se um empréstimo ou financiamento!

O consumidor busca a satisfação na sua vida pessoal, mas quer ver resultados satisfatórios também na vida pública. Os índices de popularidade do governo são bons exemplos disso. O consumidor se manifesta sobre a política de juros, o peso dos impostos, a perspectiva de inflação ou as políticas econômicas. A opinião dos consumidores e cidadãos pode ser medida pelos índices mais baixos ou mais altos na popularidade do governo.

Muitas vezes o desejo de manifestar ao mundo, aos amigos e a si mesmo a capacidade para expressar convicções acerca de alguma questão pública é o que sustenta o indivíduo a participar diretamente das decisões coletivas e políticas. A mesma paixão com que o indivíduo trata seus interesses privados pode motivar seu interesse pela participação na vida pública. Sua energia pode ser canalizada para temas que lhe tragam satisfação e vitalidade. Até mesmo a decepção é importante para o comportamento, movendo os cidadãos a se integrarem a objetivos coletivos, deixando de lado seu egoísmo.

Existem momentos em que o esforço pelo bem estar coletivo, movido pela paixão, confere um prazer que por si só justifica a luta. Essa “luta” é o esforço para alcançar o objetivo, apesar do sucesso em nenhum momento estar assegurado. Na vida pública, por vários motivos, parece que a própria participação é mais atrativa do que os objetivos a serem alcançados. Seja por vaidade, pela busca da compensação de frustrações na vida privada, ou pelo reconhecimento que o poder confere, o fato de estar em evidência e “lutando” parece trazer felicidade e gratificação. Os esforços em prol da felicidade pública associam-se a uma considerável realização.

A maior parte das pessoas cresce com a sensação de que a realidade existente não pode ser mudada ou que cada um é impotente para fazer ocorrer essa mudança. A percepção de que é possível agir para mudar a sociedade ou melhorá-la e a oportunidade de união com outras pessoas que pensam de forma semelhante é agradável e atrativa. Não é necessário nem mesmo que a sociedade seja mudada em curto prazo, basta agir como se isso fosse possível. Muitas vezes os esforços ou a luta para alcançar os benefícios podem frequentemente passar a serem vistos como parte dos próprios benefícios da ação.

O problema é que os bens coletivos podem ser aproveitados por todos e muitos acomodados e conformistas aproveitam a carona de outros, que se empenham tomando iniciativas. Muita gente se comporta com indiferença, esperando que outros trabalhem. Quantas vezes vemos que o interesse em participar só aumenta quando se oferecem brindes, prêmios, descontos especiais, incentivos como assistência jurídica, auxílio moradia ou planos de saúde.

Como poderíamos interpretar o interesse em trabalhar para conseguir bens que beneficiam a todos, sem que haja retorno material imediato? Do ponto de vistaeconômico, um indivíduo somente fará sacrifícios, com gasto de tempo e dinheiro quando pode usufruir de benefícios diretos em um grupo. Se isso fosse verdade, dificilmente um cidadão, em algum momento, se dedicaria à vida pública sem obter privilégios pessoais com essa atividade. Para a mentalidade empresarial e capitalista, é difícil entender como os resultados podem não ser a gratificação que o indivíduo busca, e que a felicidade pode estar no esforço empregado para alcançá-los, ou na soma desses fatores.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Microeconomia.


ANTONIO DELFIM NETTO, hoje na FOLHA DE S. PAULO.

O Banco Mundial acaba de publicar seu importante relatório anual "Doing Business - 2012", no qual são ordenados 183 países de acordo com as condições apreciadas em cada um deles por agências independentes e de boa qualidade.

O país mais amigável com a realização de "negócios privados" é classificado como número um (Cingapura) e o mais hostil, como número 183 (Chade). No Brasil, o total de informantes é da ordem de cem, com um viés para grandes e bem-sucedidos escritórios de advocacia, que, obviamente, têm "intimidade" com as dificuldades de negócios de seus clientes.

Qual o lugar do Brasil nessa corrida de 183 países? Nada lisonjeiro: 126º. Na inevitável comparação com os Brics, estamos atrás da China (91º) e da Rússia (120º) e ligeiramente à frente da Índia (132º).

O fato dramático é que, entre 2011 e 2012, realizamos apenas um aperfeiçoamento digno de nota na melhoria das condições para fazer negócios no Brasil: a aprovação da lei do cadastro positivo para a concessão de crédito.

Estamos retomando a ideia do Estado-indutor na macroeconomia, mas revelamos ainda enorme letargia para enfrentar as chamadas "reformas" microeconômicas fundamentais para um aumento da produtividade do país. É lamentável que algumas dessas medidas continuem seu sono eterno no Congresso Nacional enquanto se disputa como "aparelhar" mais o Estado.

Para dar uma ideia dessa apatia, basta lembrar que:
1º) No processo de instalar um empreendimento, no qual somos qualificados em 120º lugar, 53 países fizeram reforma em 2011;
2º) No campo do crédito, no qual somos o 98º, fizemos apenas uma reforma (que estava havia anos no Congresso), enquanto 44 países avançaram,
3º) No campo da facilidade de pagamentos de tributos, no qual estamos em 150º lugar, outros 53 países fizeram algum progresso.

Para terminar, uma boa notícia. No campo das permissões ambientais, em que somos o 127º colocado, estamos, finalmente, a ponto de fazer uma revolução com as propostas do governo por meio da eficiente ministra Izabela Teixeira.

Temos saído muito bem das situações de crise que estão abalando a economia mundial, mas é ilusão pensar que a crise passará sem nos atingir de alguma forma. Somos parte do mundo e vamos pagar o preço de sê-lo. Nosso problema é que, com o nosso atual modelo agromineral exportador, não daremos emprego de qualidade aos 150 milhões da população economicamente ativa que teremos em 2030.

Precisamos de um mercado interno industrial e de serviços eficientes. Isso exige que enfrentemos agora, com inteligência, determinação e coragem, os necessários aperfei-çoamentos de nossas políticas macro e microeconômicas.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Carrefour + Pão de Açúcar?

Tenho preocupação pela provável fusão Carrefour e o Pão de Açúcar. Os dois gigantes ditarão seus preços e os consumidores ficarão sem concorrência. Uma pena. Além do que, para fechar esse negócio, o santo BNDES precisa entrar com alguma coisa na ordem de R$ 4 bilhões para o Sr. Abílio Diniz "comprar" o Carrefour. E lá vai quase 32% do varejo nacional somente com esse novo "grupo". Quem ganha com a história? Claro que serão "eles". E com dinheiro "nosso". Quem perde: quem comprar neles.
Compete ao governo analisar se a fusão desses dois gigantes varejistas tornará o mercado menos competitivo, reduzindo o bem-estar de todos.
A confirmar.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...