O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,26% em novembro e
ficou 0,07 ponto percentual (p.p) acima da taxa de outubro (0,19%). Esse foi o
menor IPCA-15 para os meses de novembro desde 2007 (0,23%). O acumulado no ano
está em 6,38%, bem abaixo dos 9,42% registrados em igual período do ano
anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 7,64%, abaixo dos
8,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2015 a
taxa havia sido 0,85%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Enquanto 2016 demora em acabar, o desemprego aumenta.
No 3º trimestre de 2016, a taxa
composta da subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de
desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de
trabalho potencial) ficou em 21,2%, chegando a 22,9 milhões de pessoas. No 2º trimestre de 2016, para Brasil, essa
taxa foi de 20,9% e, no 3º trimestre de 2015, de 18,0%.
A maior taxa composta da subutilização da
força de trabalho foi observada no Nordeste (31,4%), e a menor na região Sul
(13,2%). Bahia (34,1%), Piauí (32,6%) e Maranhão e Sergipe (ambos com 31,9%),
foram os estados com as maiores taxas. As menores foram observadas em Santa
Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).
Brasileiros gastam mais no exterior em outubro/16.
Os gastos de brasileiros no exterior continuaram a crescer em outubro,
segundo dados do Banco Central (BC), divulgados ontem (22), em Brasília.
Em outubro, as despesas chegaram a US$ 1,421 bilhão, com crescimento de
41,82% em relação a igual mês de 2015 (US$ 1,002 bilhão). Esse foi o terceiro
mês seguido de crescimento.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que taxa de
câmbio e a melhora nos indicadores de confiança dos consumidores levaram ao
aumento dos gastos em viagens internacionais. “A reação da confiança desde
junho é significativa. Essa melhora da confiança também influencia nas decisões
de viajar para o exterior”, disse Maciel.
No acumulado do ano até outubro, os gastos neste ano são menores do que
em 2015. De janeiro a outubro, os gastos dos brasileiros somaram US$ 11,901
bilhões, contra US$ 15,141 bilhões em igual período do ano passado.
As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 434
milhões, no mês passado, contra US$ 435 milhões registrados em outubro de 2015.
Nos dez meses do ano, as receitas ficaram em US$ 5,1 bilhões ante US$ 4,786
bilhões em igual período de 2015.
Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e as
receitas de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens internacionais ficou
negativa em US$ 988 milhões em outubro, e em US$ 6.801 bilhões nos dez meses
deste ano.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
PIB: Governo prevê queda de 3,5% em 2016 e crescimento de 1,0% em 2017.
O governo anunciou hoje (21) redução da projeção de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) em 2017,
de 1,6% para 1%. Para 2016, a projeção, que era queda de 3%, piorou, passando
para uma contração de 3,5% da economia.
As informações foram divulgada pelo secretário de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. O governo também revisou as estimativas
da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelas novas previsões, o IPCA acumulado em 2017 ficará em 4,7%, ante 4,8%
estimado em agosto. Para 2016, a projeção para a inflação caiu de 7,2% para
6,8%, segundo a equipe econômica.
Em agosto, o governo havia chegado a rever para cima a previsão do PIB
para 2017, de 1,2% para 1,6%. Segundo Fábio Kanczuk, a revisão atual tem
relação com o quadro de endividamento das empresas e o aumento da percepção de
risco pelo mercado. De acordo com ele, o spread (diferença
entre o custo do dinheiro para o banco e o quanto ele cobra para emprestá-lo)
está subindo, o que sinaliza um crédito mais caro e maior risco atribuído pelo
setor bancário às empresas. “ [O efeito] era totalmente esperado, mas a
dimensão dele só está se tornando clara agora. Isso [risco] está puxando os
spreads para cima. A gente continua falando de recuperação econômica, mas tem
um pouco de atraso para que haja essa digestão do aumento da dívida sobre o
lucro [das empresas]”, disse.
Kanczuk afirmou ainda que, independentemente da revisão do PIB, o governo
está comprometido com a meta fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco
Central e Previdência). Para 2016, a meta é déficit de R$ 170,5 bilhões. Para
2017, é déficit de R$ 139 bilhões.
O secretário admitiu que o PIB menor pode levar a queda das receitas do
governo, o que dificultaria o cumprimento da meta fiscal neste ano e no
próximo. No entanto, ele não deu uma estimativa do possível impacto e disse que
"outros fatores" poderiam influenciar positivamente a arrecadação.
“Se nenhuma outra projeção for alterada, a projeção de receita cai. Mas
tem um monte de outros fatores acontecendo ao mesmo tempo. A projeção de receita
também é [feita] em função de câmbio, de massa salarial. Há outras coisas para
apurar com cuidado e ver o que vai acontecer”, disse o secretário.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia adiantado na semana
passada, durante viagem a Nova York, que o governo revisaria a estimativa de
crescimento do PIB para o ano que vem.
Pela manhã, o boletim Focus, pesquisa semanal que reúne projeções de
diversas instituições financeiras para e economia, reduziu de 1,13% para 1% a
previsão de alta do PIB em 2017. Para 2016, as instituições financeiras
elevaram a estimativa de queda do PIB, de 3,37% para 3,4%.
Edição: Maria Claudia
Ilan Goldfajn: o efeito Trump na economia brasileira.
Ao longo do ano me referia ao quadro internacional como um
interregno benigno para as economias emergentes. Esse quadro oferecia
simultaneamente condições favoráveis de financiamento a essas economias e
alguma recuperação da atividade global. Isso ocorria porque o ritmo de
crescimento da economia global não era forte o suficiente para a retirada dos
estímulos monetários na maioria das principais economias. O Banco Central em
suas comunicações sempre chamou a atenção para a natureza transitória desse
quadro benigno. As comunicações argumentavam que à medida que o tempo passasse,
o crescimento das economias avançadas tenderia a ganhar tração e o enxugamento
da liquidez se faria necessário. O resultado das eleições americanas adicionou
mais um elemento de incerteza sobre a duração do interregno benigno. Ainda é
muito cedo para termos uma ideia mais clara sobre os rumos que a política
econômica americana tomará sob a nova administração e se o interregno benigno
terminou ou não. O novo cenário tem pressionado as taxas de juros
internacionais, tornando o financiamento mais caro para os países emergentes, e
fortalecido o dólar. O risco desse cenário é a reversão dos fluxos de capital
para fora das economias emergentes.
O Banco Central do Brasil
tem monitorado de perto esses desenvolvimentos dos mercados internacionais e
atuado tempestivamente para não permitir que os efeitos dos choques externos se
transformem numa ameaça para a estabilidade macroeconômica. Estou certo de que
estamos bem preparados para enfrentar os cenários adversos que possam se
apresentar. Temos instrumentos à nossa disposição, estamos rumando na direção
correta para fortalecer nossos fundamentos e possuímos um arcabouço de política
econômica consistente. O regime de câmbio flutuante é a nossa primeira linha de
defesa. A flutuação da taxa de câmbio funciona como um estabilizador
automático, preservando o equilíbrio tanto das contas externas como o próprio
equilíbrio macroeconômico interno. Como exemplo recente, pós-eleições
americanas, observamos influxo acima de 3 bilhões de dólares na medida que as
novas cotações ofereciam oportunidade. Para além da flutuação da taxa de
câmbio, contamos com um estoque de reservas internacionais de mais de US$ 370
bilhões. Esse estoque funciona como um seguro para excessos e distorções no
mercado. Logo é mais um instrumento para garantir estabilidade e
previsibilidade, e, dessa maneira, contribui para a redução do risco Brasil.
http://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Discurso%20Firjan%20VF%2021_11_16.pdf
Boletim Focus e o PIB em queda de 3,40% neste 2016.
No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado ajustou para baixo as expectativas do PIB de 2016 e 2017.
Para 2017 estima-se crescimento do PIB em 1,00%, ao invés do 1,13% da semana anterior.
Em síntese:
PIB: elevou a queda de 3,37% para 3,40%;
Inflação: IPCA de 6,84% para 6,80%;
Dólar: alterou de R$ 3,22 para R$ 3,30;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.
domingo, 20 de novembro de 2016
sábado, 19 de novembro de 2016
How Will Capitalism end? Wolfgang Streeck.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1833547-sociologo-preve-morte-tragica-do-capitalismo-em-livro.shtml
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Previsão de déficit primário do Governo Central para 2016: R$ 159,5 bilhões!
Instituições financeiras consultadas pelo
Ministério da Fazenda esperam que o déficit primário do Governo Central
(Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) termine este ano em R$
159,5 bilhões ante o resultado negativo de R$159,8 bilhões, previsto
anteriormente.
A projeção consta na pesquisa
Prisma Fiscal elaborada pela Secretaria de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, com base em informações de 30 instituições financeiras
do mercado. O resultado foi divulgado ontem (17). Para 2017, a estimativa de
déficit passou de R$ 145,3 bilhões para R$ 144,7 bilhões.
A projeção da arrecadação das receitas
federais, este ano, subiu de R$ 1,269 trilhão para R$ 1,288 trilhão. Para 2017,
a estimativa passou de R$ 1,354 para R$ 1,356 trilhão.
Para a receita líquida do Governo Central, a
estimativa é que suba de R$ 1,078 trilhão para R$ 1,092 trilhão este ano e no
ano que vem apresente queda (?), registrando R$ 1,169 trilhão. No caso da Despesa
Total do Governo Central, a projeção chega a R$ 1,247 trilhão em 2016 e R$
1,316 trilhão no ano que vem.
A pesquisa apresenta também a projeção para a
dívida bruta do governo central, que na avaliação das instituições financeiras,
deve cair de 73,50% do Produto Interno Bruto (PIB) para 73,20% este ano. Para
2017, a estimativa mudou de 78,20% para 78,22% do PIB.
Chair Janet L. Yellen: The Economic Outlook 2016.
The
U.S. economy has made further progress this year toward the Federal Reserve's
dual-mandate objectives of maximum employment and price stability. Job gains
averaged 180,000 per month from January through October, a somewhat slower pace
than last year but still well above estimates of the pace necessary to absorb
new entrants to the labor force. The unemployment rate, which stood at 4.9
percent in October, has held relatively steady since the beginning of the year.
The stability of the unemployment rate, combined with above-trend job growth,
suggests that the U.S. economy has had a bit more "room to run" than
anticipated earlier. This favorable outcome has been reflected in the labor
force participation rate, which has been about unchanged this year, on net,
despite an underlying downward trend stemming from the aging of the U.S.
population.
More:
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
President Obama speaking in Athens, Greece, the birthplace of democracy - 2016.
“The flame first lit here in Athens never died. It was ultimately nurtured by a great Enlightenment. It was fanned by America’s founders, who declared that ‘We, the People’ shall rule; that all men are created equal and endowed by our Creator with certain inalienable rights...The basic longing to live with dignity, the fundamental desire to have control of our lives and our future, and to want to be a part of determining the course of our communities and our nations—these yearnings are universal. They burn in every human heart.”
President Obama speaking in Athens, Greece, the birthplace of democracy: go.wh.gov/POTUSabroad
Bacen: a prévia do PIB 2016 sinaliza queda de 5,23% no acumulado de 12 meses.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) obteve uma leve alta de 0, 15% em setembro em relação ao mês de agosto/16.
No acumulado neste 2016 registra retração de 4,83% e para os últimos 12 meses, queda de 5,23% com base em setembro/16.
IBGE: Revisado, PIB brasileiro cresce 0,5% em 2014 e chega a R$ 5,8 trilhões.
O PIB chegou a R$ 5,779 trilhões em 2014 e o
seu crescimento em relação a 2013 foi revisado de 0,1% para 0,5%. O PIB per capita (R$ 28.498) teve queda de 0,4% em
relação a 2013. Foi a terceira queda nesse indicador desde o ano 2000, sendo
que os recuos mais recentes ocorreram em 2003 (-0,2%) e 2009 (-1,2%).
Esses e outros resultados integram o Sistema
de Contas Nacionais 2010-2014, que incorpora novos dados, mais amplos e
detalhados, do próprio IBGE e fontes externas, além de atualizações
metodológicas, revisando os resultados já divulgados pelas Contas Nacionais
Trimestrais. A publicação completa pode ser acessada aqui.
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Ilan Goldfajn: O mercado espera 2017 melhor do que 2016 e 2017 melhor do que 2018.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse que a autarquia
tem munição suficiente para prover tranquilidade ao mercado, após as
turbulências geradas pela eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos. A
afirmação foi feita hoje (16) em entrevista à imprensa internacional, por meio
de teleconferência.
Goldfajn disse que o regime de câmbio no Brasil é flutuante (com cotação
da moeda definida pelo mercado), mas cabe ao BC intervir para evitar excesso de
volatilidade. O BC tem feito intervenções no mercado por meio de leilões de
rolagem (renovação) de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de
dólares no mercado futuro). Além da rolagem, o BC também tem feito leilões de
contratos novos.
O dólar sobe
desde o último dia 9, após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais
norte-americanas. Há a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed), o banco
central dos Estados Unidos, aumente os juros da maior economia do planeta mais
que o previsto, por causa da política de alta dos gastos públicos de Trump.
Taxas mais altas nos Estados Unidos atraem capitais para títulos do Tesouro
norte-americano, o que resulta em alta do dólar em todo o planeta, e afeta
países emergentes como o Brasil.
Na entrevista, o presidente do Banco Central disse que 2016 tem sido o
ano de reestabelecer a confiança e ancorar as expectativas de inflação. Ele
destacou que, para 2017, a expectativa do mercado para a inflação está em torno
da meta de inflação (4,5%). Goldfajn também afirmou que o mercado espera por
melhora na economia nos próximos anos. “O mercado espera 2017 melhor do que
2016 e 2017 melhor do que 2018”, destacou.
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