sexta-feira, 10 de junho de 2011
Inflacao: o assunto do momento.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Economia hoje.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
A Selic está em 12,25% ao ano!!!
Leio no UOL que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (8) elevar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%. A decisão do Copom foi unânime.
A alta já era esperada pela maioria dos analistas do mercado financeiro. Ao elevar a Selic, o objetivo do BC é fazer com que o crediário também suba e, com isso, diminua o consumo da população para conter a alta da inflação.
Esta foi a quarta reunião do Copom sob o mandato da presidente Dilma Rousseff e com o BC sob o comando de Alexandre Tombini.
Em todas elas, o comitê decidiu elevar a taxa. Nas duas primeiras, a alta foi de 0,5 ponto percentual. A desta quarta-feira foi a segunda seguida com elevação de 0,25 ponto percentual.
PIB BRASIL.
Antonio Delfim Netto, escreve hoje na FOLHA DE S. PAULO sobre o PIB brasileiro.
A taxa de desemprego e os presidentes americanos.
Li no blog do Ricardo Noblat o post abaixo, com origem na BBC.
Os novos números do mercado de trabalho divulgados pelo governo americano podem complicar a vida do presidente Barack Obama, no momento em que ele começa a intensificar sua campanha à reeleição.
A queda acentuada na geração de vagas e o aumento da taxa de desemprego surpreenderam analistas, que esperavam um desempenho melhor.
Também serviram de combustível para inúmeras análises na imprensa americana sobre como o estado da economia pode afetar as chances de reeleição do presidente no pleito do ano que vem.
Desde que anunciou a morte de Osama Bin Laden, no início de maio Obama, Obama vem gozando de um aumento nos índices de aprovação, ultrapassando a marca de 50%.
No entanto, o histórico das eleições americanas mostra que, no fim das contas, o que importa para o eleitor é a economia. E a taxa de desemprego de 9,1%, com quase 14 milhões de americanos sem trabalho, é um obstáculo considerável no caminho de Obama rumo ao segundo mandato.
Um levantamento divulgado pela imprensa americana mostra que, dos dez presidentes que tentaram a reeleição a partir de 1945, todos os que governavam com taxa de desemprego abaixo de 6% na época da votação foram reeleitos.
Nos casos em que a taxa era maior de 6%, o único que conseguiu se reeleger foi Ronald Reagan, com desemprego de 7,2%, mas em forte trajetória de queda na época do pleito.
Como o próprio governo americano já disse que deve levar "vários anos" até que a taxa de desemprego volte a girar em torno de 5% ou 6%, resta conferir se Obama vai conseguir fugir à regra ou vai acabar no indesejável time dos presidentes americanos de um mandato só.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Tudo é político by Paul Krugman.
Logo que li o artigo do PETER DIAMOND fiquei imaginando a humilhacao de um NOBEL perante seus colegas. Agora a pouco, PAUL KRUGMAN poe o dedo na ferida e esclarece esta triste história. Se isso acontece com um economista considerado por KRUGMAN como EXCELENTE, fico pensando o que acontece com meros aprendizes de economia.
Peter Diamond tem um artigo de opinião deprimente no New York Times de hoje, eximindo-se de disputar um assento no Conselho de Administração do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em face da oposição republicana.
O que é preciso saber sobre Peter é que ele não é apenas um excelente economista, mas um economista de economistas – um teórico profundamente respeitado, não absolutamente alguém que se fez como ideólogo. Seu trabalho é basicamente apolítico.
Exceto que hoje em dia tudo é político.
Pouco importam as preocupações obviamente falsas sobre se ele é adequado ou não ao Fed. Obviamente, Peter não foi aprovado em função de dois pecados: ser pessoalmente um democrata, e ter sido nomeado por Obama.
A questão é que o Fed supostamente devia ficar acima e ao lado da disputa partidária. Nunca ficou completamente – mas esse era um ideal a ser alcançado. Não é mais.
Acho que a rejeição de um premiado com o Nobel para um assento no Fed está ligada, de maneira fundamental, à disposição de economistas com reputações profissionais decentes de aderirem às proclamações cada vez mais insanas emitidas por políticos republicanos. Sejam eles honestos consigo mesmos ou não, o que perceberam é que estão diante de um teste de lealdade – ou talvez seja um teste de apparatchik; se tiverem alguma ambição de servirem num cargo político, eles precisam se mostrar dispostos a seguir a linha do partido onde quer que ela vá.
Não há nada comparável no outro lado. Primeiramente, não se encontram pessoas como Christy Romer ou, bem, eu tomando posições em questões de política que vão diretamente contra o que elas disseram em seus escritos profissionais, enquanto se vê muito disso no lado republicano. E ex-autoridades do lado democrata como Christy ou Jared Bernstein estão muito dispostas a criticar políticas de Obama, ainda que de uma posição basicamente amistosa.
A maneira como a polarização de nossa política está corrompendo a teoria e a prática da economia não é, com certeza, seu maior custo. Mas ele não é trivial tampouco.
When a Nobel Prize Isn’t Enough
Até laureados com o NOBEL tem seus momentos de tristeza e desilusão com o ser humano. Neste artigo no The New York Times de June 5, 2011, o NOBEL PETER DIAMOND se queixa de seus colegas por não ratificarem seu nome como um dos integrantes do FED. Imaginem o que acontece conosco, simples mortais...
Last October, I won the Nobel Prize in economics for my work on unemployment and the labor market. But I am unqualified to serve on the board of the Federal Reserve — at least according to the Republican senators who have blocked my nomination. How can this be?
The easy answer is to point to shortcomings in our confirmation process and to partisan polarization in Washington. The more troubling answer, though, points to a fundamental misunderstanding: a failure to recognize that analysis of unemployment is crucial to conducting monetary policy.
In April 2010, President Obama nominated me to be one of the seven governors of the Fed. He renominated me in September, and again in January, after Senate Republicans blocked a floor vote on my confirmation. When the Senate Banking Committee took up my nomination in July and again in November, three Republican senators voted for me each time. But the third time around, the Republicans on the committee voted in lockstep against my appointment, making it extremely unlikely that the opposition to a full Senate vote can be overcome. It is time for me to withdraw, as I plan to inform the White House.
The leading opponent to my appointment, Richard C. Shelby of Alabama, the ranking Republican on the committee, has questioned the relevance of my expertise. “Does Dr. Diamond have any experience in conducting monetary policy? No,” he said in March. “His academic work has been on pensions and labor market theory.”
But understanding the labor market — and the process by which workers and jobs come together and separate — is critical to devising an effective monetary policy. The financial crisis has led to continuing high unemployment. The Fed has to properly assess the nature of that unemployment to be able to lower it as much as possible while avoiding inflation. If much of the unemployment is related to the business cycle — caused by a lack of adequate demand — the Fed can act to reduce it without touching off inflation. If instead the unemployment is primarily structural — caused by mismatches between the skills that companies need and the skills that workers have — aggressive Fed action to reduce it could be misguided.
In my Nobel acceptance speech in December, I discussed in detail the patterns of hiring in the American economy, and concluded that structural unemployment and issues of mismatch were not important in the slow recovery we have been experiencing, and thus not a reason to stop an accommodative monetary policy — a policy of keeping short-term interest rates exceptionally low and buying Treasury securities to keep long-term rates down. Analysis of the labor market is in fact central to monetary policy.
Senator Shelby also questioned my qualifications, asking: “Does Dr. Diamond have any experience in crisis management? No.” In addition to setting monetary policy in light of a proper understanding of unemployment, the Fed is responsible for avoiding banking crises, not just trying to mop up afterward.
Among the issues being debated now is how much we should increase capital requirements for banks. Selecting the proper size of the increase requires a balance between reducing the risk of a future crisis and ensuring the effective functioning of financial firms in ordinary times. My experience analyzing the properties of capital markets and how economic risks are and should be shared is directly relevant for designing policies to reduce the risk of future banking crises.
Instead of going to the Fed, however, I will go about my congenial professional existence as a professor at M.I.T., where I have taught and researched since 1966, and I will take advantage of some of the many opportunities that come to a Nobel laureate. So don’t worry about me.
But we should all worry about how distorted the confirmation process has become, and how little understanding of monetary policy there is among some of those responsible for its Congressional oversight. We need to preserve the independence of the Fed from efforts to politicize monetary policy and to limit the Fed’s ability to regulate financial firms.
Concern about the (seemingly low) current risk of future inflation should not erase concern about the large costs of continuing high unemployment. Concern about the distant risk of a genuine inability to handle our national debt should not erase concern about the risk to the economy from too much short-run fiscal tightening.
To the public, the Washington debate is often about more versus less — in both spending and regulation. There is too little public awareness of the real consequences of some of these decisions. In reality, we need more spending on some programs and less spending on others, and we need more good regulations and fewer bad ones.
Analytical expertise is needed to accomplish this, to make government more effective and efficient. Skilled analytical thinking should not be drowned out by mistaken, ideologically driven views that more is always better or less is always better. I had hoped to bring some of my own expertise and experience to the Fed. Now I hope someone else can.
domingo, 5 de junho de 2011
A agenda neoliberal do PT.
Recebi via professor CARLOS PIO o artigo da SUELY CALDAS, professora da PUC RJ, publicado hoje no ESTADÃO, com o sugestivo título: A AGENDA NEOLIBERAL DO PT.
Para provar que o governo não parou com a crise Palocci, na última semana o governo Dilma anunciou três importantes novidades da chamada "agenda positiva": a privatização de três aeroportos, o plano Brasil sem Miséria e a abertura do mercado de TV a cabo para as empresas de telecomunicações. Neste momento difícil para seu governo e para os dois maiores partidos que a apoiam, Dilma Rousseff precisava reagir rapidamente e provar ao País que sua gestão tem rumo, não está perdida nem imobilizada. Recorreu a uma agenda para sair do inferno e recuperar o otimismo, propondo ações que, em passado bem recente, o PT rotulava de "neoliberais", sem saber direito o que dizia e sem preocupação em conhecer, por puro e oportunista preconceito ideológico.
Seguindo a estrutura do programa Bolsa-Família, o Brasil sem Miséria aboliu o princípio da universalização em programas sociais - defendido por ideólogos do PT até a ascensão de Lula (vide o programa Renda Mínima, do senador Eduardo Suplicy) - e adotou o princípio da focalização, que esses mesmos ideólogos condenavam pelo simples fato de ser recomendado pelo "neoliberal" Banco Mundial. O foco na miséria e na pobreza foi o princípio que estruturou o Bolsa-Escola, criado no governo FHC e que deu origem ao Bolsa-Família, o mais bem-sucedido programa social de todos os tempos, que tirou da miséria 28 milhões de brasileiros.
O Brasil sem Miséria traz duas intrigantes novidades. A primeira: ao longo de dois anos 70 mil famílias muito pobres receberão doação de R$ 2.400, em parcelas trimestrais, para preservar florestas e vender sua produção de alimentos. Não se sabe como o governo mapeou e identificou essas famílias, mas, fora da Amazônia, não há pessoas muito pobres com terras tão extensas a ponto de abrigar florestas. A segunda novidade é universalizar o acesso à água, com a construção de cisternas para uso de 600 mil famílias na área rural. Uma meta factível, nada difícil de cumprir, visto que, segundo o IBGE, dos 5.564 municípios brasileiros, só 33 não dispõem de água potável. Porém, surpreendentemente, o programa que promete erradicar a miséria ignora o escasso acesso à coleta de esgotos e detritos, potencial fonte reprodutora de pobreza, doenças e exclusão social. A urgência de uma ação eficaz nessa área contrasta com a lentidão da ação de sucessivos governos: de 2000 a 2010, a rede de esgotos instalada no País cresceu só de 42% para 45% dos lares. Sem atacar o problema, fica difícil falar em acabar com a miséria.
Como chega com enorme atraso, a decisão de privatizar os Aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos exige cuidado redobrado em todo o processo, porque a pressa pode custar caro ao País. Primeiro, é indispensável capacitar e fortalecer a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), torná-la eficiente na fiscalização e regulação e não permitir exageros dos consórcios privados vencedores, a começar pelas tarifas cobradas dos 43,7 milhões de usuários desses aeroportos. Segundo, a definição do modelo operacional e dos editais de licitação deveria ser confiada a uma empresa experiente e especializada, claro, sob orientação da Secretaria de Aviação Civil e do BNDES. Esse momento é crucial em qualquer privatização, quando definições de metas de expansão, prazos de concessão, regras de reajuste de tarifas, inúmeros detalhes de interesse público são firmados em contrato com os consórcios vencedores. O governo precisa avançar nessa direção o quanto antes.
Por último, a abertura do mercado de TV a cabo para empresas de telefonia foi enfim formatada pela Anatel. Bem-vindas a expansão do serviço e a concorrência, onde hoje só há monopólio, e a banda larga e a internet, onde não há nada. Em oposição ao monopólio, a abertura de mercado é sempre acompanhada do ingresso de novas empresas no setor, aumento do faturamento, queda de preços ao consumidor e geração de empregos. No Brasil isso ocorreu com o fim do monopólio da Petrobrás e da Telebrás e a privatização das teles estaduais. Na época o PT foi contra, preferia o paralisado e anacrônico monopólio estatal.
CAÇANDO EICHMANN.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
ECONOMIA BRASILEIRA - PIB 2011.
Em relação ao último trimestre de 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3%. De janeiro a março deste ano, a riqueza gerada foi de R$ 939,6 bilhões .
A formação bruta de capital fixo, uma medida dos investimentos, aumentou 1,2% frente ao quarto trimestre do ano passado. O maior destaque, de acordo com o IBGE, foi a agropecuária, que registrou aumento de 3,3%. Em seguida, aparecem a indústria, com expansão de 2,2%, e os serviços, com elevação de 1,1%.
O PIB é a soma das riquezas produzidas por um país durante um determinado período de tempo. A sua variação anual reflete o quanto a economia produziu a mais, ou a menos, que no ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses (encerrados em março), a economia do país teve alta de 6,2% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.
Fonte: UOL
Menor crescimento mundial tem componentes salutares”
As causas estruturais do real forte.
Discutindo o ABC e D das crises by Wolf.
Martim Wolf, “Discutindo o ABC e D das crises”, diretamento do Financial Times, via Folha de S. Paulo.
O debate em torno da política monetária e fiscal pós-crise está esquentando em ambos os lados do Atlântico. A zona do euro está comprometida com um arrocho fiscal e monetário. Os Estados Unidos estão considerando um arrocho fiscal, apesar do futuro da política monetária permanecer incerto. Enquanto isso, o Reino Unido está comprometido com um arrocho fiscal, com o futuro da política monetária também incerto.
E quem está certo? Não causa surpresa os economistas discordarem profundamente. Alguns desses desacordos foram apresentados em uma carta ao “Financial Times”, datada de 4 de maio de 2011, de autoria de meu amigo, Tim Congdon, talvez o mais influente monetarista do Reino Unido. A carta foi em resposta à minha coluna de 28 de abril de 2011, que começou com um comentário de Larry Summers, o ex-assessor de Barack Obama, de que “considero a ideia da contração fiscal expansionista, no contexto do mundo em que estamos vivendo, tão contraditória quanto soa”. Para este comentário, Congdon respondeu que “o keynesianismo fiscalista, como a história, é um absurdo”.
Congdon apelou para a história, tanto ali quanto na edição de junho da revista “Standpoint”, para demonstrar a coincidência das contrações fiscais com as expansões econômicas. Talvez ele queira dizer que o keynesianismo é um absurdo, diferente da história. Eu sugeriria que seu uso da história é absurdo.
Congdon nota, corretamente, que as reduções no déficit fiscal ciclicamente ajustado coincidem com as expansões econômicas. Mas o fato de A coincidir com B não significa que A causa B. B poderia causar A. Ou C e D poderiam causar A e B.
Considere um período em que os gastos privados estão crescendo mais rápido do que a renda. Alguém poderia então esperar um encolhimento dos déficits: as receitas seriam robustas e os gastos fracos. Esta é uma verdade autoevidente em uma base cíclica. Mas provavelmente também será verdadeira em uma base ciclicamente ajustada, particularmente considerando que o ajuste cíclico é uma arte, não uma ciência. Se o governo iniciar um grande déficit ciclicamente ajustado, ele poderia aproveitar a oportunidade de uma economia em boom para elevar impostos e reduzir gastos. Também é possível que um encolhimento do déficit fiscal fortaleceria os gastos de um setor privado já confiante. Nesta história, então, B (o boom privado) causa A (a contração fiscal).
Eu também acrescentaria C (taxas de juros). As taxas oficiais de intervenção caíram 9 pontos percentuais no início dos anos 80 e 9,75 pontos no início dos anos 90. As dúvidas são simplesmente a respeito do momento, velocidade e flexibilidade, porque o endividamento privado atual é alto, os bancos estão frágeis e as taxas de juros as mais baixas possíveis.
Para isso, Congdon responde que a política monetária permanece eficaz. Em particular, ele argumenta, a oferta de dinheiro tem uma relação estável e previsível com a renda. Mas todos os bancos centrais importantes agora abandonaram as metas monetárias por um bom motivo: a relação entre produto interno bruto nominal e oferta de dinheiro (a velocidade da circulação) é instável.
Se você olhar para os dados do Reino Unido nos últimos 50 anos, você encontrará uma tendência de queda na velocidade. Mas os movimentos a médio prazo são extremamente instáveis: entre o primeiro trimestre de 1991 e o primeiro trimestre de 2003, por exemplo, a velocidade da oferta de dinheiro (M4) caiu 11%. Nos sete anos seguintes, ela caiu 41%. No ano passado, ela saltou 7%. Nenhum banco central poderia guiar a economia ajustando apenas a oferta de dinheiro, a não ser em um prazo muito longo. Como Milton Friedman disse, as defasagens são “longas e variáveis”.
A visão de que em uma economia pós-crise nós sabemos com precisão qual seria a expansão da oferta de dinheiro que compensaria a contração fiscal planejada é bastante inconvincente. Nós não sabemos isso. As experiências das condições muito diferentes do início dos anos 80 e dos anos 90 (tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos) também não nos dizem. Sim, a longo prazo, a combinação de uma grande expansão da oferta de dinheiro com uma contração fiscal provavelmente devolveria a economia para algo próximo do pleno emprego, mas ninguém pode saber quanto tempo levaria ou mesmo qual seria o preço. O célebre comentário de Keynes –“A longo prazo é um guia enganador para os assuntos atuais. A longo prazo estaremos todos mortos”– é aplicável.
A contração fiscal do Reino Unido pode ser a política menos ruim, considerando os riscos. Nós não sabemos. Enquanto isso, pessoas razoáveis também podem duvidar da saúde da economia surrada.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Desaceleração à frente?
Editorial da FOLHA DE S.PAULO de hoje comenta sobre a possibilidade de uma DESACERELAÇÃO À FRENTE. Alguma dúvida?
Uma da divulgação dos dados de crédito para abril confirma que as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central estão fazendo efeito e reduzindo os riscos de aquecimento excessivo da economia.
O objetivo do governo é conter o crédito ao consumo e limitar novos empréstimos dos bancos públicos, sobretudo do BNDES. Em paralelo, pretende manter o crescimento do crédito imobiliário.
Os novos empréstimos às pessoas físicas, excluindo o chamado crédito rotativo, apresentaram estabilidade no mês e permanecem 8% abaixo do patamar do último trimestre de 2010.
Ao mesmo tempo, nota-se uma sensível piora nas condições para a concessão de crédito pessoal como um todo. As taxas de juros têm subido (de 39% ao ano no fim de 2010 para 46,8% ao ano em abril), e a inadimplência dá sinais preocupantes. Provavelmente, isso levará a uma desaceleração no consumo em pouco tempo.
Merece destaque a perda de vigor no crédito dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, principalmente), cujo estoque cresce a taxas mais baixas que no ano passado. Depois de passar de 34% para 42% do crédito total entre 2008 e 2010, o crédito público permanece estável desde então. O BNDES, em particular, tem mantido a carteira de crédito em torno de R$ 180 bilhões desde o fim de 2010. A maior fonte atual de crescimento do crédito são as empresas. Elas permanecem tomadoras, em razão da maior necessidade de investimento e capital de giro, o que não é má notícia.
Por fim, o crédito imobiliário tem crescido a taxas próximas a 50% ao ano. Não é um crescimento preocupante, ainda, na medida em que essa modalidade representa apenas 4% do PIB. Trata-se de uma fração pequena do padrão internacional, superior a 20% do PIB em vários países em desenvolvimento e a 50% no mundo desenvolvido. Nesse setor, as carências do Brasil são evidentes.
Em resumo, o comportamento observado dá mostras de que pode ser atingida a meta de aumento do crédito entre 10% e 15% no ano fixada pelo Banco Central. Além do que ocorre com o crédito, há os sinais incipientes de perda de vigor nos rendimentos do trabalho e a fraqueza da produção industrial, que teve queda imprevista de 2,1% de março para abril.
Diante disso, parece razoável prever uma significativa moderação no ritmo de crescimento da economia nos próximos meses.
Forth International Conference on Law & Economics
Seminário InterNews de Economia.
Recebi da InterNews para divulgação o seminário abaixo que será realizado em São Paulo em 29/06/2011. Quem poder participar, esteja lá. Será um ótimo momento de colher informações sobre o mercado e seus bastidores econômicos.
As atuais dificuldades internas da economia brasileira podem ser agravadas pelo aumento das incertezas internacionais.
O descontrole fiscal e o nível de endividamento de determinados países europeus são capazes de produzir um desequilíbrio sem precedentes no sistema financeiro da zona do euro.
Apesar de sua lenta recuperação, a economia norte-americana continua debilitada. O crescimento chinês segue vigoroso, mas há dúvidas sobre sua capacidade de puxar a economia global. A guerra cambial e a maior volatilidade dos preços das commodities sinalizam o grau das turbulências internacionais.
A economia brasileira de alguma forma será afetada pelos desdobramentos da precária conjuntura internacional. Em 2009, o Brasil conseguiu se descolar dos efeitos mais graves da crise internacional. Políticas anticíclicas foram adotadas. Diante de um problema internacional menor, qual seria a capacidade de reação do governo brasileiro? Em um cenário positivo, por sua vez, os Estados Unidos poderão subir suas taxas básicas de juros. Quais seriam as consequências disto para o fluxo de capitais estrangeiros, para a taxa de câmbio do real e para os preços das commodities?
Participe deste Seminário InterNews, que reúne renomados especialistas, para melhor identificar a situação externa e avaliar os diferentes impactos que poderão modificar o desempenho da economia brasileira, com repercussões em sua empresa.
* Qual seria o impacto no Brasil de um agravamento da conjuntura internacional?
* Qual o risco do PIB brasileiro crescer menos de 3,8% em 2011 e 2012?
* Em que medida a situação brasileira poderá ser afetada pelafragilidade dos bancos europeus diante das crises da Grécia, Portugal e Irlanda?
* Qual o horizonte para a recuperação plena da economia norte-americana?
* A China conseguirá manter a sua atual taxa de crescimento econômico?
Conferencistas
Otaviano Canuto
Vice-presidente do Banco Mundial em Washington e Chefe do PREM (divisão do Banco Mundial que reúne mais de 700 economistas e que oferece recomendações de política econômica e de redução da pobreza para países membros). Ex-diretor executivo do Board do Banco Mundial, foi secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda no governo Lula. Doutor em Economia pela Unicamp.
Winston Fritsch
Sócio fundador da Orienta Investimentos, associada à Nomura Securities e membro do Conselho de Administração da RB Capital. Foi diretor-gerente da Lehman Brothers no Brasil, sócio diretor da Rio Bravo Investimentos e presidente do Dresdner Bank no Brasil. Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo FHC. PhD em Economia pela University of Cambridge, Inglaterra.
Roberto Castello Branco
Diretor de Relações com Investidores da Vale. Foi Diretor do Banco Central. Membro do board of directors do IBRI - Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, do INI – Instituto Nacional de Investidores e da ABRASCA - Associação Brasileira de Companhias Abertas. Doutor em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV e Post-Doctoral Fellow in Economics, pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Antonio Corrêa de Lacerda
Professor da PUC-SP e da Fundação Dom Cabral (FDC). Economista-chefe da Siemens. Membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp e do Conselho de Política Econômica da CNI. Ex-presidente do Cofecon e da Sobeet. Doutor em Economia pela Unicamp.
Participe deste Seminário InterNews para melhor orientar as suas decisões empresariais.
Agenda
13h30 Retirada de crachás
14h00 Conferências de Otaviano Canuto, Winston Fritsch, Roberto Castello Branco e Antonio Corrêa de Lacerda
16h40 Coffee break
17h00 Debate entre os conferencistas e respostas às perguntas dos participantes
18h00 Encerramento
________________________________
Informações
Data
29 de junho de 2011
Local
Hotel Intercontinental
Alameda Santos, 1123
São Paulo - SP
INSCRIÇÕES
Você pode reservar quantas vagas quiser, para você ou para sua equipe enviando apenas, o nome completo dos participantes para ellen.agostinho@internews.jor.br
Efetue sua inscrição com sua Consultora: Ellen Agostinho, solicite a ficha que deve ser preenchida para oficializar a participação, através do telefone (11) 3683-4778 ou pelo e-mail ellen.agostinho@internews.jor.br
Preço
R$ 960,00 para inscrições pagas até o dia 17 de junho de 2011
R$ 1.090,00 para inscrições pagas após o dia 17 de junho de 2011
* Os pagamentos podem ser feitos por boleto, depósito bancário ou por cartão de crédito
* Estão inclusos os custos de material, coffee break e estacionamento
quarta-feira, 1 de junho de 2011
A sucessão no FMI.
Estas, nesse contexto, teriam ainda mais incentivos para seguir suas políticas de autoproteção, por meio da aquisição de reservas internacionais, em vez de contar mais com o "seguro" coletivo proporcionado pelo FMI. Não é uma saída auspiciosa para a crise gerada pela incontinência do senhor Strauss-Kahn.
Credibilidade by Delfim Netto.
Isso exige a máxima credibilidade do governo. O "affaire" Palocci, por exemplo, insere-se nesse contexto. É fundamental que o ministro esclareça o assunto com presteza para que não seja julgado apenas por sinais exteriores. Nem o valor dos contratos, nem as cláusulas de confidencialidade, nem mesmo a taxa de "sucesso" configuram, a priori, comportamento condenável. É evidente que só a transparência urgente e absoluta pavimentará a recuperação da sua credibilidade.
Faroeste brasileiro é no Pará?
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
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Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...