sexta-feira, 8 de maio de 2009

DA SÉRIE: LEITURA INEVITÁVEL

Hoje, direto da Folha de S. Paulo, Luiz Carlos Mendonça de Barros explica "O BRASIL EM RECESSÃO TÉCNICA". Boa leitura. 
EXISTE UMA convenção para caracterizar uma recessão nas economias de mercado. Segundo essa norma, a recessão acontece quando o PIB se reduz em dois trimestres consecutivos. Como toda norma geral, esse critério tem pontos fortes e fracos. Não quero discuti-los neste espaço hoje. Apenas quero informar o leitor de que a economia brasileira está em recessão técnica. 
Os dados já disponíveis para o período janeiro/março, quando utilizamos a metodologia de cálculo do IBGE, apontam para uma queda do PIB da ordem de 1,3%. Com a redução de 3,5% verificada no quarto trimestre de 2008, temos a recessão caracterizada. Feita essa observação, devemos agora fugir do entendimento burocrático da regra acima citada e procurar entender o que se esconde atrás dos números. A principal fonte de informação do IBGE para a construção do PIB são os dados da indústria. Ao contrário de outros países, nos quais há uma vasta gama de indicadores de salários, gastos das famílias e investimentos realizados, no Brasil são poucas as informações disponíveis.
Então, o IBGE utiliza o que chamamos "PIB pela oferta", que é a soma entre o que foi produzido pela indústria mais o valor das importações menos o das exportações. Somente quando o IBGE realiza pesquisas periódicas mais abrangentes é que temos um retrato mais realista da atividade econômica. 
A indústria caiu 9,5% no final de 2008 e quase 8% neste primeiro trimestre. Segundo números do comércio exterior divulgados e ajustados pelos economistas da Quest Investimentos, as exportações caíram 8% nesses mesmos dois períodos. A queda do PIB só será menos intensa que a do final do ano passado porque as importações caíram quase 17%. Com esse desempenho, o setor externo deverá acrescentar cerca de um ponto ao PIB do primeiro trimestre, revertendo a tendência que ocorre desde 2007. Com indústria e importações fracas, é certo que o comportamento do consumo foi decepcionante também. Mas a queda do investimento impressiona mais. A produção de máquinas caiu 9,5% no último trimestre de 2008 e, agora, outros incríveis 19%! A principal decepção da próxima divulgação do PIB serão, sem dúvida, as taxas de investimento. 
Para não ficarmos apenas nas grandes decepções, vamos às pequenas alegrias: se a indústria como um todo caiu menos do que a indústria de máquinas, então algum setor ficou de lado ou caiu menos. Isso aconteceu com a indústria de bens para o consumo. Por conta do salário médio que ainda cresce e dos estímulos para a compra de automóveis (redução do IPI), houve crescimento de 0,7% na produção de bens duráveis. Já a produção de bens semi e não duráveis -como roupas e alimentos- reduziu-se em "apenas" 2% nesse mesmo período. 
Resumindo, os números do IBGE mostrarão que realmente estamos em recessão técnica, causada, principalmente, pelo valor dos investimentos privados em queda livre. Já o consumo, na análise mais otimista, ficou de lado ou apresentou pequena queda. Por fim, a retração do PIB só não será mais violenta porque o que importamos cairá mais do que o que exportamos. Ou seja, depois de quase dois anos, estamos crescendo por conta da demanda existente em outras economias. 
Esse é um mau resultado na medida em que dependeu de um ritmo menor de atividade em nossa economia e, portanto, da geração de riqueza para os brasileiros. 
LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, 66, engenheiro e economista, é economista-chefe da Quest Investimentos. Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações (governo Fernando Henrique Cardoso).

LIVRARIAS NO BRASIL - 2.676

Com a maior parte dos dias aqui no interior da floresta amazônica, fico feliz quando alguém lembra de mim e envia algum jornal de São Paulo. Estou lendo agora no Estadão de 29/04/09 que das 2.676 livrarias que existem no Brasil, apenas 132 estão na região Norte, ou seja, 5% do total, enquanto 53% delas estão no Sudeste.
Fã de livraria, torço para que Belém receba no novo shopping que será inaugurado ainda neste ano uma verdadeira livraria.  

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PAUL KRUGMAN TAMBÉM ESTÁ NA LISTA DA TIME

É claro que outro que não poderia ficar de fora da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2009 publicada anualmente pela revista TIME é a do Nobel PAUL KRUGMAN, aqui com perfil escrito pelo MARK ZANDI.
PAUL KRUGMAN by By Mark Zandi

Not since the Great Depression has our nation suffered such financial hardship. We are angry, depressed and scared. And we want to know how we are going to get out of this mess. No one is better at giving voice to all this than Paul Krugman.

Through his Op-Ed columns in the New York Times, his blog and his books, he has become our most incisive observer of a global economy in deep crisis. His gift is his clarity. He is able to use his mastery of his subject — he won the 2008 Nobel Prize for Economics — to make the dismal science understandable to everyone.

Krugman, 56, is not just comprehensible but practical. Understanding economics is important, but only insofar as it advances the policy debate of the day. His debate with the Obama Administration has generated philosophical heat, but it's really about nuts and bolts; he doesn't disagree that government should use its resources to fix the crumbling financial system, stem surging foreclosures and shore up demand, but he does have a lot to say about exactly how.

While Krugman isn't currently making policy, his imprint on it is undeniable. His cogently articulated views shape the public opinion to which policymakers are ultimately beholden. The Administration's bank-rescue plan, which involves taxpayers teaming up with private investors to purchase the banks' toxic assets, is a good case in point. Krugman not only dislikes the plan; he also worries it increases the odds that the already severe downturn will unravel into something much worse. The President may not adopt his solutions, but he'd best answer his concerns, lest the rescue plan not get off the ground.

And on a personal level, Krugman certainly shapes opinions in my household. I'm an avid reader of his work, but my wife likes to make sure, so twice a week she places a cutout of hisTimes column next to my bedside. On those two days at least, I read and discuss Paul Krugman's view of things before going to sleep. I am a much better economist for it.

Zandi is the chief economist at Moody's Economy.com

NOURIEL ROUBINI ESTÁ NA LISTA DA TIME

Como faz anualmente, a TIME publicou nesta sua última edição, os nomes das 100 pessoas mais influentes do mundo. (Estou "invocado", mas não localizei o nome do nosso LULA...). É claro que neste 2009, ele que é realmente um dos mais influentes economistas globais não poderia deixar de constar: o Professor de Economia NOURIEL ROUBINI, (que em 2006 provocou risadas ao prever a crise financeira de 2009), com texto do Nobel PAUL KRUGMAN. 

Nouriel Roubini  By Paul Krugman

Nouriel Roubini was right. At a time when the likes of Alan Greenspan were dismissing concerns about excessive home prices and declaring that banks were stronger than ever, Roubini warned that there was a monstrous bubble in the housing market and that the bursting of that bubble would cause much of the financial system to collapse. And so it has turned out, with even the most seemingly outlandish of Roubini's predictions matched or even exceeded by reality.

How did he do it? For the first decade of his career, Roubini, 51, was a well-regarded but hardly renowned macroeconomist. When the Asian financial crisis struck in 1997, however, he created a Web page — the forerunner of his subscription service, RGE Monitor — that became the go-to place for anyone trying to keep up with the flood of news, data and economic analysis. And in the process, he became acutely aware — more, perhaps, than any other economist of our era — of the dangerous mix of folly and fragility that characterizes the modern financial system.

Does Roubini sometimes get it wrong? Of course. Everybody does. Four years ago, he was predicting an imminent end to China's willingness to accumulate trillions in sterile reserves, leading to a plunge in the dollar's value and to financing problems for the U.S. government. He was wrong about that, and no doubt he'll be wrong again.

But he's much more than a Chicken Little who finally got lucky when the sky did fall. Don't be fooled by his sometimes over-the-top writing style: his warnings are based on sophisticated modeling and careful data analysis and have often proved right — not just in general but in detail. He was predicting $2 trillion in bank losses when most people thought those losses would be a few hundred billion at most, largely because he realized early on that subprime was only the beginning. And now even the International Monetary Fund is predicting U.S.-originated losses of $3 trillion or more.

So is Roubini a Cassandra? Yes, he is. Remember, people dismissed Cassandra's dire prophecies — until they all came true.

Krugman, the winner of the 2008 Nobel Prize for Economics, teaches economics and international affairs at Princeton University;

Fast Fact: Born in Turkey, Roubini has also lived in Italy, Iran and the U.S. He speaks fluent Farsi, Hebrew, English and Italian.

DA SÉRIE: LEITURA INEVITÁVEL

Hoje, direto da Folha de S. Paulo, o colega LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, pergunta "UM RAIO DE LUZ?". Para os meus quase dois leitores, abaixo a resposta.
O comportamento dos mercados financeiros nos últimos 30 dias parece indicar um final - "ou intermezzo"- feliz para a verdadeira catástrofe que ocorreu a partir da quebra do banco Lehman Brothers. Por longos meses as Bolsas de Valores despencaram e a desconfiança generalizada levou a uma virtual paralisação do crédito ao setor privado.
No chamado lado real, tivemos uma queda no vazio da atividade econômica - principalmente a industrial -, com milhões de pessoas perdendo seus empregos, inclusive em países com forte crescimento, como o Brasil e a China. 
O índice S&P da Bolsa de Nova York chegou a cair 50% nesse período. O mesmo ocorreu com os indicadores dos preços das ações em mercados na Ásia, na América latina e na Europa. No Brasil, o índice Bovespa também chegou a perder metade de seu valor. Nos mercados de crédito, a diferença entre os juros dos títulos públicos - únicos vistos como seguros - e os dos papéis privados de maior qualidade chegou a 6% ao ano, um recorde. 
Caíram também os preços cobrados nos fretes marítimos - o maior dos tombos verificados -, os preços das commodities, inclusive petróleo, e os índices de confiança dos consumidores. Nem mesmo a posse de um novo presidente nos Estados Unidos trouxe alguma esperança a investidores e empresas. Assistimos então a um verdadeiro salve-se quem puder de dimensões planetárias. 
Agora, em abril, a corrida ocorreu no sentido contrário. As ordens de venda foram sendo substituídas, pouco a pouco, pelas ordens de compra. Na esteira dessa correria, nos mercados as Bolsas subiram de forma vigorosa. O S&P valorizou-se em mais de 9%, o Ibovespa, em mais de 15%, o DAX alemão, em mais de 17%. Também nos mercados de crédito os ventos da esperança de dias melhores mudaram a direção dos preços. Os títulos privados de maior qualidade passaram a ser negociados com um prêmio de risco da ordem de 2%. Nos anos de bonança, essa diferença oscilava entre 0,5% e 1% ao ano. 
Essa mudança de comportamento foi sendo construída ao longo do primeiro trimestre de 2009. Os indicadores antecedentes da atividade industrial em várias economias começaram a sinalizar o fim da queda no vazio que tinha ocorrido nos últimos meses. Isso porque o consumo privado caiu bem menos que a produção nesse período. 
O caso da indústria automobilística no Brasil foi um exemplo claro. Em razão disso, ocorreu uma queda vertiginosa - e global - nos estoques das empresas, primeiro passo para estabilizar a produção. Para um bom leitor desses indicadores, era questão de tempo para que a queda livre fosse interrompida. Os analistas de várias instituições começaram a verbalizar esse comportamento, levando essa mensagem aos investidores. 
Em um mercado pouco confiante, o movimento de compra que foi tomando corpo funcionou como um fósforo aceso em um depósito de pólvora. Na Bovespa, as empresas de menor liquidez chegaram a subir 50% em abril. O mesmo aconteceu em outros mercados de ações pelo mundo afora. 
Os próximos indicadores industriais - se confirmarem o que vem ocorrendo desde março - podem manter esse inesperado rali. Alguns itens podem até superar a marca de crescimento. Mas uma análise mais profunda sobre a real situação da economia - que certamente vai acontecer a partir do terceiro trimestre - pode jogar água fria na excitação dos investidores. 

A GRIPE SUÍNA E CERTO CONGRESSO

Diante do que diariamente estamos acompanhando sem quase nenhuma reação dos envolvidos, alguma coisa bem que poderia ser feita, expurgando determinadas "figuras" cujos prontuários contemplem alguns artigos do Código Penal, pois se fosse pelo de Conduta Ética... 
Sinfrônio, no jornal Diário do Nordeste, como sempre, um MESTRE

A "THE ECONOMIST" DESTA SEMANA

  • Como se já não fosse pouco o problema da crise econômica, eis que nos chega a crise da gripe. E o assunto é realmente muito sério. Vide acima a capa semanal da prestigiosa "The Economist", que é também famosa por suas capas chocantes. Nesta, mostra a MORTE buscando a próxima vítima (parece até coisa de novela, mas não é).

quarta-feira, 29 de abril de 2009

DA SÉRIE: ECONOMIA - LEITURA INEVITÁVEL

  • Neste blog temos, por enquanto, duas séries: uma com o título "ECONOMIA - LEITURA INEVITÁVEL", onde estão textos que, concordando ou não com eles, entendo sejam assuntos que não podemos evitar conhecer. A outra série tem o título "ECONOMIA - VOCÊ SABIA?" onde constam questões econômicas que até por serem tantas, sempre é bom uma revisão ou atualização de algum tema.
  • Nesta postagem, vamos ler direto da Folha de S. Paulo, o colega Delfim Netto escrevendo sobre os grandes e influentes Keynes e Marx, que é o título do próprio artigo. Boa leitura. 
  • MARX E KEYNES têm pelo menos três curiosos paralelismos. Primeiro, um bando de fanáticos dogmáticos que pretendem ter o monopólio do entendimento de suas teorias transformaram-se em sacerdotes de suas igrejas. Dizem (e, quando têm poder, fazem!) as maiores barbaridades em nome dos seus deuses, comprometendo as suas memórias. 
  • Segundo, a relação dos dois com economistas que os precederam envolve um considerável cinismo e a sutil apropriação de ideias que reconhecem muito mal. Os dois foram, obviamente, fatos novos. O problema é que se pretendem sem raízes. 
  • A relação de Keynes com Marx é das mais ambíguas. As referências a Marx na "Teoria Geral" (1936) ou são inócuas ou depreciativas. Ainda em 1934, ele diz a Bernard Shaw que "meus sentimentos em relação ao "Das Kapital" é o mesmo que tenho em relação ao Alcorão...", reafirmando o que já havia dito em 1925: que não podia aceitar uma doutrina fundada numa "bíblia acima e além de qualquer crítica, um livro-texto obsoleto de economia que eu sei que é cientificamente errado e sem interesse de aplicação no mundo moderno". 
  • O enigma (o "conundrum", como diria um velho ex-quase "maestro" do Fed que ajudou a meter o mundo na confusão em que se encontra) é que em 1933 Keynes estava elaborando a sua revolucionária Teoria Monetária da Produção. Nela, a moeda produz efeitos reais sobre a produção e o emprego, ao contrário do que supõe, até hoje, a maioria dos economistas, para os quais a moeda é neutra no longo prazo. 
  • De acordo com notas publicadas por alguns alunos, ele se referia nas aulas ao famoso problema da "realização", isto é, a possibilidade de vender a produção para "realizar" o seu valor em moeda, e dizia que "em Marx há um núcleo de verdade"! 
  • Chegou a utilizar a conhecida fórmula de Marx em que este havia mudado a ênfase de uma economia de trocas: trocar bens ("commodities" em inglês) por moeda, para comprar bens (C-M-C), para uma economia da produção, onde a moeda compra bens para a produção e esta é vendida por moeda (M-C-M). Esta mudança na forma de ver o mundo é uma das bases da construção keynesiana. 
  • O terceiro ponto é que a conclusão da obra de ambos não deixa de ser paradoxal e frustrante. Marx comprometeu sua vida estudando o capitalismo e, por isso, não teve tempo de nos ensinar como construir o socialismo; Keynes construiu uma teoria para salvar o capitalismo e terminou com uma receita ("a coordenação estatal dos investimentos para manter o pleno emprego") que não conseguiu explicar como realizar sem levar a alguma forma de socialismo...   

terça-feira, 28 de abril de 2009

ECONOMIA TAMBÉM NOS TRÊS PODERES

Esta é do meu conterrâneo cearense Sinfrônio, no Diário do Nordeste, da minha especial Fortaleza e vai para a blogueira Cibele Bastos. É como sempre digo: Economia está em tudo. Vejam na charge: não existe almoço grátis. Eenquanto um está rindo a toa, outro está chorando.  

domingo, 26 de abril de 2009

NOVO BLOG DE ECONOMIA NA REDE

Esta eu li a pouco no Blog do Noblat e recomendo aos meus quase dois leitores o blog da colega LUCIANA SEABRA http://economiaclara.wordpress.com/,  atualmente mestranda em Ciências Econômicas pela UNICAMP.

sábado, 25 de abril de 2009

ECONOMIA E POLÍTICA BRASILEIRA - 2009

O brasileiro mediamente informado deveria REVOLTAR-SE com o que estamos assistindo diariamente nos poderes da República: Ministros da mais alta Corte de Justiça discutindo como alunos ameninados por causa de alguma namorada; Governadores eleitos sendo depostos e assumindo quem não teve a maioria dos votos dos eleitores; Parlamentares envolvidos com: empréstimo de celular a filha, cuja conta é paga com o nosso dinheiro; Ex-diretor do Senado usando babá como laranja; passagens pagas a amigos e apadrinhadas sem qualquer relação com o objetivo do Poder; Um Parlamento que não tem um programa mínimo, servindo apenas para carimbar as decisões do Executivo; Um Executivo em plena campanha eleitoral 2010; Uma floresta amazônica sendo devastada sem que exista eficazmente um sério controle do que ainda resta;  Uma comitiva governamental enviada para conferência da ONU sobre racismo com tamanho quase de um ônibus; CPIs que deveriam apurar e responsabilizar a quem é devido, terminando em pizza; Um Movimento dos Sem Alguma Coisa desrespeitando completamente o Estado de Direito; Um Estado que não cumpre com os serviços básicos para a população que paga encargos de 1º mundo para serviços de 5º mundo etc etc etc. São tantas as situações que estão virando mesmo ROTINA e nos deixando apenas com um imenso tédio e enfado, pois sabemos que apesar de enojados com  tanto DESCALABRO, a passividade nacional aceita sem contestações. Até quando? ACORDA BRASIL    

LAMENTÁVEL que com o desemprego atingindo mais de 2.000.000 de brasileiros apenas em seis grandes capitais, com previsão de chegar a 11%; com o mundo no meio da maior crise econômica desde os anos 30, temos que acreditar que estamos imunes a ela, que se trata de uma simples marolinha e que temos todas as condições para reverter eventuais dificuldades apenas com a assinatura do Presidente. TRISTE e INJUSTO país sem líderes capazes de efetivamente trabalharem para o desenvolvimento nacional. Por que as pessoas que hoje comandam o país realmente não trabalham buscando manter, sem qualquer sombra de dúvida, a inflação sob controle; buscando realizar um crescimento sustentado, com mudança estrutural e aumento da produtividade média da economia e, finalmente, com toda a força necessária, mudar para melhor as condições de vida da maioria da população brasileira?  

Precisamos de um Estado eficiente e que invista bem o que arrecada demais de todos, numa saúde básica, numa educação de qualidade e num sistema de segurança que zele pelo bem-estar da população. SE quisermos um BRASIL “potência mundial”, vamos deixar esta politicalha mesquinha e, APROVEITAR a crise atual para realizarmos TODAS as reformas que TODOS sabem quais são, mas NINGUÉM é competente para realizar.

VAMOS TRABALHAR PESSOAL?          

DA SÉRIE: ECONOMIA - VOCÊ SABIA?

1 - Você sabia que o nosso BRASIL foi o recordista mundial de INFLAÇÃO, quando se considera o período de 30 ANOS que se estende do início da década de 1960 ao início de 1990?  
2 - Que a INFLAÇÃO no BRASIL no período de 1988 a 1993 foi, em média, superior a 1.000% ao ano, chegando a 2.700% em 1993 e caminhando para quase 7.000% ao ano em 1994, se não fosse o PLANO REAL?
3 - Você sabia que a INFLAÇÃO brasileira em fechou em 5,90% ao ano em 2008 - segundo o IPCA divulgado pelo IBGE?

ECONOMIA TAMBÉM É GISELE BÜNDCHEN

Não poderíamos deixar de fora nesta semana a informação que GISELE BÜNDCHEN é capa da VANITY FAIR do mês de maio. Para tornar este blog bem mais bonito, vide acima GISELE clicada por MARIO TESTINO. E esqueçamos de crise econômica por alguns momentos... 
O título do texto da VANITY já diz tudo And God Created Gisele:
How does the world’s most successful supermodel — darling of the cameras, advertisers, and tabloids, and worth an estimated $150 million — make her life even more fabulous? By marrying star quarterback Tom Brady, then setting her sights on a higher consciousness. As Gisele Bündchen embarks on her next chapter, the exuberant 28-year-old beauty tells about her secret engagement, the shock of finding out Brady’s ex-girlfriend was pregnant with his baby, and how they’re working out the bi-coastal routine of a new family.  

BRASIL E LULA NA "NEWSWEEK" DESTA SEMANA

Novamente o Brasil está brilhando nas edições semanais das mais importantes revistas semanais do mundo. Desta vez na NEWSWEEK, onde registra que Lula está construindo um gigante regional singular, único e onde nenhum governo foi tão determinado como o dele em estender o alcance internacional do Brasil. Com inúmeras fotos do Nosso Guia abraçando grande líderes mundiais, comenta que já contam em 45 o número de países visitados pelo mesmo. (E até pouco tempo atrás como ouvíamos reclamações sobre a viagens de FHC...São as voltas que o mundo dá...)

A "THE ECONOMIST" DESTA SEMANA

Nesta semana a The Economist traz na capa a pergunta: Um vislumbre de esperança? Para a revista, a pior coisa para a economia global seria presumir que o pior da crise acabou. Na verdade, eu acredito que hoje, INEXISTE NO MUNDO uma só pessoa que tenha a data do fim desta crise. Diante disso, "muita calma nesta hora".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

ECONOMIA, CRISE E ECONOMISTAS

Desde que esta crise não sai da mídia, temos lido diversos textos ou artigos com críticas aos Economistas por não terem detectado antecipadamente essa terrível situação. Matéria do Peter Coy, Editor de Economia da BusinessWeek, republicada no Valor Ecônomico de 22/04/09, é capaz de deixar qualquer colega capaz de engolir todos os livros-textos que leu em sua vida. Como o artigo é longo e para poupar meu fígado, deixo com meus quase dois leitores, apenas o início do texto. (Porém, quem conseguir ler todo o texto, vale a pena o esforço).
A maioria dos economistas fracassou em prever a pior crise econômica desde a década de 30. Agora eles não conseguem se entender sobre as formas de resolvê-la. As pessoas estão começando a se perguntar: para que mesmo servem os economistas? Um analista escreveu recentemente num blog sobre habitação que os economistas se saíram pior na previsão do mercado habitacional do que seu pai, que nem tem educação formal, ou que sua mãe, que só terminou o colegial. "Se você é um economista e não viu isso se aproximando, você deveria reconsiderar seriamente o valor da sua formação e talvez devesse fazer algo que tenha um valor palpável para a sociedade, como colher vegetais", escreveu no patrick.net. Bem feito, seus espertalhões fracassados! Andem, pulem de uma curva de oferta.
Ainda bem que autor consegue esclarecer alguns itens a nosso favor, principalmente ao relembrar o economista britânico John Maynard Keynes: "Homens práticos, que se julgam livres de qualquer influência intelectual, geralmente são escravos de algum economista defunto".
E descobre o nosso principal pecado: a arrogância. Realmente, ele não conhece e/ou não leu TODOS os economistas do mundo...

terça-feira, 21 de abril de 2009

GUSTAVO FRANCO NO ESTADÃO

Para melhor entendimento da atual época, vide abaixo, entrevista no Estadão de 17/04/2009 com o Economista GUSTAVO FRANCO:
'Cada mês será melhor, mas pior que o de 2008'' 
Para o economista, a redução da taxa Selic seria mais eficaz para a economia que qualquer pacote do governo Os efeitos da crise internacional na economia brasileira transformaram uma política fiscal "quase irresponsável" em um quase acerto, na opinião do economista Gustavo Franco. Ex-presidente do Banco Central, o hoje sócio-fundador e estrategista-chefe da Rio Bravo Investimentos diz que o sentimento de alívio seria "mais justo" do que euforia no governo. 
Para ele, a redução da taxa Selic para um dígito será mais eficaz para a atividade do que qualquer pacote do governo, "inclusive o PAC, de efeito pequeno na economia como um todo". A seguir, os principais trechos da entrevista: 
Foi um erro classificar os efeitos da crise como marola? 
Uma coisa são as declarações das autoridades, outras são as ações. 
As declarações são, às vezes, infelizes, mas não têm a menor importância, a não ser no noticiário, no imaginário e na política. Para a economia propriamente dita, não creio que seja verdade que as autoridades econômicas tenham tratado a crise com pouca importância. 
Do ponto de vista das medidas efetivamente tomadas, acho que a direção, sem dúvida, é correta. 
E o que, na sua opinião, não está na direção correta? 
A política fiscal. Antes de setembro tínhamos uma situação inadequada, excessivamente expansionista, quase irresponsável, sobreaquecendo a economia. 
Depois de setembro, as coisas se precipitam com enorme velocidade e essa política contracíclica se inverte, fica menos deslocada e excessiva. 
As autoridades começam a falar de política anticíclica e aumentam o gasto público. Isso dá a sensação de observar um relógio parado que pelo menos uma vez por dia marca a hora certa. 
O relógio estava errado, veio a crise, do ponto de vista fiscal ficou certo, mas o tempo não para de passar e daqui a pouco vai precisar encolher, o que será mais complicado. 
Os indicadores econômicos melhoram mês a mês, mas há grande saldo negativo em relação há um ano. Está bom ou ruim? 
Temos agora uma das pequenas armadilhas da estatística. 
O País vinha crescendo a um ritmo bastante veloz e a partir de setembro teve um encolhimento em curva muito rápida. 
A partir daí recomeçamos a crescer lentamente. Vamos continuar, lá pelo meio do ano, com a sensação de que cada mês é melhor do que o anterior, mas ainda pior do que o mesmo mês do ano passado. 
Essa situação vai prevalecer durante muito tempo e as pessoas vão se divertir com os paradoxos da estatística. A sensação vai ser de crescimento e de que as estatísticas estão erradas. 
Essa evolução será suficiente para evitar crescimento negativo este ano? 
Difícil dizer. Dependendo do ritmo que as coisas andarem é possível, sim, crescimento positivo este ano. 
Há muita gente projetando crescimento negativo, ou perto se zero. Mas isso é adivinhação. Depende do que ocorrer no futuro, especialmente em relação à política monetária. 
Há um fato histórico, que é a taxa de juros cair a um dígito. Isso será muito mais útil e relevante do que os impulsos que vêm nessas iniciativas governamentais; são sempre seletivas e de pouco alcance. Eu incluiria aí o próprio PAC. 
O investimento total do setor público este ano de 2009 será um pouquinho maior do que 1% do PIB, mesmo com o PAC, o que não é muito diferente do que foi nos últimos anos.
Este governo, como muitos que o precederam, sempre procura pegar os investimentos que vai fazer de qualquer jeito e reempacotá-los de um jeito que parece uma iniciativa deste governo. 
Há euforia no governo? 
Acho deslocada totalmente a ideia de euforia. Alívio talvez seja o sentimento mais justo de perceber nas autoridades. 
Uma coisa muito séria está se dissipando sem que isso tenha produzido nenhuma catástrofe. 
Mas produziu, sim, um efeito negativo. Não há nada para comemorar. As perspectivas são razoáveis e vamos conseguir sair dessa. 
No setor privado e no mercado financeiro não há nenhum sinal de euforia, mas de cautela. Às vezes Brasília produz um sentimento desvinculado da realidade próprio daquele ambiente.

ECONOMISTAS NO COFECON

Numa positiva iniciativa, o COFECON - CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA  divulga diariamente no endereço http://www.cofecon.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1703   o pensamento econômico de colegas que estão em destaque, naquele determinado dia, nos diversos meios da mídia. Boa leitura e que cada um aproveite e entenda melhor a complexa Economia e a diversidade de pensamento dos nossos Economistas.

domingo, 19 de abril de 2009

ECONOMIA DO ESTADO DO PARÁ - QUAL O MODELO?

  • Em matéria no jornal O LIBERAL de hoje, o colega Sérgio Bacury, presidente do CORECON PA faz importante alerta sobre a situação econômica no estado do Pará. Segundo ele, as diferenças sociais vão se ampliar na próxima década. E desabafa: "O Pará não sabe o que quer. Não sabe se quer ser uma economia mineral, de agronegócio, de exportação de madeira. E como não se define, não define um modelo de desenvolvimento. Aí o futuro que vemos é o de ficarmos depedentes desses grandes empreendimentos, sobretudo os minerais, que não dinamizam a economia e ainda geram mais pobreza."

POLÍTICA NEM SEMPRE SÉRIA

  • Esta eu li do economista TODD. G. BUCHHOLZ e, não sei ainda o motivo, mas lembrei de Brasília: "Ninguém está a salvo quando o Congresso está em sessão - incluindo os congressistas."
  • Alguma dúvida?

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...