Hoje, na FOLHA DE S. PAULO, Richard Hart, o mentor e professor de Paul Ryan, recorda dos tempos de universidade de seu aluno mais brilhante.
Paul Ryan, 42 anos, se formou em economia e ciência política em 1992 antes de se
mudar para Washington, onde trabalharia como assessor parlamentar até ser
eleito, em 1999, aos 28 anos.
"Não
tinha ideia de que ele entraria na política, tinha vários alunos como ele,
superbrilhantes", conta Hart. "Mas sabia que ele teria sucesso."
Foi
no plantão de dúvidas que Hart se aproximou de Ryan, em 1991. Os encontros eram
frequentes e animados.
"Havia
três coisas que ele lia muito na época: John Locke, Friedrich Hayek -passamos
bastante tempo debatendo 'O Caminho para a Servidão'- e Milton Friedman, Paul
lia muita coisa dele."
O
filósofo político inglês do século 17, o Nobel de economia austríaco
(1899-1992) e Friedman (1912-2006), influente economista (e Nobel)americano,
formam a santa trindade do liberalismo econômico que, segundo Hart, moldou as
ideias de Ryan.
Quando
o deputado voltou à universidade para discursar na formatura de 2009, atribuiu
ao campus sua visão econômica, a mesma visão austera repetida em comícios com
Mitt Romney país afora.
O
único mentor citado no discurso, em que exortou os formandos a "não
cederem ao conformismo da direita nem da esquerda", foi Hart.
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